Forwarded from Pedidos de Oração
Intenção anônima: Peço que rezem pela Val, que está com os rins parando e teve uma infecção, é urgente, ela tem uma filha bebezinha. 💔
_PRIMEIRA SEMANA DA QUARESMA_
*Domingo. Jesus no deserto e as tentações das almas escolhidas*
_Iesus ductus est in desertum a spiritu, ut tentaretur a diabolo_ - "Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo" (Mt 4, 1)
Sumário. _Meu irmão, se o Senhor permite que sejas tentado, não desanimes, porquanto vê nisso um sinal de que Ele te ama e te quer fazer mais semelhante a Jesus Cristo, que, como refere o Evangelho de hoje, foi também tentado. Esforça-te, porém, a exemplo do próprio Redentor, por empregar todos os meios para seres vencedor. Especialmente refreia as tuas pequenas paixões desordenadas, mortificando-as pela penitência e recorre sempre a Deus pela oração contínua._
I. Os trabalhos que mais afligem nesta vida às almas amantes de Deus, não são tanto a pobreza, a enfermidade e as perseguições, como as tentações e as securas espirituais. Quando a alma goza da amorosa presença de Deus, todas as tribulações, em vez de a afligirem, mais a consolam, fornecendo-lhe a ocasião para oferecer a Deus algum penhor de seu amor. Mas ver-se pela tentação em perigo de perder a graça divina e temer na secura que já a perdeu, é isso uma pena demasiado amarga para quem ama deveras a Deus. Observemos, porém que é esta a sorte comum das almas santas: _Quia acceptus eras Deo, necesse fuit, ut tentatio probaret te (Tb 12, 13) - *"Porque eras aceito de Deus, por isso foi necessário que a tentação te provasse"*_.
Quem foi mais santo do que Jesus Cristo? Todavia *ele foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo*. Em primeiro lugar, foi tentado de gula, porque _"tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve fome. E chegando-se a Ele o tentador, disse: Se és Filho de Deus, dize que estas pedras se convertam em pães"._
Depois foi tentado de presunção, porque _"o diabo o transportou à cidade santa e O pôs sobre o pináculo do templo e Lhe disse: Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Recomendou-te aos seus anjos, e eles te levarão nas palmas das mãos, a fim de que nem sequer tropeces numa pedra"_. Finalmente foi tentado de idolatria; porque o diabo, vendo-se vencido uma outra vez, _"o transportou ainda a um monte muito alto, e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e Lhe disse: Todas estas coisas te darei, se prostrado me adorares"._
Uma alma, pois, por se ver tentada, não deve ainda temer como se já tivesse caído no desagrado de Deus, que a quer tornar mais semelhante a seu Filho unigênito e dar-lhe ocasião para adquirir grandes méritos para o céu. _Quoties vincimus, toties coronamur - *"Cada vitória é uma nova coroa"*_, diz São Bernardo.
II. Os meios de que nos devemos servir para vencer as tentações são os mesmos que nosso divino Redentor nos ensina com o seu exemplo no Evangelho de hoje. _Cum ieiunasset quadraginta diebus - Jesus jejuou quarenta dias_. Para vencermos todas as tentações, e em particular a dos sentidos, é mister que nós também, especialmente neste tempo de Quaresma, mortifiquemos a carne pelo jejum, pela penitência, e pelo recolhimento, e que ao mesmo tempo avigoremos o espírito com meditações e orações, porque _*não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus*_.
_Non tentabis Dominum Deum tuum - *"Não tentarás ao Senhor teu Deus"*_. Para vencermos as tentações, devemos em segundo lugar evitar as ocasiões de pecado. Aqueles que se expõem voluntariamente aos perigos e não pretendem cair, tentam Deus para fazer milagres. A custódia dos anjos, diz São Bernardo, é prometida a quem caminha nos caminhos de Deus, _viis suis_, e não àquele que se expõe voluntariamente ao perigo de cair num abismo. _Vade, Satana - *"Vai-te, Satanás"*_.
Finalmente o terceiro meio para sairmos vencedores, consiste em expulsarmos o demônio inteiramente de nossa alma e em estarmos resolvidos _*a adorar a Deus, Nosso Senhor, e servi-Lo a Ele só*_. Oh! Quantos há que não cuidam em refrear as suas paixões nascentes e que imaginam poder servir a dois senhores.
*Domingo. Jesus no deserto e as tentações das almas escolhidas*
_Iesus ductus est in desertum a spiritu, ut tentaretur a diabolo_ - "Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo" (Mt 4, 1)
Sumário. _Meu irmão, se o Senhor permite que sejas tentado, não desanimes, porquanto vê nisso um sinal de que Ele te ama e te quer fazer mais semelhante a Jesus Cristo, que, como refere o Evangelho de hoje, foi também tentado. Esforça-te, porém, a exemplo do próprio Redentor, por empregar todos os meios para seres vencedor. Especialmente refreia as tuas pequenas paixões desordenadas, mortificando-as pela penitência e recorre sempre a Deus pela oração contínua._
I. Os trabalhos que mais afligem nesta vida às almas amantes de Deus, não são tanto a pobreza, a enfermidade e as perseguições, como as tentações e as securas espirituais. Quando a alma goza da amorosa presença de Deus, todas as tribulações, em vez de a afligirem, mais a consolam, fornecendo-lhe a ocasião para oferecer a Deus algum penhor de seu amor. Mas ver-se pela tentação em perigo de perder a graça divina e temer na secura que já a perdeu, é isso uma pena demasiado amarga para quem ama deveras a Deus. Observemos, porém que é esta a sorte comum das almas santas: _Quia acceptus eras Deo, necesse fuit, ut tentatio probaret te (Tb 12, 13) - *"Porque eras aceito de Deus, por isso foi necessário que a tentação te provasse"*_.
Quem foi mais santo do que Jesus Cristo? Todavia *ele foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo*. Em primeiro lugar, foi tentado de gula, porque _"tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve fome. E chegando-se a Ele o tentador, disse: Se és Filho de Deus, dize que estas pedras se convertam em pães"._
Depois foi tentado de presunção, porque _"o diabo o transportou à cidade santa e O pôs sobre o pináculo do templo e Lhe disse: Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Recomendou-te aos seus anjos, e eles te levarão nas palmas das mãos, a fim de que nem sequer tropeces numa pedra"_. Finalmente foi tentado de idolatria; porque o diabo, vendo-se vencido uma outra vez, _"o transportou ainda a um monte muito alto, e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e Lhe disse: Todas estas coisas te darei, se prostrado me adorares"._
Uma alma, pois, por se ver tentada, não deve ainda temer como se já tivesse caído no desagrado de Deus, que a quer tornar mais semelhante a seu Filho unigênito e dar-lhe ocasião para adquirir grandes méritos para o céu. _Quoties vincimus, toties coronamur - *"Cada vitória é uma nova coroa"*_, diz São Bernardo.
II. Os meios de que nos devemos servir para vencer as tentações são os mesmos que nosso divino Redentor nos ensina com o seu exemplo no Evangelho de hoje. _Cum ieiunasset quadraginta diebus - Jesus jejuou quarenta dias_. Para vencermos todas as tentações, e em particular a dos sentidos, é mister que nós também, especialmente neste tempo de Quaresma, mortifiquemos a carne pelo jejum, pela penitência, e pelo recolhimento, e que ao mesmo tempo avigoremos o espírito com meditações e orações, porque _*não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus*_.
_Non tentabis Dominum Deum tuum - *"Não tentarás ao Senhor teu Deus"*_. Para vencermos as tentações, devemos em segundo lugar evitar as ocasiões de pecado. Aqueles que se expõem voluntariamente aos perigos e não pretendem cair, tentam Deus para fazer milagres. A custódia dos anjos, diz São Bernardo, é prometida a quem caminha nos caminhos de Deus, _viis suis_, e não àquele que se expõe voluntariamente ao perigo de cair num abismo. _Vade, Satana - *"Vai-te, Satanás"*_.
Finalmente o terceiro meio para sairmos vencedores, consiste em expulsarmos o demônio inteiramente de nossa alma e em estarmos resolvidos _*a adorar a Deus, Nosso Senhor, e servi-Lo a Ele só*_. Oh! Quantos há que não cuidam em refrear as suas paixões nascentes e que imaginam poder servir a dois senhores.
Mas depois, ao primeiro assalto mais forte de qualquer tentação, acabam por cair e perder-se eternamente!
O meu amabilíssimo Jesus, vejo que no passado caí e recaí tão miseravelmente, porque me descuidei de imitar os vossos divinos exemplos. Arrependo-me de todo o coração; peço-Vos perdão e prometo que para o futuro serei mais cuidadoso. Mas fortalecei a minha fraqueza. Eu Vo-lo peço pela mortificação que praticastes, abstendo-Vos por quarenta dias de toda a alimentação, e pela humildade que mostrastes, permitindo ao demônio que Vos tentasse como a qualquer outro filho de Adão.
"Ó Deus, que purificais a vossa Igreja com a anual abstinência quaresmal: concedei à vossa família, que com boas obras execute o que de Vós deseja obter com a sua abstinência." (Or. Dom. curr.). † _Doce Coração de Maria, sede minha salvação._
O meu amabilíssimo Jesus, vejo que no passado caí e recaí tão miseravelmente, porque me descuidei de imitar os vossos divinos exemplos. Arrependo-me de todo o coração; peço-Vos perdão e prometo que para o futuro serei mais cuidadoso. Mas fortalecei a minha fraqueza. Eu Vo-lo peço pela mortificação que praticastes, abstendo-Vos por quarenta dias de toda a alimentação, e pela humildade que mostrastes, permitindo ao demônio que Vos tentasse como a qualquer outro filho de Adão.
"Ó Deus, que purificais a vossa Igreja com a anual abstinência quaresmal: concedei à vossa família, que com boas obras execute o que de Vós deseja obter com a sua abstinência." (Or. Dom. curr.). † _Doce Coração de Maria, sede minha salvação._
Forwarded from ♰ Intenções de Oração ♰
Esther - para que eu consiga me casar com meu noivo.
*Sábado. Segunda dor de Maria Santíssima - Fugida para o Egito*
_Accipe puerum et matrem eius, et fuge in Aegyptum_ - "Toma o Menino e sua Mãe, e foge para o Egito" (Mt 2, 13)
Sumário. _A profecia de São Simeão acerca da Paixão de Jesus e das dores de Maria começou desde logo a realizar-se na fugida que teve de fazer para o Egito, a fim de subtrair o Filho à perseguição de Herodes. Pobre Mãe! Quanto não devia ela sofrer tanto na viagem como durante a sua permanência naquele país entre os infiéis! Vendo a Sagrada Família na sua fugida, lembremo-nos que nós também somos peregrinos sobre a terra. Para sentirmos menos os sofrimentos do exílio, à imitação de São José, tenhamos conosco no coração a Jesus e Maria._
I. Como cerva, que ferida pela flecha, aonde vai leva a sua dor, trazendo sempre consigo a flecha que a feriu; assim a divina Mãe, depois da profecia funesta de São Simeão, levava sempre consigo a sua dor com a memória contínua da paixão do Filho. Tanto mais, que aquela profecia começou desde logo a realizar-se na fugida que o Menino Jesus teve de fazer para o Egito, a fim de se subtrair à perseguição de Herodes: _Surge et accipe puerum et matrem eius et fuge in Aegyptum - *"Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe, e foge para o Egito"*_.
Que pena, exclama São João Crisóstomo, devia causar ao Coração de Maria, o ouvir a intimação daquele duro exílio com seu Filho! "Ó Deus", disse então Maria suspirando, como contempla o Bem-aventurado Alberto Magno, *"deve, pois fugir dos homens aquele que veio a salvar os homens?"*. Cada um pode considerar quanto padeceu a Santíssima Virgem naquela viagem. A estrada, conforme a descrição de São Boaventura, era áspera, desconhecida, cheia de bosques, pouco frequentada, e sobretudo muito longa, de modo que a viagem foi ao menos de trinta dias. O tempo era de inverno; por isso tiveram de viajar com neves, chuvas e ventos, por caminhos arruinados, cheios de lama, sem terem quem os guiasse ou servisse. Maria tinha então quinze anos, e era uma donzela delicada, não acostumada a semelhantes viagens. Que dó fazia ver aquela Virgenzinha com o Menino nos braços e acompanhada somente de São José!
Pergunta São Boaventura: _Quomodo faciebant de victu? Ubi nocte quiescebant? - *"De que alimentavam-se? Onde passavam as noites?"*_ E de que outra coisa podiam alimentar-se, senão de um pedaço de pão duro, trazido por São José, ou mendigado? Onde deviam dormir, especialmente no extenso deserto pelo qual deviam passar, senão sobre a terra, ao relento, com perigo de ladrões ou de feras em que abunda o Egito? Oh! Quem tivera encontrado aqueles três grandes personagens, por quem as haveria então reputado senão por três pobres mendigos e vagabundos?
II. Opina Santo Anselmo que os santos peregrinos no Egito habitaram a cidade de Heliópolis. Considere-se aqui a grande pobreza em que deviam viver nos sete anos que ali permaneceram, como afirmam Santo Antônio, Santo Tomás e outros. Eram estrangeiros, desconhecidos, sem rendimentos, sem dinheiro, sem parentes. Como diz São Basílio, chegaram com dificuldade a sustentar-se com os seus pobres trabalhos. Escreve Landolfo de Saxônia (e isto seja dito para consolação dos pobres), que Maria se achava em tão grande pobreza, que algumas vezes não tinha nem sequer um pouco de pão, que o Filho lhe pedia, obrigado pela fome.
Ver assim Jesus, Maria e José andarem fugitivos, peregrinando por este mundo, ensina-nos que também devemos viver nesta terra como peregrinos, sem que nos apeguemos aos bens que o mundo oferece, pois que em breve os havemos de deixar e de ir para a eternidade: _Non habemus hic manentem civitatem, sed futuram inquirimus (Hb 13, 14) - *"Não temos aqui cidade permanente, mas procuramos a futura"*_. Demais, ensina-nos que abracemos as cruzes, já que neste mundo não se pode viver sem cruz.
_Accipe puerum et matrem eius, et fuge in Aegyptum_ - "Toma o Menino e sua Mãe, e foge para o Egito" (Mt 2, 13)
Sumário. _A profecia de São Simeão acerca da Paixão de Jesus e das dores de Maria começou desde logo a realizar-se na fugida que teve de fazer para o Egito, a fim de subtrair o Filho à perseguição de Herodes. Pobre Mãe! Quanto não devia ela sofrer tanto na viagem como durante a sua permanência naquele país entre os infiéis! Vendo a Sagrada Família na sua fugida, lembremo-nos que nós também somos peregrinos sobre a terra. Para sentirmos menos os sofrimentos do exílio, à imitação de São José, tenhamos conosco no coração a Jesus e Maria._
I. Como cerva, que ferida pela flecha, aonde vai leva a sua dor, trazendo sempre consigo a flecha que a feriu; assim a divina Mãe, depois da profecia funesta de São Simeão, levava sempre consigo a sua dor com a memória contínua da paixão do Filho. Tanto mais, que aquela profecia começou desde logo a realizar-se na fugida que o Menino Jesus teve de fazer para o Egito, a fim de se subtrair à perseguição de Herodes: _Surge et accipe puerum et matrem eius et fuge in Aegyptum - *"Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe, e foge para o Egito"*_.
Que pena, exclama São João Crisóstomo, devia causar ao Coração de Maria, o ouvir a intimação daquele duro exílio com seu Filho! "Ó Deus", disse então Maria suspirando, como contempla o Bem-aventurado Alberto Magno, *"deve, pois fugir dos homens aquele que veio a salvar os homens?"*. Cada um pode considerar quanto padeceu a Santíssima Virgem naquela viagem. A estrada, conforme a descrição de São Boaventura, era áspera, desconhecida, cheia de bosques, pouco frequentada, e sobretudo muito longa, de modo que a viagem foi ao menos de trinta dias. O tempo era de inverno; por isso tiveram de viajar com neves, chuvas e ventos, por caminhos arruinados, cheios de lama, sem terem quem os guiasse ou servisse. Maria tinha então quinze anos, e era uma donzela delicada, não acostumada a semelhantes viagens. Que dó fazia ver aquela Virgenzinha com o Menino nos braços e acompanhada somente de São José!
Pergunta São Boaventura: _Quomodo faciebant de victu? Ubi nocte quiescebant? - *"De que alimentavam-se? Onde passavam as noites?"*_ E de que outra coisa podiam alimentar-se, senão de um pedaço de pão duro, trazido por São José, ou mendigado? Onde deviam dormir, especialmente no extenso deserto pelo qual deviam passar, senão sobre a terra, ao relento, com perigo de ladrões ou de feras em que abunda o Egito? Oh! Quem tivera encontrado aqueles três grandes personagens, por quem as haveria então reputado senão por três pobres mendigos e vagabundos?
II. Opina Santo Anselmo que os santos peregrinos no Egito habitaram a cidade de Heliópolis. Considere-se aqui a grande pobreza em que deviam viver nos sete anos que ali permaneceram, como afirmam Santo Antônio, Santo Tomás e outros. Eram estrangeiros, desconhecidos, sem rendimentos, sem dinheiro, sem parentes. Como diz São Basílio, chegaram com dificuldade a sustentar-se com os seus pobres trabalhos. Escreve Landolfo de Saxônia (e isto seja dito para consolação dos pobres), que Maria se achava em tão grande pobreza, que algumas vezes não tinha nem sequer um pouco de pão, que o Filho lhe pedia, obrigado pela fome.
Ver assim Jesus, Maria e José andarem fugitivos, peregrinando por este mundo, ensina-nos que também devemos viver nesta terra como peregrinos, sem que nos apeguemos aos bens que o mundo oferece, pois que em breve os havemos de deixar e de ir para a eternidade: _Non habemus hic manentem civitatem, sed futuram inquirimus (Hb 13, 14) - *"Não temos aqui cidade permanente, mas procuramos a futura"*_. Demais, ensina-nos que abracemos as cruzes, já que neste mundo não se pode viver sem cruz.
A Bem-aventurada Verônica de Binasco, Agostiniana, foi levada em espírito a acompanhar Maria com o Menino Jesus na viagem ao Egito, finda a qual lhe disse a divina Mãe: "Filha, acabas de ver com quantas fadigas chegamos a este país; sabe, pois, que ninguém recebe graças sem padecer".
Quem deseja sentir menos os trabalhos desta vida, deve, à imitação de São José, tomar consigo Jesus e Maria: _Accipe puerum et matrem eius - *"Toma o Menino e sua Mãe"*_. A quem pelo amor traz no coração este Filho e esta Mãe, se lhe tornam leves, quiçá doces e estimáveis, todas as penas. Amemo-los, pois, e consolemos a Maria acolhendo o seu Filho dentro dos nossos corações, que ainda hoje é continuamente perseguido pelos homens com os seus pecados.
Quem deseja sentir menos os trabalhos desta vida, deve, à imitação de São José, tomar consigo Jesus e Maria: _Accipe puerum et matrem eius - *"Toma o Menino e sua Mãe"*_. A quem pelo amor traz no coração este Filho e esta Mãe, se lhe tornam leves, quiçá doces e estimáveis, todas as penas. Amemo-los, pois, e consolemos a Maria acolhendo o seu Filho dentro dos nossos corações, que ainda hoje é continuamente perseguido pelos homens com os seus pecados.
Forwarded from Auxilium Christianorum
São José, Modelo de Paciência
Meditação para o Dia 19 de Março
Da vida de São José nada consta de extraordinário. Tudo simples. Não foi um taumaturgo, não fez milagres em vida, não profetizou, não consta fenômeno algum, a seu respeito, da natureza daqueles que, à leitura da vida de alguns santos, arrebatam-nos a admiração. O milagre maior do Santo Patriarca foi o do seu abandono e conformidade à Vontade de Deus. Que modelo de paciência! Pensa em abandonar a Esposa após a encarnação do Verbo. É avisado pelo Anjo e sem demora obedece. Nasce Jesus na pobre manjedoura, e ali está São José, cheio de amor e confiança, adorando o Verbo feito Homem. Que paciência ante os desprezos de Belém, quando procurava uma hospedagem! O Anjo de novo o avisa. Foge para o Egito com Maria e o Deus pequenino. Sofre no exílio privações, insultos e mil reveses. Sempre paciente, abandonado e confiante. Recebe nova ordem do Céu. Volta para Nazaré e ali vive no silêncio, na simplicidade, na mais profunda humildade, a vida comum de um operário pobre. Morre nos braços de Jesus e Maria. Vida tão simples! A virtude heroica de São José foi o abandono, que é a perfeição do amor. O coração de São José foi, por certo, o coração de um serafim, todo abrasado de Amor Divino. E como o abandono é o fruto mais belo do Amor, pode-se imaginar qual seria a vida de confiança e abandono de São José!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 90)
Meditação para o Dia 19 de Março
Da vida de São José nada consta de extraordinário. Tudo simples. Não foi um taumaturgo, não fez milagres em vida, não profetizou, não consta fenômeno algum, a seu respeito, da natureza daqueles que, à leitura da vida de alguns santos, arrebatam-nos a admiração. O milagre maior do Santo Patriarca foi o do seu abandono e conformidade à Vontade de Deus. Que modelo de paciência! Pensa em abandonar a Esposa após a encarnação do Verbo. É avisado pelo Anjo e sem demora obedece. Nasce Jesus na pobre manjedoura, e ali está São José, cheio de amor e confiança, adorando o Verbo feito Homem. Que paciência ante os desprezos de Belém, quando procurava uma hospedagem! O Anjo de novo o avisa. Foge para o Egito com Maria e o Deus pequenino. Sofre no exílio privações, insultos e mil reveses. Sempre paciente, abandonado e confiante. Recebe nova ordem do Céu. Volta para Nazaré e ali vive no silêncio, na simplicidade, na mais profunda humildade, a vida comum de um operário pobre. Morre nos braços de Jesus e Maria. Vida tão simples! A virtude heroica de São José foi o abandono, que é a perfeição do amor. O coração de São José foi, por certo, o coração de um serafim, todo abrasado de Amor Divino. E como o abandono é o fruto mais belo do Amor, pode-se imaginar qual seria a vida de confiança e abandono de São José!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 90)
Forwarded from ♰ MEDITAÇÕES CATÓLICAS TRADICIONAIS DIÁRIAS ♰ (Antonio Caio Rodrigues)
Forwarded from ♰ MEDITAÇÕES CATÓLICAS TRADICIONAIS DIÁRIAS ♰ (Antonio Caio Rodrigues)
Meditação para o Dia 02 de Abril
Tudo tem seu Tempo!
A divina Providência nos prepara de tal forma os dias e horas e acontecimentos de nossa vida, que tudo vem a seu tempo, já marcado nos desígnios eternos. E estejamos bem certos disso – para nosso bem ou em mira do nosso bem eterno. Se soubermos aproveitar as ocasiões, se não abusarmos de nossa liberdade, podemos ganhar, a cada instante, ricos tesouros de graças e méritos para o Céu. A doença, como a saúde, vem a seu tempo. Há tempo de gozar e tempo de sofrer, tempo de rir e tempo de chorar. Veio a doença? Resignemo-nos.
"Agora Nosso Senhor me quer sofrendo com Ele na cruz. Quisera trabalhar, realizar tantos projetos para a glória de Deus e o bem das almas! Por que me crucifica Deus em um leito, justamente agora, quando ia realizar meus projetos?"
– Assim dizem muitos, desolados. E se queixam e quase blasfemam da Divina Providência! Que insensatez! Deus não precisa de nós! Qualquer instrumento Lhe serve para realizar os seus desígnios e salvar as almas. Não sejamos tão presunçosos. Resignemo-nos. Quando Deus nos convida ao sofrimento, dispensa-nos da ação – diz São Francisco de Sales. – Por isso – acrescenta o Santo – uma hora de sofrimento por amor e submissão à Vontade de Deus vale mais do que muitos dias de trabalhos, feitos com menos amor. Tudo tem seu tempo! Agora é tempo de sofrer? Aceito, Jesus! Seja o que Vós quiserdes!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 105)
@LITURGIA_TRADICIONAL
Tudo tem seu Tempo!
A divina Providência nos prepara de tal forma os dias e horas e acontecimentos de nossa vida, que tudo vem a seu tempo, já marcado nos desígnios eternos. E estejamos bem certos disso – para nosso bem ou em mira do nosso bem eterno. Se soubermos aproveitar as ocasiões, se não abusarmos de nossa liberdade, podemos ganhar, a cada instante, ricos tesouros de graças e méritos para o Céu. A doença, como a saúde, vem a seu tempo. Há tempo de gozar e tempo de sofrer, tempo de rir e tempo de chorar. Veio a doença? Resignemo-nos.
"Agora Nosso Senhor me quer sofrendo com Ele na cruz. Quisera trabalhar, realizar tantos projetos para a glória de Deus e o bem das almas! Por que me crucifica Deus em um leito, justamente agora, quando ia realizar meus projetos?"
– Assim dizem muitos, desolados. E se queixam e quase blasfemam da Divina Providência! Que insensatez! Deus não precisa de nós! Qualquer instrumento Lhe serve para realizar os seus desígnios e salvar as almas. Não sejamos tão presunçosos. Resignemo-nos. Quando Deus nos convida ao sofrimento, dispensa-nos da ação – diz São Francisco de Sales. – Por isso – acrescenta o Santo – uma hora de sofrimento por amor e submissão à Vontade de Deus vale mais do que muitos dias de trabalhos, feitos com menos amor. Tudo tem seu tempo! Agora é tempo de sofrer? Aceito, Jesus! Seja o que Vós quiserdes!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 105)
@LITURGIA_TRADICIONAL
Rumo à Santidade
Tudo tem seu Tempo!
Meditação para o Dia 02 de Abril
A divina Providência nos prepara de tal forma os dias e horas e acontecimentos de nossa vida, que tudo vem a seu tempo, já marcado nos desígnios eternos. E estejamos bem certos disso – para nosso bem ou em mira do nosso bem…
A divina Providência nos prepara de tal forma os dias e horas e acontecimentos de nossa vida, que tudo vem a seu tempo, já marcado nos desígnios eternos. E estejamos bem certos disso – para nosso bem ou em mira do nosso bem…
Forwarded from ♰ MEDITAÇÕES CATÓLICAS TRADICIONAIS DIÁRIAS ♰ (Antonio Caio Rodrigues)
Forwarded from ♰ MEDITAÇÕES CATÓLICAS TRADICIONAIS DIÁRIAS ♰ (Antonius)
Calvário e Tabor
Meditação para o Dia 03 de Abril
Muitos querem servir a Deus no Tabor e bem poucos o querem no Calvário. No Tabor da saúde, que diligência, que zelo, que boa vontade! As orações se prolongam por longos minutos, e até por horas, ao pé do Sacrário. Louvam, bendizem ao Senhor como o Profeta-Rei em todas as maravilhas da criação. Cantam o “Magnificat” e o “Te-Deum”. Veio o calvário da doença, com a cruz do leito, os cravos e feridas, dores por todo o corpo, o fel das amarguras e desgostos da vida. Aí desaparece a piedade! Ao “Te-Deum”, sucede um “Miserere” sem contrição, e ao “Magnificat”, um “De profundis” queixoso e desolado. Se louvamos a Deus na saúde, por que não O bendizer na doença? É que só queremos fazer a Vontade de Deus quando essa Santa Vontade está conforme a nossa. Quando Deus quer que estejamos doentes, queremos estar sãos. Quando Ele quer que exerçamos a paciência, queremos exercer a humildade, a devoção, a oração ou outra qualquer virtude, não por ser mais da Vontade de Deus, mas por O ser da nossa. É um erro e de consequências lamentáveis na vida espiritual. Acostumemos a nossa pobre e rebelde natureza à paciência e à resignação, principalmente na doença. No Tabor da saúde façamos, sim, a nossa tenda aos pés do Senhor, mas não nos esqueçamos de que precisamos, também como Nossa Senhora, ficar ao pé da cruz, resignados e humildemente submissos à Vontade de Deus!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 106)
Meditação para o Dia 03 de Abril
Muitos querem servir a Deus no Tabor e bem poucos o querem no Calvário. No Tabor da saúde, que diligência, que zelo, que boa vontade! As orações se prolongam por longos minutos, e até por horas, ao pé do Sacrário. Louvam, bendizem ao Senhor como o Profeta-Rei em todas as maravilhas da criação. Cantam o “Magnificat” e o “Te-Deum”. Veio o calvário da doença, com a cruz do leito, os cravos e feridas, dores por todo o corpo, o fel das amarguras e desgostos da vida. Aí desaparece a piedade! Ao “Te-Deum”, sucede um “Miserere” sem contrição, e ao “Magnificat”, um “De profundis” queixoso e desolado. Se louvamos a Deus na saúde, por que não O bendizer na doença? É que só queremos fazer a Vontade de Deus quando essa Santa Vontade está conforme a nossa. Quando Deus quer que estejamos doentes, queremos estar sãos. Quando Ele quer que exerçamos a paciência, queremos exercer a humildade, a devoção, a oração ou outra qualquer virtude, não por ser mais da Vontade de Deus, mas por O ser da nossa. É um erro e de consequências lamentáveis na vida espiritual. Acostumemos a nossa pobre e rebelde natureza à paciência e à resignação, principalmente na doença. No Tabor da saúde façamos, sim, a nossa tenda aos pés do Senhor, mas não nos esqueçamos de que precisamos, também como Nossa Senhora, ficar ao pé da cruz, resignados e humildemente submissos à Vontade de Deus!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 106)
Forwarded from ♰ MEDITAÇÕES CATÓLICAS TRADICIONAIS DIÁRIAS ♰ (Antonius)
Jesus condenado por seus filhos
Meditação para Dia 03 de Abril
1. “Pilatos lhes tornou: Então, o que hei de fazer de Jesus, que se chama Cristo? Responderam todos: Seja crucificado“. O iníquo juiz já não atende mais à inocência de Jesus; apela para as massas. Que dor, para Jesus, ver tanta injustiça do juiz e ouvir o grito: “seja crucificado!” daqueles aos quais fez tanto bem! Que inconstância deste povo, que antes cantou “Hosana!“. Ama Jesus tanto mais, quanto mais outros o odiarem.
2. a) “Pilatos lavou as mãos à vista do povo, dizendo: vós lá vos avinde“. O criminoso ainda dá a culpa a outrem. O medo do povo e o amor próprio o levaram à mais execranda injustiça. Vê o que tens de evitar.
b) “E respondendo, todo o povo disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos“. Já por dezenove séculos se presencia a maldição temerariamente provocada.
O sangue de Jesus veio também sobre ti. Faze-te digno dele, para que não te sirva de maior suplício na eternidade. Consola teu Jesus do desprezo com que inúmeros tratam seu precioso sangue.
(Sinzig, Frei Pedro. Breves Meditações para todos os Dias do Ano. 8ª Ed. Editora Vozes, 1944, p. 108)
Meditação para Dia 03 de Abril
1. “Pilatos lhes tornou: Então, o que hei de fazer de Jesus, que se chama Cristo? Responderam todos: Seja crucificado“. O iníquo juiz já não atende mais à inocência de Jesus; apela para as massas. Que dor, para Jesus, ver tanta injustiça do juiz e ouvir o grito: “seja crucificado!” daqueles aos quais fez tanto bem! Que inconstância deste povo, que antes cantou “Hosana!“. Ama Jesus tanto mais, quanto mais outros o odiarem.
2. a) “Pilatos lavou as mãos à vista do povo, dizendo: vós lá vos avinde“. O criminoso ainda dá a culpa a outrem. O medo do povo e o amor próprio o levaram à mais execranda injustiça. Vê o que tens de evitar.
b) “E respondendo, todo o povo disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos“. Já por dezenove séculos se presencia a maldição temerariamente provocada.
O sangue de Jesus veio também sobre ti. Faze-te digno dele, para que não te sirva de maior suplício na eternidade. Consola teu Jesus do desprezo com que inúmeros tratam seu precioso sangue.
(Sinzig, Frei Pedro. Breves Meditações para todos os Dias do Ano. 8ª Ed. Editora Vozes, 1944, p. 108)
Forwarded from ♰ MEDITAÇÕES CATÓLICAS TRADICIONAIS DIÁRIAS ♰ (Antonio Caio Rodrigues)
Forwarded from ♰ MEDITAÇÕES CATÓLICAS TRADICIONAIS DIÁRIAS ♰ (Antonio Caio Rodrigues)
Meditação para o Dia 14 de Abril:
O Braço da Misericórdia
Conta-se, na vida prodigiosa de Santa Catarina de Racconigi, da Ordem Terceira de São Domingos, morta em 1547, que a Santa vira Nosso Senhor de tal modo crucificado, que um braço estava mais longo do que o outro. Jesus lhe disse então que o braço mais curto representava a Sua Justiça e o mais longo a Sua Misericórdia.
“Eles são iguais, minha filha, disse o Crucificado – mas neste século corrompido, a misericórdia se estende mais do que a justiça”
Sim, vivemos no tempo da misericórdia. Quanto maior é a ingratidão dos homens, maior é a Misericórdia Divina. Nosso Senhor quer vencer-nos nesta batalha terrível da nossa maldade contra a Sua bondade, da nossa miséria contra a Sua misericórdia. Ah! Não desça sobre nós o braço terrível da Justiça Divina! Quem poderia subsistir ante o rigor dessa Justiça Eterna? Desça, sim, o braço da Misericórdia. Ele é bem longo, alcança a terra, chega até as profundezas do abismo insondável de nossa miséria.
Mais ainda do que no século de Santa Catarina de Racconigi, o Vosso braço de Misericórdia, ó Jesus, deve socorrer-nos e sustentar. Mistério de Amor! Quanto maior é o pecado dos homens, quanto mais Vos fere a nossa ingratidão, tanto mais nos amais e nos cumulais dos tesouros de Vossas misericórdias!
Braço Divino da misericórdia, descei sobre nós!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 117)
@LITURGIA_TRADICIONAL
O Braço da Misericórdia
Conta-se, na vida prodigiosa de Santa Catarina de Racconigi, da Ordem Terceira de São Domingos, morta em 1547, que a Santa vira Nosso Senhor de tal modo crucificado, que um braço estava mais longo do que o outro. Jesus lhe disse então que o braço mais curto representava a Sua Justiça e o mais longo a Sua Misericórdia.
“Eles são iguais, minha filha, disse o Crucificado – mas neste século corrompido, a misericórdia se estende mais do que a justiça”
Sim, vivemos no tempo da misericórdia. Quanto maior é a ingratidão dos homens, maior é a Misericórdia Divina. Nosso Senhor quer vencer-nos nesta batalha terrível da nossa maldade contra a Sua bondade, da nossa miséria contra a Sua misericórdia. Ah! Não desça sobre nós o braço terrível da Justiça Divina! Quem poderia subsistir ante o rigor dessa Justiça Eterna? Desça, sim, o braço da Misericórdia. Ele é bem longo, alcança a terra, chega até as profundezas do abismo insondável de nossa miséria.
Mais ainda do que no século de Santa Catarina de Racconigi, o Vosso braço de Misericórdia, ó Jesus, deve socorrer-nos e sustentar. Mistério de Amor! Quanto maior é o pecado dos homens, quanto mais Vos fere a nossa ingratidão, tanto mais nos amais e nos cumulais dos tesouros de Vossas misericórdias!
Braço Divino da misericórdia, descei sobre nós!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 117)
@LITURGIA_TRADICIONAL
Forwarded from ♰ MEDITAÇÕES CATÓLICAS TRADICIONAIS DIÁRIAS ♰ (Antonio Caio Rodrigues)
MEDITAÇÃO | SEXTA FEIRA | @LITURGIA_TRADICIONAL
CONFORMIDADE COM A VONTADE DE DEUS A EXEMPLO DE JESUS CRISTO
Descendi de coelo, non ut faciam voluntatem meam, sed voluntatem eius qui misit me – “Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6, 38)
Sumário. É tão agradável a Deus o sacrifício da nossa própria vontade, que Jesus Cristo desceu sobre a terra para nos ensinar a maneira de o fazer e em toda a sua vida não fez outra coisa senão dar-nos disso as mais sublimes lições com as suas palavras e com os seus exemplos. Eis, portanto, o que devemos ter em mira em todas as nossas ações: conformar a nossa vontade com a divina, especialmente no que mais repugna ao amor próprio. Vale mais um Bendito seja Deus, dito nas adversidades, do que mil agradecimentos na prosperidade.
I. É certo que a nossa salvação consiste em amar a Deus, nosso supremo Bem; porque a alma que não O ama, já não vive, mas está morta (1). A perfeição, porém, do amor consiste em conformar a nossa vontade com a divina; pois que, como diz o Aeropagita, o efeito principal do amor é unir as vontades dos que se amam, de sorte que não tenham senão um só coração e uma só vontade.
É isto o que antes de mais nada com as suas palavras e com os seus exemplos veio ensinar-nos Jesus Cristo, que nos foi dado por Deus tanto para ser nosso Salvador como nosso modelo. Pelo que o Apóstolo escreve que as primeiras palavras de Jesus, ao entrar no mundo, foram estas: Ecce venio ut faciam, Deus, voluntatem tuam (2) — “Eis que venho para fazer, ó Deus, a tua vontade”. Meu Deus, recusastes as hóstias e oblações dos homens; não Vos agradaram os holocaustos que Vos ofereciam pelos seus pecados. Quereis que Vos sacrifique morrendo este meu corpo, que Vós mesmo me haveis dado. Eis-me aqui, Senhor, estou pronto para fazer a vossa santíssima vontade.
No correr de sua vida, Jesus Cristo tem manifestado diversas vezes a sua submissão e conformidade de vontade, dizendo: Eu desci do céu não para fazer a minha vontade, senão a d’Aquele que me enviou. Quis que conhecêssemos o grande amor a seu Pai pelo ver ir à morte por obediência à vontade d’Este. Por isso disse aos apóstolos: Para que conheça o mundo que amo ao Pai, e assim como me ordenou o Pai, assim faço: Levantai-vos; vamo-nos d´aqui (3).
Depois no horto de Getsêmani, parece que o Senhor, opresso pelo temor, pelo aborrecimento e pela tristeza, não sabe fazer outra oração senão esta: Meu Pai, não seja como eu quero, mas sim como Tu (4). Meu Pai, se não pode passar este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade (5). — Numa palavra, é tão grande a excelência da conformidade com a vontade de Deus, e Jesus Cristo exige tão rigorosamente que a pratiquemos, que protesta ter por seus discípulos somente aqueles que cumprem a vontade divina (6).
II. Se agrada tanto o Deus o sacrifício de nossa vontade, que enviou à terra seu próprio Filho para nos ensinar a maneira de a sacrificarmos, tinha razão o santo abade Nilo de dizer que nas nossas orações não devemos pedir a Deus que faça o que nós queremos, mas que nos dê a graça para bem fazermos o que Ele quer. — É a isso que se devem dirigir todos os nossos desejos, devoções, meditações e comunhões: o cumprimento da vontade divina, especialmente naquilo que repugna mais ao nosso amor próprio. Lembremo-nos sempre do que costumava dizer o Bem-aventurado João de Ávila: Um só Bendito seja Deus, nas adversidades, vale mais do que mil agradecimentos na prosperidade.
Toda a minha desgraça, ó meu Deus, foi não querer sujeitar-me no passado à vossa santa vontade. Detesto e amaldiçôo mil vezes esses dias e momentos em que, para seguir a minha vontade, me opus à vossa, ó Deus de minha alma. Eu Vô-la consagro agora sem reserva e quero unir esta minha oferta à que vosso divino Filho fez de si mesmo e continua a fazer sobre os nossos altares. Recebei-a, ó meu Senhor, e ligai-me de tal modo ao vosso amor, que nunca mais me possa revoltar contra Vós.
Amo-Vos, bondade infinita, e pelo amor que Vos tenho me ofereço todo a Vós. Disponde de mim, e de tudo o
CONFORMIDADE COM A VONTADE DE DEUS A EXEMPLO DE JESUS CRISTO
Descendi de coelo, non ut faciam voluntatem meam, sed voluntatem eius qui misit me – “Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6, 38)
Sumário. É tão agradável a Deus o sacrifício da nossa própria vontade, que Jesus Cristo desceu sobre a terra para nos ensinar a maneira de o fazer e em toda a sua vida não fez outra coisa senão dar-nos disso as mais sublimes lições com as suas palavras e com os seus exemplos. Eis, portanto, o que devemos ter em mira em todas as nossas ações: conformar a nossa vontade com a divina, especialmente no que mais repugna ao amor próprio. Vale mais um Bendito seja Deus, dito nas adversidades, do que mil agradecimentos na prosperidade.
I. É certo que a nossa salvação consiste em amar a Deus, nosso supremo Bem; porque a alma que não O ama, já não vive, mas está morta (1). A perfeição, porém, do amor consiste em conformar a nossa vontade com a divina; pois que, como diz o Aeropagita, o efeito principal do amor é unir as vontades dos que se amam, de sorte que não tenham senão um só coração e uma só vontade.
É isto o que antes de mais nada com as suas palavras e com os seus exemplos veio ensinar-nos Jesus Cristo, que nos foi dado por Deus tanto para ser nosso Salvador como nosso modelo. Pelo que o Apóstolo escreve que as primeiras palavras de Jesus, ao entrar no mundo, foram estas: Ecce venio ut faciam, Deus, voluntatem tuam (2) — “Eis que venho para fazer, ó Deus, a tua vontade”. Meu Deus, recusastes as hóstias e oblações dos homens; não Vos agradaram os holocaustos que Vos ofereciam pelos seus pecados. Quereis que Vos sacrifique morrendo este meu corpo, que Vós mesmo me haveis dado. Eis-me aqui, Senhor, estou pronto para fazer a vossa santíssima vontade.
No correr de sua vida, Jesus Cristo tem manifestado diversas vezes a sua submissão e conformidade de vontade, dizendo: Eu desci do céu não para fazer a minha vontade, senão a d’Aquele que me enviou. Quis que conhecêssemos o grande amor a seu Pai pelo ver ir à morte por obediência à vontade d’Este. Por isso disse aos apóstolos: Para que conheça o mundo que amo ao Pai, e assim como me ordenou o Pai, assim faço: Levantai-vos; vamo-nos d´aqui (3).
Depois no horto de Getsêmani, parece que o Senhor, opresso pelo temor, pelo aborrecimento e pela tristeza, não sabe fazer outra oração senão esta: Meu Pai, não seja como eu quero, mas sim como Tu (4). Meu Pai, se não pode passar este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade (5). — Numa palavra, é tão grande a excelência da conformidade com a vontade de Deus, e Jesus Cristo exige tão rigorosamente que a pratiquemos, que protesta ter por seus discípulos somente aqueles que cumprem a vontade divina (6).
II. Se agrada tanto o Deus o sacrifício de nossa vontade, que enviou à terra seu próprio Filho para nos ensinar a maneira de a sacrificarmos, tinha razão o santo abade Nilo de dizer que nas nossas orações não devemos pedir a Deus que faça o que nós queremos, mas que nos dê a graça para bem fazermos o que Ele quer. — É a isso que se devem dirigir todos os nossos desejos, devoções, meditações e comunhões: o cumprimento da vontade divina, especialmente naquilo que repugna mais ao nosso amor próprio. Lembremo-nos sempre do que costumava dizer o Bem-aventurado João de Ávila: Um só Bendito seja Deus, nas adversidades, vale mais do que mil agradecimentos na prosperidade.
Toda a minha desgraça, ó meu Deus, foi não querer sujeitar-me no passado à vossa santa vontade. Detesto e amaldiçôo mil vezes esses dias e momentos em que, para seguir a minha vontade, me opus à vossa, ó Deus de minha alma. Eu Vô-la consagro agora sem reserva e quero unir esta minha oferta à que vosso divino Filho fez de si mesmo e continua a fazer sobre os nossos altares. Recebei-a, ó meu Senhor, e ligai-me de tal modo ao vosso amor, que nunca mais me possa revoltar contra Vós.
Amo-Vos, bondade infinita, e pelo amor que Vos tenho me ofereço todo a Vós. Disponde de mim, e de tudo o
Forwarded from ♰ MEDITAÇÕES CATÓLICAS TRADICIONAIS DIÁRIAS ♰ (Antonio Caio Rodrigues)
que me pertence, como Vos aprouver. Resigno-me em tudo à vossa divina vontade. Preservai-me da desgraça de contrariar as vossas disposições, e depois fazei de mim segundo a vossa vontade. Pai Eterno, pelo amor de Jesus Cristo, atendei-me. Meu Jesus, escutai-me pelos merecimentos da vossa Paixão. E vós, o Maria Santíssima, ajudai-me; obtende-me a graça de executar a vontade divina, na qual consiste toda a minha salvação e nada mais de vós desejo.
*Referências: (1) Lc 22, 48; (2) Sl 54, 13; (3) Mt 26, 24; (4) 1Cor 11, 28; (5) Jo 13, 10.
*Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 14-17. Santo Afonso Maria de Ligório.
@LITURGIA_TRADICIONAL
*Referências: (1) Lc 22, 48; (2) Sl 54, 13; (3) Mt 26, 24; (4) 1Cor 11, 28; (5) Jo 13, 10.
*Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 14-17. Santo Afonso Maria de Ligório.
@LITURGIA_TRADICIONAL