Suno Research

Forwarded from Suno Investidor Internacional

🚫 5 coisas que você provavelmente faz, mas não importam a um investidor.

Segundo Howard Marks:

1️⃣• Eventos de curto prazo:

Muitas pessoas acham que um analista de ações deve saber se teremos uma recessão em 2023, se a inflação vai cair ou quando o juro volta a ser próximo de 0.

No entanto, os eventos macroeconômicos e políticos, normalmente, são fatores de curto prazo e pouco relevantes para quem investe em empresas de qualidade.

A verdade é que, no curto prazo, as flutuações dos preços são puramente aleatórias e a maioria dos investidores não são capazes nem de prever tais eventos, tão pouco reagir antecipadamente de maneira satisfatória.

Também é fundamental exercitar o pensamento de segundo nível para separar os fundamentos dos ruídos. Por exemplo, uma companhia pode reportar lucros trimestrais não animadores, pois está investindo em crescimento de longo prazo ou foi afetada por um evento não recorrente.

Assim, a queda dos lucros em alguns trimestres não deveria ser motivo de preocupação, caso isso se reflita em criação de valor ao longo de décadas.

2️⃣• Mentalidade Trader

Seth Klarman conta uma história sobre um período em Monterey, na Califórnia, em que as sardinhas começaram a desaparecer e, assim, elas ficaram mais escassas, fazendo com que traders de commodity passassem a negociá-las.

Após um tempo, o preço das sardinhas disparou. Certo dia, uma pessoa decidiu se recompensar com uma refeição de luxo, comprando uma das caras sardinhas.

Logo após comê-la, o comprador passou mal e reclamou ao vendedor da sardinha estragada. O vendedor respondeu: "Você não entende. As sardinhas não são para comer; são para fazer trade".

De forma análoga, muitos não compram as ações para segurá-las com mentalidade de sócio, mas compram como se fossem bilhetes de loteria e tentam ganhar dinheiro de forma especulativa.

3️⃣• Performance de curto prazo:

A história de Jesse Livermore é um bom exemplo para ilustrar os perigos da performance de curto prazo. Na crise de 1929, apostando contra o mercado, Livermore fez um dos maiores trades da história, se tornando um dos homens mais ricos do mundo.

Todavia, quatro anos depois, em virtude da especulação em conjunto com o excesso de confiança, Livermore perdeu todo o seu patrimônio no mercado acionário.

Por outro lado, Warren Buffett, um dos maiores value investors da história, conseguiu a proeza de, ao longo de 70 anos, entregar um retorno sustentável de, aproximadamente, 20% ao ano. Nesse sentido, ele não apenas entende de como se tornar rico, mas também de como permanecer rico.

Isso não é um caso isolado. Se observamos outros seguidores do value
investing como Charlie Munger, Li Lu, Mohnish Pabrai, Seth Klarman e o próprio Howard Marks, todos eles foram capazes de performar acima da média, durante décadas.

4️⃣• Volatilidade:

Como já disse Charlie Munger: “As pessoas calculam muito e pensam pouco”. Volatilidade está longe de ser uma boa métrica para medir risco.

Avaliar o risco é um exercício qualitativo e reflexivo e não de cálculos de variáveis estatísticas dos preços diários de uma determinada ação.

5️⃣• Hiperatividade:

Parafraseando Munger novamente: “o dinheiro de verdade não está na compra nem na venda, mas sim na espera ".

Em outras palavras, o grande retorno está no efeito exponencial dos juros compostos agindo sobre os fluxos de caixa gerados pela companhia ao longo do tempo. Para complementar…

trago uma frase de Nick Sleep, que foi o gestor da Nomad Investment Partnership: "Os investidores verdadeiramente brilhantes não eram investidores; eles eram empreendedores que nunca venderam".

De fato, se olharmos para empreendedores como Jeff Bezos, Jack Ma e o próprio Buffett, eles atingiram retornos formidáveis ao manterem as participações das respectivas empresas até hoje.

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