Escritos Fantásticos
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Curadoria humana de links sobre escrita, história e meio ambiente, ou qualquer coisa que te inspire. Editais de escrita também são divulgados (#edital).

Site: paulo57v.medium.com

Para imagens inspiradoras #inspire

#escrita #ambiente #história #leitura
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Dica de escrita 3: Diabolus Ex Machina ou O Diabo que Surgiu da Máquina

O Diabolus Ex Machina, ou "O Diabo que surgiu da Máquina", é o oposto do Deus Ex Machina, ou "O Deus que surgiu da Máquina".

Os dois termos se referem a eventos inesperados, mirabolantes, desligados dos personagens.

O Deus Ex Machina é algo bom, como as águias salvando Frodo e Sam em O Senhor dos Anéis.

Já o Diabolus Ex Machina é algo ruim, como o mundo literalmente pegando fogo em O Anel dos Nibelungos.

O Deus Ex Machina ultimamente não é tão bem visto, mesmo que haja dicas na narrativa indicando que vai acontecer. É tido como uma solução preguiçosa.

Já o Diabolus muitas vezes nem precisa de dicas. O povo gosta de ver os personagens sofrerem - mas coloque dicas, por favor.

#dica #escrita
Dica de escrita número 4: Clareza nos objetivos

A coisa mais frustrante em uma batalha é você não saber por que uma cavalaria está avançando para a esquerda do inimigo, ou um capitão está reunindo forças na sua direita. Aproveite-se de um “conte moderado”. Guerreiros preparados não se movem aleatoriamente. Além disso, é natural que um líder fale seus planos para quem vai executá-lo depois.

#dica #escrita
Na pele dos elfos: até que ponto “O Senhor dos Anéis” é contaminado pelo racismo?

Por Reinaldo José Lopes em Super Interessante.

Existe uma associação inegável entre as características raciais dos personagens de O Senhor dos Anéis e a probabilidade de que eles sejam retratados como heróis ou vilões. Os povos humanos do leste e do sul da Terra-média, subjugados pelo demoníaco Sauron, em geral têm pele mais escura ou mesmo negra, enquanto a raça dos orcs, os soldados rasos de Sauron, são descritos numa das cartas do autor como “versões degradadas e repulsivas dos grupos mongólicos que, para os europeus, parecem menos bonitos”. Já os elfos e os humanos heroicos dos reinos de Gondor e Rohan quase sempre têm pele e olhos claros, embora alguns hobbits, inclusive o valente Sam Gamgi, sejam descritos como “morenos”.

https://super.abril.com.br/cultura/na-pele-dos-elfos-ate-que-ponto-o-senhor-dos-aneis-e-contaminado-pelo-racismo/

#história #leitura #escrita
Dica de escrita número 5: Árvores e Espiritualidade

Podemos ainda examinar a maneira como esses elementos do meio ambiente foram usados nas tradições religiosas e mitológicas de diversas culturas.

Por exemplo, muitas tradições mencionam uma árvore que fica no centro do universo, a simbólica Árvore do Mundo, um eixo simbólico e ponto de contato entre a existência terrena e mundana com os reinos divinos acima e abaixo da Terra.

Bosques sagrados também são outros elementos comuns das tradições religiosas antigas (alguém lembrou do Bosque Sagrado de Winterfell ou eu fui o único?), preservados e dedicados geralmente a uma deusa.

Para os celtas, sua função é quase a mesma da Árvore do Mundo: ligar o mundo material aos mundos sagrados. Por isso, bosques sagrados eram considerados invioláveis, protegidos por civis e por leis religiosas.

#dica #escrita
Dica de escrita número 6: Armaduras Medievais NÃO eram pesadas

Um conjunto inteiro de armadura de campo (ou seja, armadura de batalha) geralmente pesa entre 45 e 55 libras, (20 a 25 kg), com o capacete pesando entre 4 e 8 libras. (2 a 4 kg) — menos que o equipamento completo de um bombeiro com equipamento de oxigênio ou o que a maioria dos soldados modernos carregou em batalha desde o século XIX.

Além disso, enquanto a maioria dos equipamentos modernos é suspensa principalmente pelos ombros ou pela cintura, o peso de uma armadura bem ajustada é distribuído por todo o corpo.

#dica #escrita
Dica de escrita número 7: criando personagens secundários inesquecíveis

Trabalhe sua backstory

Chega de personagens 100% bons, ou 100% maus. Todo ser humano é uma mistura dos dois lados. Quase sempre uma pessoa ruim não é inteiramente má, mas acredita que está fazendo algo bom.

O mesmo deve acontecer com seus personagens secundários. Não precisa detalhar sua personalidade, mas apenas refletir sobre o que o motiva e o que ele nunca faria.

Se você é mais metódico, crie uma lista de 3 virtudes e 3 pontos negativos, que podem se refletir nas características físicas deles.

Mas leve em consideração o ponto de vista de sua história para saber o que você deve mostrar ou não. Assim, você descobrirá quais ações se encaixam mais em cada personagem.

#dica #escrita
Dica de escrita número 8: A Jornada da Heroína de Maureen Murdock

Descontente com essa narrativa, Murdock propôs uma alternativa, baseando-se tanto nela quanto em terapias com mulheres: A Jornada da Heroína, A Busca Feminina pela Completude, dividida em dez etapas.

Essa narrativa pode ser usada em histórias contemporâneas, quando valores de mitos antigos não cabem mais à sociedade atual, constantemente perturbada por problemas tecnológicos, políticos e ecológicos. Enquanto a Jornada do Herói nos convida a observar e aplaudir uma história, a Jornada da Heroína nos convida a observar uma história e refletir sobre nós mesmos.

#dica #escrita
Dica 9: A Mãe e o Pai na Jornada da Heroína de Murdock

feminino, ou Mãe, geralmente é algo mostrado no início da história a quem a heroína pertence e se identifica, mas que é rejeitado pelo masculino, ou Pai, a figura dominante e repressiva.

O feminino é associado à espiritualidade, crescimento psíquico, harmonia e aprendizado, enquanto o masculino é associado à materialidade, repressão, sucesso e violência.

A heroína terá as duas figuras dentro de si, que modelarão suas ações em diferentes momentos.

No início parecerão conceitos opostos, mas a heroína perceberá em sua jornada que os dois na verdade são complementares e essenciais para a sua personalidade e crescimento. É habitar tanto o Masculino quanto o Feminino que a faz decidir ser o que é no fim.

Para encontrar o Masculino em sua personagem, pergunte-se:

"O que ela acha/acredita ou o que querem que ela faça?"

E para encontrar o Feminino:

"O que ela despreza ou é incentivada a não fazer?"

#dica #escrita
Dica 10: Os 10 Passos da Jornada da Heroína

1. A Heroína se separa do feminino: mostra-se o “feminino”, geralmente uma figura mãe/mentora ou um estranho marginalizado/proscrito.

2. Identifica-se com o masculino e ganha aliados: a heroína abraça um novo modo de vida ao escolher um caminho diferente do feminino.

3. Encontra ogros e dragões na estrada: a heroína enfrenta problemas para seguir o caminho masculino escolhido. Em determinados momentos, a figura feminina tentará chamá-lo, distanciando-o da figura masculina escolhida.

4. Prova os ganhos do sucesso: a heroína supera os obstáculos e alcança seu objetivo masculino.

5. Sente a morte de sua espiritualidade: O sucesso é ilusório ou não preenche a heroína como deveria preencher.

6. Iniciação e descida à Deusa: a heroína fica desesperada. Tudo que ela conquistou seguindo o lado dominante/masculino. Ela toma uma decisão precipitada para reconectar-se ao lado feminino.

#dica #escrita