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Perante a concentração de tropas israelitas na fronteira, o exército libanês abandonou as suas posições e está a ser substituído em muitas zonas fronteiriças pelo Hezbollah.
Começou a invasão terrestre do Líbano. É a quarta vez que Israel invade este país. Em 1978, em 1982, em 2006 e agora. Ao longo da região a sul do rio Litani, unidades do Hezbollah e outras forças da resistência esperam as forças israelitas para defender o país de uma nova agressão terrestre.
A população de três bairros de Beirute deve abandonar imediatamente as suas casas. À pressa e apenas com a roupa que trazem no corpo. Israel vai fazer de Beirute esta noite novamente o inferno. Milhares de civis vão juntar-se a outros milhares que dormem nas ruas.
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Beirute, neste momento, está assim.
O Hezbollah garante que há mortos e feridos entre os soldados israelitas que tentavam penetrar em território libanês por Odaisseh. Meios israelitas reconhecem que houve um "incidente sério de segurança" com helicópteros a evacuar feridos.
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Fontes israelitas disseram à Sky News que terão morrido 14 soldados israelitas na emboscada do Hezbollah no sul do Líbano. Com a censura militar sobre os meios israelitas é provável que só se saiba mais pormenores nos próximos dias.
Na noite anterior ao seu assassinato pela aviação israelita, Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah, tinha dado luz verde a um cessar-fogo com Israel, anunciou o ministro libanês dos Negócios Estrangeiros.
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Um dia depois de o Hezbollah convidar os jornalistas a visitar o bairro de Dayhe para ver o grau de destruição causado pelos ataques israelitas, Israel anuncia que acaba de atacar em Beirute aquilo que diz ser o centro de relações para os media do Hezbollah.
O enviado dos Estados Unidos avisou o governo libanês que não vai haver mais diplomacia ou negociações por agora. Segundo o Pentágono, "Israel vai ficar no sul do Líbano por algum tempo". Washington parece, uma vez mais, dar luz verde a uma nova agressão de Telavive.
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Mais uma noite de terror e angústia em Beirute.
Esta manhã, dois capacetes azuis ficaram feridos depois de um tanque israelita disparar sobre uma torre de observação dos soldados das forças de manutenção de paz da ONU em Naqoura, no Líbano, denuncia a própria ONU, algo que viola a lei humanitária internacional.
Israel volta a atacar torre de observação das forças da ONU na fronteira do Líbano. Há dois soldados feridos. Imagine-se se tivesse sido a Rússia, o Irão ou o Hezbollah. É a indiferença do Ocidente que permite que Israel ultrapasse todas as linhas imaginárias.
Drone do Hezbollah matou três soldados israelitas e feriu quase 70 num ataque contra uma base a sul de Haifa. O Hezbollah diz que é uma resposta ao massacre no centro de Beirute nos bairros de Basta e Nweiri.
À terceira foi de vez. Depois de dois voos cancelados, consegui, finalmente, partir. Quando o avião descolou do aeroporto de Beirute, vários edifícios continuavam em chamas no subúrbio a sul da capital libanesa. O taxista que atravessou comigo a zona mais perigosa da cidade dorme dentro do táxi porque é também ele refugiado. Contou-me que Israel assassinara 16 membros da sua família em Bekaa num ataque aéreo. Na sala de embarque, uma mulher chorava copiosamente abraçada às duas filhas adolescentes.
Cheguei no dia anterior ao ataque que matou Hassan Nasrallah. Ouvi a explosão e os gritos na rua. Palmilhei as ruas de Haret Hreik, onde centenas de voluntários, ambulâncias e escavadoras se concentaram para resgatar as vítimas. Durante vários dias, fiquei alojado no coração de Beirute, em Hamra, antes de partir para um bairro cristão bem perto de Dahieh, a zona mais perigosa da cidade. Visitei as ruínas do ataque contra os três palestinianos da FPLP, cujos cadáveres foram levados em ombros por milhares através de todos os campos de refugiados. Assisti à alegria de quem acompanhava o ataque do Irão através dos telemóveis nas ruas. Membros do Hezbollah disparavam para os céus em celebração.
Entrevistei médicos, políticos, professores e deslocados. Conheci membros do Hezbollah, comunistas e outros integrantes históricos da resistência libanesa. Também apoiantes de Israel entre a comunidade cristã. É impossível ler o Líbano sem compreender todas as invasões anteriores de Israel e sem perceber que enquanto a questão palestiniana não for resolvida não haverá paz na região. Antes de haver Hezbollah, já Israel tinha invadido o Líbano. A agressão aos capacetes azuis é apenas mais uma prova de que não há linhas vermelhas para os líderes israelitas e a incapacidade de Israel se defender sem o apoio dos Estados Unidos mostra como há uma cumplicidade permanente entre Washington e Telavive.
Foi um intenso mergulho de 15 dias numa tormenta na qual trabalhei para vários meios de rádio, imprensa e televisão. Com todas as dificuldades de um lugar onde reina a suspeição sobre estrangeiros, sobretudo jornalistas, depois da profunda infiltração israelita no interior do Hezbollah, fazer reportagem exige, ali, um esforço incomensurável. O povo libanês enfrenta uma invasão que provocou até ao momento 1,2 milhões de refugiados, quase 2 mil mortos e muita destruição. É sobre eles que pesa a indiferença do Ocidente.
Cheguei no dia anterior ao ataque que matou Hassan Nasrallah. Ouvi a explosão e os gritos na rua. Palmilhei as ruas de Haret Hreik, onde centenas de voluntários, ambulâncias e escavadoras se concentaram para resgatar as vítimas. Durante vários dias, fiquei alojado no coração de Beirute, em Hamra, antes de partir para um bairro cristão bem perto de Dahieh, a zona mais perigosa da cidade. Visitei as ruínas do ataque contra os três palestinianos da FPLP, cujos cadáveres foram levados em ombros por milhares através de todos os campos de refugiados. Assisti à alegria de quem acompanhava o ataque do Irão através dos telemóveis nas ruas. Membros do Hezbollah disparavam para os céus em celebração.
Entrevistei médicos, políticos, professores e deslocados. Conheci membros do Hezbollah, comunistas e outros integrantes históricos da resistência libanesa. Também apoiantes de Israel entre a comunidade cristã. É impossível ler o Líbano sem compreender todas as invasões anteriores de Israel e sem perceber que enquanto a questão palestiniana não for resolvida não haverá paz na região. Antes de haver Hezbollah, já Israel tinha invadido o Líbano. A agressão aos capacetes azuis é apenas mais uma prova de que não há linhas vermelhas para os líderes israelitas e a incapacidade de Israel se defender sem o apoio dos Estados Unidos mostra como há uma cumplicidade permanente entre Washington e Telavive.
Foi um intenso mergulho de 15 dias numa tormenta na qual trabalhei para vários meios de rádio, imprensa e televisão. Com todas as dificuldades de um lugar onde reina a suspeição sobre estrangeiros, sobretudo jornalistas, depois da profunda infiltração israelita no interior do Hezbollah, fazer reportagem exige, ali, um esforço incomensurável. O povo libanês enfrenta uma invasão que provocou até ao momento 1,2 milhões de refugiados, quase 2 mil mortos e muita destruição. É sobre eles que pesa a indiferença do Ocidente.
A ser verdade que Israel conseguiu matar Yahya Sinwar, isso significa que, ao contrário do que dizia Telavive, o líder do Hamas não estava escondido num túnel rodeado de reféns. Estava à superfície, uniformado e a lutar ao lado dos seus combatentes. O homem que terá planificado a operação de 7 de Outubro do ano passado passou 20 anos nas prisões israelitas. Estando preso fez parte da equipa negocial do Hamas que conseguiu a libertação de 1026 palestinianos em troca de um único soldado israelita, Gilad Shalit. Quando saiu, prometeu libertar os milhares que restavam nas cadeias de Israel. Independentemente da leitura e caracterização que se possa fazer da forma como se desenrolou a operação de 7 de Outubro, um dos objectivos era precisamente capturar soldados e colonos israelitas para a seguir propôr um acordo que conseguisse tirar os presos palestinianos das cadeias.
Lisa Johnson, embaixadora dos Estados Unidos no Líbano, apela a um levantamento popular naquele país contra o Hezbollah. Isto porque, considera, Israel "não consegue tudo sozinho". É a especialidade dos Estados Unidos: imiscuir-se nos assuntos internos dos outros países.