Você Maravilhosa
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Ser mulher é uma arte. É ter paciência com o cabelo, que às vezes parece ter vida própria. É ser observadora, a ponto de saber a diferença entre o marfim, branco e pérola! Bem-vindos!


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​​Por que é tão difícil praticar a gratidão?

Não é difícil perceber que a ingratidão é universalmente repudiada. Diferentes tradições religiosas, clássicos literários e sistemas éticos são unânimes em condenar a atitude ingrata. De Dom Quixote, de Cervantes, a O Poderoso Chefão, de Mario Puzo, a ingratidão é considerada filha da soberba e resposta inadequada diante de presentes recebidos.

O filósofo David Hume afirmou que “de todos os crimes que as criaturas humanas são capazes de cometer, o mais terrível é a ingratidão, sobretudo quando cometida contra os pais”. Contudo, nossa experiência diária revela a grande dificuldade das pessoas em demonstrar mais gratidão. Por que somos assim?

Na pesquisa que realizamos para a obra #UmDiaSemReclamar, constatamos que um grande obstáculo no caminho da gratidão é a tendência em superestimarmos a nós mesmos. Quando alimentamos uma falsa imagem sobre quem somos, passamos a valorizar mais o que pedimos do que aquilo que recebemos.

Ser grato é reconhecer que aquilo que precisamos não depende exclusivamente de nós, mas principal ou exclusivamente de outra pessoa. Gratidão tem a ver com graças, favores, dons que recebemos. Essas graças expõem nossas carências, dependências, necessidades. Quando negamos nossas vulnerabilidades, entramos em ciclos intermináveis de lamúrias e reclamações. A vida se torna triste e desbotada.

A pessoa que vive reclamando alimenta a ilusão de que tudo na vida ou é um direito que lhe devem, ou é uma conquista realizada que deve ser respeitada. Quem é viciado em reclamar perde a capacidade de apreciar o que é simplesmente um presente, um ato de afeto e amor gratuito. O egoísta não gosta de reconhecer que deve algo aos outros. Mas a realidade se impõe: seres humanos são completamente dependentes uns dos outros. Assim, para praticarmos a gratidão, precisamos reconhecer os benefícios recebidos.

A gratidão resulta da honestidade em reconhecer nossas limitações. Essa humildade é libertadora: como várias pesquisas revelam, aqueles que praticam a gratidão vivem de modo mais saudável! Entre os benefícios fisiológicos comprovados podemos destacar sono tranquilo, maior resistência imunológica e menor propensão à depressão e à ansiedade. Portanto, embora seja difícil, vale muito a pena ser grato. Todos ganham: não apenas quem convive com a pessoa grata, mas a própria pessoa grata.

É possível agradecer mais.

Podemos apontar dois exercícios simples para efetivar a gratidão. Primeiro, valorizar as coisas boas em meio às lutas da vida. Mário Quintana disse que para os jornais “a situação é sempre crítica”. Se dependermos da absoluta paz externa, jamais seremos gratos. Não podemos transferir a gratidão para um passado nostálgico ou um futuro imaginário. A gratidão é para hoje, para as pessoas que estão ao nosso redor, dignas do nosso respeito e reconhecimento. A vida está acontecendo agora, hoje é dia de gratidão.

Um segundo exercício é celebrar os pequenos dons da vida. Exercitar a gratidão pelos pequenos avanços, por aquilo que está em curso, é um exercício simples contra o vício da ingratidão. Como diz a bela canção de Marcelo Jeneci e Luiz Tatit: “O melhor da vida é de graça”.
(Veja SP)

#reflexao
@vocemaravilhosa
Forwarded from Você Maravilhosa (Maravilhosa)
​​A vida de quem inventa voar é paradoxal, todos os dias. É o peito eternamente dividido. É chorar porque queria estar lá, sem deixar de querer estar aqui. É ver o céu e o inferno na partida, o pesadelo e o sonho na permanência. É se orgulhar da escolha que te deu mil tesouros e se odiar por ela ter te roubado outras mil pedras preciosas.
E começamos a viver um roteiro clássico: deitar e pensar no antigo-eterno-lar, nos milhares quilômetros de distância, pensar nas pessoas amadas, no que estão fazendo sem você, nos risos que você não riu, nos problemas que você não estava lá para ajudar. É tentar, sem sucesso, conter um choro e suspirar sabendo que você é o único responsável pela própria escolha. No dia seguinte, ao acordar, está tudo bem, a vida escolhida volta a fazer sentido, porem você sabe que outras noites virão.

O que a gente aprende?
A ficar doente sem colo, a sentir o cheiro da comida com os olhos, a transformar lugares vazios em nosso lar, transformar estranhos em amigos... dores em resistência, saudades cortantes em faltas corriqueiras...
Será que a gente aprende?
A ser presente de longe, a amar via áudios e vídeos? A ver crianças crescerem, amados casarem, se formarem, a morrerem por alertas no celular? A acreditar que aquele abraço do fim do expediente pode ser trocado por um grupo do WhatsApp? A ser amigo através de caracteres, a rir alto com AHAHAHAHAH... a engolir o choro e seguir?
Será que a vida será sempre essa sina em qualquer dos lados que estejamos?
Será que estamos aqui nos perguntando se deveríamos estar lá?
Será teste, opção ou destino?
Será que um dia saberemos estar no lugar certo?
Eu admiro quem encarou e encara isso todo dia.
O preço é alto, quase impagável.
A gente se questiona, se culpa, se condena e se absolve em um único pensamento... Mas o destino, a vida ordena que embarquemos. Alguns não vão. Mas nós que fomos, viemos e iremos não estamos livres do medo de tantas fraquezas, mas sim estamos livres eternamente do medo de nunca ter tentado.

#hojedoeudemais #reflexao #saudade #viajar
@vocemaravilhosa