Dicas de português - Prof. Juciano
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Português e redação para concursos públicos, Enem e vestibulares.

Por: @juciano
Redação: @redacaoplay

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VIMOS, POR MEIO DESTA, SOLICITAR...?!

E aí, pessoas? 😁 Muita gente tem dúvida na hora de flexionar o verbo VIR. Quer um exemplo: Como você diria: “Nós VIMOS ou nós VIEMOS à reunião?”

A resposta é: depende. Sim, depende do tempo a que nos referimos. A forma VIMOS é do presente do indicativo. Por exemplo: “VIMOS, por meio desta, solicitar..." (o verbo VIR está na 1ª pessoa do plural, no presente do indicativo). A forma VIEMOS é do pretérito, do passado. Exemplo: "Ontem nós VIEMOS à reunião." (o verbo VIR está também na 1ª pessoa do plural, mas desta vez no pretérito perfeito do indicativo).

Muita gente evita usar o presente, porque a forma VIMOS é, também, o passado do verbo VER: "Nós o vimos ontem, quando saía do escritório". Para não ter dúvidas sobre qual é o verbo que está sendo usado (o VIR ou o VER), ponha o verbo no singular. Veja: “VENHO, por meio desta, solicitar...” (essa é a 1ª pessoa do singular, em vez de VIMOS, 1ª do plural); “Eu o VI ontem, quando saía do escritório” (essa é a 1ª pessoa do singular, em vez de VIMOS, 1ª do plural).

EXISTE "OUTRA ALTERNATIVA"?

Você certamente já se deparou com a expressão outra alternativa. Será que ela existe? Muita gente, até mesmo em programas de televisão, revela essa dúvida. Alguns até já trazem a resposta, dizendo que é uma redundância, por causa da origem da palavra "alternativa". ALTER significa "outro". Assim sendo, dizer "outra alternativa" seria um sacrilégio. Deveríamos, por isso, dizer "outra opção".  Etimologicamente, essas pessoas podem até ter razão, mas a verdade é que, hoje em dia, alternativa se tornou sinônimo de opção. Não chega a ser um erro, mas, se pudermos evitar, é melhor. 

Quando dizemos que "não há alternativa", já estamos afirmando que só temos uma opção. Não é preciso dizer que temos "outra alternativa". Basta dizer que temos "uma alternativa", que já significa que temos "outra opção".E lembre-se, "duas alternativas" não está errado: são "duas outras opções".

Bons estudos, galerinha! ❤️
E aí, galerinha? 😅 Hoje analisaremos algumas frases.

Esquecer / Esquecer-se de

Errado: Eu esqueci da reunião.
Certo: Há duas formas: Eu me esqueci da reunião ou Eu esqueci a reunião.
Por quê? O verbo esquecer só é usado com a preposição de (de – da – do) quando vier acompanhado de um pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos).

Faz / Fazem

Errado: Fazem dois meses que trabalho nesta empresa.
Certo: Faz dois meses que trabalho nesta empresa.
Por quê? No sentido de tempo decorrido, o verbo “fazer” é impessoal, ou seja, só é usado no singular. Em outros sentidos, concorda com o sujeito. Ex: Eles fizeram um bom trabalho.

Através / por meio

Errado: Os senadores sugerem que, através de lei complementar, os convênios sejam firmados com os estados.
Certo: Os senadores sugerem que, por meio de lei complementar, os convênios sejam firmados com os estados.
Por quê? Por meio significa “por intermédio”. Através de, por outro lado, expressa a ideia de atravessar. Ex: Olhava através da janela.

Ao meu ver / A meu ver

Errado: Ao meu ver, o evento foi um sucesso.
Certo: A meu ver, o evento foi um sucesso.
Por quê? “Ao meu ver” não existe.

Visar / Visar a

Errado: Ele visava o cargo de gerente.
Certo: Ele visava ao cargo de gerente.
Por quê? O verbo visar, no sentido de almejar, pede a preposição a. 
Obs: Quando anteceder um verbo, dispensa-se a preposição “a”. Ex: Elas visavam viajar para o exterior.

Aceita-se / Aceitam-se

Errado: Aceita-se encomendas para festas.
Certo: Aceitam-se encomendas para festas.
Por quê? A presença da partícula apassivadora “se” exige que o verbo transitivo direto concorde com o sujeito.

Precisa-se / Precisam-se

Errado: Precisam-se de estagiários.
Certo: Precisa-se de estagiários.
Por quê? Nesse caso, a partícula “se” tem a função de tornar o sujeito indeterminado. Quando isso ocorre, o verbo permanece no singular. 

Ah! Hoje tem mais um possível tema para redação do Enem. Citações, proposta de intervenção, redação modelo e mais referências: https://t.me/Redacao/230 😁

Bons estudos!
HEXA!?

Minha amiga Manuela tinha uma agenda com uma citação em cada página. Eram 365 “pílulas de sabedoria” para iluminar as suas manhãs. Durante uma aula de química, a Manuela me enviou um bilhetinho. Quando a professora se virou para a tabela periódica, dando as costas para a classe e explicando alguma coisa sobre o número atômico do tungstênio ou o peso do xenônio, a agenda passou de mão em mão por umas cinco carteiras e chegou até mim. Nem lembro o que dizia, mas lembro da citação ao lado, atribuída a Leonardo da Vinci, mais ou menos assim: “Quem aspira pela chegada da próxima primavera é um tolo, pois não percebe que aspira pela aproximação da própria morte”.

Não tenho ideia se Leonardo da Vinci algum dia escreveu isso —e o Google também não, “Primavera + da Vinci” me levou a um evento culinário anual de chefs ítalo-americanos em Delaware, EUA. A frase, porém, ficou guardada em algum escaninho da minha cabeça, junto com a Manuela, o tungstênio e o xenônio (número atômico 74 e peso 131,3 u, respectivamente, para os que não se aguentavam de curiosidade). Só saiu desse rincão empoeirado nos últimos meses, quando me dei conta de que a Copa de 2014 parecia ter acontecido no ano passado e este ano já teríamos Copa de novo.

Não gosto de futebol. Não vejo todos os jogos. Acho compreensível o rito antropológico da união, da identidade exuberante, dos corações entrelaçados em um raro momento de foco patriótico. Ainda assim, vejo a solenidade ritual do momento com claro afastamento. Joguei futebol na infância. Para sorte do jogo, não continuei.

Torço para o Brasil. De consistente, só a qualidade dos memes. “Se o Brasil vencer essa Copa o Neymar vai beber até ficar de pé”. Eu vou rolar no chão que nem o Tite. E se perder, também, paciência, daqui a quatro anos —sensação térmica de seis meses— começa tudo de novo. No Qatar. Com a seleção do da Vinci entre nós, espero. Fuoooommmmm! (Isso foi um cornetão).

Sabia nada, esse Leonardo, mas não o culpo, pois no século 15 não existia futebol e uma coisa é desejar que a vida ande rápido para ver o desabrochar das tulipas e ouvir o gorjear dos colibris, outra coisa é comemorar sem entender absolutamente nada de futebol, como eu. Talvez eu entenda: descobri um novo verbo nisso tudo. Verbo Neymar. "Professora, o que vai Neymar na prova?" "Acho que vai Neymar tudo que ensinei."

Bom domingo a todos! ❤️
ELA QUER SE APARECER. 

Termo muito usado e completamente errado. Certos verbos são essencialmente pronominais como suicidar-se, por exemplo. Outros, porém, jamais podem ser usados com pronomes, como os verbos da dica anterior, simpatizar ou  antipatizar. 

Trouxe um desses verbos que jamais são usados com pronome, que é o verbo aparecer. Esse é um típico verbo intransitivo. Não admite voz reflexiva, objetos de espécie alguma. Não se pode aparecer ninguém e, também, aparecer a si mesmo. Escreve-se corretamente, assim:  Ela quer aparecer.

INGLATERRA CONFIRMA INVASÃO AO IRAQUE.

Jamais poderá ocorrer invasão a lugar algum. Porém, o que é possível acontecer é invasão de algum lugar. Escreve-se com correção, assim:  Inglaterra confirma invasão do Iraque.

Veja, a seguir, outros exemplos corretamente escritos:  Invasão de privacidade. Invasão de domicílio. A invasão do estádio pela polícia deu-se às 20 horas de ontem. 😁

O acidente aconteceu porque o motorista dormiu no volante. 

Para que alguém consiga dormir no volante, é necessário que este seja, no mínimo, do tamanho de uma cama. Convenhamos, volantes desse tamanho ainda não foram fabricados. 

Então, melhor seria dormir no banco do automóvel ou, mais adequadamente, em uma cama com mais conforto. Quem dorme bem, dorme em algum lugar. Já "dormir próximo" ou "junto" significa dormir a (preposição) com o respectivo artigo (o ou a). O correto seria escrever:  O acidente aconteceu porque o motorista dormiu ao volante.

A seguir, outros exemplos de frases corretamente grafadas:  A moça dormiu ao computador. O marinheiro dormiu ao timão. Romeu dormia à janela de Julieta.

Bons estudos, galerinha!
LITERATURA DO ROMANTISMO

E aí, galerinha? 😁 Vamos com um resuminho para o #ENEM ?

ROMANTISMO (1836-1881) - O movimento surge nocontexto da ascensão da burguesia. Valores como o individualismo, o sentimentalismo, a subjetividade e a liberdade formal são seus elementos centrais.

• Primeira geração: Em busca da exaltação dos valores nacionais, escritores como José de Alencar (Iracema) e Gonçalves Dias (Canção do Exílio) veem nos índios os legítimos heróis das narrativas. Alencar também é autor de romances regionalistas, como Til.

• Segunda geração: O sentimento amoroso se exacerba, como na poesia de Álvares de Azevedo (Noite na Taverna), o principal nome do Ultrarromantismo.

•Terceira geração: Caracteriza-se pelo engajamento social. Nos poemas de Castro Alves, a linguagem grandiloquente, carregada de hipérboles (exageros), é posta a favor de sua luta contra a escravidão.

Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, diferencia-se da estética da época por seu tom satírico e por introduzir a figura do malandro.

Espero que todos gabaritem as questões sobre o Romantismo no Enem. Bons estudos! ❤️
MEGA SENA, MEGA-SENA ou MEGASSENA?

O elemento “mega”, segundo o novo acordo ortográfico, só deve ser usado com hífen se a palavra seguinte começar por H ou vogal igual à última do prefixo: mega-avaliação, mega-hospital...

Nos demais casos, é sempre usado sem hífen, “tudo junto” como se diz popularmente: megacéfalo, megaevolução, megafone, megassismo, megawatt, megaevento, megaempresário...

Assim sendo, deveríamos escrever “megassena”. Por ser uma marca, torna-se um caso perdido, ou seja, não tem volta.

Outro problema é a necessidade do “ss” para manter o som do “esse”. Há muito tempo aprendemos que um “s” entre vogais representa o som do “zê”.

Se isso fosse respeitado, escreveríamos “telessena”, “aerossol”, “Mercossul”...

Bons estudos! ❤️
O PREÇO ESTÁ CARO?

Não faz muito tempo, um site de esportes publicou na manchete: "Torcedor acha caro o preço dos ingressos".

Jota, qual o problema com essa frase? Aparentemente, nenhum, não é? Mas o redator escorregou num falso sinônimo. 😅

É comum a confusão entre o uso de CARO e ALTO, e muita gente pensa que são sinônimos, mas não são. O preço ou o valor pode ser ALTO ou BAIXO, nunca "caro" ou "barato". Já os produtos ou os serviços, esses sim, é que são CAROS ou BARATOS.

Veja os exemplos:
“O tomate está CARÍSSIMO na feira hoje”;
“O preço do tomate está muito ALTO”;
“Aproveite para viajar agora, as passagens estão mais BARATAS”;
“O preço das passagens ABAIXOU, ficou mais fácil ir à Europa”.

O redator daquele jornal acertaria se dissesse:
“Torcedor acha ALTO o preço dos ingressos”. Ou então:
“Torcedor acha CARO o ingresso”.

Bons estudos! ❤️
Curiosidade sobre o uso do “nenhum”:

Trata-se de um pronome indefinido variável, que admite a flexão de gênero e número. “Nenhum” é a forma negativa de “algum”, do mesmo jeito que “ninguém” é a forma negativa de “alguém”.

Como falamos no começo dessa explicação, a palavra admite a flexão de gênero e número. Portanto, além da forma “nenhuma”, também existe “nenhuns” e “nenhumas”. Chocante, né? 😱

O plural quase nunca é usado, mas se “nenhum” estiver antes de um substantivo no plural, ele precisa ir para o plural também! Se estiver depois, daí não admite flexão e pode ser substituído por“algum”.

Exemplos:

Nenhuns desejos me atiçam neste domingo.
Nenhumas frutas estavam boas.

Dinheiro nenhum (ou algum) compra a minha felicidade.

Bons estudos!
Farei "stories" no Instagram da @SweekBrasil. ❤️
Ponto e vírgula( ; )

O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. Quanto à melodia da frase, indica um tom ligeiramente descendente, mas capaz de assinalar que o período não terminou.
Emprega-se nos seguintes casos:

- Para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si.

Por exemplo: O rio está poluído; os peixes estão mortos.

- Para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já possui elementos separados por vírgula.

Por exemplo: O resultado final foi o seguinte: dez professores votaram a favor do acordo; nove, contra.

- Para separar itens de uma enumeração.

Por exemplo: No parque de diversões, as crianças encontram: brinquedos; balões; pipoca.

- Para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, etc.) , substituindo, assim, a vírgula.

Por exemplo: Gostaria de vê-lo hoje; todavia, só o verei amanhã.

- Para separar orações coordenadas adversativas quando a conjunção aparecer no meio da oração.

Por exemplo: Esperava encontrar todos os produtos no supermercado; obtive, porém, apenas alguns.

Bons estudos! ❤️
JÁ TINHA PAGO OU PAGADO O LANCHE? 😐

Galerinha, a forma correta é PAGADO.

Os verbos abundantes são aqueles que apresentam duas formas de particípio passado: uma curta e outra mais comprida.

Pra saber qual usar, basta notar qual é o verbo auxiliar que acompanha o principal: se for o verbo SER ou ESTAR, usamos a forma CURTA;
se for TER ou HAVER, usamos a forma COMPRIDA.

Portanto, só é preciso decorar que SER e ESTAR acompanham particípios curtos. Se esses não forem os auxiliares, usa-se a forma maior. Beleza? 😁

Outros exemplos:

SER: O documento foi impresso ontem.
TER: Ninguém tinha imprimido o documento.
HAVER: Ninguém havia imprimido o documento.
SER: O meliante foi preso.
TER: A polícia nunca o tinha prendido antes.
HAVER: A polícia nunca o havia prendido antes.
ESTAR: O homem estava morto.
TER: O homem já tinha morrido.
HAVER: O homem já havia morrido.

Pessoal, é preciso tomar cuidado com o fenômeno chamado HIPERCORREÇÃO, que consiste em buscarmos formas mais “bonitas” em vez das corretas. Por exemplo, é comum se dizer “Já tinha pego” em vez de “Já tinha pegado”, porém, segundo a gramática normativa da língua brasileira, a segunda forma é a única aceita.

Bons estudos e ótima semana! ❤️
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Estou de volta, galerinha. Pessoal de Humanas, como foi o seu dia? ❤️
Sua atitude não condisse ou não condizeu com suas palavras?

E aí, galerinha? 😅

Vamos lá. O correto é "sua atitude não CONDISSE! Não tem segredo, porque CONDIZER é conjugado como DIZER.

Exemplos:
Aqueles acontecimentos não condisseram com o que era esperado.

Certamente essa apresentação condirá com os ensaios anteriores.

Se suas ações condissessem com suas promessas, eu não precisaria me preocupar tanto.

Que fácil, não é? 😁

Bons estudos! ❤️
Todo incluso é incluído, mas nem todo incluído é incluso

Jota, qual é a forma correta: incluso ou incluído? 🤔

Embora haja ainda alguma polêmica acerca da correção da palavra incluso enquanto particípio irregular do verbo incluir, o seu uso já se encontra consagrado em dicionários e gramáticas. Assim, incluído e incluso são duas formas equivalentes do particípio do verbo incluir, considerado atualmente um verbo abundante. Incluído é o particípio regular e incluso é o particípio irregular.

• A forma incluído é utilizada preferencialmente com os verbos auxiliares ter ou haver.

• A forma incluso é utilizada preferencialmente com os verbos auxiliares ser ou estar.

Contudo, a forma incluído é considerada a mais correta, sendo o seu uso privilegiado pelos falantes.

Exemplos:

A funcionária já tinha incluído o desconto no valor total da fatura.

A funcionária já havia incluído o desconto no valor total da fatura.

O desconto já está incluso no valor total da fatura.

O desconto já foi incluso no valor total da fatura.

Pouco utilizada enquanto particípio, a palavra incluso é mais utilizada enquanto adjetivo , indicando algo que está incluído, que está inserido dentro de algo, que se anexou a outra coisa, que faz parte de algo, entre outros.

Exemplos: Segue documento incluso em carta fechada.

Bons estudos, galera! 😁
Como deixar de lado alguém que a gente quer do lado?

Que língua linda! Não é, galerinha? 😍

Deixar DE lado: expressão usada com sentido de esquecer, abandonar, deixar pra lá.

DO lado: pertinho, juntinho, ao lado.

Compartilhem e bons estudos! ❤️
PRECISO DE ESTUDAR MAIS OU PRECISO ESTUDAR MAIS?

E aí, qual é o certo, galerinha?

Na verdade, ambas as construções são corretas. Segundo o gramático Evanildo Bechara, essa construção é uma locução verbal. A preposição "de" pode ou não ser usada para ligar o verbo auxiliar ao verbo principal. Para outros gramáticos, não há locução, e sim duas orações (na primeira, o verbo está como transitivo indireto; na segunda, como transitivo direto).

No português brasileiro, a segunda forma é a mais comum. No português europeu, a primeira forma é a mais comum. Viva a língua portuguesa!

Bons estudos! ❤️
Olá, galerinha. 😉

Vocês farão ou pensam em fazer o Enem nos próximos anos?

Muitas novidades e conteúdos exclusivos para gabaritar Linguagens e conseguir 1000 na redação estão chegando. ❤️
BASTANTE... 🧐

Olá, galerinha! Tudo bem? 😉

O vocábulo BASTANTE pode ser substantivo (acompanhado de artigo); adjetivo (quando vem depois de substantivo, equivalendo a “suficiente(s)”); pronome indefinido (antes de um substantivo); e advérbio (quando modifica verbo, advérbio ou adjetivo).

Veja os respectivos exemplos:

– Isso não foi o bastante?
– Não houve indícios bastantes para que ele fosse preso.
– Convidamos bastantes pessoas para a manifestação.
– Eram bastante caras aquelas roupas.

Fácil, não é? 😄

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Bons estudos!
Impactante, assustadora e comovente. A grande reportagem da mineira Daniela Arbex, Holocausto Brasileiro, sobre o hospício Colônia, localizado na cidade de Barbacena (MG), é mais do que uma leitura daquelas que nos coloca para pensar. O livro põe o dedo em uma ferida antiga e ainda aberta na sociedade, o preconceito que faz com que o diferente seja sempre visto como anormal.

Grande recomendação. 😍 Um clássico do jornalismo contemporâneo no Brasil. Quem já leu? 😁

Indique-me obras: @jotadrake; Ótimo final de semana. ❤️
💭 O SUSTINHO

Dentre as inúmeras manifestações da hipocrisia, a que mais me irrita é o sustinho. Falo daquele falso assombro interrogativo que certas pessoas demonstram ao ouvir uma pergunta que, embora tenham entendido, não foi feita de maneira precisa.

Você está no supermercado, chega pro funcionário da área de verduras e pergunta: “Amigo, faz favor, sabe se aqui vende aqueles tomatinhos?”. Claro que o nome oficial do produto que você está procurando não é “tomatinho”, é tomate cereja, mas você esqueceu e não achou que fosse necessário procurar a palavra nos baús da memória: afinal, se o sufixo “inho”, em nosso idioma, caracteriza o diminutivo e os tomates cereja são a menor variedade do rubro fruto, não é preciso ser nenhum gênio pra concluir que tomate + inho = tomate cereja. O funcionário do mercado, contudo, é um adepto deste pequeno jogo de dissimulação, o sustinho, e não perde a chance de praticá-lo, soltando seu “Ãhm?!” estarrecido, como se você houvesse pedido elefantinhos, pergaminhos ou uma massagem tailandesa.

Ciente de que ele entendeu, de que só está querendo implicar, passa por sua cabeça, durante um segundo, não se render, bater o pé no chão e dizer “tomatinhos, sim senhor! E tire essa expressão de asco do rosto, impostor, pois sabe exatamente do que estou falando e se não me levar até eles imediatamente será atingido por uma abóbora japonesa!”.

Pensando melhor, você decide evitar a discussão e fugir da briga, de modo que aceita o jogo e reformula a pergunta, “aqueles tomates pequenos, redondos, assim, ó, que vêm numa caixinha de plástico, sabe?”. Percebendo que você se submeteu, que fez seu ato de contrição, o falsário simula uma pequena epifania: “Ahhhhhhhhhh! Tomate cereja! Por que não disse antes?! Ali, ó, embaixo das berinjelas”.

O sustinho está tão difundido entre nós que quase já não o percebemos. É quase impossível pedir informação a um pedestre, por exemplo, sem ser recebido com um sustinho. Você pergunta pela Rubem Berta e ele, “Ãhm?! Rubem Berta?!”. Você acha que ele não sabe onde fica? Que nunca ouviu falar? Nada, era só sustinho, uma pitada de malcriação antes de te explicar exatamente como chegar lá.

Muito triste, meus amigos, o sustinho: não só por tratar-se de uma pequena agressão, um peteleco na orelha de nossa esperança na humanidade, mas porque usa as roupas e maquiagem do verdadeiro espanto, da surpresa genuína, que em grandes ou pequenas doses são sinal de saúde da alma e abertura do espírito — bem diferentes dessa falsa careta de incompreensão, com que infelizes nos brindam diante das mais simples perguntas, com o único intuito de dividir conosco um pouco de suas amarguras.

Bom domingo a todos! ❤️
EU SÓ COMPITO OU COMPETO COM QUEM JOGA LIMPO!?

E aí, galerinha? 😁 A resposta é: Eu COMPITO.

Deu nó na cabeça? 😅

Houve um tempo em que diziam não existir a conjugação do COMPETIR na primeira pessoa, mas existe, sim.

Se você achou estranho, basta pensar que é semelhante ao REPETIR: eu repito / eu compito.

Bons estudos! ❤️