Com dois jornalistas a tempo inteiro e a participação especial, desta vez, de 12 extraordinários colaboradores, terminámos, em grande esforço (confesso), a nova edição quinzenal do PÁGINA UM. Tentamos, com os meios que os nossos apoiantes nos concedem, fazer um jornalismo independente, de acesso livre, sem publicidade nem parcerias comerciais. E sem dívidas. Orgulhamo-nos do que fazemos; mas queremos fazer mais. Aliás, uma das notícias mais relevantes que queríamos publicar hoje terá de sair em edição especial nos próximos dias… Não dá, nesta fase, para tudo, confesso.
Pedro Almeida Vieira
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FAMÍLIAS E EMPRESAS ALIMENTAM (CADA VEZ MAIS) OS COFRES DO ESTADO
‘Carga fiscal’ real aumenta 57% em Portugal desde a criação do euro
https://paginaum.pt/2024/10/17/carga-fiscal-real-aumenta-57-em-portugal-desde-a-criacao-do-euro/
A receita do Estado está em crescente galope. Contabilizando os impostos, contribuições e taxas cobrados aos contribuintes, e ajustando à inflação e considerando a população, o Estado vai arrecadar mais 57% por cada português face ao que sucedia há 26 anos. Em 1999, a receita fiscal foi de 47 mil milhões de euros, o que daria um valor per capita de 4.628 euros. Mas ajustando a preços constantes de 2023, com a inflação e o aumento populacional, esse valor corresponderia hoje a 7.492 euros. Mas a máquina estatal de cobrança ‘promete’ vir a sacar, no próximo ano, quase 134 mil milhões, o que, a preços constantes de 2023, dará um valor per capital de 11.742 euros. A subida tem sido avassaladora a partir de 2021, com um crescimento da ‘carga fiscal’ e outras obrigações perante o Estado a alcançar quase 22%. Nesta análise do PÁGINA UM, como se usam preços constantes, a inflação deixa de servir como argumento para a sofreguidão do Estado, até porque a preços nominais a subida das receitas do Estado entre 1999 e a previsão de 2025 é absurda: mais 183%.
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'Carga fiscal' real aumenta 57% em Portugal desde a criação do euro
Famílias e empresas alimentam os cofres estatais
‘AURICULARES’ SÃO, NA VERDADE, TAMPÕES DE OUVIDOS
O PÁGINA UM investiga há dois anos as promiscuidades e ilegalidades (incluindo fiscais e falsas declarações) cometidas pela actual ministra da Saúde e por vice-presidente da bancada parlamentar do PSD na gestão de uma conta solidária no valor de 1,4 milhões de euros proveniente na sua quase totalidade de farmacêuticas.
Ontem mesmo revelámos mais um dado: a actual Ordem dos Médicos assume que Ana Paula Martins e Miguel Guimarães funcionaram como “fiéis depositários” dos donativos, o que é uma outra ilegalidade com contornos de fraude.
https://paginaum.pt/2024/10/17/ministra-da-saude-e-deputado-do-psd-foram-fieis-depositarios-de-donativos-de-farmaceuticas/
E o que faz a imprensa mainstream que cobre as intervenções da ministra todos os dias? Nada. Há uma espécie de omertà, um silêncio, um silenciamento do assunto. O ‘auricular’ de Montenegro é, na verdade, um tampão de ouvidos.
Em todo o caso, as leituras da notícia do PÁGINA UM. Continuam a crescer: não se pode tapar a luz da verdade com uma peneira… e depois queixam-se da crise e vão de mão estendida pedir dinheiro aos Governos. Em troca, oferecem tampões aos jornalistas… E estes baixam as orelhas. Até quando?
Pedro Almeida Vieira
Director do PÁGINA UM
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E o que faz a imprensa mainstream que cobre as intervenções da ministra todos os dias? Nada. Há uma espécie de omertà, um silêncio, um silenciamento do assunto. O ‘auricular’ de Montenegro é, na verdade, um tampão de ouvidos.
Em todo o caso, as leituras da notícia do PÁGINA UM. Continuam a crescer: não se pode tapar a luz da verdade com uma peneira… e depois queixam-se da crise e vão de mão estendida pedir dinheiro aos Governos. Em troca, oferecem tampões aos jornalistas… E estes baixam as orelhas. Até quando?
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Ministra da Saúde e deputado do PSD foram "fiéis depositários" de donativos de farmacêuticas
ERC não ouviu testemunhas em processo de contra-ordenação
EDITORIAL
Afastar Luís Delgado da Trust in News: a melhor medida para moralizar um plano de acção para a comunicação social
https://paginaum.pt/2024/10/17/afastar-luis-delgado-da-trust-in-news-a-melhor-medida-para-moralizar-um-plano-de-accao-para-a-comunicacao-social/
O plano do Processo Especial de Revitalização (PER) da Trust in News é a mais descarada tentativa de Luís Delgado manter-se à frente do grupo de media dona da Visão (e de mais uma dezena e meia de títulos) para continuar a fazer o que melhor sabe: dar mais calotes. Só ao Estado já dei mais de 15 milhões em seis anos. O chumbo do PER e a passagem da empresa para processo de insolvência (que não significa encerramento da actividade mas a retirada imediata de Luís Delgado da gerência) é um passo para a moralização do sector dos media. Aprovar o plano é um sinal para haver maior regabofe e mão estendida ao Estado.
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O plano do Processo Especial de Revitalização (PER) da Trust in News é a mais descarada tentativa de Luís Delgado manter-se à frente do grupo de media dona da Visão (e de mais uma dezena e meia de títulos) para continuar a fazer o que melhor sabe: dar mais calotes. Só ao Estado já dei mais de 15 milhões em seis anos. O chumbo do PER e a passagem da empresa para processo de insolvência (que não significa encerramento da actividade mas a retirada imediata de Luís Delgado da gerência) é um passo para a moralização do sector dos media. Aprovar o plano é um sinal para haver maior regabofe e mão estendida ao Estado.
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Afastar Luís Delgado da Trust in News: a melhor medida para moralizar um plano de acção para a comunicação social
Editorial de Pedro Almeida Vieira
ANDERS TEGNELL, JOHN IOANNIDIS E OS AUTORES DA DECLARAÇÃO DE GREAT BARRINGTON MARCARAM PRESENÇA
Pandemia: Stanford reuniu peritos de excelência que estiveram do outro lado da ‘Narrativa’
https://paginaum.pt/2024/10/17/pandemia-stanford-reuniu-peritos-de-excelencia-que-estiveram-do-outro-lado-da-narrativa/
A ‘nata’ dos peritos que defenderam uma estratégia racional e ponderada de resposta à covid-19 esteve reunida numa conferência na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Trata-se de especialistas de topo que, durante a pandemia, ficaram do outro lado da ‘narrativa’ seguida pela generalidade dos governos e que significou a imposição de medidas radicais, como as que foram implementadas em Portugal, com resultados desastrosos ao nível da mortalidade e da economia. John Ioannidis, o epidemiologista mais conceituado do mundo, foi um dos marcou presença no evento, tal como Anders Tegnell, responsável pelas políticas covid-19 na Suécia, e Jay Bhattacharya e Sunetra Gupta, co-autores da Declaração de Great Barrington, que defendeu uma estratégia proporcional e moderada de resposta à pandemia. Tegnell falou sobre a forma como geriu a pandemia na Suécia e a importância de, em crises, haver um “diálogo inteligente com a população”. Disse ainda que muitos países seguiram as medidas extremas adoptadas pela China por acharem que seria a “solução mais fácil” a usar por pouco tempo, o que “nunca foi verdade”. Mas a apresentação de Ioannidis também se destacou no evento.
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A ‘nata’ dos peritos que defenderam uma estratégia racional e ponderada de resposta à covid-19 esteve reunida numa conferência na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Trata-se de especialistas de topo que, durante a pandemia, ficaram do outro lado da ‘narrativa’ seguida pela generalidade dos governos e que significou a imposição de medidas radicais, como as que foram implementadas em Portugal, com resultados desastrosos ao nível da mortalidade e da economia. John Ioannidis, o epidemiologista mais conceituado do mundo, foi um dos marcou presença no evento, tal como Anders Tegnell, responsável pelas políticas covid-19 na Suécia, e Jay Bhattacharya e Sunetra Gupta, co-autores da Declaração de Great Barrington, que defendeu uma estratégia proporcional e moderada de resposta à pandemia. Tegnell falou sobre a forma como geriu a pandemia na Suécia e a importância de, em crises, haver um “diálogo inteligente com a população”. Disse ainda que muitos países seguiram as medidas extremas adoptadas pela China por acharem que seria a “solução mais fácil” a usar por pouco tempo, o que “nunca foi verdade”. Mas a apresentação de Ioannidis também se destacou no evento.
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Pandemia: Stanford reuniu peritos de excelência que estiveram do outro lado da 'Narrativa'
Anders Tegnell, John Ioannidis e os autores da Declaração de Great Barrington marcaram presença
Na edição anterior, o PÁGINA UM superou as 200 mil leituras e alcançou quase 100 mil leitores. O acesso é livre e não temos publicidade. Temos apenas donativos. São os benefícios e as desvantagens d independência absoluta. Se cada leitor concedesse em média um media 10 cêntimos, conseguiríamos mudar a frequência para semanal. Assim, conseguimos, e com esforço, manter a frequência quinzenal.
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NUNO PALMA, ECONOMISTA E CO-AUTOR EM TRABALHO (EM CURSO) COM PRÉMIO NOBEL
‘Portugal tem instituições deficientes, que funcionam mal e que têm falta de transparência
https://paginaum.pt/2024/10/17/portugal-tem-instituicoes-deficientes-que-funcionam-mal-e-que-tem-falta-de-transparencia/
Nuno Palma é economista, professor na Universidade de Manchester e autor do livro ‘As causas do atraso português’. Numa breve entrevista por telefone, o economista falou ao PÁGINA UM acerca do trabalho de investigação sobre Angola que está actualmente a desenvolver em parceria com James Robinson, um dos três laureados com o Prémio Nobel da Economia deste ano. Nuno Palma não ficou surpreendido com a escolha da Academia sueca (foram também laureados Simon Johnson e Daron Acemoglu, autor do livro ‘Porque falham as nações’) e destacou a importância do trabalho desenvolvido pelos três investigadores. Notou que o trabalho dos três investigadores “enfatiza precisamente a importância que o bom funcionamento das instituições políticas tem para o crescimento económico e o bom funcionamento da economia propriamente dita“. Nesta entrevista, apontou que, no caso de Portugal, há falta de transparência nas principais instituições públicas, não existe instituições independentes, nem responsabilização ou a aplicação efectiva da lei. Assim, o economista considera que os portugueses vivem numa democracia limitada. Sobre a qualidade da investigação produzida pela ‘academia’ portuguesa, considera ser “muito fraquinha”.
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Nuno Palma é economista, professor na Universidade de Manchester e autor do livro ‘As causas do atraso português’. Numa breve entrevista por telefone, o economista falou ao PÁGINA UM acerca do trabalho de investigação sobre Angola que está actualmente a desenvolver em parceria com James Robinson, um dos três laureados com o Prémio Nobel da Economia deste ano. Nuno Palma não ficou surpreendido com a escolha da Academia sueca (foram também laureados Simon Johnson e Daron Acemoglu, autor do livro ‘Porque falham as nações’) e destacou a importância do trabalho desenvolvido pelos três investigadores. Notou que o trabalho dos três investigadores “enfatiza precisamente a importância que o bom funcionamento das instituições políticas tem para o crescimento económico e o bom funcionamento da economia propriamente dita“. Nesta entrevista, apontou que, no caso de Portugal, há falta de transparência nas principais instituições públicas, não existe instituições independentes, nem responsabilização ou a aplicação efectiva da lei. Assim, o economista considera que os portugueses vivem numa democracia limitada. Sobre a qualidade da investigação produzida pela ‘academia’ portuguesa, considera ser “muito fraquinha”.
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'Portugal tem instituições deficientes, que funcionam mal e que têm falta de transparência'
Nuno Palma, economista e co-autor em trabalho (em curso) com Prémio Nobel
VISTO DE FORA
Aprende Zelensky, que o Ricardo Salgado não está para durar
https://paginaum.pt/2024/10/17/aprende-zelensky-que-o-ricardo-salgado-nao-esta-para-durar/
A opinião de Tiago Franco na edição do PÁGINA UM mostra cono como o presidente da Ucrânia pode aprender com o ex-DDT português…
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Aprende Zelensky, que o Ricardo Salgado não está para durar
A opinião de Tiago Franco
CUSTOS DO MERCADO MUNICIPAL SUPERAM JÁ OS 8 MILHÕES DE EUROS
‘Obras de Santa Engrácia’ em Águeda desgraçam milhões de euros
https://paginaum.pt/2024/10/17/agueda/
Em Águeda deve achar-se que o dinheiro brota do chão como as hortaliças: um projecto de remodelação de um simples mercado municipal anda desde 2016 com projectos de empreitadas e alterações contratuais sem que as obras de requalificação terminem. Depois de um contrato de 2021 ter sido alterado duas vezes, a autarquia social-democrata decidiu, depois de já ter gastado cerca de 4 milhões de euros, que se pode gastar outro tanto, tendo celebrado no mês passado um novo contrato, desta vez por ajuste directo à mesma empresa que se tem mostrado incapaz de concluir a obra. De contrato em contrato, a ‘coisa’ ultrapassará os 8 milhões de euros. E não se sabe quando haverá ‘obra feita’, porque o histórico mostra que nada está garantido, excepto haver dinheiros públicos e falta de intervenção do Tribunal de Contas.
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Em Águeda deve achar-se que o dinheiro brota do chão como as hortaliças: um projecto de remodelação de um simples mercado municipal anda desde 2016 com projectos de empreitadas e alterações contratuais sem que as obras de requalificação terminem. Depois de um contrato de 2021 ter sido alterado duas vezes, a autarquia social-democrata decidiu, depois de já ter gastado cerca de 4 milhões de euros, que se pode gastar outro tanto, tendo celebrado no mês passado um novo contrato, desta vez por ajuste directo à mesma empresa que se tem mostrado incapaz de concluir a obra. De contrato em contrato, a ‘coisa’ ultrapassará os 8 milhões de euros. E não se sabe quando haverá ‘obra feita’, porque o histórico mostra que nada está garantido, excepto haver dinheiros públicos e falta de intervenção do Tribunal de Contas.
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Obras do mercado municipal superam já os 8 milhões de euros.
HORA POLÍTICA COM RICARDO CUNHA, PRESIDENTE DO SINDICATO NACIONAL DOS BOMBEIROS SAPADORES
‘Temos de negociar a pensar no futuro’
https://paginaum.pt/2024/10/17/temos-de-negociar-a-pensar-no-futuro/
Ricardo Cunha, presidente da Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores, é o rosto de um novo movimento que mobilizou quase metade do contingente dos regimentos de sapadores de várias cidades numa inédita e mediática manifestação nas escadarias da Assembleia da República. Defende melhores condições salariais para uma profissão de vital importância, pela sua capacidade e treino, mas de desgaste rápido. Nesta entrevista ao PÁGINA UM, Ricardo Cunha fala também sobre as especificidades de uma profissão que muitos ainda confundem com as actividades desempenhadas pelos bombeiros voluntários, mas cujas diferenças são abissais.
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Ricardo Cunha, presidente da Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores, é o rosto de um novo movimento que mobilizou quase metade do contingente dos regimentos de sapadores de várias cidades numa inédita e mediática manifestação nas escadarias da Assembleia da República. Defende melhores condições salariais para uma profissão de vital importância, pela sua capacidade e treino, mas de desgaste rápido. Nesta entrevista ao PÁGINA UM, Ricardo Cunha fala também sobre as especificidades de uma profissão que muitos ainda confundem com as actividades desempenhadas pelos bombeiros voluntários, mas cujas diferenças são abissais.
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Página Um
'Temos de negociar a pensar no futuro'
HORA POLÍTICA com Ricardo Cunha, Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores.
ESTÁTUA DA LIBERDADE
Um roubo de mais de oito mil milhões de euros
O Luís Gomes analisou o Orçamento do Estado e não ficou nada satisfeito. Para ler no PÁGINA UM.
https://paginaum.pt/2024/10/17/um-roubo-de-mais-de-oito-mil-milhoes-de-euros/
“[…] Lembram-se daquela célebre pérola proferida por estes parasitas há décadas: “se todos pagassem, todos pagariam menos”? Pois bem, agora que a máquina de extorsão não permite fugas, note-se como a expressão “evasão fiscal” — eufemismo para descrever a resistência a um assalto — desapareceu do discurso destes senhores […].”
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Um roubo de mais de oito mil milhões de euros
O Luís Gomes analisou o Orçamento do Estado e não ficou nada satisfeito. Para ler no PÁGINA UM.
https://paginaum.pt/2024/10/17/um-roubo-de-mais-de-oito-mil-milhoes-de-euros/
“[…] Lembram-se daquela célebre pérola proferida por estes parasitas há décadas: “se todos pagassem, todos pagariam menos”? Pois bem, agora que a máquina de extorsão não permite fugas, note-se como a expressão “evasão fiscal” — eufemismo para descrever a resistência a um assalto — desapareceu do discurso destes senhores […].”
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Um roubo de mais de oito mil milhões de euros
Estátua da Liberdade - A opinião de Luís Gomes
COMPLEXO TITANIC
O auricular
O Ruy Otero em grande forma, no PÁGINA UM, aqui:
https://paginaum.pt/2024/10/17/o-auricular/
“[…] Concluo esta defesa, propondo que larguem de vez os auriculares para provarem aos primeiros-ministros dos diferentes países que não recebem recados de ninguém.
Aliás proponho também que tanto primeiros-ministros, como jornalistas, comecem a usar apenas nas suas encenações e conferências, um nariz de palhaço.
Nada de tecnologia. Polui demais.”
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O Ruy Otero em grande forma, no PÁGINA UM, aqui:
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“[…] Concluo esta defesa, propondo que larguem de vez os auriculares para provarem aos primeiros-ministros dos diferentes países que não recebem recados de ninguém.
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O auricular
Uma rubrica com reflexões e conjecturas, convenientemente ilustradas, de Ruy Otero..
RECENSÃO: O DIA QUE MUDOU ISRAEL
Maniqueísmos, ou o Médio Oriente sob viés
Sobre o livro ‘O dia que mudou Israel’, de Helena Ferro de Gouveia (Oficina do Livro)
Avaliação: 6/ 20 (mas pode ser 16/20 para quem aprecia um viés)
https://paginaum.pt/2024/10/17/maniqueismos-ou-o-medio-oriente-sob-vies/
“[…] Livros como este, o de Helena Ferro de Gouveia, ‘nascem’ não para informar ou esclarecer, ou ainda para reflectir, mas sim para emocionar, expondo o sofrimento de uma das partes no conflito do Médio Oriente, e assim justificar acções ou reacções. É a tradicional obra de propaganda de um dos lados com uma visão maniqueísta, algo problemático para quem se orgulha dos anos de jornalista e de uma suposta mundividência por já se ter trabalhado “em mais de cinquenta países em quatro continentes”. Esta visão, em que se retrata um lado como vítima absoluta e o outro como opressor incontornável, é pouco compatível com a complexidade histórica e política do conflito israelita-palestiniano, um dos mais longos e intrincados do Mundo contemporâneo, mas sobre o qual a autora passa intencionalmente ao lado […].”
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Sobre o livro ‘O dia que mudou Israel’, de Helena Ferro de Gouveia (Oficina do Livro)
Avaliação: 6/ 20 (mas pode ser 16/20 para quem aprecia um viés)
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“[…] Livros como este, o de Helena Ferro de Gouveia, ‘nascem’ não para informar ou esclarecer, ou ainda para reflectir, mas sim para emocionar, expondo o sofrimento de uma das partes no conflito do Médio Oriente, e assim justificar acções ou reacções. É a tradicional obra de propaganda de um dos lados com uma visão maniqueísta, algo problemático para quem se orgulha dos anos de jornalista e de uma suposta mundividência por já se ter trabalhado “em mais de cinquenta países em quatro continentes”. Esta visão, em que se retrata um lado como vítima absoluta e o outro como opressor incontornável, é pouco compatível com a complexidade histórica e política do conflito israelita-palestiniano, um dos mais longos e intrincados do Mundo contemporâneo, mas sobre o qual a autora passa intencionalmente ao lado […].”
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Maniqueísmos, ou o Médio Oriente sob viés
Recensão: Pare de (tentar) agradar aos outros
FIQUE CULTO NESTE VERÃO
A nossa última homenagem a tudo o que ninguém sabia que Darwin disse
A última crónica de Clara-Pinto Correia sobre Darwin (e outras estórias). Regressa com A Deriva dos Continentes na próxima edição.
E aqui continuamos a preparar a próxima edição…
https://paginaum.pt/2024/10/17/a-nossa-ultima-homenagem-a-tudo-o-que-ninguem-sabia-que-darwin-disse/
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A nossa última homenagem a tudo o que ninguém sabia que Darwin disse
A escritora e bióloga Clara Pinto Correia revisita Charles Darwin, mas mais com estórias do que com História.
ESPECIAL: Luís Delgado e gerentes da dona da Visão arriscam ficar atrás das grades se Processo Especial de Revitalização for chumbado
Trust in News: Tribunal da Relação confirma pena de prisão por abuso de confiança fiscal agravado
https://paginaum.pt/2024/10/25/trust-in-news-tribunal-pena-de-prisao-abuso-de-confianca-fiscal/
"O Grupo Impresa respirou de alívio quando, em 2018, vendeu o seu deficitário portefólio de revistas, que incluía a Visão e a Exame, ao antigo jornalista Luís Delgado. Seis anos depois, a Trust in News, que tem um capital social de apenas 10 mil euros detido integralmente por Delgado, soma já 32 milhões de euros em dívidas, dos quais mais de 17 milhões ao Estado. Algumas destas dívidas fiscais e à Segurança Social, apesar da ‘protecção política’ durante o Governo Costa, acabaram por ir parar aos tribunais. Esta semana, o Tribunal da Relação de Lisboa confirmou uma pena de prisão de dois anos e um mês a Luís Delgado e aos outros dois gerentes da Trust in News, por uma dívida ao Fisco de 828 mil euros contraída em 2018. A pena foi suspensa por cinco anos sob a condição de ser saldada a dívida. Mas o calote nunca parou de aumentar e a dívida de 2018 representa agora apenas 5% daquilo que Luís Delgado deve ao Estado. Nos próximos dias, o Governo Montenegro votará, no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER), se vai continuar a confiar em Luís Delgado, e no seu ‘histórico’, ou se exigirá o seu afastamento preferindo que se avance para a insolvência. Nessas circunstâncias, Delgado arrisca ficar atrás das grades por abuso de confiança fiscal."
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Trust in News: Tribunal da Relação confirma pena de prisão por abuso de confiança fiscal agravado
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"O Grupo Impresa respirou de alívio quando, em 2018, vendeu o seu deficitário portefólio de revistas, que incluía a Visão e a Exame, ao antigo jornalista Luís Delgado. Seis anos depois, a Trust in News, que tem um capital social de apenas 10 mil euros detido integralmente por Delgado, soma já 32 milhões de euros em dívidas, dos quais mais de 17 milhões ao Estado. Algumas destas dívidas fiscais e à Segurança Social, apesar da ‘protecção política’ durante o Governo Costa, acabaram por ir parar aos tribunais. Esta semana, o Tribunal da Relação de Lisboa confirmou uma pena de prisão de dois anos e um mês a Luís Delgado e aos outros dois gerentes da Trust in News, por uma dívida ao Fisco de 828 mil euros contraída em 2018. A pena foi suspensa por cinco anos sob a condição de ser saldada a dívida. Mas o calote nunca parou de aumentar e a dívida de 2018 representa agora apenas 5% daquilo que Luís Delgado deve ao Estado. Nos próximos dias, o Governo Montenegro votará, no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER), se vai continuar a confiar em Luís Delgado, e no seu ‘histórico’, ou se exigirá o seu afastamento preferindo que se avance para a insolvência. Nessas circunstâncias, Delgado arrisca ficar atrás das grades por abuso de confiança fiscal."
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Trust in News: Tribunal da Relação confirma pena de prisão por abuso de confiança fiscal agravado
Luís Delgado e gerentes da dona da Visão arriscam ficar atrás das grades se Processo Especial de Revitalização for chumbado.
DESTARTE
O arco e a flecha
A vida tentará vergar-te, mas a flecha, que do teu arco sair, voará em linha recta.
A ilustração de Bruno Rama com legenda de Pedro Almeida Vieira
https://paginaum.pt/2024/10/17/o-arco-e-a-flecha/
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O arco e a flecha
A vida tentará vergar-te, mas a flecha, que do teu arco sair, voará em linha recta.
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O arco e a flecha
A ilustração de Bruno Rama, com legenda de Pedro Almeida Vieira.
Editorial de Pedro Almeida Vieira (edição especial)
A filantropia de fachada, ou a derrota do Estado Social
https://paginaum.pt/2024/10/28/a-filantropia-de-fachada-ou-a-derrota-do-estado-social/
"[...] Uma angariação de fundos desta natureza, para apoiar vítimas, protagonizada por pessoas como Helena Ferro de Gouveia (e o mesmo se aplicaria se fosse a Madre Teresa de Calcutá) causa-me estupefacção: a sua própria existência significa uma fortíssima percepção de que, para os cidadãos e contribuintes, o Estado Social não dá respostas dignas, eficazes e rápidas, e que tem de ser a iniciativa ‘privada’ a fazer aquilo que o Estado e Governo são incapazes de fazer. Não podemos sentir isso do Estado nem é admissível que os representantes do Estado - ou seja, um Governo - o permita. [...]"
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A filantropia de fachada, ou a derrota do Estado Social
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"[...] Uma angariação de fundos desta natureza, para apoiar vítimas, protagonizada por pessoas como Helena Ferro de Gouveia (e o mesmo se aplicaria se fosse a Madre Teresa de Calcutá) causa-me estupefacção: a sua própria existência significa uma fortíssima percepção de que, para os cidadãos e contribuintes, o Estado Social não dá respostas dignas, eficazes e rápidas, e que tem de ser a iniciativa ‘privada’ a fazer aquilo que o Estado e Governo são incapazes de fazer. Não podemos sentir isso do Estado nem é admissível que os representantes do Estado - ou seja, um Governo - o permita. [...]"
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