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✨️ Desenvolvimento evolutivo integrado ✨️
📚 Mensagens e Livros por @shelypazzini
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Conforme ativamos a coragem de olhar para a vida sem os filtros que encobrem o que escolhemos não enxergar, vamos percebendo que estamos participando de uma experiência de separatividade da qual sustentamos camadas e mais camadas de equívocos e distorções com todas as nossas forças para cumprir esta etapa da qual nos propomos a participar.

A cada permissão em alongar o nosso olhar nos aproximamos mais da Verdade que esteve encoberta entre milênios de experienciações e damo-nos conta que para seguir em frente, em outros patamares da evolução, é necessário abrir-se as atualizações dos conceitos, formas, sistemas, motivações, ações e padrões, fazendo um segundo e ampliado olhar para que alcancemos interpretações condizentes com a realidade que nos compõe.

A coerência que desvela surge da predisposição em não julgar de acordo com as formatações habituais e abrir-se para a humildade do não-saber, para então tornar-se apto a acessar e receber o que desvelado deve ser.

A Vida é bem diferente do que nos condicionamos a ver, e cada um de nós sente essa verdade no íntimo do nosso ser. É uma questão de disposta decisão para com esse véu romper e o desvelar da Verdade, finalmente se fazer.
Buscamos grandiosidades inalcansáveis enquanto pequeninas sutilezas são repletas de riquezas. Autorrealização não é conquista, mas o reconhecimento do que ignorado esteve até então.
O que vela e cobre mantém a ignorância, origem do desconhecimento da verdade. O reconhecer, ressignificar, regenerar... nos levam para o mesmo lugar de antes.Talvez seja o "re" colocado em cada conceito que nos fez "repetiDores" - cíclicos sofridos, correndo atrás do próprio rabo, por milênios.

Enquanto nos mantemos no "re", não avançamos a nenhum lugar. "Re" pode se tornar ré - para trás, de novo, numa revolta - de volta ao mesmo conhecido de sempre. Já observou o significado dessa palavra?

Muitos rés que tem nos mantido presos nos mesmos conceitos e equívocos, pensando erroneamente que avançamos enquanto retornamos, novamente, aos mesmos pontos, num ciclo inacabável, previsível e monótono.

Ahh o verbo... que tanto diz e pouco compreendemos, pois enfadonhamente repetimos, nos prendendo na interpretação rasa e superficial. Talvez o sentido que estejamos buscando esteja incorreto. Seguimos esse tempo todo na direção errada, desejosos por seguir em frente mas retornando sempre ao mesmo ponto?

Ciclar dói. Espiralar liberta. Quem sabe precisemos de menos rés, e espiralar significando, contextualizando, construindo, generando, constituindo. Sair da revolta e parar de dar voltas, para subir e seguir em frente, avante, sem retornos.
🤍

Mais desta abordagem pode ser acessada no livro "Entre Dimensões - a vida requer atualizações".
Bons exemplos devem ser seguidos, mas na interpretação dual surge liberdade para que entendamos que admirar, de longe, e virar seguidores de uma personalidade, é fazer a nossa parte.

Não assumimos a responsabilidade sobre nos tornar aquilo que admiramos, para que suas características tornem-se intrínsecas a nós, removendo a distância entre a admirado e o admirador.

É mais fácil saber que há um modelo para referenciar do que ser ele próprio para o bom exemplo dar. A preguiça em nos autorresponsabilizar pelo que podemos vir a nos tornar coloca-nos num estado passivo de seguidor sem nada em nós mesmos, alterar.

Vivemos isso a milênios e parece longe essa normose acabar. Oportunidades temos aos montes, mas a grande parte permanece assentada no seu comodismo sem vontade. Superficiais gostos e aversões comandam sua identidade, e qualquer assunto que traga a reflexão correm novamente a distração que não os deixa Ser de verdade.

Vivemos repetidas celebrações que não nos geram nenhuma transformação, de tão esvaziadas que estão, mas é mais confortável vivê-las nessa total banalização do que ativar o genuíno interesse em mudar o nosso padrão.

Aproveitar a possibilidade de crescimento requer atualizar o que nos tornamos com o tempo. Impossível é seguir em frente sem nos propormos a melhorar o nosso próprio campo, integrando os elementos que admiramos.

Que em algum momento possamos despertar e no melhor daquilo que admiramos, nos tornar.
EU REFLETIDO

O outro pode ser fonte de clareza e discernimento ou confusão e falta de noção, por isso da importância de selecionar quem faz parte do cotidiano para que seja acessada alguma possibilidade de harmonização.

Por vezes o desgaste sentido está no nosso reflexo a partir do outro, que duplicado torna-se exacerbado, beirando até mesmo o insuportável.

Quando a partir de dentro não há mais força para acessar os recursos para seguir, sabiamente devemos nos dirigir àqueles que admiramos para nos nutrir.

Instantes acessados num campo de permissão giram a mola que impulsiona desde outra perspectiva, onde a diversidade mostra sua força e importância, socorrendo e complementando quando a normose paralisa e quase destrói.

Recolher-se para beber de si é preciso, mas abrir-se para receber também é equilíbrio. Achar entre mundos o caminho do meio, para ser auxílio ou, pelo menos, menos um no tumulto da massificação que não enxerga os outros nem a si mesma.

Sentir falta pode ser um pedido do coração para acessar o que enfraquecido ficou, como alimento para continuar. Sair do titubear e se abrir a viver o que pede o íntimo do nosso ser é permitir evoluir e crescer, mesmo em desdobramentos inesperados ou não desejados que possam ocorrer.

O outro é ponto focal para evoluir. Escolher a quem compartilhar para refletir é tarefa de aprendiz - e estamos todos nós neste discernir - observando o que tem se criado em cada vínculo, desfazendo o nocivo e aprendendo a melhores vínculos fazer.

Se não é leve nem eleva, o que fazem ambos nesta senda que prende e não liberta?

"Encontramos a nós mesmos repetidamente sob mil disfarces no caminho da vida. Até que você torne o inconsciente em consciente ele guiará a sua vida e você o chamará de destino." Jung

Reverberação de 28/12/23
A LUZ PERMEIA A PUREZA

Ares de mudança e novidade pairam no ar, mesmo que condicionado esteja ainda o olhar. Existem eventos marcados que nos desafiam em provas, e fácil é cair nas armadilhas do comum, do passado ancorado, dos enredos repetidos, das narrativas ainda não ressignificadas.

Os outros são disparadores de arpões, que nos fisgam como vilões e nos arrastam para seus mundos empoeirados de razão. Eles não são nada mais que as nossas próprias representações, trazendo o reflexo visto do que de dentro não teríamos conseguido.

Tentadoras são as ofertas e por vezes nos rendemos as fisgas que rasgam e vamos novamente em direção ao que é conhecido, que dói, mas que sabemos como lidar. Mas logo ali algo diferente chama, porém distraídos mais uma vez em um eu fictício mantemos os nossos próprios dramas.

A Luz clama pela nossa adesão mas a escuridão tem um quê que nutre a nossa turva e cômoda visão. Soltar a ilusão é aceitar a vulnerabilidade de seguir nu em direção a verdade - e para isso é preciso coragem - andar sozinho rumo ao desconhecido sem corromper-se novamente pelo ruído da mente e da racionalidade.

A pureza da Luz permeia o que puro já esteja, pois ela não perpassa nenhuma sujeira - requer transparência, a sinceridade do Ser Inteiro, aberto a recebê-la em sua estrutura ainda densa, tornando-se dispostos a sê-la, iluminando qualquer escuridão que apareça.

Carta de 01.04.23
A reatividade impede o acesso à realidade na mesma medida em que pensamos interagir enquanto estamos todos em nossas bolhas autocriadas, irracionalmente protegidos pelo automatismo crítico que julga e impede de ver qualquer coisa além da nossa própria mediocridade.

Um olhar assertivo, não condicionado, nos leva a enxergar o que sempre esteve ali, mas reativos jamais iríamos acessá-lo. Um olhar terno e compassivo pode mudar a nossa relação com um fato, assim como a interação verdadeira, sem barreiras, que revelam sutilezas e belezas que enriquecem o aprendizado.

Parece bobeira quando o verbo é apenas lido ou escutado e não sentido e vivenciado - mas nesse espaço de abertura uma pequena fresta já dá possibilidade para que um próximo encontro traga o que é necessário, num nível consciente que é difícil de ser exemplificado.

Apenas se proponha a sair desse limite imposto pela reatividade, e verá desvelar diante de ti um mundo novo, totalmente inesperado.

A vida não é isso que contaram para nós. Ela possui camadas e mais camadas que podem ser vivenciadas conforme a nossa disposição em superar o que nos aprisiona na superficialidade de cada experienciação.

✨️

"Experimente este momento livre das interpretações de sua mente."
Adyashanti
É POSSÍVEL?

É possível Ser um Mundo silencioso,
que verbaliza apenas o que é preciso, sem excessos e diálogos indevidos?

Numa realidade onde estar bem e disposto a toda hora não seja um padrão nocivo nem uma cobrança, muito menos motivo para criar mais filtros e máscaras que enganam?

É possível viver sem criar demandas,
sem ficar a cada momento chamando alguém que as resolva?

Numa realidade onde não sejamos vistos e acionados apenas pelos benefícios que podemos oferecer, mas como Seres em desenvolvimento, com muito trabalho interno para fazer?

É possível ver para além das aparências,
e perceber o que a cada um permeia, na essência do seu Ser?

Numa realidade onde tenhamos espaço para Ser quem Somos, sem julgamentos e limitações padronizadas por uma cultura normatizada?

É possível a cada momento estar presente para perceber,
sem compromissos descabidos que furtam-nos do que devemos realmente fazer?

Numa realidade onde haja respiro tranquilo e suave, para que contemplemos o dinamismo vivo de cada átomo, da diminuta a infinita parte?

É possível ser aquilo que admiramos,
ao invés de apenas seguir, como menores e incapazes, a distância?

Numa realidade onde ousar não seja sinônimo de arrogância, e que em liberdade possamos alçar voo em direção ao que o íntimo profundo da alma chama?

✨️

"Saber o nosso lugar e nos posicionar é assumir a responsabilidade de ser e de estar."
RUMO À SIMPLICIDADE

Os corpos pedem simplificação, rumo à sua essencialização, após séculos de excessos complexos que foram esses períodos de experienciação.

Menos comida, menos demanda, menos pensamento, menos envolvimento, menos movimento. Otimizar a vida no preciso - justo e necessário - sem barulho, seguindo sem alarde o trabalho que é a vida em si, manifestada em cada átomo.

Porque pensamos que tanto é necessário, quando tudo temos? Num sistema natural perfeito, praticamente autônomo, que requer apenas presença para usufruir e respirar suave, em meio a qualquer condição, sem que nos abale.

Mas como ser simples num mundo estimulante que mostra possibilidades por todos os lados, dando a sensação de que estamos perdendo a vida se não aproveitarmos?

Uma vida serena é fruto de um centro claro e pacífico, consciente e conciso, conseguido com acesso ao propósito maior - sendo ele sempre o caminho.

A dúvida surge ao nos afastar disso - passamos a andar para lá e para cá perdidos, e desnorteados perdemos também o sentido intuitivo, simples e sempre assertivo.

Rumar à simplicidade é imperativo. O intelectualismo tornou-se um vício, mas o corpo intuitivo pede passagem para levar-nos ao essencial e ao Divino, na Verdade da Creação que É sempre a direção.

A impermanência das formas mostra que nelas não devemos nos ater, mas buscar estar sempre na imanência do ser, que jamais deixa de ser.

"O que é você, despido, sem desejos, nem entregue aos sentidos?
O que é você, nesse respiro tranquilo... relaxado e fluído...
Na ausência da interpretação,
Sendo em si,
O autor e o portador daquilo que,
Verdadeiramente faz sentido?"
Campos são sempre vastos...
Onde a vida é livre
para acontecer
sem embaraços.

Todos coexistem
sem se empilhar.
São livres para se compor
sem se trombar.

Se reúnem com disposição
pois tiveram tempo...
Para silenciar
e a si mesmos descortinar.

A energia flui livre
e renovada sempre está.
Age intuitivamente
sem se justificar.

Ser livre para ser e estar
pertencente a Ordem Maior
e apenas passagem
em qualquer outro lugar.

A vida requer espaço para se manifestar.
Para a energia circular.
Para plantar
e ver germinar.

Acompanhar os processos...
Curtos e longos.
Com eles aprender
e nos melhorar.

Praticar a paciência
da espera
e colher os frutos
das nossas próprias ideias.

Perceber que o tempo de maturação
muitas vezes é diferente
e não os vemos pois o imediatismo
nos torna sempre ausentes.

Indo para lá e para cá
desordenadamente.
Correndo de nós mesmos
achando que a vida é isso somente.

Pensar antes de falar
Avaliar antes de se movimentar.
Ponderar antes de agir
e se permitir viver a força do não agir.

Tudo que precisamos é de espaço...
Respiro largo,
pensamento leve e demorado...
Visão ampla e coração ritmado.

✨️

"Se eu pudesse, reuniria vossas casas em minha mão e, como um camponês as semearia na floresta e nos campos."
Khalil Gibran
Talvez muitos de nós optemos por não seguir o que manda o coração por saber, no íntimo, que o caminho afunilará para nos fazer crescer.

Acreditamos no universo de infinitas possibilidades e nele passamos a nos apoiar - pois sentir a liberdade da escolha nos faz, de certa forma, arriscar sem a responsabilidade de acertar - porque teremos sempre outro caminho a trilhar.

Mas o crescimento te mostra outra versão, que não é mais este da dispersão. Vemos o caminho afunilar quando coesos começamos a ficar. O leque de possibilidades se restringe e as interações se tornam mais raras e também mais exigentes.

Aqui na dualidade é intenso sempre - nesse movimento pendular estamos lá ou cá, e dificilmente serenos no centro de equilíbrio, que verticaliza o caminhar. No prisma horizontal que oferece brilhos para nos encantar, mal sabemos nossa liberdade usar, e esquecidos de nós, cada vez queremos mais experiências vivenciar.

Equilíbrio é caminho reto, conciso, de autoresponsabilidade que impossibilita retornar. Necessita de maturidade que se conquista pela força da vontade em, a cada instante, superar a latência do que temporariamente está para emergir o que em nós sempre estará.

Integridade é via de mão única, sem retornos - por isso pede firme decisão. A sinalização mostra-se desde dentro, não por placas que nos orientarão. Andar por ela é caminho fino, sem atalhos para dispersão. É escolha de cada um percorre-la, ou permanecer nas possibilidades infinitas que aprisionam no vício dos sentidos físicos que agitam o coração.

Uma mente simples e um coração puro é a única via para a libertação.
A Vida é dinâmica, se atualiza e se renova em ativa e constante ordenação - nunca para.

Experiências e aprendizados são úteis e válidos na vigência dos seus estágios, que se desdobram e passam, exigindo prontidão para acompanhar suas renovações em cada fase de manifestação.

No cômodo conhecido da repetição, como podemos avançar em sua direção?

Manter a repetição daquilo que já foi útil em estágios anteriores é cristalização que impede a manifestação do novo.

Dogmatizados muitos de nós estamos. Que sejamos cristais no atributo de sua transparência, não na lentidão atômica que o torna imóvel, aprisionado em sua própria forma, como se ela por si só, fosse eterna e um único estágio.

✨️

"A insistência em aderir hoje em dia a antigas técnicas espirituais indica que o indivíduo não compreendeu o processo de evolução das
energias."
Trigueirinho
Equidistantes do nosso centro, encantados com os ilusionismos das infinitas possibilidades.
Confusos e descentrados, pensamos ser necessário romper com os limites para acessar o atualizado.
Cada vez mais distantes de nós mesmos,
não percebemos que a experiência do expandir e romper fronteiras deve partir do interno centrado, congruente e coeso, que bem lapidado, concentrado, é puro e poderoso como o raio de um laser, agindo no centro de um alvo.

Em si, por si, de si.
Dentro, atento, observante.
Jamais distante.

A margem é uma distração para não concentrar a energia na própria ação.
Condensado, diamante criado.
Energeticamente enriquecido, o atrito dá espaço para um novo passo, e aí sim, a expansão em novas formas de vida se dá de fato.
Para quem busca a leitura de uma boa conversa... https://pedranolago.com.br/entrevista-shely-pazzini/