Dicas de português - Prof. Juciano
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Português e redação para concursos públicos, Enem e vestibulares.

Por: @juciano
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5 PALAVRAS QUE QUASE TODO MUNDO PRONUNCIA ERRADO:

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DEVIA E DEVERIA

DEVIA e DEVERIA são duas formas verbais do verbo DEVER, ambas no modo indicativo. Em geral, as orientações sobre elas não são muito claras, mas podemos chegar a algumas conclusões úteis. Leia até o fim para entender algumas diferenças e o pulo do gato! 🐈

DEVIA é a conjugação do tempo pretérito imperfeito. Quando usamos esse tempo verbal? Quando queremos descrever um fato que teve alguma duração no passado. Veja com esse e outros verbos:⁣

• Eu BRINCAVA muito de boneca na minha infância.⁣
• Minha família VIAJAVA para a praia todos os anos.⁣
• Eu não ESTUDAVA tanto quando era mais novo.⁣
• Eu DEVIA dinheiro ao banco, mas já quitei a dívida.⁣

DEVERIA está no futuro do pretérito. O que isso significa? Que ele, em geral, indica algo que poderia ter acontecido, não fosse um outro evento/motivo. Veja:⁣

• Se eu tivesse estudado, eu ESTARIA mais tranquila.⁣
• Se não fosse pela pandemia, eu VIAJARIA este ano.⁣
• Eu CANTARIA em coral se houvesse algum na cidade.⁣
• Se eu quisesse mesmo o emprego, eu DEVERIA ter estudado mais.⁣
• Se eu não tivesse me programado, eu ainda DEVERIA para o banco.⁣

Atenção para uma diferença de sentido:⁣

A. “Deve haver protestos hoje”: sugere possibilidade.⁣ (Aqui usamos o presente para contraste com o "deveria".)
B. “Deveria haver protestos hoje”: sugere opinião (de alguém favorável à ocorrência de protestos).⁣

No entanto… 🐈

Tenho visto recomendações de que “devia” e “deveria” sejam intercambiáveis em alguns contextos, com a diferença de que “devia” é sentido como informal e “deveria” é sentido como mais formal. A forma “deveria” continua sendo preferível, mas “devia” é uma opção coloquial (muito comum no dia a dia, aliás). Nesses casos, portanto, teríamos:⁣
• Ela treinou e devia/deveria ter ido melhor na prova.⁣
• Eu devia/deveria ter dito a verdade, mas me acovardei.⁣
• Que estranho! Ela já devia/deveria ter chegado.⁣

Bons estudos!
FRASE DE PRODUTOS DO DIA A DIA

E aí, galerinha? 😊

Que frase abaixo dá margem à ambiguidade? Quais frases estão gramaticalmente corretas?

1. Agite, bem antes de usar.
2. Agite bem, antes de usar.
3. Agite bem antes de usar.

GABARITO!

Todas estão gramaticalmente corretas porque não há erro de pontuação, e só a última dá margem à ambiguidade, pois, sem vírgula alguma na frase, pode-se interpretar que é para agitar muito tempo antes de usar (frase 1) ou para agitar com intensidade antes de usar (frase 2).



Sacou? Bons estudos! ❤️
APOLOGIA A ou APOLOGIA DE?

Depois de muito pesquisar, encontramos duas fontes seguras (Francisco Fernandes e Celso Pedro Luft) que atestam ambas as regências nominais do substantivo APOLOGIA.

Alguns dizem “Não faço apologia ao tráfico”, outros dizem “Não faço apologia do tráfico”. Afinal, qual é o certo?

Ambas as regências são corretas: apologia A ou DE. O Luft defende “apologia de”; o Francisco Fernandes defende ambas (“apologia a ou de”).

Portanto, fique à vontade para usar ambas, pois a língua culta atesta as duas regências.

Bons estudos! ❤️
Com este material, você aprenderá todas as ferramentas necessárias para perder o medo da prova discursiva(redação) CESPE/CEBRASPE e conseguir elaborar com precisão e qualidade o seu texto.

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MERONÍMIA E HOLONÍMIA


O conceito de meronímia trata de palavras que representam a parte de um todo, ou seja, a palavra pneu mantém uma relação de sentido com a palavra carro, pois aquele constitui este. Portanto, assim como pneu é um merônimo de carro, dedo é de mão, braço é de corpo, tecla é de computador etc.
Adivinha quais são os holônimos! A holonímia trata de palavras que apresentam uma ideia de todo em relação a suas partes. Por exemplo, a palavra porta é holônima de maçaneta, que, por sua vez, é merônima.

Bons estudos!
PARÁFRASE

É uma reescritura em que se ratifica, positivamente, a ideologia do texto original, ou seja, é dizer o mesmo com outras palavras:

A escola, embora não tenha plena consciência do processo que desencadeia, é a base para a evolução profissional do ser humano.

As instituições de ensino, apesar de não se darem conta da interferência na psique alheia, são o alicerce do desenvolvimento secular do homem.

Bons estudos! ❤️
MALGRADO / (DE) MAU GRADO


A forma malgrado (preposição acidental: antes de verbo no infinitivo; ou conjunção subordinativa concessiva: antes de verbo no subjuntivo) equivale a “apesar de, embora”; já (de) mau grado é uma expressão formada por “(preposição) + adjetivo + substantivo” e indica má vontade, contra a vontade.

– Malgrado não ter estudado suficientemente, passei em terceiro lugar.
– Malgrado não tenha estudado suficientemente, passei em terceiro lugar.
– O advogado fez as tarefas diárias de mau grado.
– Mau grado meu, trouxe o amigo consigo.

Bons estudos! ❤️
SEQUER / SE QUER

Sobre sequer, é uma palavra que significa “ao menos, pelo menos”.

Muito usada em frases negativas, mas não substitui o “não” ou “nem”, que devem aparecer antes de “sequer” em frases negativas; às vezes é precedida pela preposição “sem”.

– Não havia sequer um aluno em sala de aula.

– O homem nem sequer se dignou de responder a minha solicitação.

– Tudo se arranjaria se ambos tivessem sequer um pouco de boa vontade.

– Não deixou cair uma lágrima sequer.

– Sem sequer ter atravessado a rua direito, foi atropelado.

– Sequer um carro de polícia funcionava naquela maldita cidade. (errado!) / Nem sequer um carro de polícia funcionava naquela maldita cidade. (agora sim!)

– O pseudomédico sequer possuía diploma de ensino médio. (errado!) / O pseudomédico nem sequer possuía diploma de ensino médio. (agora sim!)

Já se quer é a união da conjunção subordinativa condicional se + quer (3a pessoa do singular do presente do indicativo do verbo querer), equivalendo a “se desejar”.

– Se quer tanto aquela sonhada vaga, empenhe-se... e gaste dinheiro.

– Eu comprei aquele suco de que você falou; se quer, basta me avisar.

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FAZER COM QUE / FAZER QUE

Tanto faz. Vasco Botelho de Amaral, Domingos Paschoal Cegalla, Francisco Fernandes, Evanildo Bechara, Cláudio Moreno e muitos outros defendem ambas as formas como cultas, no sentido de “provocar, acarretar, influir, conseguir”. A preposição é expletiva ao iniciar objeto direto.

– A minha boa sorte fez (com) que não perdesse o avião...
– A presidenta do país fez (com) que os demais políticos mudassem de opinião.
– Esta postura só fará (com) que seus pais briguem com você.
– O professor fazia (com) que toda a matéria fosse fácil se assimilar.

Bons estudos! ❤️
POR QUANTO / PORQUANTO

Por quanto refere-se à quantidade, valor; porquanto é uma conjunção explicativa ou causal e equivale o mesmo que pois.

– Por quanto vocês me venderiam este livro?
– Estudo cinco horas por dia, porquanto me é suficiente.

Bons estudos! ❤️
A PAR DE / AO PAR DE

A forma a par de é o mesmo que “estar ciente de”; ao par de equivale a “pareado”, na área da economia.

– Por que nunca fico a par dos assuntos desta empresa?

– Um dia, o Real estará, de fato, ao par do Dólar?

Bons estudos! ❤️
Está ______ de namorar comigo?
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DESDE DA ADOLESCÊNCIA, LUTAMOS POR UM IDEAL. 🤔

Cuidado! Não se usa a preposição "de" depois da preposição "desde". Logo, o certo é "Desde a adolescência, lutamos por um ideal ".

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CRASE NO INÍCIO DE FRASE

E aí, galerinha? 😊

Existe um mito de que não se começa frase com crase. Isso é um completo absurdo!!! Veja:

– À noite todos os gatos são pardos.

– À frente da loja iniciou-se uma briga violenta.

– À medida que estudo, mais aprendo.

Algumas bancas de concursos têm criado questões de crase com frases que aparentemente teriam de começar com o artigo “A(S)”, mas que começam por “À(S)”. Como a tendência é achar que o sujeito sempre vem antes do verbo, o candidato acaba achando que não pode haver “À(S)” iniciando uma frase.

Bons estudos! ❤️
CESPE: RAIO-X DAS BANCAS

Normalmente 55% das provas de Português do Cespe é gramática. Esqueça, então, esse papo de que "Cespe é só interpretação". Vamos ver o que cai de gramática! 👊😎

1) Coesão: estudar como os substantivos e os pronomes estabelecem a coesão referencial; já a coesão sequencial é estabelecida por meio de preposições e conjunções (ter em mente todas as conjunções é megaimportante!).

2) Ortografia: estudar aquelas expressões que geram dificuldades na grafia: "por que, porque, por quê, porquê"; "cerca de, a cerca de, há cerca de"; "mal, mau"; "há, a"?...

3) Acentuação: estudar as regras das paroxítonas, das proparoxítonas, dos hiatos tônicos e dos verbos vir e ter, principalmente.

4) Semântica: estudar os conceitos de denotação, conotação e sinonímia.

5) Pronomes: é preciso estudar o emprego dos pronomes relativos, pronomes pessoais
oblíquos e a colocação pronominal.

6) Verbo: estudar o emprego dos tempos e modos verbais, correlação verbal, transposição de voz verbal, locução verbal/tempo composto.

7) Sintaxe: saber identificar as funções sintáticas dos termos e das orações.

8) Pontuação: estudar bem as regras básicas de vírgula... além de ponto e vírgula, travessões,
parênteses e dois-pontos.

9) Concordância: estudar as regras básicas de concordância verbal (principais: verbo na voz passiva, sujeito oracional e verbo haver) e concordância nominal.

10) Regência e Crase: basta entender o conceito de regência, pois quase não se trabalham as regências específicas dos verbos; é preciso conhecer bem as regras básicas de crase e os casos de crase facultativa e com paralelismo.

11) Palavras QUE e SE: dominar o uso de “que” como conjunção integrante e pronome relativo, e o uso de “se” como partícula apassivadora e partícula de indeterminação do sujeito, principalmente.

12) Reescritura e Correção: é o assunto mais frequente de todos; em uma questão, a banca cobra do candidato o conhecimento de várias regras gramaticais: ortografia, acentuação, emprego de classes de palavras, pontuação, concordância, regência, crase, colocação pronominal.


Bons estudos! ❤️
PORVENTURA / POR VENTURA

A forma porventura é um advérbio de dúvida e equivale a por acaso; já por ventura, a por sorte. Observe o diálogo:

– “Porventura já fui desonesto com você ou com qualquer outro amigo nosso?”

– “Por ventura ainda não, pois, se fosse, iria arrepender-se amargamente.”
SABE USAR “TAL QUAL”?

Segundo a tradição gramatical, a expressão comparativa “tal qual” é variável. O “tal” deve concordar com o primeiro elemento da comparação, e o “qual” deve concordar com o segundo elemento da comparação, ok? Exemplos:

– O homem pode viver TAL QUAL um bicho.
– O homem pode viver TAL QUAIS alguns bichos.
– Os homens podem viver TAIS QUAL um bicho.
– Os homens podem viver TAIS QUAIS alguns bichos.

Gramáticos sérios interpretam TAL QUAL como locução conjuntiva subordinativa comparativa; como conjunção é uma classe gramatical invariável, eles dizem que a expressão pode ficar invariável (equivalente a COMO), mesmo que os termos substantivos estejam no plural: “Os homens podem viver TAL QUAL alguns bichos”. Em provas de concursos, analise com calma todas as alternativas antes de “bater o martelo”.

Bons estudos! ❤️
SEMIVOGAIS

Os fonemas semivocálicos (ou semivogais) têm o som de I e U (apoiados em uma vogal, na mesma sílaba). São menos tônicos (mais fracos na pronúncia) que as vogais. São representados pelas letras I, U, E, O, M, N, W, Y. Veja:

pai: note que a letra I representa uma semivogal, pois está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.

mouro: note que a letra U representa uma semivogal, pois está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.

mãe: note que a letra E representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.

pão: note que a letra O representa uma semivogal, pois tem som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.

cantam: note que a letra M representa uma semivogal, pois tem som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= cantãu).

dancem: note que a letra M representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= dancẽi).

hífen: note que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= hífẽi).

glutens: note que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= glutẽis).

windsurf: note que a letra W representa uma semivogal, pois tem som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.

Bons estudos! ❤️