Homilia Diária | A religião do gênio da lâmpada (Sexta-feira da 4.ª Semana da Quaresma)
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Homilia Diária | A religião do gênio da lâmpada (Sexta-feira da 4.ª Semana da Quaresma)
Precisamos dar o braço a torcer e reconhecer que, na verdade, não conhecemos a Deus, porque o conceito que dele temos, na maioria das vezes, é menos do que um ídolo, uma falsificação de mau gosto com que pretendemos limitar o Altíssimo às nossas expectativas…
Que carícias são permitidas no namoro?
Se o sexo fora do casamento é pecado, até onde podem ir as carícias no namoro? Para compreender a delicadeza do tema, é preciso lembrar que nem sempre o oposto do amor é o ódio. Na teologia moral, o contrário do amor pode ser justamente "usar o outro", usar o corpo da outra pessoa para o próprio prazer e gratificação sexual.
Muitas coisas num namoro são feitas justamente "em nome do amor", porém, são exatamente o contrário disso: são a prova de que não há amor nenhum, mas sim um uso do outro. Não há sujeito, mas tão somente um objeto.
A linha que torna as carícias imorais num namoro obedece a um critério fundamental: o próprio corpo. Quando o corpo começa a sinalizar que está se preparando para uma relação sexual, é porque o limite foi ultrapassado. A lógica é simples: se duas pessoas não vão manter uma relação sexual, não precisam preparar-se para ela. Nesse sentido, insistir indevidamente em carícias representa um grave risco para ambos.
O Padre Antonio Royo Marín, O.P., em sua obra Teología Moral para seglares ["Teologia Moral para leigos"][01], apresenta um esquema bastante específico sobre as práticas que se constituem pecado. Ele afirma que olhar e tocar nas partes íntimas da outra pessoa é pecado grave:
“600. 1º. Olhares e toques.
a) Será ordinariamente pecado mortal olhar ou tocar sem causa grave (como a tem o médico, cirurgião, etc.) as partes desonestas de outras pessoas, sobretudo se são do sexo oposto, ou se são do mesmo, se se tem inclinação desviada por ele. Diga-se o mesmo com relação aos seios das mulheres.
b) Pode ser simplesmente venial olhar as próprias partes unicamente com rapidez, curiosidade, etc., excluída toda intenção venérea ou sensual e todo perigo próximo de excitar nelas movimentos desordenados. Não é pecado algum fazer o mesmo por necessidade ou conveniência (v.gr., para curar uma enfermidade, lavar-se, etc.)
c) Para julgar a importância ou a gravidade dos olhares e dos toques nas partes restantes do próprio corpo ou de outros, mais que a anatomia, há que se conhecer a intenção do agente, o influxo que pode exercer na comoção carnal e as razões que houve para permiti-los, de acordo com os princípios anteriormente expostos. Às vezes será pecado mortal o que em outras circunstâncias ou intenções seria tão somente venial e quiçá pecado algum.
d) O que foi dito em relação ao corpo humano aplica-se à vista de estátuas, quadros, fotografias, espetáculos, etc., e na medida, grau e proporção com que se pode excitar a própria sensualidade.”
Quanto aos beijos e abraços, é preciso recordar que o que faz um pecado é a intenção. Assim, beijos e abraços com a intenção de se excitar e de excitar a outra pessoa, são realmente pecados graves, pois a intenção é pecaminosa. Amar significa também manter-se casto.
Em relação aos beijos apaixonados trocados por pessoas que já possuem um sério compromisso, é seguinte o parecer do Pe. Royo Marín:
Se o sexo fora do casamento é pecado, até onde podem ir as carícias no namoro? Para compreender a delicadeza do tema, é preciso lembrar que nem sempre o oposto do amor é o ódio. Na teologia moral, o contrário do amor pode ser justamente "usar o outro", usar o corpo da outra pessoa para o próprio prazer e gratificação sexual.
Muitas coisas num namoro são feitas justamente "em nome do amor", porém, são exatamente o contrário disso: são a prova de que não há amor nenhum, mas sim um uso do outro. Não há sujeito, mas tão somente um objeto.
A linha que torna as carícias imorais num namoro obedece a um critério fundamental: o próprio corpo. Quando o corpo começa a sinalizar que está se preparando para uma relação sexual, é porque o limite foi ultrapassado. A lógica é simples: se duas pessoas não vão manter uma relação sexual, não precisam preparar-se para ela. Nesse sentido, insistir indevidamente em carícias representa um grave risco para ambos.
O Padre Antonio Royo Marín, O.P., em sua obra Teología Moral para seglares ["Teologia Moral para leigos"][01], apresenta um esquema bastante específico sobre as práticas que se constituem pecado. Ele afirma que olhar e tocar nas partes íntimas da outra pessoa é pecado grave:
“600. 1º. Olhares e toques.
a) Será ordinariamente pecado mortal olhar ou tocar sem causa grave (como a tem o médico, cirurgião, etc.) as partes desonestas de outras pessoas, sobretudo se são do sexo oposto, ou se são do mesmo, se se tem inclinação desviada por ele. Diga-se o mesmo com relação aos seios das mulheres.
b) Pode ser simplesmente venial olhar as próprias partes unicamente com rapidez, curiosidade, etc., excluída toda intenção venérea ou sensual e todo perigo próximo de excitar nelas movimentos desordenados. Não é pecado algum fazer o mesmo por necessidade ou conveniência (v.gr., para curar uma enfermidade, lavar-se, etc.)
c) Para julgar a importância ou a gravidade dos olhares e dos toques nas partes restantes do próprio corpo ou de outros, mais que a anatomia, há que se conhecer a intenção do agente, o influxo que pode exercer na comoção carnal e as razões que houve para permiti-los, de acordo com os princípios anteriormente expostos. Às vezes será pecado mortal o que em outras circunstâncias ou intenções seria tão somente venial e quiçá pecado algum.
d) O que foi dito em relação ao corpo humano aplica-se à vista de estátuas, quadros, fotografias, espetáculos, etc., e na medida, grau e proporção com que se pode excitar a própria sensualidade.”
Quanto aos beijos e abraços, é preciso recordar que o que faz um pecado é a intenção. Assim, beijos e abraços com a intenção de se excitar e de excitar a outra pessoa, são realmente pecados graves, pois a intenção é pecaminosa. Amar significa também manter-se casto.
Em relação aos beijos apaixonados trocados por pessoas que já possuem um sério compromisso, é seguinte o parecer do Pe. Royo Marín:
“602.2º. Beijos e abraços.
a) Constituem pecado mortal quando se pretender com eles excitar diretamente ao deleite venéreo, ainda que se trate de parentes e familiares (e com maior razão entre estes, pelo aspecto incestuoso de seus atos).
b) Podem ser mortais, com muita facilidade, os beijos passionais entre noivos (ainda que não se tente o prazer desonesto), sobretudo se são na boca e se prolongam algum tempo; pois é quase impossível que não representem um perigo próximo e notáveis movimentos carnais em si mesmo ou na outra pessoa. Quando menos, constituem uma falta grandíssima de caridade para com a pessoa amada, pelo grande perigo de pecar a que ela se expõe. É incrível que essas coisas sejam feitas feitas em nome do amor (!). Esta paixão cega não os deixa ver que esse ato de paixão sensual, longe de constituir um ato de verdadeiro e autêntico amor - que consiste em desejar fazer o bem ao ser amado -, constitui, na realidade, um ato de refinadíssimo egoísmo, posto que não hesita em satisfazer a própria sensualidade à custa de causar um grande dano moral à pessoa amada. Diga-se o mesmo dos toques, olhares, etc., entre esta classe de pessoas.
c) Um beijo rápido, suave e carinhoso dado a outra pessoa em testemunho de afeto, com boa intenção, sem escândalo para ninguém, sem perigo (ou muito remoto) de excitar a própria sensualidade ou do outro, não pode ser proibido em nome da moral cristã, sobretudo se há alguma causa razoável para ele; v.gr., entre prometidos formais, parentes, compatriotas (de onde seja costume), etc.
d) O que acabamos de dizer pode aplicar-se, na devida proporção, aos abraços e outras manifestações de afeto.”
É preciso ter sempre em mente que o amor acontece entre dois sujeitos, e não entre um sujeito e um objeto. Por isso, a Igreja ensina a não transformar o outro em coisa, em brinquedo. Sobretudo se deve respeitar o corpo do ser amado como templo do Espírito Santo, caminhando com ele rumo ao céu, para que um dia possam concelebrar, junto com os anjos e com os santos, o amor de Deus.
a) Constituem pecado mortal quando se pretender com eles excitar diretamente ao deleite venéreo, ainda que se trate de parentes e familiares (e com maior razão entre estes, pelo aspecto incestuoso de seus atos).
b) Podem ser mortais, com muita facilidade, os beijos passionais entre noivos (ainda que não se tente o prazer desonesto), sobretudo se são na boca e se prolongam algum tempo; pois é quase impossível que não representem um perigo próximo e notáveis movimentos carnais em si mesmo ou na outra pessoa. Quando menos, constituem uma falta grandíssima de caridade para com a pessoa amada, pelo grande perigo de pecar a que ela se expõe. É incrível que essas coisas sejam feitas feitas em nome do amor (!). Esta paixão cega não os deixa ver que esse ato de paixão sensual, longe de constituir um ato de verdadeiro e autêntico amor - que consiste em desejar fazer o bem ao ser amado -, constitui, na realidade, um ato de refinadíssimo egoísmo, posto que não hesita em satisfazer a própria sensualidade à custa de causar um grande dano moral à pessoa amada. Diga-se o mesmo dos toques, olhares, etc., entre esta classe de pessoas.
c) Um beijo rápido, suave e carinhoso dado a outra pessoa em testemunho de afeto, com boa intenção, sem escândalo para ninguém, sem perigo (ou muito remoto) de excitar a própria sensualidade ou do outro, não pode ser proibido em nome da moral cristã, sobretudo se há alguma causa razoável para ele; v.gr., entre prometidos formais, parentes, compatriotas (de onde seja costume), etc.
d) O que acabamos de dizer pode aplicar-se, na devida proporção, aos abraços e outras manifestações de afeto.”
É preciso ter sempre em mente que o amor acontece entre dois sujeitos, e não entre um sujeito e um objeto. Por isso, a Igreja ensina a não transformar o outro em coisa, em brinquedo. Sobretudo se deve respeitar o corpo do ser amado como templo do Espírito Santo, caminhando com ele rumo ao céu, para que um dia possam concelebrar, junto com os anjos e com os santos, o amor de Deus.
"Quanto Me fere a desconfiança em minha bondade. Os pecados de desconfiança são os que mais Me ferem."
Diário de Santa Faustina, n. 1076
Diário de Santa Faustina, n. 1076
No dia de hoje, há 100 anos, morria o Beato Carlos da Áustria, último rei do Império Austro-Húngaro. Seus sacrifícios durante a 1ª Guerra Mundial levam-nos a refletir sobre as cruzes que aparecem em nossa vida, as quais geralmente relutamos em querer abraçar.
Acesse o texto na íntegra e peça a intercessão deste grande estadista católico.
Clique aqui para ler!
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Muitos de nós já ouvimos, provavelmente mais de uma vez, que “só se ama aquilo que se conhece”. Os santos que estão no céu querem ser nossos amigos, mas como seremos amigos dessas almas que tanto amaram a Deus na Terra se eles são desconhecidos por nós?
Sabendo disso, nós queremos oferecer a vocês um verdadeiro arsenal de conteúdos sobre a vida dos santos, a fim de que, pouco a pouco, nos tornemos íntimos desses homens e mulheres que chegaram à estatura de Cristo.
Nada melhor do que começar, então, com aquela que São Pio X considerava “a maior santa dos tempos modernos” — e pela qual Padre Paulo Ricardo tem uma devoção especial: Santa Teresinha do Menino Jesus.
Homilias e aulas ao vivo:
https://padrepauloricardo.org/episodios/a-estrela-de-teresinha
https://padrepauloricardo.org/episodios/o-evangelho-da-pequena-via
https://padrepauloricardo.org/episodios/as-rosas-de-santa-teresinha
https://padrepauloricardo.org/episodios/a-historia-de-uma-alma
https://padrepauloricardo.org/episodios/a-pequena-via-de-santa-teresinha
https://padrepauloricardo.org/episodios/santa-teresinha-missionaria-da-cruz
https://padrepauloricardo.org/episodios/santa-teresinha-e-a-devocao-ao-menino-jesus
https://padrepauloricardo.org/episodios/santa-teresinha-um-gigante-da-fe
https://padrepauloricardo.org/episodios/o-coracao-generoso-de-santa-teresinha
https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santa-teresinha-do-menino-jesus-mmxix
https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santa-teresinha-do-menino-jesus-e-da-sagrada-face
https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santa-teresinha-do-menino-jesus-mmxviii
https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santa-teresinha-do-menino-jesus-doutora-da-igreja
https://padrepauloricardo.org/episodios/santa-teresinha-lutero-e-a-misericordia
https://padrepauloricardo.org/episodios/santa-teresinha-doutora-de-vida
https://padrepauloricardo.org/episodios/santa-teresinha-e-seus-falsos-devotos
https://padrepauloricardo.org/episodios/em-que-consiste-a-infancia-espiritual-de-santa-teresinha-do-menino-jesus
https://padrepauloricardo.org/episodios/teresinha-a-vitoria-da-graca-sobre-o-temperamento
https://padrepauloricardo.org/episodios/santa-teresinha-lutero-e-a-misericordia
https://padrepauloricardo.org/episodios/santa-teresinha-doutora-de-vida
https://padrepauloricardo.org/episodios/santa-teresinha-e-seus-falsos-devotos
https://padrepauloricardo.org/episodios/em-que-consiste-a-infancia-espiritual-de-santa-teresinha-do-menino-jesus
https://padrepauloricardo.org/episodios/teresinha-a-vitoria-da-graca-sobre-o-temperamento
Artigos:
https://padrepauloricardo.org/blog/a-oferta-de-uma-santa-ao-amor-misericordioso
https://padrepauloricardo.org/blog/luis-martin-o-pai-incomparavel-de-santa-teresinha
https://padrepauloricardo.org/blog/de-santa-para-santa-o-sonho-de-faustina-com-teresinha
https://padrepauloricardo.org/blog/escolhendo-tudo-uma-licao-de-santa-teresinha
https://padrepauloricardo.org/blog/santa-teresinha-revela-em-5-passos-como-recebia-a-sagrada-comunhao
https://padrepauloricardo.org/blog/santa-teresinha-ou-greta-thunberg
https://padrepauloricardo.org/blog/uma-novena-a-santa-teresinha
Sabendo disso, nós queremos oferecer a vocês um verdadeiro arsenal de conteúdos sobre a vida dos santos, a fim de que, pouco a pouco, nos tornemos íntimos desses homens e mulheres que chegaram à estatura de Cristo.
Nada melhor do que começar, então, com aquela que São Pio X considerava “a maior santa dos tempos modernos” — e pela qual Padre Paulo Ricardo tem uma devoção especial: Santa Teresinha do Menino Jesus.
Homilias e aulas ao vivo:
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https://padrepauloricardo.org/episodios/o-evangelho-da-pequena-via
https://padrepauloricardo.org/episodios/as-rosas-de-santa-teresinha
https://padrepauloricardo.org/episodios/a-historia-de-uma-alma
https://padrepauloricardo.org/episodios/a-pequena-via-de-santa-teresinha
https://padrepauloricardo.org/episodios/santa-teresinha-missionaria-da-cruz
https://padrepauloricardo.org/episodios/santa-teresinha-e-a-devocao-ao-menino-jesus
https://padrepauloricardo.org/episodios/santa-teresinha-um-gigante-da-fe
https://padrepauloricardo.org/episodios/o-coracao-generoso-de-santa-teresinha
https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santa-teresinha-do-menino-jesus-mmxix
https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santa-teresinha-do-menino-jesus-e-da-sagrada-face
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"O amor verdadeiro se mede pelo termômetro do sofrimento"
Santa Faustina
Santa Faustina
Por que é necessário fazer ação de graças após a comunhão?
Saiba como o sacramento da Eucaristia age em nossa vida espiritual e descubra por que, afinal, a oração após a comunhão é tão importante para a cura tanto do nosso corpo quanto da nossa alma.
Há quem diga não ser necessário fazer ação de graças depois de ter recebido a comunhão. Se a celebração eucarística já é, como indica a palavra grega εὐχαριστία, uma "ação de graças", não seria essa prática repetir o que já foi feito na Missa?
O que está em questão, na verdade, mais do que um "jogo de palavras", são a natureza do sacramento da Eucaristia e como ele age na alma dos que o recebem. Segundo Santo Tomás de Aquino, "este sacramento produz em relação à vida espiritual o efeito que a comida e a bebida materiais produzem a respeito da vida corporal" (S. Th., III, q. 79, a. 1).
Um dos pontos defendidos pela chamada "nutrição funcional" é que as pessoas não são simplesmente o que comem, mas o que conseguem absorver dos alimentos que ingerem. Assim, de nada adianta consumir produtos nutritivos, se não se aproveitam as substâncias que eles contêm. Analogamente, há muitas pessoas participando da mesa eucarística, sem todavia aproveitar de seus frutos: embora realmente recebam Jesus – porque é Ele quem está presente na hóstia consagrada, com Seu corpo, sangue, alma e divindade –, o divino hóspede passa por suas almas sem deixar rastro, porque elas não se abrem à Sua ação. Infeliz e desgraçadamente, são muitas as comunhões, mas poucas as almas comungantes; muitos que recebem Nosso Senhor, mas poucos que verdadeiramente se unem a Ele.
A Teologia nos ensina que a presença de Cristo na Eucaristia "perdura enquanto subsistirem as espécies do pão e do vinho" [1]. Isso quer dizer que, nos poucos minutos em que as aparências do pão permanecem indigeridas, logo após a comunhão, Jesus Cristo está fisicamente unido a quem comunga, tocando todo o seu ser com a Sua divina humanidade. Essa ação acontece ex opere operato, isto é, por força do próprio sacramento: Deus verdadeiramente envia a Sua graça, bastando que nos disponhamos a recebê-la.
Não é suficiente, portanto, que a pessoa se ponha em contato com Cristo, se não reconhece, com a fé, a grandeza de quem a visita, e não trata com amor este esposo que vem chamá-la à união Consigo. Assim como eram muitos os que circundavam Jesus, mas somente a hemorroíssa foi curada, porque tocou com confiança na fímbria de Seu manto (cf. Mc 5, 25-34). Se o problema de alguns é com a linguagem, se a expressão "ação de graças" gera incômodos, procure-se um outro termo ou mesmo que não se use nenhum, contanto que seja dada a devida atenção ao divino hóspede das almas.
Ao receber o corpo puríssimo e mansuetíssimo de Cristo, peçamos a Ele que nos cure de nossa impureza e irascibilidade, e nos ajude a viver a castidade e a mansidão de coração. Ao ver a Sua sapientíssima e amorosíssima alma unida à nossa, supliquemo-Lhe que nos cure de nossa ignorância e de nossa má vontade, iluminando a nossa inteligência com a Sua luz e fortalecendo a nossa vontade com o Seu ardentíssimo amor. Só não desperdicemos esse tempo oportuno, em que Deus nos visita maravilhosamente na humanidade de Seu divino Filho.
Saiba como o sacramento da Eucaristia age em nossa vida espiritual e descubra por que, afinal, a oração após a comunhão é tão importante para a cura tanto do nosso corpo quanto da nossa alma.
Há quem diga não ser necessário fazer ação de graças depois de ter recebido a comunhão. Se a celebração eucarística já é, como indica a palavra grega εὐχαριστία, uma "ação de graças", não seria essa prática repetir o que já foi feito na Missa?
O que está em questão, na verdade, mais do que um "jogo de palavras", são a natureza do sacramento da Eucaristia e como ele age na alma dos que o recebem. Segundo Santo Tomás de Aquino, "este sacramento produz em relação à vida espiritual o efeito que a comida e a bebida materiais produzem a respeito da vida corporal" (S. Th., III, q. 79, a. 1).
Um dos pontos defendidos pela chamada "nutrição funcional" é que as pessoas não são simplesmente o que comem, mas o que conseguem absorver dos alimentos que ingerem. Assim, de nada adianta consumir produtos nutritivos, se não se aproveitam as substâncias que eles contêm. Analogamente, há muitas pessoas participando da mesa eucarística, sem todavia aproveitar de seus frutos: embora realmente recebam Jesus – porque é Ele quem está presente na hóstia consagrada, com Seu corpo, sangue, alma e divindade –, o divino hóspede passa por suas almas sem deixar rastro, porque elas não se abrem à Sua ação. Infeliz e desgraçadamente, são muitas as comunhões, mas poucas as almas comungantes; muitos que recebem Nosso Senhor, mas poucos que verdadeiramente se unem a Ele.
A Teologia nos ensina que a presença de Cristo na Eucaristia "perdura enquanto subsistirem as espécies do pão e do vinho" [1]. Isso quer dizer que, nos poucos minutos em que as aparências do pão permanecem indigeridas, logo após a comunhão, Jesus Cristo está fisicamente unido a quem comunga, tocando todo o seu ser com a Sua divina humanidade. Essa ação acontece ex opere operato, isto é, por força do próprio sacramento: Deus verdadeiramente envia a Sua graça, bastando que nos disponhamos a recebê-la.
Não é suficiente, portanto, que a pessoa se ponha em contato com Cristo, se não reconhece, com a fé, a grandeza de quem a visita, e não trata com amor este esposo que vem chamá-la à união Consigo. Assim como eram muitos os que circundavam Jesus, mas somente a hemorroíssa foi curada, porque tocou com confiança na fímbria de Seu manto (cf. Mc 5, 25-34). Se o problema de alguns é com a linguagem, se a expressão "ação de graças" gera incômodos, procure-se um outro termo ou mesmo que não se use nenhum, contanto que seja dada a devida atenção ao divino hóspede das almas.
Ao receber o corpo puríssimo e mansuetíssimo de Cristo, peçamos a Ele que nos cure de nossa impureza e irascibilidade, e nos ajude a viver a castidade e a mansidão de coração. Ao ver a Sua sapientíssima e amorosíssima alma unida à nossa, supliquemo-Lhe que nos cure de nossa ignorância e de nossa má vontade, iluminando a nossa inteligência com a Sua luz e fortalecendo a nossa vontade com o Seu ardentíssimo amor. Só não desperdicemos esse tempo oportuno, em que Deus nos visita maravilhosamente na humanidade de Seu divino Filho.
Homilia Diária | A Luz que nos ilumina, aquece e salva (Segunda-feira da 5.ª Semana da Quaresma)
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Homilia Diária | A Luz que nos ilumina, aquece e salva (Segunda-feira da 5.ª Semana da Quaresma)
Embora possa chegar ao conhecimento de certas verdades por si mesma, a razão humana precisa ser ilustrada por uma luz mais sublime que não apenas lhe desvende aquilo que se refere a Deus, mas também lhe dê segurança sobre as verdades morais e religiosas necessárias…
Sou obrigado à legítima defesa?
O programa Resposta Católica já tratou sobre a legítima e proporcionada defesa da sociedade em seu episódio 128. Sobre a legítima e proporcionada defesa da pessoa no episodio 165, tomando como exemplo o caso de um policial que tira a vida de um agressor. Resta ainda responder se uma pessoa que tem o direito à legítima e proporcionada defesa tem também o dever de se defender.
A resposta direta é não. Ninguém tem o dever de se defender e de tirar a vida de um agressor. Existem duas situações excepcionais e específicas em que a pessoa tem o dever de defender-se e de preservar a própria vida.
A primeira é no caso de a pessoa agredida estar em pecado mortal e, sabendo que se morrer naquele momento, possível e provavelmente perderá a sua vida eterna e irá para o inferno, nesse caso, ela tem o dever de preservar a sua vida biológica e ter possibilidade de emenda e de conversão para salvar-se. A segunda possibilidade em que a pessoa tem o dever de defender-se de um agressor, tirando a vida desse, se necessário, é a de que muitas vidas ou o bem comum dependam dela. Por exemplo, uma pessoa que presta serviço para a comunidade e sabe que a vida de muitos depende da sua própria ou de um pai de família que sabe que a subsistência da mulher e dos filhos depende dele. Nesse caso, existe o dever de tentar salvar a própria vida.
Fora essas duas situações excepcionais permanece o princípio geral de que não existe o dever da legítima e proporcionada defesa. Ora, se não existe a obrigação da legítima defesa é possível que, numa atitude heroica e divina, a pessoa agredida, sabendo que a morte do seu agressor o levará para o inferno, resolva de maneira extremamente virtuosa, imitando Cristo na cruz, não se defender.
Trata-se, porém, de um ato heroico a quem ninguém está obrigado a imitar. O que se tem é um direito que pode ou não ser exercido.
O programa Resposta Católica já tratou sobre a legítima e proporcionada defesa da sociedade em seu episódio 128. Sobre a legítima e proporcionada defesa da pessoa no episodio 165, tomando como exemplo o caso de um policial que tira a vida de um agressor. Resta ainda responder se uma pessoa que tem o direito à legítima e proporcionada defesa tem também o dever de se defender.
A resposta direta é não. Ninguém tem o dever de se defender e de tirar a vida de um agressor. Existem duas situações excepcionais e específicas em que a pessoa tem o dever de defender-se e de preservar a própria vida.
A primeira é no caso de a pessoa agredida estar em pecado mortal e, sabendo que se morrer naquele momento, possível e provavelmente perderá a sua vida eterna e irá para o inferno, nesse caso, ela tem o dever de preservar a sua vida biológica e ter possibilidade de emenda e de conversão para salvar-se. A segunda possibilidade em que a pessoa tem o dever de defender-se de um agressor, tirando a vida desse, se necessário, é a de que muitas vidas ou o bem comum dependam dela. Por exemplo, uma pessoa que presta serviço para a comunidade e sabe que a vida de muitos depende da sua própria ou de um pai de família que sabe que a subsistência da mulher e dos filhos depende dele. Nesse caso, existe o dever de tentar salvar a própria vida.
Fora essas duas situações excepcionais permanece o princípio geral de que não existe o dever da legítima e proporcionada defesa. Ora, se não existe a obrigação da legítima defesa é possível que, numa atitude heroica e divina, a pessoa agredida, sabendo que a morte do seu agressor o levará para o inferno, resolva de maneira extremamente virtuosa, imitando Cristo na cruz, não se defender.
Trata-se, porém, de um ato heroico a quem ninguém está obrigado a imitar. O que se tem é um direito que pode ou não ser exercido.
Nos períodos de maiores tormentos, fixo o meu olhar em Jesus crucificado. Não espero ajuda dos homens, minha confiança está em Deus; em Sua insondável misericórdia eu depositei toda a minha esperança.
Diário de Santa Faustina, n. 681
Diário de Santa Faustina, n. 681
Relato da morte de Santa Teresinha
Na manhã de 30 de setembro, a Madre Inês aproximou-se. Teresa esgotada, ofegante, presa de sofrimentos inexprimíveis, não dizia uma palavra. Viram-na juntar as mãos e olhar para a estátua da Santíssima Virgem, colocada em frente a seu leito:
— "Oh, rezei-lhe com um fervor! … É a agonia pura, sem mescla nenhuma de consolação…"
— "Ó minha boa Virgem Santa, vinde em meu socorro!"
— "Sim, meu Deus, tudo quanto quiserdes! Tende piedade de mim!"
— "Minhas Irmãzinhas, rezem por mim!"
— Meu Deus, meu Deus! Vós que sois tão bom!"
Pelas três da tarde, a Santa enferma estendeu os braços em cruz. A Madre Priora colocou-;he sobre os joelhos uma imagem de Nossa Senhora do Carmo. Teresinha olhou para a Priora e lhe disse, com grande espírito de fé:
— "Ó minha Madre, apresente-me bem depressa à Santíssima Virgem. Prepare-me para bem morrer!"
— "Nunca imaginei que fosse possível sofrer tanto! Só posso achar explicação para isso nos meus ardentes desejos de salvas almas!"
— "De boa vontade quero sofrer ainda!"
— "Deus realizou os meus mínimo desejos… Então, o maior de todos será também realizado: morrer de amor!"
Pelas cinco horas, o semblante se lhe alterou repentinamente. Na fisionomia, apareceram os traços da agonia suprema. A comunidade entrou e se pôs em oração a fim de auxiliar aquele anjo da terra em seus últimos combates. Teresinha acolheu todas as Irmãs com um doce sorriso. Depois, seu olhar deteve-se no Crucifixo. Apertava-o tantos nas mãos que, após a morte, foi difícil retirá-lo.
Por mais de duas horas, um terrível estertor lhe sacudia e despedaçava o peito. O semblante, tão puro, de Teresinha, achava-se agora congestionado; as mãos, violáceas. Um tremor se lhe apoderara de todos os membros. Abundantes gotas de suor corriam-lhe da fronte. Sob a crescente opressão, a pobre doente deixava escapar, por vezes, débeis gritos involuntários.
As seis da tarde, ouviu-se o toque de Angelus. Seu olhos súplices voltaram-se para estátua da "Virgem do sorriso", que a curara na infância. Teresinha quisera que a colocassem junto de si, na enfermaria.
"Pois que vieste, o Mãe, na aurora a me sorrir, Sorri mais uma vez… a Noite vai cair…"
Interrogou Teresa:
— Minha Madre, não é a agonia? Não estou para morrer? Não desejaria sofrer menos!"
Em seguida, após um supremo olhar ao Crucifixo, ouviram-na murmurar:
— "Oh! Amo-O!... Meu Deus!... Eu… Vos Amo!"
Deixou cair docemente a cabeça para trás, voltando-a para a direita. Seu belo semblante recuperara a cor do lírio. Reergueu-se. Os olhos, elevados para o céu, cintilantes, traduziam uma divina beatitude. Fez ainda alguns movimentos, com um ser no cúmulo da felicidade. O êxtase durou o espaço de um Credo. Depois, Teresinha cerrou docemente os olhos. Morrera de amor.
Na manhã de 30 de setembro, a Madre Inês aproximou-se. Teresa esgotada, ofegante, presa de sofrimentos inexprimíveis, não dizia uma palavra. Viram-na juntar as mãos e olhar para a estátua da Santíssima Virgem, colocada em frente a seu leito:
— "Oh, rezei-lhe com um fervor! … É a agonia pura, sem mescla nenhuma de consolação…"
— "Ó minha boa Virgem Santa, vinde em meu socorro!"
— "Sim, meu Deus, tudo quanto quiserdes! Tende piedade de mim!"
— "Minhas Irmãzinhas, rezem por mim!"
— Meu Deus, meu Deus! Vós que sois tão bom!"
Pelas três da tarde, a Santa enferma estendeu os braços em cruz. A Madre Priora colocou-;he sobre os joelhos uma imagem de Nossa Senhora do Carmo. Teresinha olhou para a Priora e lhe disse, com grande espírito de fé:
— "Ó minha Madre, apresente-me bem depressa à Santíssima Virgem. Prepare-me para bem morrer!"
— "Nunca imaginei que fosse possível sofrer tanto! Só posso achar explicação para isso nos meus ardentes desejos de salvas almas!"
— "De boa vontade quero sofrer ainda!"
— "Deus realizou os meus mínimo desejos… Então, o maior de todos será também realizado: morrer de amor!"
Pelas cinco horas, o semblante se lhe alterou repentinamente. Na fisionomia, apareceram os traços da agonia suprema. A comunidade entrou e se pôs em oração a fim de auxiliar aquele anjo da terra em seus últimos combates. Teresinha acolheu todas as Irmãs com um doce sorriso. Depois, seu olhar deteve-se no Crucifixo. Apertava-o tantos nas mãos que, após a morte, foi difícil retirá-lo.
Por mais de duas horas, um terrível estertor lhe sacudia e despedaçava o peito. O semblante, tão puro, de Teresinha, achava-se agora congestionado; as mãos, violáceas. Um tremor se lhe apoderara de todos os membros. Abundantes gotas de suor corriam-lhe da fronte. Sob a crescente opressão, a pobre doente deixava escapar, por vezes, débeis gritos involuntários.
As seis da tarde, ouviu-se o toque de Angelus. Seu olhos súplices voltaram-se para estátua da "Virgem do sorriso", que a curara na infância. Teresinha quisera que a colocassem junto de si, na enfermaria.
"Pois que vieste, o Mãe, na aurora a me sorrir, Sorri mais uma vez… a Noite vai cair…"
Interrogou Teresa:
— Minha Madre, não é a agonia? Não estou para morrer? Não desejaria sofrer menos!"
Em seguida, após um supremo olhar ao Crucifixo, ouviram-na murmurar:
— "Oh! Amo-O!... Meu Deus!... Eu… Vos Amo!"
Deixou cair docemente a cabeça para trás, voltando-a para a direita. Seu belo semblante recuperara a cor do lírio. Reergueu-se. Os olhos, elevados para o céu, cintilantes, traduziam uma divina beatitude. Fez ainda alguns movimentos, com um ser no cúmulo da felicidade. O êxtase durou o espaço de um Credo. Depois, Teresinha cerrou docemente os olhos. Morrera de amor.