CRÔNICA DE NATAL I
Há um tempo, os adultos continuavam à mesa, bebendo, falando e rindo, enquanto eu, metido num canto sob o vão da escada, analisava, curioso, a cueca que tinha acabado de ganhar de Natal. Conjecturava, mais especificamente, a respeito de uma pequena e retangular incongruência, costurada em seu elástico: uma etiqueta.
Durante meus primeiros anos de vida, a função das cuecas foi um enigma. Pra que usar uma sunga de algodão por baixo da calça, a apertar-nos o pinto, o saco e a bunda, se a todas essas partes do corpo era tão agradável o toque macio do moletom? O mistério arrastou-se até o dia em que meu pai, ouvindo-me reclamar da etiqueta de uma bermuda, a me pinicar as costas, sugeriu que eu vestisse uma cueca. Das trevas fez-se a luz. Então era isso, claro: elas existiam para nos proteger das etiquetas!
Como eram engenhosos os adultos: para cada doença um remédio, para cada problema uma solução, cada coisa no mundo tinha uma função. Assim segui pensando até aquele Natal, quando abri o pacotinho de plástico e fui novamente engolfado pela noite da ignorância: se me dessem um cachorro com etiqueta, tudo bem; um carro com etiqueta, numa boa; um caqui, sem problemas: mas uma cueca, cuja função era exatamente…
Decidido a resgatar a lógica perdida, fui até a mesa de jantar, cavei uma brecha entre meu tio e minha mãe e, crente de que a etiqueta falaria por si, coloquei a cueca no meio da mesa. Minha mãe a pegou, esticou, olhou de um lado, do outro, olhou pra mim:
— Que que foi?
— A etiqueta, mãe!
— Tô vendo, e daí?
— Ué, a cueca não é pra etiqueta não pinicar?
Os adultos riram, mas não me intimidei:
— Se não é pra proteger da etiqueta, pra que que serve a cueca?
As risadas cessaram e depois de um breve silêncio todos começaram a palpitar ao mesmo tempo.
— Serve pra não prender o pinto no zíper — disse uma tia.
— É pra deixar tudo juntinho e não ficar balançando de um lado pro outro — sugeriu meu avô.
— É pra proteger — opinou um primo.
Prender no zíper? Mas e quando usava moletom ou short? Deixar tudo juntinho? Mas o legal era que aquilo balançava, ué. Proteger o pinto? Do quê? De quem? E se de fato algo ou alguém resolvesse atacá-lo, cobri-lo com aquela fina camada de algodão não me parecia a melhor estratégia. (Uma cueca de aço, como a de uma armadura, seria muito mais útil — e, pensando bem, muito mais legal.)
Não podia aceitar aquelas respostas, tanto por serem ruins quanto por serem muitas: cada coisa neste mundo tinha uma explicação e eles não sabiam me dar a da cueca. Na volta ao vão da escada, passei pela cozinha, peguei uma tesoura e, encolhido em meu rincão, cortei rente à costura a fonte da minha angústia.
Agora a etiqueta não me causaria incômodo algum. Algo mais sutil, porém, passaria a me pinicar, daquela noite em diante: se eles não sabiam nem a função da cueca, como confiar no resto?
Bom domingo a todos! ❤️
Há um tempo, os adultos continuavam à mesa, bebendo, falando e rindo, enquanto eu, metido num canto sob o vão da escada, analisava, curioso, a cueca que tinha acabado de ganhar de Natal. Conjecturava, mais especificamente, a respeito de uma pequena e retangular incongruência, costurada em seu elástico: uma etiqueta.
Durante meus primeiros anos de vida, a função das cuecas foi um enigma. Pra que usar uma sunga de algodão por baixo da calça, a apertar-nos o pinto, o saco e a bunda, se a todas essas partes do corpo era tão agradável o toque macio do moletom? O mistério arrastou-se até o dia em que meu pai, ouvindo-me reclamar da etiqueta de uma bermuda, a me pinicar as costas, sugeriu que eu vestisse uma cueca. Das trevas fez-se a luz. Então era isso, claro: elas existiam para nos proteger das etiquetas!
Como eram engenhosos os adultos: para cada doença um remédio, para cada problema uma solução, cada coisa no mundo tinha uma função. Assim segui pensando até aquele Natal, quando abri o pacotinho de plástico e fui novamente engolfado pela noite da ignorância: se me dessem um cachorro com etiqueta, tudo bem; um carro com etiqueta, numa boa; um caqui, sem problemas: mas uma cueca, cuja função era exatamente…
Decidido a resgatar a lógica perdida, fui até a mesa de jantar, cavei uma brecha entre meu tio e minha mãe e, crente de que a etiqueta falaria por si, coloquei a cueca no meio da mesa. Minha mãe a pegou, esticou, olhou de um lado, do outro, olhou pra mim:
— Que que foi?
— A etiqueta, mãe!
— Tô vendo, e daí?
— Ué, a cueca não é pra etiqueta não pinicar?
Os adultos riram, mas não me intimidei:
— Se não é pra proteger da etiqueta, pra que que serve a cueca?
As risadas cessaram e depois de um breve silêncio todos começaram a palpitar ao mesmo tempo.
— Serve pra não prender o pinto no zíper — disse uma tia.
— É pra deixar tudo juntinho e não ficar balançando de um lado pro outro — sugeriu meu avô.
— É pra proteger — opinou um primo.
Prender no zíper? Mas e quando usava moletom ou short? Deixar tudo juntinho? Mas o legal era que aquilo balançava, ué. Proteger o pinto? Do quê? De quem? E se de fato algo ou alguém resolvesse atacá-lo, cobri-lo com aquela fina camada de algodão não me parecia a melhor estratégia. (Uma cueca de aço, como a de uma armadura, seria muito mais útil — e, pensando bem, muito mais legal.)
Não podia aceitar aquelas respostas, tanto por serem ruins quanto por serem muitas: cada coisa neste mundo tinha uma explicação e eles não sabiam me dar a da cueca. Na volta ao vão da escada, passei pela cozinha, peguei uma tesoura e, encolhido em meu rincão, cortei rente à costura a fonte da minha angústia.
Agora a etiqueta não me causaria incômodo algum. Algo mais sutil, porém, passaria a me pinicar, daquela noite em diante: se eles não sabiam nem a função da cueca, como confiar no resto?
Bom domingo a todos! ❤️
ELA QUER SE APARECER.
Termo muito usado e completamente errado. Certos verbos são essencialmente pronominais como suicidar-se, por exemplo. Outros, porém, jamais podem ser usados com pronomes, como os verbos da dica anterior, simpatizar ou antipatizar.
Trouxe um desses verbos que jamais são usados com pronome, que é o verbo aparecer. Esse é um típico verbo intransitivo. Não admite voz reflexiva, objetos de espécie alguma. Não se pode aparecer ninguém e, também, aparecer a si mesmo. Escreve-se corretamente, assim: Ela quer aparecer.
INGLATERRA CONFIRMA INVASÃO AO IRAQUE.
Jamais poderá ocorrer invasão a lugar algum. Porém, o que é possível acontecer é invasão de algum lugar. Escreve-se com correção, assim: Inglaterra confirma invasão do Iraque.
Veja, a seguir, outros exemplos corretamente escritos: Invasão de privacidade. Invasão de domicílio. A invasão do estádio pela polícia deu-se às 20 horas de ontem. 😁
O acidente aconteceu porque o motorista dormiu no volante.
Para que alguém consiga dormir no volante, é necessário que este seja, no mínimo, do tamanho de uma cama. Convenhamos, volantes desse tamanho ainda não foram fabricados.
Então, melhor seria dormir no banco do automóvel ou, mais adequadamente, em uma cama com mais conforto. Quem dorme bem, dorme em algum lugar. Já "dormir próximo" ou "junto" significa dormir a (preposição) com o respectivo artigo (o ou a). O correto seria escrever: O acidente aconteceu porque o motorista dormiu ao volante.
A seguir, outros exemplos de frases corretamente grafadas: A moça dormiu ao computador. O marinheiro dormiu ao timão. Romeu dormia à janela de Julieta.
Bons estudos, galerinha! ❤
Termo muito usado e completamente errado. Certos verbos são essencialmente pronominais como suicidar-se, por exemplo. Outros, porém, jamais podem ser usados com pronomes, como os verbos da dica anterior, simpatizar ou antipatizar.
Trouxe um desses verbos que jamais são usados com pronome, que é o verbo aparecer. Esse é um típico verbo intransitivo. Não admite voz reflexiva, objetos de espécie alguma. Não se pode aparecer ninguém e, também, aparecer a si mesmo. Escreve-se corretamente, assim: Ela quer aparecer.
INGLATERRA CONFIRMA INVASÃO AO IRAQUE.
Jamais poderá ocorrer invasão a lugar algum. Porém, o que é possível acontecer é invasão de algum lugar. Escreve-se com correção, assim: Inglaterra confirma invasão do Iraque.
Veja, a seguir, outros exemplos corretamente escritos: Invasão de privacidade. Invasão de domicílio. A invasão do estádio pela polícia deu-se às 20 horas de ontem. 😁
O acidente aconteceu porque o motorista dormiu no volante.
Para que alguém consiga dormir no volante, é necessário que este seja, no mínimo, do tamanho de uma cama. Convenhamos, volantes desse tamanho ainda não foram fabricados.
Então, melhor seria dormir no banco do automóvel ou, mais adequadamente, em uma cama com mais conforto. Quem dorme bem, dorme em algum lugar. Já "dormir próximo" ou "junto" significa dormir a (preposição) com o respectivo artigo (o ou a). O correto seria escrever: O acidente aconteceu porque o motorista dormiu ao volante.
A seguir, outros exemplos de frases corretamente grafadas: A moça dormiu ao computador. O marinheiro dormiu ao timão. Romeu dormia à janela de Julieta.
Bons estudos, galerinha! ❤
Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U)
Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.
Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...
Cuidado!!! 😱
1) As palavras raiz e juiz, erradamente acentuadas por muitos, não têm acento, porque o I no hiato tônico vem seguido de Z, e não de S: ra-iz e ju-iz.
2) Os hiatos em I seguidos de NH na sílaba seguinte não deverão ser acentuados: ra-i-nha, ta-bu-i-nha, la-da-i-nha, cam-pa-i-nha...
3) Quando há hiato I-I e U-U, não se pode acentuar (salvo os proparoxítonos): xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba... (i-í-di-che, ne-ces-sa-ri-ís-si-mo, du-ún-vi-ro...)
4) Depois de ditongos decrescentes, nas palavras oxítonas, o I e o U são acentuados normalmente: Pi-au-í, tui-ui-ú(s)...
5) Segundo a nova ortografia, nas palavras paroxítonas, o I e o U não recebem acento depois de ditongo decrescente: feiura, bocaiuva, baiuca, Sauipe... Todavia, se o ditongo for crescente, o acento é usado: Guaíra, Guaíba, suaíli... (alguns dicionários separam suaíli assim: su-a-í-li).
6) Em verbos seguidos de pronomes oblíquos átonos, a regra dos hiatos continua valendo (ignore os pronomes e siga a regra): atribuí-lo (a-tri-bu-Í), distribuí-lo.
Bons estudos!
Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.
Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...
Cuidado!!! 😱
1) As palavras raiz e juiz, erradamente acentuadas por muitos, não têm acento, porque o I no hiato tônico vem seguido de Z, e não de S: ra-iz e ju-iz.
2) Os hiatos em I seguidos de NH na sílaba seguinte não deverão ser acentuados: ra-i-nha, ta-bu-i-nha, la-da-i-nha, cam-pa-i-nha...
3) Quando há hiato I-I e U-U, não se pode acentuar (salvo os proparoxítonos): xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba... (i-í-di-che, ne-ces-sa-ri-ís-si-mo, du-ún-vi-ro...)
4) Depois de ditongos decrescentes, nas palavras oxítonas, o I e o U são acentuados normalmente: Pi-au-í, tui-ui-ú(s)...
5) Segundo a nova ortografia, nas palavras paroxítonas, o I e o U não recebem acento depois de ditongo decrescente: feiura, bocaiuva, baiuca, Sauipe... Todavia, se o ditongo for crescente, o acento é usado: Guaíra, Guaíba, suaíli... (alguns dicionários separam suaíli assim: su-a-í-li).
6) Em verbos seguidos de pronomes oblíquos átonos, a regra dos hiatos continua valendo (ignore os pronomes e siga a regra): atribuí-lo (a-tri-bu-Í), distribuí-lo.
Bons estudos!
Queria reforçar uma campanha na qual me envolvi: dar um livro neste Natal. A crise da Cultura e da Saraiva foi forte para o mercado livreiro. Um livro é mais barato do que a maioria das camisetas e dura mais, funciona de forma duradoura e possui efeitos a longo prazo. Temos condições de melhorar alguém ao dar um livro. Que tal?
Compartilhem! ❤️
Compartilhem! ❤️
ADIVINHA OU ADVINHA?
Qual é a forma correta: "ADVINHA [com “D mudo”] quem me ligou!" ou "ADIVINHA [com DI] quem me ligou"?
A língua portuguesa tem muitas palavras iniciadas com o prefixo “AD”, com o “D mudo”: ADMITIR, ADMOESTAR, ADMIRAR, ADVOGADO, ADVERSÁRIO, etc. Por essa razão, muita gente acaba pondo “D mudo” onde não tem.
É o caso do verbo A-DI-VI-NHAR, que muita gente escreve e fala “advinhar” (com “D mudo”). A verdade é que o verbo ADIVINHAR tem a sílaba DI em todas as suas formas: eu ADIVINHO, nós ADIVINHAREMOS, ela ADIVINHOU, vós ADIVINHARÍEIS, etc.
Portanto a frase correta é "ADIVINHA (ênfase no DI) quem me ligou!".
Quer dizer que a forma ADVINHA não existe, Jota? Existe, sim, mas é do verbo ADVIR, que significa "vir depois", "suceder a", e se conjuga como o verbo VIR. Por exemplo: “Quando estive em Belém, sempre ADVINHA uma chuva refrescante após o calor da manhã”.
Essa confusão já tirou muita gente de concurso público. ADIVINHA o que acontecia com quem errava? ADVINHA a reprovação! 😄
Bons estudos! ❤️
Qual é a forma correta: "ADVINHA [com “D mudo”] quem me ligou!" ou "ADIVINHA [com DI] quem me ligou"?
A língua portuguesa tem muitas palavras iniciadas com o prefixo “AD”, com o “D mudo”: ADMITIR, ADMOESTAR, ADMIRAR, ADVOGADO, ADVERSÁRIO, etc. Por essa razão, muita gente acaba pondo “D mudo” onde não tem.
É o caso do verbo A-DI-VI-NHAR, que muita gente escreve e fala “advinhar” (com “D mudo”). A verdade é que o verbo ADIVINHAR tem a sílaba DI em todas as suas formas: eu ADIVINHO, nós ADIVINHAREMOS, ela ADIVINHOU, vós ADIVINHARÍEIS, etc.
Portanto a frase correta é "ADIVINHA (ênfase no DI) quem me ligou!".
Quer dizer que a forma ADVINHA não existe, Jota? Existe, sim, mas é do verbo ADVIR, que significa "vir depois", "suceder a", e se conjuga como o verbo VIR. Por exemplo: “Quando estive em Belém, sempre ADVINHA uma chuva refrescante após o calor da manhã”.
Essa confusão já tirou muita gente de concurso público. ADIVINHA o que acontecia com quem errava? ADVINHA a reprovação! 😄
Bons estudos! ❤️
TESE FORTE 💪🏻
E aí, galerinha? Vamos conversar sobre redação para o ENEM?
Tese "forte" é a frase que apresenta uma opinião contundente. Quando a tese é forte, o avaliador não tem dúvida de que o texto é argumentativo.
Compare o nível de argumentação:
FRACA: Parcela dos brasileiros vota de forma pouco responsável.
FORTE: Parcela dos brasileiros é incapaz de votar de forma responsável.
Repare que a tese forte apresenta maior JUIZO DE VALOR. Veja que uma palavra, "incapaz", é responsável por esse juízo de valor!
Entendeu? 😉
Novidade: Pessoal, é com muito carinho e satisfação que anuncio a nossa plataforma de correções de redações Enem. Uma correção completa, aprofundada, detalhada e humana, que irá traçar todos os caminhos para que consigam atingir plenamente as expectativas das competências. Confira nossos planos e todos os detalhes. Deixe-me corrigir o seu texto e te ajudar a conseguir a pontuação máxima. 😊 @Redacao
Bons estudos! ❤️
E aí, galerinha? Vamos conversar sobre redação para o ENEM?
Tese "forte" é a frase que apresenta uma opinião contundente. Quando a tese é forte, o avaliador não tem dúvida de que o texto é argumentativo.
Compare o nível de argumentação:
FRACA: Parcela dos brasileiros vota de forma pouco responsável.
FORTE: Parcela dos brasileiros é incapaz de votar de forma responsável.
Repare que a tese forte apresenta maior JUIZO DE VALOR. Veja que uma palavra, "incapaz", é responsável por esse juízo de valor!
Entendeu? 😉
Novidade: Pessoal, é com muito carinho e satisfação que anuncio a nossa plataforma de correções de redações Enem. Uma correção completa, aprofundada, detalhada e humana, que irá traçar todos os caminhos para que consigam atingir plenamente as expectativas das competências. Confira nossos planos e todos os detalhes. Deixe-me corrigir o seu texto e te ajudar a conseguir a pontuação máxima. 😊 @Redacao
Bons estudos! ❤️
PLURAL DO VERBO VIR E VER
Olá, galerinha! 😊😁
• Eu venho aqui todos os dias.
Eles vêm de vez em quando.
• Ela não vê isso com bons olhos.
Eles veem boas intenções nisso.
O plural do verbo VIR é vêm. O plural do verbo VER é veem.
Repare que a pronúncia muda quando temos a vogal repetida em "veem".
NÃO CONFUNDA:
O Acordo ortográfico aboliu os acentos em palavras que contêm ee e oo (eu voo, eles leem, elas creem, eles veem etc.). No entanto, foi mantido o acento que indica o plural dos verbos VIR e TER (e seus derivados, como provir, manter, conter etc.). Portanto, temos: eles vêm, elas têm, eles mantêm etc.
Correção de redações para ENEM e concursos no Telegram.
Bons estudos! ❤️
Olá, galerinha! 😊😁
• Eu venho aqui todos os dias.
Eles vêm de vez em quando.
• Ela não vê isso com bons olhos.
Eles veem boas intenções nisso.
O plural do verbo VIR é vêm. O plural do verbo VER é veem.
Repare que a pronúncia muda quando temos a vogal repetida em "veem".
NÃO CONFUNDA:
O Acordo ortográfico aboliu os acentos em palavras que contêm ee e oo (eu voo, eles leem, elas creem, eles veem etc.). No entanto, foi mantido o acento que indica o plural dos verbos VIR e TER (e seus derivados, como provir, manter, conter etc.). Portanto, temos: eles vêm, elas têm, eles mantêm etc.
Correção de redações para ENEM e concursos no Telegram.
Bons estudos! ❤️
INCIPIENTE E INSIPIENTE
Olá, galerinha. 😊 Hoje trago uma explicação sobre duas palavras que merecem atenção, principalmente na hora de redigir uma dissertação, por exemplo.
Então...
Incipiente significa iniciante, que está começando.
Insipiente significa ignorante, sem conhecimento.
É muito importante decorar essas diferenças. Entendeu? 😁
Correções de redação para concursos, vestibulares e ENEM no Telegram.
Bons estudos! ❤️
Olá, galerinha. 😊 Hoje trago uma explicação sobre duas palavras que merecem atenção, principalmente na hora de redigir uma dissertação, por exemplo.
Então...
Incipiente significa iniciante, que está começando.
Insipiente significa ignorante, sem conhecimento.
É muito importante decorar essas diferenças. Entendeu? 😁
Correções de redação para concursos, vestibulares e ENEM no Telegram.
Bons estudos! ❤️
INDEPENDENTE ou INDEPENDENTEMENTE?
E aí, galerinha? 😊 Vocês sabem a diferença entre INDEPENDENTE ou INDEPENDENTEMENTE? 🤭
Essa dúvida é muito comum entre as pessoas que escrevem textos com frequência. É a diferença entre um adjetivo e um advérbio.
INDEPENDENTE é um adjetivo. Deve ser usado para qualificar um substantivo: nação independente, liga independente.
Como advérbio, isto é, se o falante quer dizer “de um modo independente”, segundo a tradição, deveríamos usar INDEPENDENTEMENTE.
Muitos estudiosos, porém, aceitam o uso de INDEPENDENTE na função de advérbio.
Observe os exemplos: “Ele agiu INDEPENDENTEMENTE (ou INDEPENDENTE) do conselho dos pais”;
“INDEPENDENTE (ou INDEPENDENTEMENTE) da decisão da diretoria, o presidente assinou o contrato”.
O que se pode deduzir disso tudo? Que você pode usar INDEPENDENTE no lugar de INDEPENDENTEMENTE, mas não o contrário.
O mesmo ocorre com outros advérbios:
“Eles falavam CLARO ou CLARAMENTE”;
“Elas retornarão BREVE ou BREVEMENTE”;
“Ela deve voltar RÁPIDO ou RAPIDAMENTE”.
Correções detalhadas de redações para concursos, ENEM e vestibulares no Telegram.
Bons estudos, galerinha! ❤️
E aí, galerinha? 😊 Vocês sabem a diferença entre INDEPENDENTE ou INDEPENDENTEMENTE? 🤭
Essa dúvida é muito comum entre as pessoas que escrevem textos com frequência. É a diferença entre um adjetivo e um advérbio.
INDEPENDENTE é um adjetivo. Deve ser usado para qualificar um substantivo: nação independente, liga independente.
Como advérbio, isto é, se o falante quer dizer “de um modo independente”, segundo a tradição, deveríamos usar INDEPENDENTEMENTE.
Muitos estudiosos, porém, aceitam o uso de INDEPENDENTE na função de advérbio.
Observe os exemplos: “Ele agiu INDEPENDENTEMENTE (ou INDEPENDENTE) do conselho dos pais”;
“INDEPENDENTE (ou INDEPENDENTEMENTE) da decisão da diretoria, o presidente assinou o contrato”.
O que se pode deduzir disso tudo? Que você pode usar INDEPENDENTE no lugar de INDEPENDENTEMENTE, mas não o contrário.
O mesmo ocorre com outros advérbios:
“Eles falavam CLARO ou CLARAMENTE”;
“Elas retornarão BREVE ou BREVEMENTE”;
“Ela deve voltar RÁPIDO ou RAPIDAMENTE”.
Correções detalhadas de redações para concursos, ENEM e vestibulares no Telegram.
Bons estudos, galerinha! ❤️
POESIAS PARA RECITAR NA CEIA DE NATAL
João dava like em Teresa que dava super-like em Raimundo
que jogava charme em Maria que dava match com Joaquim que hackeava os nudes da Lili
que não dava like em ninguém.
João foi para uma praia sem internet, Teresa entrou num detox digital,
Raimundo ficou sem bateria, Maria saiu do Tinder,
Joaquim foi preso pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado no Stories.
____________________________
No meio do caminho tinha um post
tinha um post no meio do caminho
tinha um post
no meio do caminho tinha um post
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha um post
tinha um post no meio do caminho
no meio do caminho tinha um post.
___________________________
Vês! Ninguém repercutiu o formidável
Tuíte com tua última zoeira.
Somente a Marinão –essa paquera–
Foi tua seguidora inseparável!
Acostuma-te à infâmia que te espera!
O Homem, que, nesta rede miserável,
Scrolla, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma o iPhone. Faz selfie com enfado!
O like, amigo, é a véspera do escárnio,
Mouse que afaga é o mesmo que trolleja.
Se a alguém causa inda riso a tua piada,
Trolla esse mouse vil que ora te afaga,
Escarra nesse like que corteja!
________________________
Andorinha lá fora está dizendo:
- Passei o dia no céu, no céu.
Andorinha, andorinha, minha canção é mais triste:
- Passei a vida no cel., no cel.
Bom domingo a todos! ❤️
João dava like em Teresa que dava super-like em Raimundo
que jogava charme em Maria que dava match com Joaquim que hackeava os nudes da Lili
que não dava like em ninguém.
João foi para uma praia sem internet, Teresa entrou num detox digital,
Raimundo ficou sem bateria, Maria saiu do Tinder,
Joaquim foi preso pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado no Stories.
____________________________
No meio do caminho tinha um post
tinha um post no meio do caminho
tinha um post
no meio do caminho tinha um post
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha um post
tinha um post no meio do caminho
no meio do caminho tinha um post.
___________________________
Vês! Ninguém repercutiu o formidável
Tuíte com tua última zoeira.
Somente a Marinão –essa paquera–
Foi tua seguidora inseparável!
Acostuma-te à infâmia que te espera!
O Homem, que, nesta rede miserável,
Scrolla, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma o iPhone. Faz selfie com enfado!
O like, amigo, é a véspera do escárnio,
Mouse que afaga é o mesmo que trolleja.
Se a alguém causa inda riso a tua piada,
Trolla esse mouse vil que ora te afaga,
Escarra nesse like que corteja!
________________________
Andorinha lá fora está dizendo:
- Passei o dia no céu, no céu.
Andorinha, andorinha, minha canção é mais triste:
- Passei a vida no cel., no cel.
Bom domingo a todos! ❤️
Um dos principais desafios que concurseiros, estudantes e vestibulandos enfrentam nos seus estudos é a redação. Isso porque a maioria não escreve redações ao longo de sua preparação ou, se escreve, não possui um acompanhamento necessário para antigir a aprovação.
Com a plataforma de Redação, você terá acesso à uma correção detalhada, comentada, aprofunda e totalmente explicativa, que irá traçar todos os caminhos necessários para conseguir um ótimo desempenho. Reescrevemos e avaliamos totalmente o seu texto, pontuando os pontos fortes e fracos que você deverá dar atenção, bem como sugerindo as melhores dicas.
Confira:
@REDACAO
@REDACAO
@REDACAO
Com a plataforma de Redação, você terá acesso à uma correção detalhada, comentada, aprofunda e totalmente explicativa, que irá traçar todos os caminhos necessários para conseguir um ótimo desempenho. Reescrevemos e avaliamos totalmente o seu texto, pontuando os pontos fortes e fracos que você deverá dar atenção, bem como sugerindo as melhores dicas.
Confira:
@REDACAO
@REDACAO
@REDACAO
DE FÉRIAS OU EM FÉRIAS?
E aí, galerinha? 😊
Se, porventura, alguém lhe perguntar: Você está de férias ou em férias?
Caso tenha ficado em dúvida, saiba que ambas as formas estão corretas. Assim, analisando os enunciados subsequentes, concluímos que se encontram adequados ao padrão formal da linguagem. Perceba:
Todos os funcionários entraram de férias. (ou em férias)
Na família, todos estão em férias. (ou de férias)
No entanto, é bom que estejamos atentos a somente um detalhe: quando a palavra “férias” vier acompanhada de um adjetivo, recomenda-se optar pela expressão “em férias”. Note a diferença:
Todos os funcionários entraram em férias coletivas.
Eu estou em merecidas férias.
Adquira nossa Apostila Redação Nota Máxima + Apostila Material Complementar
Bons estudos, galerinha! ❤️
E aí, galerinha? 😊
Se, porventura, alguém lhe perguntar: Você está de férias ou em férias?
Caso tenha ficado em dúvida, saiba que ambas as formas estão corretas. Assim, analisando os enunciados subsequentes, concluímos que se encontram adequados ao padrão formal da linguagem. Perceba:
Todos os funcionários entraram de férias. (ou em férias)
Na família, todos estão em férias. (ou de férias)
No entanto, é bom que estejamos atentos a somente um detalhe: quando a palavra “férias” vier acompanhada de um adjetivo, recomenda-se optar pela expressão “em férias”. Note a diferença:
Todos os funcionários entraram em férias coletivas.
Eu estou em merecidas férias.
Adquira nossa Apostila Redação Nota Máxima + Apostila Material Complementar
Bons estudos, galerinha! ❤️
PRONOMES COMIGO E CONOSCO 🤭
E aí, galerinha? 😊
Você sabia que a palavra COMIGO é um pronome formado pela preposição COM mais o pronome MIM? Escreve-se tudo junto: COMIGO.
Esse é um PRONOME OBLÍQUO TÔNICO, assim como CONTIGO, CONSIGO, CONOSCO e CONVOSCO. O COMIGO é o mais usado de todos eles, mas o CONOSCO não fica muito atrás.
Só que, ao contrário de COMIGO, o pronome CONOSCO deixa muita gente em dúvida na hora de falar e de escrever.
Afinal, deve-se usar sempre CONOSCO ou também podemos falar e escrever COM NÓS? 🤔
Diga ou escreva, por exemplo:“Doutor Almir jantou CONOSCO”; “Quero que você fique CONOSCO”.
Entretanto, quando após o pronome houver pronomes como OUTROS, MESMOS, PRÓPRIOS, TODOS, numerais ou mesmo uma frase, devemos usar a expressão COM NÓS: “Doutor Almir jantou COM NÓS TODOS”; “Quero que você fique COM NÓS MESMOS”; “Ele quer se reunir COM NÓS TRÊS".
Correção de redações para ENEM, vestibulares e concursos.
Bons estudos, galerinha! ❤️
E aí, galerinha? 😊
Você sabia que a palavra COMIGO é um pronome formado pela preposição COM mais o pronome MIM? Escreve-se tudo junto: COMIGO.
Esse é um PRONOME OBLÍQUO TÔNICO, assim como CONTIGO, CONSIGO, CONOSCO e CONVOSCO. O COMIGO é o mais usado de todos eles, mas o CONOSCO não fica muito atrás.
Só que, ao contrário de COMIGO, o pronome CONOSCO deixa muita gente em dúvida na hora de falar e de escrever.
Afinal, deve-se usar sempre CONOSCO ou também podemos falar e escrever COM NÓS? 🤔
Diga ou escreva, por exemplo:“Doutor Almir jantou CONOSCO”; “Quero que você fique CONOSCO”.
Entretanto, quando após o pronome houver pronomes como OUTROS, MESMOS, PRÓPRIOS, TODOS, numerais ou mesmo uma frase, devemos usar a expressão COM NÓS: “Doutor Almir jantou COM NÓS TODOS”; “Quero que você fique COM NÓS MESMOS”; “Ele quer se reunir COM NÓS TRÊS".
Correção de redações para ENEM, vestibulares e concursos.
Bons estudos, galerinha! ❤️
PIZZA A DOMICÍLIO OU EM DOMICÍLIO?
E aí, galerinha? 😊 Vemos muito por aí as expressões EM DOMICÍLIO, com EM, e A DOMICÍLIO, com A. Você sabe quando usar uma ou outra forma?
Então, vou explicar:
A expressão A DOMICÍLIO pode ser usada com verbos que indicam movimento, como levar, enviar, trazer... Por exemplo: O restaurante leva almoço A domicílio.
Na frase: "O restaurante entrega almoço A minha casa", o uso do A não faria sentido. Se fazemos “entregas EM casa”, deveríamos só fazer “entregas EM domicílio”.
Por isso, a expressão EM DOMICÍLIO deveria ser usada com verbos que não passam ideia de movimento, como entregar.
A realidade, porém, é que a forma “entrega a domicílio” se consagrou de tal forma que não existe mais o certo e o errado. As duas formas, hoje, são aceitáveis.
Assim sendo, a pizza pode ser entregue em domicílio ou a domicílio. 🍕😋
Bons estudos! ❤️
E aí, galerinha? 😊 Vemos muito por aí as expressões EM DOMICÍLIO, com EM, e A DOMICÍLIO, com A. Você sabe quando usar uma ou outra forma?
Então, vou explicar:
A expressão A DOMICÍLIO pode ser usada com verbos que indicam movimento, como levar, enviar, trazer... Por exemplo: O restaurante leva almoço A domicílio.
Na frase: "O restaurante entrega almoço A minha casa", o uso do A não faria sentido. Se fazemos “entregas EM casa”, deveríamos só fazer “entregas EM domicílio”.
Por isso, a expressão EM DOMICÍLIO deveria ser usada com verbos que não passam ideia de movimento, como entregar.
A realidade, porém, é que a forma “entrega a domicílio” se consagrou de tal forma que não existe mais o certo e o errado. As duas formas, hoje, são aceitáveis.
Assim sendo, a pizza pode ser entregue em domicílio ou a domicílio. 🍕😋
Bons estudos! ❤️
Forwarded from Redação Play
Além de destacar todos os seus erros e pontuar sua redação, comentaremos detalhamente e de maneira clara e explicativa, procurando apontar os aspectos que devem ser melhorados e dando dicas incríveis para você aperfeiçoar sua dissertação.
Envie-nos o seu texto:
https://t.me/Redacao/243
https://t.me/Redacao/243
https://t.me/Redacao/243
Envie-nos o seu texto:
https://t.me/Redacao/243
https://t.me/Redacao/243
https://t.me/Redacao/243
REDUNDÂNCIA
É aí, galerinha? Vamos lembrar alguns termos redundantes?
Conviver juntos 👎🏻
Elo de ligação 👎🏻
Encarar de frente 👎🏻
Baseado em fatos reais 👎🏻
Hemorragia de sangue 👎🏻
Consenso geral 👎🏻
Surpresa inesperada 👎🏻
Há dois anos atrás 👎🏻
Sorriso nos lábios 👎🏻
Detalhes minuciosos 👎🏻
Na minha opinião pessoal 👎🏻
NOVO lançamento 👎🏻
Antecipar para antes 👎🏻
Conclusão final 👎🏻
Ganhar grátis 👎🏻
Subir para cima 👎🏻
Descer para baixo 👎🏻
Manter o mesmo 👎🏻
Metades iguais 👎🏻
Panorama geral 👎🏻
Planos para o futuro 👎🏻
Protagonista principal 👎🏻
Repetir de novo 👎🏻
Planejar antecipadamente 👎🏻
Bons estudos!
É aí, galerinha? Vamos lembrar alguns termos redundantes?
Conviver juntos 👎🏻
Elo de ligação 👎🏻
Encarar de frente 👎🏻
Baseado em fatos reais 👎🏻
Hemorragia de sangue 👎🏻
Consenso geral 👎🏻
Surpresa inesperada 👎🏻
Há dois anos atrás 👎🏻
Sorriso nos lábios 👎🏻
Detalhes minuciosos 👎🏻
Na minha opinião pessoal 👎🏻
NOVO lançamento 👎🏻
Antecipar para antes 👎🏻
Conclusão final 👎🏻
Ganhar grátis 👎🏻
Subir para cima 👎🏻
Descer para baixo 👎🏻
Manter o mesmo 👎🏻
Metades iguais 👎🏻
Panorama geral 👎🏻
Planos para o futuro 👎🏻
Protagonista principal 👎🏻
Repetir de novo 👎🏻
Planejar antecipadamente 👎🏻
Bons estudos!
ALFABETO DE EMOJIS
“Paradoxalmente” —escreverá um historiador em 2218— “foi a disseminação da escrita como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “cunilingus”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.
Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :-) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.
Os emoticons se espalharam pelo mundo com o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por conservadorismo, alguns, por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. Essa pessoa levou anos se perguntando por que tantos amigos e amigas, do nada, haviam perdido os modos e passado a lhe enviar imagens de um pênis, de lado, vestindo um chapéu de festa infantil: <3. Felizmente, alguém explicou à pessoa que não se tratava de um pênis aniversariante, mas de um coração.
Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar mesmo com a chegada dos emojis. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR.
“Em meados do século 21” —escreverá o historiador de 2218— “a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear). 🥤🔑🔑🍐
Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta, capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho.
Bom domingo a todos! ❤️
“Paradoxalmente” —escreverá um historiador em 2218— “foi a disseminação da escrita como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “cunilingus”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.
Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :-) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.
Os emoticons se espalharam pelo mundo com o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por conservadorismo, alguns, por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. Essa pessoa levou anos se perguntando por que tantos amigos e amigas, do nada, haviam perdido os modos e passado a lhe enviar imagens de um pênis, de lado, vestindo um chapéu de festa infantil: <3. Felizmente, alguém explicou à pessoa que não se tratava de um pênis aniversariante, mas de um coração.
Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar mesmo com a chegada dos emojis. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR.
“Em meados do século 21” —escreverá o historiador de 2218— “a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear). 🥤🔑🔑🍐
Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta, capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho.
Bom domingo a todos! ❤️
REDAMAR (v.td)
Bom dia, galerinha. 😊
1. Amar e ser correspondido nesse amor.
2. Amar e ser amado.
.............
• CURIOSIDADE SOBRE A CONJUGAÇÃO:
Por ser um verbo derivado de AMAR, a conjugação segue a mesma lógica. Veja:
eu redamo
tu redamas
ele redama
nós redamamos
vós redamais
eles redamam
Será que este será o verbo da sua vida em 2019? 😍
Correções detalhadas de redações para concursos, vestibulares e ENEM.
Bons estudos! ❤️
Bom dia, galerinha. 😊
1. Amar e ser correspondido nesse amor.
2. Amar e ser amado.
.............
• CURIOSIDADE SOBRE A CONJUGAÇÃO:
Por ser um verbo derivado de AMAR, a conjugação segue a mesma lógica. Veja:
eu redamo
tu redamas
ele redama
nós redamamos
vós redamais
eles redamam
Será que este será o verbo da sua vida em 2019? 😍
Correções detalhadas de redações para concursos, vestibulares e ENEM.
Bons estudos! ❤️