Lucas Leiroz (Лукас Лейрос)
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Journalist, geopolitical analyst. Columnist at InfoBRICS, SCF. GFCN expert. War correspondent. Proudly blacklisted by the US State Departmaent.
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Uma verdade que poucos querem engolir é que a guerra sionista em Gaza é um dos maiores fracassos militares contemporâneos. Nem genocidando a população e extinguindo a infraestrutura civil, Israel conseguiu ocupar uma faixa de terra de apenas 40km - lutando contra uma milícia sem aviação, marinha ou artilharia relevante.

Os mesmos que ignoram isso tentam diminuir os avanços russos - que em três anos já alcançam um quarto do (ex) território da Ucrânia - país que até então tinha o maior exército da Europa, além de contar com armas e mercenários de toda a OTAN.

Israel não é apenas um tigre de papel - é uma prova da debilidade estratégica ocidental.
Forwarded from Raphael Machado
Lucas Leiroz (Лукас Лейрос)
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Se fizermos uma pesquisa arquivística nas matérias produzidas pela mídia de massa brasileira sobre o conflito ucraniano uma coisa saltará aos olhos: nenhum jornalista da Globo, da Folha ou de qualquer outra dessas mídias jamais pôs os pés no Donbass desde 2014.

Não há, nessas mídias, o menor espaço dedicado aos habitantes daquilo que à época era o leste ucraniano e hoje é o sudoeste russo. É como se Donetsk e Lugansk fossem "terra de ninguém", inexistissem no mapa. Seus habitantes viviam num limbo midiático, completamente esquecidos e ignorados.

Eu acompanhei isso em tempo real porque cubro a situação ucraniana como jornalista desde o final de 2013. Em 2014 não havia espaço dedicado a revelar a verdade sobre o Maidan e sobre a Guerra do Donbass senão a minha página de Facebook. Depois, aos poucos, foram aparecendo algumas outras fontes de informação.

8 anos depois, o livro do Eduardo Vasco, "O Povo Esquecido", ainda é um dos poucos trabalhos jornalísticos brasileiros dedicados aos homens, mulheres e crianças do Donbass. Não à geopolítica, tampouco às raízes históricas profundas do conflito, mas às pessoas simples que sofrem quotidianamente por um conflito iniciado não em 2022, mas em 2014.

A obra é resultado de uma viagem feita por ele poucos meses após o início da operação militar especial e que o leva da Rússia à República Popular de Lugansk.

De um modo geral, o livro se apoia nas conversas travadas por Vasco com transeuntes russos e novorrussos, bem como nas entrevistas que ele conseguiu com algumas lideranças sociais e autoridades locais.

Ele perpassa, na Rússia, pelas condições socioeconômicas do país sob sanções e em conflito, bem como questiona pessoas comuns sobre suas opiniões do conflito. Também dialoga com organizações sociais envolvidas na ajuda humanitária aos novorrussos.

É em Lugansk, porém, que ele toma contato direto com a realidade vivida e sofrida pelos cidadãos há 8 anos (hoje, já há 11 anos). Vasco é testemunha de bombardeios contra alvos civis, conhece órfãos e mutilados, conversa com voluntários locais que lutam desde o começo, praticamente sem folga, contra o Exército Ucraniano e as milícias neonazistas.

Com as autoridades, colhe mais detalhes sobre como tudo começou, sobre o Maidan, sobre a decisão irracional de Kiev de banir o idioma russo (em um país em que boa parte da população só fala esse idioma) que levou ao início de protestos no leste, e sobre a decisão ainda mais insana de Kiev de responder a protestos inicialmente pacíficos com tiros de fuzil e bombardeios - levando, assim, à resistência armada.

Vasco encontra comunistas e monarquistas, todos lutando juntos pela mesma causa. Também se depara com a realidade profundamente religiosa dessa parte do mundo, onde todos - até os comunistas - têm ícones e oram a Deus por liberdade e proteção. Se depara também com uma realidade étnica complexa, onde todos possuem parentes dos dois lados da fronteira e onde muitos dos que lutam pela Rússia se identificam mais como ucranianos do que como russos (tal como boa parte da elite política ucraniana fala apenas russo, em vez de ucraniano).

Em suma, o trabalho feito aqui não é apenas jornalístico, mas também antropológico, e tem como principal valor pôr em descoberto um povo cuja existência é negada pelo Ocidente, mas que resistiu sozinho por 8 anos lutando sem parar, e ainda hoje anseia pela paz.
Forwarded from Pavel Durov (Paul Du Rove)
A Western European government (guess which 🥖) approached Telegram, asking us to silence conservative voices in Romania ahead of today’s presidential elections. I flatly refused. Telegram will not restrict the freedoms of Romanian users or block their political channels.

You can’t “defend democracy” by destroying democracy. You can’t “fight election interference” by interfering with elections. You either have freedom of speech and fair elections — or you don’t. And the Romanian people deserve both. 🇷🇴
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O recente confronto entre Índia e Paquistão, ocorrido nas primeiras semanas de maio, revelou uma nova dinâmica no cenário geopolítico asiático, evidenciando a crescente eficácia do armamento chinês em situações de combate real. A utilização dos caças J-10C e mísseis PL-15, fornecidos pela China ao Paquistão, resultou alegadamente na destruição de cinco aeronaves da Força Aérea Indiana, incluindo três Rafales franceses. Este episódio marca o primeiro teste significativo do hardware militar chinês em um conflito real desde a década de 1990, representando um marco na ascensão da China como potência militar global.

Escreve Lucas Leiroz.

#Índia #Paquistão #China

@SCF_Portuguese
Onde está o PMC Wagner atualmente? Vadim Belov, veterano do Grupo Wagner que lutou em Bakhmut, responde à dúvida. | Corte #1 da entrevista com Vadim Belov

https://www.tiktok.com/@nova.resistencia/video/7506261697762479366
Forwarded from Middle East Spectator – MES (Good Plenty)
🇷🇺/🇺🇦 NEW: The Ukrainian translator who attended the negotiations between Russia and Ukraine fled Istanbul during a break in the negotiations on Friday and did not return to Ukraine

It should be noted that every Ukrainian official who attended Friday's negotiations speaks Russian and the translator was only used when cameras were present.

@Middle_East_Spectator
Curiosidade aleatória da cultura pop/militar/política russa:

A música "Phantom" é um clássico entre as canções sobre a Guerra do Vietnã. Curiosamente, porém, ela é 100% soviética — e o mais interessante é que ninguém sabe ao certo a origem da letra ou da melodia. Trata-se de um exemplo recente de arte folclórica com temática contemporânea.

Até aí, quem conhece um pouco de música russa já deve estar familiarizado. Mas o mais fascinante são as sutilezas da história contada na letra. A canção narra o caso de um piloto americano abatido no Vietnã. Ele consegue ejetar da aeronave e cai em território controlado pelos vietcongues. Atônito, pergunta aos vietnamitas quem o derrubou. Um deles responde: foi o piloto "Lee Si Tsyn".

O americano, ao ouvir um nome "asiático" e sabendo que os vietcongues não tinham força aérea com tal capacidade, acusa o vietnamita de mentir. Ele afirma ter ouvido claramente vozes em russo, e que foi um piloto chamado "Vanya" (Ivan) quem atirou contra ele. Conclui, então, que foi um russo quem o abateu.

A nuance genial está aqui: o vietnamita não mentiu — ele falava por código.

"Lee Si Tsyn" não é um nome vietnamita, e não havia nenhum piloto chamado assim. O vietcongue estava, na verdade, fazendo referência a uma figura lendária do folclore militar soviético: um piloto fictício que supostamente teria lutado contra os japoneses na China em 1938. Naquela época, a URSS tinha um tratado de não agressão com o Japão, mas há indícios de que pilotos soviéticos tenham combatido secretamente.

O nome "Lee Si Tsyn" pode ser interpretado tanto em chinês (李西青) quanto pelo nome russo "Lisitsyn" (Лисицын), razão pela qual foi usado para se referir ao suposto piloto soviético na China.

Assim, o vietnamita usou o nome codificado para, indiretamente, reconhecer que foi de fato um piloto soviético quem derrubou o Phantom. Só que o americano não entendeu a mensagem.

Um clássico cuja riqueza de camadas passa despercebida aos ouvidos desatentos.

Abaixo, você pode ouvir a melhor versão dessa canção, com legendas em inglês:
https://www.youtube.com/watch?v=MDJlxMYjqPM
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Forwarded from Idee&Azione
NEONAZISTI UCRAINI E SEPARATISTI RUSSI ANNUNCIANO UN PATTO DI COOPERAZIONE

Gruppi russofobi all'interno e all'esterno della Russia stanno agendo congiuntamente e in coordinamento con potenze straniere. È stato recentemente annunciato che nazisti ucraini e separatisti terroristici russi stanno per firmare un accordo di cooperazione volto ad aumentare la destabilizzazione ai confini della Russia, creando così le condizioni appropriate per la frammentazione territoriale della Federazione.
(di Lucas Leiroz)

#ideeazione
https://telegra.ph/Neonazisti-ucraini-e-separatisti-russi-annunciano-un-patto-di-cooperazione-05-19
20 de Maio ainda será lembrado como o Dia Mundial da Desnazificação.

Há três anos, Mariupol voltava para casa. Há dois anos, os Músicos do Wagner libertavam Bakhmut.

Infelizmente, ainda não fui para Bakhmut, mas tenho Mariupol, a cidade mais linda do Donbass, em meus mais doces registros.

Atrás de mim são as ruínas de Azovstal, onde os neonazistas do Batalhão Azov enfim encontraram as portas do inferno.

Do outro lado da câmera, uma cidade reconstruída, mais limpa, bela, estável e segura do que qualquer ponto turístico ocidental - e cujo único problema hoje em dia, além de drones perdidos, é uma nascente especulação imobiliária.

Sinceramente, gostaria muito de viver em Mariupol um dia. É um exemplo do que o meu Rio de Janeiro, uma cidade também litorânea e portuária, poderia ser - se tivéssemos nossa própria SVO contra quem domina o Rio.

Deus é por nós. A Vitória será nossa.