Rabino Dor Leon Attar
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Pontos da Porção Semanal "Reé" 5784 Bs"D


Introdução
A parashá desta semana, "Reé" (ראה), começa com a palavra "veja". Logo em seguida, D’us nos apresenta a escolha entre bênção e maldição. A palavra "Reé" não é apenas uma instrução para olhar, mas carrega uma mensagem profunda sobre a maneira como percebemos e reagimos ao mundo ao nosso redor. Qual é a conexão entre ver e a escolha entre bênção e maldição? Vamos explorar esta questão e outros temas centrais desta parashá.

Visão, Bênção e Maldição
Em várias porções da Torá, o nome da parashá está intimamente ligado ao seu conteúdo, e "Reé" não é diferente. A palavra "Reé" (veja) deriva da raiz "Reiya" (ראיה), que significa visão. Curiosamente, as letras de "Reiya" são as mesmas de "Ariye" (אריה), que significa leão, e "Irá" (יראה), que significa temor. No judaísmo, essas conexões não são coincidências, mas refletem uma verdade espiritual profunda.
O mês de AV, que sempre o mês que a parashá de “Reé”, é representado pelo signo de Leão (Ariye) no horóscopo judaico. É um período de introspecção e preparação espiritual. O conceito de "ver" em "Reé" nos convida a enxergar além das aparências superficiais e a perceber as realidades espirituais que nos cercam. A visão clara do mundo espiritual nos permite escolher corretamente entre a bênção e a maldição.

Temor vs. Medo

Muitas vezes, o conceito de "temor a D’us" é confundido com medo. No entanto, o temor no contexto judaico é mais profundo e positivo do que o medo paralisante. No capítulo 14:1, está escrito: "Vós sois filhos do Eterno, vosso D’us". Como filhos, nosso relacionamento com o Eterno não deve ser baseado em medo, mas em um temor reverente, que é o primeiro passo para um relacionamento verdadeiro e saudável com nosso Criador.
O temor não é um simples receio de punição, mas um reconhecimento da grandiosidade de D’us e do nosso desejo de viver de acordo com Sua vontade. Esse temor é o fundamento da sabedoria, como diz o rei Davi no Salmo 111:10: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria".


Falsos Profetas e a Importância do Discernimento

No capítulo 13:1-6, a Torá nos adverte sobre falsos profetas que, mesmo realizando milagres e profecias, tentam desviar o povo para seguir outros deuses. A Torá nos instruí a não nos deixarmos enganar pela aparência ou pelos sinais exteriores, mas a investigar diligentemente: "Então inquirirás, investigarás e com diligência perguntarás" (Deuteronômio 13:14).
Esta passagem ressalta a importância de usar nosso poder de visão — não apenas no sentido físico, mas também espiritual e intelectual. Em tempos modernos, onde somos bombardeados por informações e imagens (como através da televisão), é crucial manter uma visão clara e discernir a verdade do engano.

Aplicação Prática e Conclusão

A parashá "Reé" nos ensina que "ver" é muito mais do que apenas olhar. É sobre perceber a realidade espiritual, discernir a verdade e fazer escolhas que refletem nossa compreensão da vontade divina. Em nossas vidas diárias, somos convidados a "ver" o divino em tudo o que fazemos e a revelar essa luz através de nossas ações.
Como podemos aplicar esses ensinamentos? Primeiro, ao cultivar um relacionamento com D’us baseado em temor reverente, e não em medo. Segundo, ao buscar constantemente a verdade, questionando e investigando antes de aceitar qualquer coisa como verdadeira. E, finalmente, ao usar nossa visão espiritual para escolher o caminho da bênção, vivendo de acordo com os preceitos da Torá e revelando o divino em nosso mundo.
Shabat Shalom

R. Dor Leon Attar

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O que significa, de fato, justiça? Em tempos de leis ambíguas e conflitos morais, a Torá nos guia com uma resposta clara e atemporal. No ano passado, falamos sobre a importância de estabelecermos limites e disciplina em nossas vidas. Nesta semana, como sempre gosto de destacar, a nossa parashá está profundamente conectada com os dias atuais e com os eventos recentes. Logo no início da parashá, encontramos:

"Juízes e oficiais colocarás em todas as tuas cidades que o Senhor, teu Deus, te der entre as tuas tribos, para que julguem o povo com juízo de justiça. Não torcerás o juízo, não farás acepção de pessoas, nem receberás suborno; porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e perverte as palavras dos justos. A justiça, somente a justiça seguirás, para que vivas e possuas em herança a terra que o Senhor, teu Deus, te dará." (Deuteronômio 16:18-20)

Nosso mundo está em conflito, exatamente como a Torá já nos alertou: quando enfrentamos embates de leis, moralidade e poder, devemos sempre buscar o que é justo.
Escrever sobre isso pode parecer simples, mas, na vida real, como podemos aplicar esses princípios? Vivemos em um mundo jurídico muitas vezes corrompido por pessoas viciadas no poder, que criam leis distorcidas para justificar sua permanência no controle. No entanto, isso não é algo novo. Já existia uma grande metrópole onde as leis locais beneficiavam apenas os cidadãos e membros da elite. Essa cidade era chamada Sodoma e Gomorra.
Para ilustrar o nível de injustiça dessas leis, um dos regulamentos de Sodoma proibia dar tsedaká (caridade) aos pobres vindos de fora. Quando alguém de fora recebia uma moeda especial marcada para caridade, essa moeda não tinha valor comercial. Assim, o pobre não conseguia comprar comida. Além disso, era proibido ajudar esses pobres, e o comportamento cruel daquela sociedade levou a uma completa decadência moral e ética. Não por acaso, práticas imorais, que hoje também tentam ser legalizadas, são associadas ao termo "sodomia".

Voltando à nossa parashá, os sábios questionam: por que a Torá repete duas vezes a ordem de buscar a justiça? Não seria suficiente uma vez? Será que D’us precisa repetir a mesma instrução?
Uma regra fundamental da Torá é que nada está escrito sem propósito. Se algo é repetido, significa que há duas lições importantes a serem aprendidas.
Um juiz que está diante de réus não pode se inclinar para nenhum dos lados, nem dever favores a qualquer das partes. Ele precisa ser isento de opinião pessoal e julgar de acordo com a lei judaica. Mas será que existe um juiz assim? Para começar, o juiz deve ser um grande sábio da Torá e, mais ainda, temente a D’us, ou seja, alguém que não busca agradar aos homens, mas sim a D’us. Lembro-me de uma vez em que estava em um encontro com amigos, a maioria não-judeus, e havia um churrasco. Um deles me perguntou por que eu não comia carne. Expliquei que, como judeu, só consumo carne kasher, abatida de forma adequada. Ele respondeu: "Mas coma, ninguém vai saber." Sorri e disse: "Sempre tem Alguém que sabe," e apontei para o céu. Ele entendeu.

O juiz precisa se lembrar de que quem lhe deu a permissão para julgar conforme as leis foi o mesmo que deu as próprias leis: D’us. É a Ele que deve submeter suas decisões.
Mas, por que então a Torá repete a ordem de buscar a justiça? O Zohar, o livro cabalístico, na porção de Shoftim, explica que a palavra "julgamento" em hebraico também pode ser lida como "equilíbrio". Quando duas partes estão em conflito — seja moral, material ou espiritual —, elas devem procurar uma terceira parte que seja independente e imune a influências externas. Essa terceira parte deve julgar apenas conforme a lei, de maneira equilibrada.
No final do julgamento, ambas as partes perceberão que foram julgadas conforme a lei divina da Torá, aceitarão a sentença e sairão em paz. Em outras palavras, um juiz ou conselheiro deve ser um líder que traga equilíbrio à sociedade e à vida das pessoas.
No âmbito pessoal, devemos sempre analisar e julgar nossos pensamentos, emoções e ações. Eles estão nos levando ao equilíbrio ou nos tirando do eixo?
Um dos grandes pilares da comunidade judaica, além do cumprimento dos mandamentos, é a tsedaká. Tsedaká, como já falamos várias vezes, não se traduz simplesmente como "caridade". A palavra vem da raiz "Tsedek", que significa justiça, ou como mencionamos antes, equilíbrio.
Muitas vezes, nos encontramos em meio a turbulências, com conflitos que parecem não ter fim, e os problemas nos cercam. A Cabalá nos ensina que D’us deseja nos beneficiar, e nós buscamos receber Sua luz. Mas como isso acontece? Toda a criação é sustentada por uma energia espiritual chamada "luz", que emana de D’us. No entanto, essa luz é intensa demais para ser recebida diretamente, por isso existem camadas espirituais que a suavizam, permitindo que a absorvamos em nossos corpos físicos. Às vezes, recebemos mais luz do que conseguimos suportar, e isso resulta em problemas, doenças e crises, que nos tiram do equilíbrio.

O que precisamos fazer para restaurar o equilíbrio é "esvaziar" o nosso recipiente. Como? Beneficiando o próximo. Por exemplo, um familiar necessitado pede ajuda, ou você percebe que ele precisa de algo. D’us nos diz para pegar de 10% a 20% dos nossos ganhos e repassar a quem necessita — seja em dinheiro, alimentos ou outro tipo de auxílio.
Os sábios explicam que esses 10% a 20% não são realmente nossos. D’us os deposita conosco para que sejamos canais de bênção para os outros. Quando praticamos a tsedaká, trazemos equilíbrio ao mundo, à nossa vida e à nossa mente. E, como prometido, D’us multiplicará esses recursos.
Enfim, quando temos juízes adequados, justos, que julgam conforme a lei da Torá, eles trazem equilíbrio ao mundo. E quando praticamos a tsedaká, trazemos equilíbrio à nossa vida e à vida daqueles ao nosso redor. Em ambos os casos, todos saem ganhando.

Para concluir, nossa parashá cai na primeira semana do mês de Elul, o mês da Teshuvá (arrependimento) e das Slichot (perdão). Este é o momento de fazermos um balanço do ano que passou e nos comprometermos com o próximo ano, aumentando nossa tsedaká e tomando boas decisões. Que possamos fazer um balanço justo, identificando onde erramos, onde precisamos melhorar e onde devemos trazer equilíbrio às nossas vidas.
Shabat Shalom

R. Dor Leon Attar

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Nossa parashá contém o maior número de leis e mitsvot da Torá — 71 no total. A ideia cabalística e chassídica que permeia os mandamentos é nos refinar, tanto nossa alma animal quanto o mundo ao nosso redor. Por isso, gostaria de compartilhar com vocês o prólogo que escrevi na abertura do meu livro "O Segredo da Mentalidade Judaica".

*"Ninguém fará por você aquilo que deve ser feito por você!"*

Vou contar uma história. Nada mais, nada menos que a minha. São as lições que um "estrangeiro" aprende ao se deparar com uma nova vida: perspectivas, desafios, verdades e realidades.
Quando cheguei ao Brasil, assim como qualquer imigrante, trouxe na bagagem sonhos, esperança e confiança. Fui acolhido por amigos que me hospedaram e me ajudaram a me adaptar à nova cultura, costumes e língua. Existe muita coisa "nova" para aprender quando se é imigrante, não é mesmo? Serei eternamente grato a todos que me receberam e apoiaram. Mas nos negócios, eu estava por conta própria. Ninguém me ajudou, e esperavam que eu fizesse o necessário para seguir em frente.
Logo percebi que o mercado não era bem como me disseram, e o idioma era bem mais complicado. Quanto à mentalidade local, é melhor nem comentar! No entanto, cheguei confiante, lembra? Apesar das dificuldades, NUNCA reclamei da minha "sorte". Nunca culpei ninguém por venderem sonhos falsos ou criarem expectativas irreais. Pode parecer "mi...mi...mi...", mas não é!
Mesmo quando fiquei sozinho, segui firme. NUNCA reclamei, nem um pouco. Isso porque vir ao Brasil foi minha escolha. Tudo o que aconteceu era fruto das minhas escolhas. Afinal, mesmo quando "não escolhemos", ainda estamos fazendo uma escolha: a de "não escolher".
Quando me deparei com a realidade, percebi que temos apenas duas opções na vida: a mais comum, que é lamentar, reclamar de tudo, culpar o mundo, acreditando que merecíamos algo que não conseguimos; ou a opção mais difícil, mas mais poderosa — assumir a responsabilidade e aprender com as falhas.
Se você falhou, isso significa que não fez o seu melhor. Se você fez o seu melhor e ainda assim falhou, parabéns! Você aprendeu o que não fazer na próxima vez. O fracasso é parte do processo de aprendizagem, e a verdadeira falha é não tirar lições das experiências e comprometer seu futuro. A vida é feita de escolhas — escolhas suas, para o bem ou para o mal. Cada um decide seu próprio caminho.
Quando eu era criança, adorava pegar ondas na praia. Sou um bom nadador, treinado tanto para nadar em piscinas quanto no mar. Às vezes, a onda vinha perfeita, mas se quebrava sobre mim, me empurrava para o fundo. Quem não está preparado tenta lutar contra a pressão da onda, querendo subir a qualquer custo. Mas quanto mais tenta, mais é puxado para o fundo. Isso é perigoso. É morte certa.
Por outro lado, aquele que está preparado mantém a calma e segue o fluxo. A onda eventualmente o empurra para cima, mais à frente. A vida e a natureza funcionam da mesma forma. Quando a vida o pressiona para baixo, é preciso manter a calma, focar a mente e equilibrar o comportamento. Isso é difícil, mas é a chave para ser lançado para frente e para cima.
Se você perder o foco e entrar em desespero, xingar, reclamar e culpar o mundo pela "onda", estará apenas se prejudicando. O segredo é não culpar o mundo por sua falta de preparo e humildade. O importante é entender o que cada falha ensina para o nosso crescimento. Nenhuma criança aprende a andar sem cair. Nenhum atleta se torna campeão sem treino, preparação, competição e derrotas. Em cada falha, há uma lição. Isso ninguém pode fazer por você.
*"Ninguém fará por você aquilo que deve ser feito por você!"*
*"Ninguém terá o SEU sucesso."*
*"Ninguém terá as SUAS lições."*
*"Ninguém terá o SEU legado."*
*Faça por merecer, e será merecido.*

Que você tenha uma vida longa e próspera!

Shabat Shalom
R. Dor Leon Attar
*Dedicação em mérito ao todas as vitimas do ataque terrorista em Israel e para recuperação completa dos feridos, volta dos reféns e vitória completa do povo judeu e em mérito do aniversario do meu filho Haim Israel Ben Dor Leon*

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Como transformar a maldição em bênção

Nossa parashá é conhecida pelas maldições que menciona — 98 ao todo. No ano passado, falamos sobre como tudo que parece ruim em nossa vida (segundo nossa percepção) acontece porque não estamos em um estado de alegria. No entanto, temos um princípio no judaísmo: "Tudo que Hashem faz, Ele faz para o bem!" E mais ainda, Ele faz para o nosso bem!
Ninguém está isento das dificuldades deste mundo; ninguém vive sem tumultos ou conflitos. Isso me lembra uma frase que ouvi há alguns anos de uma pessoa muito bem-sucedida, que disse: "Todos têm problemas, tanto pobres quanto ricos. Mas eu prefiro os problemas dos ricos." Essa é, sem dúvida, uma forma de ver as coisas.
Mas a verdadeira questão é: como posso transformar os problemas em bênçãos? Por isso, a nossa porção começa com a mitzvá das primícias, a obrigação de trazer os primeiros frutos ao Templo. A Torá nos orienta a recitar um texto ao levar essas oferendas, que, à primeira vista, parece estranho. Nele, relatamos o que D'us fez por nós até que finalmente pudéssemos trazer os frutos ao Templo:
*“ Então testificarás perante o Senhor teu Deus, e dirás: Arameu, prestes a perecer, foi meu pai, e desceu ao Egito, e ali peregrinou com pouca gente, porém ali cresceu até vir a ser uma nação grande, poderosa, e numerosa.
Mas os egípcios nos maltrataram e nos afligiram, e sobre nós impuseram uma dura servidão.
Então clamamos ao Senhor, Deus de nossos pais; e o Senhor ouviu a nossa voz, e atentou para a nossa miséria, nosso trabalho, e nossa opressão.E o Senhor nos tirou do Egito com mão forte, com braço estendido, com grande espanto, sinais e milagres;
E nos trouxe a este lugar, e nos deu esta terra, terra que mana leite e mel.
Eis que agora eu trouxe as primícias dos frutos da terra que Tu, ó Senhor, me deste. Então as porás perante o Senhor teu Deus, e te inclinarás diante do Senhor teu Deus.”*

Nossos sábios explicam que a parashá das maldições começa com este mandamento justamente para nos mostrar a importância da gratidão. Quando olhamos para a vida através das lentes da gratidão, nada do que acontece é uma maldição, e nada parece difícil.
Outro ponto sobre como transformar a maldição em bênção pode ser encontrado nas camadas mais profundas da Torá, na Cabalá e no Chassidut. No texto das bênçãos e maldições, há uma curiosidade gramatical: nas bênçãos, a palavra “bênção” (brachá) está na mesma raiz da palavra “abençoado” (mevorach). No entanto, nas maldições, a palavra usada é diferente: “maldição” (klalá) e “amaldiçoado” (arur) são termos que não compartilham a mesma raiz. Por que essa diferença?

Para entender, precisamos examinar a própria palavra "arur" (ארור), que, curiosamente, vem da mesma raiz da palavra "luz" (or - אור). Como pode uma pessoa amaldiçoada ser alguém iluminado?
Na verdade, a palavra "arur" significa "luz sem limites". Sabemos que a luz sem limites, sem regras ou controle, destrói tudo ao seu redor. Podemos ver isso claramente nos dias de hoje. Quando crianças crescem sem figuras de autoridade, ou quando os pais agem como amigos, cedendo a todos os desejos da criança, já sabemos que tipo de adultos eles se tornarão. Quando vivemos em uma sociedade onde tudo é permitido e tudo é julgado apenas pelo desejo pessoal, sem respeito aos limites ou às regras de convivência, o resultado inevitável é o caos.

Da mesma forma, quando os próprios líderes ignoram as regras e agem apenas em busca de poder, isso leva a ditaduras ou à anarquia. Vivemos em um mundo cujo propósito é revelar a luz divina através de nossos recipientes — nossos corpos e ações. Para que essa luz flua, é necessário haver regras e limites claros. Quando não respeitamos esses limites, a luz, em vez de abençoar, traz sofrimento, pois a luz sem limites destrói tudo ao redor.
Para concluir, ao contrário do que muitos pensam, as regras e os limites não tiram nossa liberdade, nem diminuem nossa alegria. Na verdade, o oposto é verdadeiro! Quando definimos e seguimos regras e limites de maneira equilibrada, conseguimos trazer alegria e felicidade constantes para nossas vidas e para aqueles ao nosso redor.

Shabat shalom

R. Dor Leon Attar

*Dedicação em mérito ao todas as vitimas do ataque terrorista em Israel e para recuperação completa dos feridos, volta dos reféns e vitória completa do povo judeu e em mérito do nascimento da minha filha Rina Rachel bat Sara*

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"[The UN] has become one of the main proponents of systematic violations of freedom, such as—for instance—the lockdowns imposed in 2020, which should be seen as a crime against humanity."

– President of Argentina, Javier Milei, speaking at the UN.

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Pontos da parashá semanal “Nitsavim - Vayelech” 5784 Bs”D


Nossa parashá sempre nos encontra no último Shabat do ano, antes de Rosh Hashaná. Nesta semana, vamos ler duas porções juntas: Nitsavim, que significa "postos", "fixos", "em pé", entre outros, e Vayelech, que pode ser traduzido como "E ele foi" ou "E ele andou".
É interessante notar que, embora os títulos dessas porções aparentem ser opostos, podemos costurá-los juntos para entender como a vida de um judeu é uma combinação de dois opostos: espiritual e físico, bem e mal, negativo e positivo, ficar e ir embora, vida e morte.
A porção de Nitsavim destaca, de modo geral, a importância de cumprir a Torá e as mitsvot, e os benefícios que receberemos ao viver de acordo com nosso propósito divino, que é seguir a Torá.

*“Converter-te-ás, pois, e darás ouvidos à voz do Senhor; cumprirás todos os seus mandamentos que hoje te ordeno. O Senhor, teu Deus, te fará prosperar em toda a obra das tuas mãos, no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto da tua terra, para o teu bem; pois o Senhor tornará a alegrar-se em ti para te fazer bem, como se alegrou em teus pais, quando deres ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, guardando os seus mandamentos e os seus estatutos, escritos neste livro da lei, e quando te converteres ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma.”* (Devarim, 30:8-10)

Para o povo judeu, a Torá é referida como a nossa identidade única. E não apenas para nós, mas os povos do mundo também nos veem como um só corpo. Por exemplo, todos sabem sobre a guerra em Israel, a luta contra grupos terroristas. Mesmo que um judeu brasileiro, sem cidadania israelense e sem envolvimento direto no conflito, não participe da guerra, ele pode se preocupar com a possibilidade de um ataque terrorista no Brasil, simplesmente por ser judeu. Esse mesmo judeu pode até ser culpado pela guerra em Israel, do outro lado do mundo.
Fazendo uma comparação, não vemos ucranianos atacando russos (filhos de imigrantes russos) no Brasil, só por eles serem russos, mesmo que nunca tenham pisado na Rússia ou participado da guerra.

A Torá nos alertou que seríamos uma referência entre as nações. Mesmo que tentemos esconder nosso judaísmo ou parecer como os outros povos, nunca seremos considerados iguais. Isso ocorre porque temos uma missão única, que não pode ser evitada. Por isso, a parashá nos instrui a "estar postos" e "preparados". Estamos neste mundo com um propósito divino: trazer a luz espiritual para um mundo físico imerso em trevas.
Na segunda parte da leitura deste Shabat, na porção Vayelech, lemos sobre o momento final da vida de Moshé, quando ele transfere a liderança a Yehoshua (Josué), preparando-o com as palavras adequadas para a missão de liderar o povo judeu na entrada da Terra Santa.
Os sábios nos ensinam que, na verdade, a ordem das porções deveria ser invertida: primeiro "vamos" para cumprir nossa missão, e, ao final dela, "ficamos" no destino.
O Chassidut explica que, na realidade, quando somos colocados neste mundo, nos encontramos em um cenário específico, uma situação chamada "nossa vida". A partir desse ponto, estamos incumbidos de cumprir nosso propósito. E, quando achamos que já cumprimos nossa missão, nos deparamos com uma nova. Por isso, lemos que, ao final, Moshé "se foi" em vez de "ficar posto", o que indica que ele estava indo para uma nova missão, um novo propósito.

Muitos acreditam que a vida acaba quando o corpo físico morre, mas o conceito de vida e morte no judaísmo é muito diferente. "Aquele que está vivo nunca morre, e aquilo que está morto nunca vive", referindo-se à alma e ao corpo. Quando falamos "meu corpo", isso indica que não somos o corpo, mas sim que ele é algo que nos pertence – uma ferramenta que a alma usa para se manifestar no mundo físico.
Nas palavras do Rebe de Lubavitch MhM: "Ao contrário do que muitos pensam, não somos seres físicos com experiências espirituais; somos seres espirituais com experiências físicas."
Para finalizar, estamos no final do ano de 5784, um ano cheio de eventos, conflitos e realizações. Que tenhamos um ano bom e doce, repleto de boas notícias, e que possamos revelar a luz oculta que está prestes a brilhar em nossas vidas.

R. Dor Leon Attar

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Bom dia, amigos!

Estamos nos últimos dias de 5784, e realmente este ano não foi fácil. Mas, com a ajuda de D'us, ele vai se encerrar de forma vitoriosa para o povo judeu, com a redenção completa e imediata!

Para que possamos aproveitar esses últimos dias da melhor forma, gostaria de começar pedindo perdão, caso tenha feito algo que ofendeu alguém. Se alguém quiser me procurar pessoalmente para conversar, será muito bem-vindo.

Além disso, gostaria de pedir a ajuda de todos vocês que estão no grupo. Existem várias famílias que estão passando por necessidades para comemorar as festas e até mesmo para pagar as contas básicas. Decidi, além de contribuir o quanto posso, dar a oportunidade a vocês, meus amigos, de ganharem os méritos dessa mitsvá tão importante, que salva vidas — tanto das famílias que recebem quanto daqueles que ajudam.

Quem puder e quiser contribuir para essas famílias necessitadas, pode fazer um PIX para a conta que separei exclusivamente para este propósito.

pix dorleonattar1@gmail.com