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Perfil oficial da escola de Filosofia Nova Acrópole
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ma fé”, como escreveu Helena Blavatsky.

Um filósofo é livre para praticar qualquer religião que escolher, mas na Filosofia não há salvação ou redenção externa; alguém pode receber ensinamentos e exemplos de outros, mas nenhuma pessoa, ou deus, pode salvá-lo, a não ser seus próprios esforços. Além disso, a Filosofia procura a verdade onde quer que ela se encontre, sem dogmas de crença ou nacionalidade. A filosofia, como amor à sabedoria, busca a unidade além de todas as diversas expressões, uma vez que a sabedoria ou a verdade não são propriedade de nenhuma religião.

Concluindo, ao contrário do que nos ensinaram a acreditar, o misticismo e o sagrado não são elementos primitivos, desvinculados de qualquer filosofia inteligente. Esses são elementos integrantes da existência humana. Como escreveu o eminente historiador das religiões, Mircae Eliade: “O Sagrado é um elemento na estrutura da consciência e não uma fase na história dessa consciência”. Na sua forma original, a Filosofia pode ser vista como um caminho para nos aproximarmos dos mistérios da vida, para nos aproximarmos de uma intuição de uma causa superior, Deus, o Universo, ou qualquer nome que escolhermos para ela. A filosofia, portanto, e o Sagrado não estão tão separados quanto podem parecer. São simplesmente dois aspectos de uma experiência humana unificada.

Gilad Sommer, diretor da Nova Acrópole de Chicago, EUA.
As estrelas e os ensinamentos
Acabo de ler um livro que me foi dado, onde se diz que os pitagóricos pensavam que para restaurar o ser humano como “imagem de Deus” era necessária, entre outras coisas, a epopteia (a visão mística de a verdade).

Contemplar Deus era contemplar suas Idéias, porque essa é a Forma que a Mente Universal assume, e a palavra usada pelos egípcios para designar “estrela” está foneticamente relacionada à palavra que significa “ensino”.

Minha imaginação deslocou-se imediatamente para aquele céu estrelado, cheio de ensinamentos que brilham nas trevas e que marcam o caminho – e talvez o destino – do ser humano.

Os Ensinamentos Estelares nos encorajam a elevar nosso olhar para cima e encher nossa alma de mistério e nosso coração de grandeza. Fazem-nos sentir como pequenos organismos que se movem no mundo inferior sem deixar vestígios e, ao mesmo tempo, como seres importantes que partilham o enigma do Universo. À maneira alexandrina, um micróbio dentro dos grandes macros.

Na noite terrestre, acariciada pelo brilho das estrelas, podemos perceber que há algo dentro de nós que não pertence ao efêmero, que está além do raciocínio discursivo, que anseia por retornar à sua verdadeira pátria porque tem asas que impulsionam a imaginação, a intuição e a poderosa memória da casa abandonada. Parece que há uma estranha conexão entre o que está acima e o que está abaixo.

E são os ensinamentos filosóficos, o conhecimento transmitido ao longo de múltiplas gerações, que nos conectam com esse firmamento de Formas majestosas. Porque os ensinamentos brilham, tremeluzem, pulsam, falam e vivem em nós como uma Luz de Vida que acende a mente e o coração.

Se o espanto é a origem da filosofia, incrível é o céu noturno repleto de estrelas e tantas vezes contemplado, que guarda em si a chave do início das coisas e o sentido de tudo o que chega ao fim.

Quero pensar, neste momento, que alguma estrela também acolhe um ente querido que partiu em sua última viagem. E ali ele recebe, em forma de luz vivificante, o ensinamento que merecia possuir na terra.

Para nós que permanecemos aqui embaixo, as Ensinanças constituem a escada pela qual podemos ascender ao Céu enquanto acendemos as luzes da compreensão, uma após a outra, numa trajetória de árdua luta para alcançar as Estrelas.



Carlos Adelantado, diretor internacional de Nova Acrópole
Como nos conta Platão em sua Apologia , terminado o julgamento que o condenou à morte, Sócrates pronunciou estas palavras:
“É hora de ir, eu morrer e você viver. Qual de nós terá um destino melhor, só os deuses sabem.”
Essa será a próxima obra do nosso clube do livro que inicia na próxima semana.
📚 Quer participar dos comentários Toda quarta-feira, às 13h, estaremos debatendo os capítulos selecionados na AcropolePlay. É só acessar a plataforma e entrar na conversa!

Na próxima quarta-feira, teremos a introdução.
Vamos indicar exatamente até que página você deve ler para acompanhar os encontros.
Qual formato vocês preferem para o clube do livro? Prefiram indicar as páginas previamente para leitura e discutir os pontos principais e as dúvidas, ou gostariam de ler linha por linha juntos?
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A angústia e o temor que são produzidos ao enfrentarmos algumas realidades desagradáveis fez, com que, a Humanidade compare sua vida com um jogo casual: nada está relacionado com nada, tudo é uma simples casualidade onde alguns saem ganhando e outros perdendo.
E assim, nesta “loteria da vida”, apostamos cada manhã em nossa boa sorte e choramos à noite quando ela não nos favoreceu. Aos próprios defeitos de falta de vontade, indiferença e covardia psicológica damos a desculpa fácil de que o “mundo é mal e cruel” contra o qual nada podemos fazer.
O resultado aparece claramente: se vivemos em uma desordem cósmica onde os acontecimentos seguem a única lei da casualidade , para que preocupar-se por nada? A ciência e a arte - para não falar dos ritos religiosos – são reduzidas por nós a “cabalas” necessárias para arranhar alguma parte da sorte que a vida distribui caprichosamente. E, ante os fracassos, jamais há responsabilidade pessoal: a vida cruel e a casualidade são os culpados da situação e a consciência humana esconde mais e mais na desculpa da impotência ante o destino.
Nova Acrópole propõe mudar o conceito de casualidade pelo de causalidade, muito mais claro e comprovável em toda a Natureza. Um jogo de causa e efeitos relacionaria os fatos de modo que a existência seria uma longa corrente, onde cada elo tem seu próprio sentido e também um sentido de união tanto com o elo que o precede, como também com o que lhe segue.
Não há fatos casuais. Tudo vem de algo e se dirige a alguma parte. A ciência, inteligentemente, busca o porquê dos fenômenos que nos rodeiam. Há explicações para o dia e para a noite, para as distintas estações do ano, para o milagre da germinação de uma semente, para a gestação da vida física, para o rumo dos rios em direção ao mar, para as nuvens que se agrupam e logo se dissolvem em gotas de chuva...
Mas, quando se topa com o mistério, quando faltam as explicações e não compreendemos, preferimos as muletas da casualidade instável ao invés de conceder a presença latente de uma lei causal que ainda devemos revelar.
Cada um de nossos atos tem uma razão. Cada gesto, cada sorriso, cada lágrima, cada impulso de coragem, cada sensação de força interior, cada sentimento de compaixão e amor, vêm de sementes de suas próprias naturezas. E cada um de nossos atos também gera um efeito que será igualmente da mesma natureza, em lógico acordo. O amor vem do amor e gera amor; o ódio vem do ódio e gera ódio.
Sem casualidades e com causalidades, somos responsáveis por nossos próprios destinos.
Délia Steinberg Guzman, diretora Internacional de Nova Acrópole.
Pergunta: Independentemente do tempo e do espaço, qual personagem da história do pensamento você gostaria de conhecer neste momento? E o que eu faria?

Isso é um problema sério, porque eu gostaria, por exemplo, de conhecer Buda, Jesus, Sócrates, Sêneca, mas teríamos que ver se eles querem me conhecer. Às vezes pensamos que seria bom ter conhecido uma determinada figura histórica, mas temos que ver se estamos à altura de compreendê-lo, porque senão seríamos chatos para ele, mesmo quando estamos com ele.

Podemos pensar como foi bom ter sido um dos discípulos de Jesus! Mas teríamos sido um incômodo, um obstáculo. Acredito que para ser discípulo de Jesus é preciso se parecer com Jesus, e ainda temos um longo caminho a percorrer para parecermos uma encarnação tão divina quanto a desse Mestre.

Entrevista com o Fundador da Nova Acrópole, professor Jorge Angel Livraga.