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"Certa vez, em tempo de Carnaval... Ele (Jesus) se me apresentou na figura de um ECCE HOMO (“Eis aqui o homem” Jo 19,5), carregando sua Cruz, todo coberto de chagas e contusões e brotando, de todo o seu corpo, seu Sangue adorável. Com uma voz dolorosamente triste, dizia:"Não haverá ninguém que tenha piedade de Mim e queira compadecer-se e tomar parte em minha dor vendo o lastimoso estado em que Me põem os pecadores, sobretudo neste tempo de Carnaval?" Prostrando-me aos seus sagrados pés, ofereci-me a Ele, com lágrimas e suspiros. Colocou sobre os meus ombros aquela pesada Cruz , toda eriçada de pontas de pregos, e sentindo-me sucumbida sob o seu peso, comecei a compreender melhor a gravidade e malícia do pecado, a qual sentia tão vivamente no meu coração, que teria preferido mil vezes precipitar-me no Inferno a cometer voluntariamente um único pecado. “Maldito pecado – disse – que detestável és, pela injúria que fazes a meu soberano Bem!” (Santa Margarida Maria, Autobiografia, capítulo 9).