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🎙️ Ucrânia e governo Trump: a guerra vai acabar?
No EP. #005 do Conjuntura, recebemos Caio Bugiato, prof. de Ciência Política (UFRRJ/UFABC), pra destrinchar tudo:
⚔️ Guerra na Ucrânia
🇺🇸 O papel dos EUA — e o legado de Trump
🌍 Impactos globais e o que esperar do futuro
Quer entender o cenário real?
Assiste esse corte e vem pro episódio completo! 👇
https://www.youtube.com/live/iuQ5mgKsgXc?si=0AUw4UZEjye_spX_
#GuerraNaUcrânia #Geopolítica #Conjuntura #RelaçõesInternacionais
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No EP. #005 do Conjuntura, recebemos Caio Bugiato, prof. de Ciência Política (UFRRJ/UFABC), pra destrinchar tudo:
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‼️ *Já DISPONÍVEL*‼️
🎥 Videoaula | Cristianismo e Revolução
🗣️ Com Prof. Romero Venâncio (UFS)
Nesta aula provocadora e necessária, o professor Romero Venâncio, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), nos conduz por um percurso crítico e histórico das relações entre o cristianismo e os movimentos revolucionários.
🔍 A partir de uma abordagem filosófica e política, são discutidas as tensões e aproximações entre o marxismo e o cristianismo, passando por autores clássicos como Karl Kautsky, Friedrich Engels e Rosa Luxemburgo, que se debruçaram sobre a figura de Jesus e a Igreja primitiva.
📖 A aula também aborda o surgimento e a importância da Teologia da Libertação na América Latina, destacando seu papel como forma de resistência popular e fé engajada nas lutas sociais.
🕊️ Com olhar atento ao presente, o professor analisa o papel do Papa Francisco e os impactos dos grandes concílios da Igreja:
Concílio Vaticano I – com sua doutrina da infalibilidade papal
Concílio Vaticano II – marco da abertura da Igreja ao mundo moderno e às questões sociais
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Nesta aula provocadora e necessária, o professor Romero Venâncio, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), nos conduz por um percurso crítico e histórico das relações entre o cristianismo e os movimentos revolucionários.
🔍 A partir de uma abordagem filosófica e política, são discutidas as tensões e aproximações entre o marxismo e o cristianismo, passando por autores clássicos como Karl Kautsky, Friedrich Engels e Rosa Luxemburgo, que se debruçaram sobre a figura de Jesus e a Igreja primitiva.
📖 A aula também aborda o surgimento e a importância da Teologia da Libertação na América Latina, destacando seu papel como forma de resistência popular e fé engajada nas lutas sociais.
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Cristianismo e Revolução - Aula com o Prof. Romero Venâncio (UFS)
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🗣️ Com Prof. Romero Venâncio (UFS)
Nesta aula provocadora e necessária, o professor Romero Venâncio, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), nos conduz por um percurso crítico e histórico das relações entre o cristianismo…
🗣️ Com Prof. Romero Venâncio (UFS)
Nesta aula provocadora e necessária, o professor Romero Venâncio, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), nos conduz por um percurso crítico e histórico das relações entre o cristianismo…
“Ao longo da transição entre o capitalismo e o comunismo, a contradição entre mercado e plano subsiste (…) A ideia de uma ‘abolição imediata’ das relações mercantis é tão utópica e perigosa como a ideia de uma ‘abolição imediata’ do Estado, e é da mesma natureza: abstrai as características específicas (isto é, das contradições específicas) desse período de transição que é o período de edificação do socialismo”, Charles Bettelheim em “Acerca da transição do capitalismo para o socialismo”.
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Qual o tamanho da vergonha de marcar um gol sem o adversário sequer estar em campo?
Em 1973, Chile e União Soviética se enfrentariam em Santiago, pela repescagem das Eliminatórias da Copa do Mundo. Mas havia um problema: o Estádio Nacional de Santiago fora transformado em prisão pela recém-instaurada ditadura de Augusto Pinochet.
A União Soviética avisou: não havia como jogar ali. No mundo todo, os horrores do Estádio Nacional já eram conhecidos.
Mas a FIFA, em uma "vistoria" muito suspeita, afirmou que nada de estranho acontecia no estádio. Confirmou o jogo para o local. Os soviéticos se recusaram a jogar, perdendo por WO.
Para consumar a vitória, porém, o Chile precisava entrar em campo. E foi o que fez: seus jogadores tocaram a bola e a empurraram para o gol vazio. Um momento lamentável na história do futebol.
Post via @copaalemdacopa
#copadomundo #worldcup #fifa #urss #chile #pinochet #revolução
Qual o tamanho da vergonha de marcar um gol sem o adversário sequer estar em campo?
Em 1973, Chile e União Soviética se enfrentariam em Santiago, pela repescagem das Eliminatórias da Copa do Mundo. Mas havia um problema: o Estádio Nacional de Santiago fora transformado em prisão pela recém-instaurada ditadura de Augusto Pinochet.
A União Soviética avisou: não havia como jogar ali. No mundo todo, os horrores do Estádio Nacional já eram conhecidos.
Mas a FIFA, em uma "vistoria" muito suspeita, afirmou que nada de estranho acontecia no estádio. Confirmou o jogo para o local. Os soviéticos se recusaram a jogar, perdendo por WO.
Para consumar a vitória, porém, o Chile precisava entrar em campo. E foi o que fez: seus jogadores tocaram a bola e a empurraram para o gol vazio. Um momento lamentável na história do futebol.
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“Quem lê sem pensar, ficará confuso; quem pensa sem estudar, ficará com perigo”, Confúcio.
Declaração do presidente de Cuba, ontem, no dia internacional de combate à LGBTfobia.
#cuba #migueldiazcanel #raulcastro #fidelcastro #RevoluçãoCubana #socialismo #cubasocialista
#cuba #migueldiazcanel #raulcastro #fidelcastro #RevoluçãoCubana #socialismo #cubasocialista
A reputação dos EUA despencou no mundo
A proporção de pessoas que acreditam que os Estados Unidos terão uma influência positiva nos assuntos globais caiu em 26 dos 29 países pesquisados nos últimos seis meses. Pela primeira vez na série de pesquisas conduzida pelo instituto francês Ipsos, que já dura uma década, a China está à frente dos EUA no que diz respeito a exercer um papel positivo no cenário internacional.
Com o segundo mandato do presidente Donald Trump, a reputação global dos EUA caiu 13% em relação a setembro/outubro de 2024, antes da eleição presidencial. Hoje,
apenas 46% acreditam que os EUA exercerão um papel positivo.
A maior queda foi no Canadá. Há apenas seis meses, 52% dos canadenses viam os EUA como uma influência positiva; agora, apenas 19% compartilham dessa visão, uma queda de 33 pontos, o menor índice já registrado no país desde o início da série, em 2015. Outros países com maior queda na confiança incluem Alemanha, França e Japão, parceiros históricos dos EUA.
Em contraste, a visão positiva da China aumentou: 49% agora veem a China como uma influência positiva, um salto de 10 pontos em seis meses. Pela primeira vez em dez anos de pesquisa, a China é vista globalmente como uma influência mais positiva que os EUA. Em média, 49% dizem que a China terá um efeito positivo nos assuntos mundiais. Destaque-se que a grande maioria dos países pesquisados são ocidentais.
A Ipsos entrevistou 22.715 adultos online com menos de 75 anos, em 29 países, entre 21 de março e 4 de abril de 2025. A rodada anterior foi conduzida entre 20 de setembro e 4 de outubro de 2024.
A proporção de pessoas que acreditam que os Estados Unidos terão uma influência positiva nos assuntos globais caiu em 26 dos 29 países pesquisados nos últimos seis meses. Pela primeira vez na série de pesquisas conduzida pelo instituto francês Ipsos, que já dura uma década, a China está à frente dos EUA no que diz respeito a exercer um papel positivo no cenário internacional.
Com o segundo mandato do presidente Donald Trump, a reputação global dos EUA caiu 13% em relação a setembro/outubro de 2024, antes da eleição presidencial. Hoje,
apenas 46% acreditam que os EUA exercerão um papel positivo.
A maior queda foi no Canadá. Há apenas seis meses, 52% dos canadenses viam os EUA como uma influência positiva; agora, apenas 19% compartilham dessa visão, uma queda de 33 pontos, o menor índice já registrado no país desde o início da série, em 2015. Outros países com maior queda na confiança incluem Alemanha, França e Japão, parceiros históricos dos EUA.
Em contraste, a visão positiva da China aumentou: 49% agora veem a China como uma influência positiva, um salto de 10 pontos em seis meses. Pela primeira vez em dez anos de pesquisa, a China é vista globalmente como uma influência mais positiva que os EUA. Em média, 49% dizem que a China terá um efeito positivo nos assuntos mundiais. Destaque-se que a grande maioria dos países pesquisados são ocidentais.
A Ipsos entrevistou 22.715 adultos online com menos de 75 anos, em 29 países, entre 21 de março e 4 de abril de 2025. A rodada anterior foi conduzida entre 20 de setembro e 4 de outubro de 2024.
"Quando você vai comprar algo, não paga com dinheiro, paga com um tempo de sua vida que teve que gastar para ter esse dinheiro”, Pepe Mujica.
“Pensamos como Martí, que o verdadeiro ser humano não olha de que lado se vive melhor, mas de que lado está o dever”, Fidel Castro no Primeiro manifesto do Movimento 26 de Julho ao povo de Cuba.
O número de brasileiros que acreditam que os EUA terão uma influência positiva no mundo diminuiu de 73% (registrados na pesquisa realizada entre setembro e outubro de 2024) para 61% na última sondagem da Ipsos, conduzida entre março e abril de 2025. Esse índice, monitorado ao longo da última década, já atingiu o patamar de 82% no Brasil em 2016 e hoje está no nível mais baixo da série histórica em relação à confiança dos brasileiros nos EUA.
Ainda assim, entre os 29 países pesquisados, o Brasil ocupa a sexta colocação entre aqueles que atribuem uma influência positiva aos EUA — ficando atrás apenas de Peru, Tailândia, Índia, os próprios Estados Unidos e a Argentina.
Com o segundo mandato do presidente Donald Trump, a reputação global dos EUA registrou uma queda de 13 pontos percentuais em comparação com a pesquisa realizada antes da eleição presidencial. Atualmente, apenas 46% dos entrevistados em todo o mundo acreditam que os EUA exercerão um papel positivo — número inferior ao da China, que alcançou 49% de expectativa positiva quanto à sua influência global.
Ainda assim, entre os 29 países pesquisados, o Brasil ocupa a sexta colocação entre aqueles que atribuem uma influência positiva aos EUA — ficando atrás apenas de Peru, Tailândia, Índia, os próprios Estados Unidos e a Argentina.
Com o segundo mandato do presidente Donald Trump, a reputação global dos EUA registrou uma queda de 13 pontos percentuais em comparação com a pesquisa realizada antes da eleição presidencial. Atualmente, apenas 46% dos entrevistados em todo o mundo acreditam que os EUA exercerão um papel positivo — número inferior ao da China, que alcançou 49% de expectativa positiva quanto à sua influência global.
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Xi Jinping: Nós queremos rasgar o Brasil de ferrovias
Durante entrevista à Carta Capital, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, comemorou os avanços na cooperação com a China. Segundo ela, a integração ferroviária em larga escala faz parte dos planos de investimentos estruturantes em parceria com os chineses. A ideia é acelerar o escoamento da produção agrícola e industrial, conectando o interior do país aos portos com mais eficiência.
Durante entrevista à Carta Capital, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, comemorou os avanços na cooperação com a China. Segundo ela, a integração ferroviária em larga escala faz parte dos planos de investimentos estruturantes em parceria com os chineses. A ideia é acelerar o escoamento da produção agrícola e industrial, conectando o interior do país aos portos com mais eficiência.
"O socialismo não pode construir-se de outra maneira que não seja através da grande indústria", Lenin em "XI Congresso do PCR(B)"
🎙️CONJUNTURA #007: FRAUDE NO INSS: A CULPA É DE QUEM?
No episódio #007 do Conjuntura, recebemos Thiago Barison (Doutor em Direito do Trabalho e Seguridade Social pela USP e Vice-Presidente do SASP) para analisar a fraude no INSS e suas consequências políticas.
Vamos entender:
🔍 A fraude e o sucateamento do INSS
💸 O descaso político e o lobby empresarial nos serviços previdenciários
❌ Os impactos e as repercussões políticas para o governo e os sindicatos
📅 Dia 22/05 às 19h
▶️ https://www.youtube.com/watch?v=UnEDK4X33pg
Compartilhe! Vamos aprofundar esse debate crucial!
Se inscreva e fortaleça o canal:
🛎️ / rondodaliberdade
Nos acompanhe também:
📸 Instagram: @rondodaliberdade
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No episódio #007 do Conjuntura, recebemos Thiago Barison (Doutor em Direito do Trabalho e Seguridade Social pela USP e Vice-Presidente do SASP) para analisar a fraude no INSS e suas consequências políticas.
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🔍 A fraude e o sucateamento do INSS
💸 O descaso político e o lobby empresarial nos serviços previdenciários
❌ Os impactos e as repercussões políticas para o governo e os sindicatos
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Conjuntura #007: Fraude no INSS: a culpa é de quem?
🎙️CONJUNTURA #007: FRAUDE NO INSS: A CULPA É DE QUEM?
No episódio #007 do Conjuntura, recebemos Thiago Barison (Doutor em Direito do Trabalho e Seguridade Social pela USP e Vice-Presidente do SASP) para analisar a fraude no INSS e suas consequências políticas.…
No episódio #007 do Conjuntura, recebemos Thiago Barison (Doutor em Direito do Trabalho e Seguridade Social pela USP e Vice-Presidente do SASP) para analisar a fraude no INSS e suas consequências políticas.…
“21 de maio de 1970 marcou uma data memorável no Presídio Tiradentes.
Pela manhã, cinco presos da cela 6 do Segundo Pavilhão saíram de trajes de dia de visita, sem que se soubesse para quê. A tarde, os receptores de televisão anunciaram uma entrevista de presos políticos no horário noturno. Na hora prevista, ali estavam os cinco no vídeo: Marcos Vinício Fernandes dos Santos, Rômulo Augusto Romero Fontes, Gilson Teodoro de Oliveira, Marcos Alberto Martini e Osmar de Oliveira Rodello Filho.
Declararam-se decepcionados com a militância revolucionária e proclamaram o patriotismo do governo Médici. Inauguraram a promoção da ditadura militar pelos "terroristas arrependidos", daí então repetida em rede nacional ou estadual de rádio e televisão.
O Tiradentes entrou em rebuliço. Por meio de comunicações intercelas - inclusive usando a linguagem digital e gestual dos surdos-mudos, que alguns presos políticos aprenderam -, acertou-se a recepção aos novos astros da TV. De propósito, eles só regressaram às duas da madrugada. Não adiantou. Assim que despontaram no topo da escada do Segundo Pavilhão, começou a gritaria:
- Traidores! Traidores! Fora! Fora! Abaixo a ditadura!
No mesmo instante, o coro ritmado recebeu o reforço do pessoal do Primeiro Pavilhão e dos presos comuns. O Presídio parecia a um passo do motim. Enquanto isto, os habitantes da cela 6 se recusavam a deixar entrar os renegados.
Italianinho, o carcereiro-chefe de plantão, subiu aos pulos a escada e tentou parlamentar. Magricela e baixote, a cabeleira engomada de brilhantina, sempre com um par de algemas dependuradas do cinturão, Italianinho parou diante das aberturas gradeadas de cada cela e, afinal, conseguiu a cessação do protesto. Foi a sua vez de soltar o berro histórico:
- Foda-se a ditadura! Eu quero paz no meu plantão!
Chegou-se a um acordo: os habitantes da cela 6 saíram com seus colchões para outras celas e as vedetes puderam entrar.
Pela manhã seguinte, uma comissão de representantes de cada cela - da qual fizemos parte eu e Arruda - obteve audiência com o delegado Olintho Denardi, diretor do Presídio. Dissemos que a permanência dos cinco em nosso meio ia dar motivo a novas perturbações. Ainda naquela manhã, eles foram removidos e nunca mais os vimos”, Jacob Gorender em “Combate nas Trevas”.
Pela manhã, cinco presos da cela 6 do Segundo Pavilhão saíram de trajes de dia de visita, sem que se soubesse para quê. A tarde, os receptores de televisão anunciaram uma entrevista de presos políticos no horário noturno. Na hora prevista, ali estavam os cinco no vídeo: Marcos Vinício Fernandes dos Santos, Rômulo Augusto Romero Fontes, Gilson Teodoro de Oliveira, Marcos Alberto Martini e Osmar de Oliveira Rodello Filho.
Declararam-se decepcionados com a militância revolucionária e proclamaram o patriotismo do governo Médici. Inauguraram a promoção da ditadura militar pelos "terroristas arrependidos", daí então repetida em rede nacional ou estadual de rádio e televisão.
O Tiradentes entrou em rebuliço. Por meio de comunicações intercelas - inclusive usando a linguagem digital e gestual dos surdos-mudos, que alguns presos políticos aprenderam -, acertou-se a recepção aos novos astros da TV. De propósito, eles só regressaram às duas da madrugada. Não adiantou. Assim que despontaram no topo da escada do Segundo Pavilhão, começou a gritaria:
- Traidores! Traidores! Fora! Fora! Abaixo a ditadura!
No mesmo instante, o coro ritmado recebeu o reforço do pessoal do Primeiro Pavilhão e dos presos comuns. O Presídio parecia a um passo do motim. Enquanto isto, os habitantes da cela 6 se recusavam a deixar entrar os renegados.
Italianinho, o carcereiro-chefe de plantão, subiu aos pulos a escada e tentou parlamentar. Magricela e baixote, a cabeleira engomada de brilhantina, sempre com um par de algemas dependuradas do cinturão, Italianinho parou diante das aberturas gradeadas de cada cela e, afinal, conseguiu a cessação do protesto. Foi a sua vez de soltar o berro histórico:
- Foda-se a ditadura! Eu quero paz no meu plantão!
Chegou-se a um acordo: os habitantes da cela 6 saíram com seus colchões para outras celas e as vedetes puderam entrar.
Pela manhã seguinte, uma comissão de representantes de cada cela - da qual fizemos parte eu e Arruda - obteve audiência com o delegado Olintho Denardi, diretor do Presídio. Dissemos que a permanência dos cinco em nosso meio ia dar motivo a novas perturbações. Ainda naquela manhã, eles foram removidos e nunca mais os vimos”, Jacob Gorender em “Combate nas Trevas”.