Escritos Fantásticos
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Curadoria humana de links sobre escrita, história e meio ambiente, ou qualquer coisa que te inspire. Editais de escrita também são divulgados (#edital).

Site: paulo57v.medium.com

Para imagens inspiradoras #inspire

#escrita #ambiente #história #leitura
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Ilustração em preto e branco de uma garota lendo um livro para um velho barbudo acamado.

"Minha neta lendo Ventos de Inverno para mim."

Via: houseofthedragon_lovers no Instagram.

#meme
Taquion ed 1 ficcao cientifica.pdf
4.1 MB
Revista Táquion de Contos de Ficção Científica, Primeira Edição

Da mesma forma que a partícula hipotética que dá nome a este fanzine, nossa missão é visitar todos os tempos da literatura de ficção científica, fantasia, terror, ou seja, a ficção especulativa de modo geral, a fim de entender, praticar, produzir e divulgar as obras que se encaixam nesses gêneros. A cada edição, pretendemos visitar qualquer ponto do espaço-tempo contínuo, o presente, o passado e o futuro, trazendo aos leitores o que de melhor existiu, existe e existirá em termos de contos, livros, quadrinhos, seriados e filmes desses gêneros que tanto nos inspiram.

Baixe em formato epub e mobi no site:

https://taquionfc.com.br/edicoes/

#leitura #ebook
Estudo relaciona a agressividade canina ao contexto social do animal

Por cienciausp no instagram.

Por meio de questionários on-line, a tendência à agressividade foi identificada em cães pequenos e nos que passam a maior parte do tempo fora de casa. Menos agressividade foi relacionada às fêmeas e aos cães que brincam com os tutores.

Diferentemente do que muitos podem imaginar, a agressividade não se resume apenas a ações negativas, que tem como objetivo lesar o outro, e sim uma ferramenta de resolução de conflitos. Mas você já se perguntou de onde surge o comportamento agressivo do seu cão? Uma pesquisa do Instituto de Psicologia (IP) da USP aponta que, além de estar relacionada com a raça, a agressividade também pode ter relação com o contexto social do animal.

Cachorros que brincavam e passeavam com seus tutores e aqueles com maior peso, por exemplo, tinham menor chance de serem agressivos com os donos. Enquanto isso, cães de mulheres foram relatados como menos agressivos com estranhos.

O artigo Relationships among morphological, environmental, social factors and aggressive profiles in Brazilian pet dogs, do pesquisador Flavio Ayrosa, do Departamento de Psicologia Experimental do IP, contou com a coleta das informações de 665 tutores e seus cães por meio de três questionários on-line: um sobre informações gerais dos animais e de seus donos, como idade e dados morfológicos; outro sobre a interação entre cão e o tutor, que era composto de duas perguntas abertas (“Como o dono reage aos comportamentos inadequados do cão?” e “Quais atividades o cão e o dono mais fazem juntos”) e o último sobre a agressividade.

#ambiente
Concurso literário: Sereias, o segredo das águas

Esse concurso busca contos de terror envolvendo essas mulheres híbridas e diabólicas que levam à morte homens que se deixaram enfeitiçar por seus cantos e encantos. ✏️🎩

Inscrições:

15/12/2022 a 10/01/2023


Veja o edital:

https://www.cartolaeditora.com.br/concursos-literarios/sereias/

#CartolaEditora #ConcursoLiterario
Leia o conto solarpunk A Cor da Obsessão, de Luciano Santo Brigida

Quando Perdyn testemunha um suicídio envolto em mistérios, sua curiosidade não o deixa descansar. Teria sido mesmo um suicídio? O que teria motivado alguém a tirar sua própria vida?

https://scriv.com.br/lucianosb/a-cor-da-obsessao

#leitura #conto #ebook
As focas usam as estrelas para se orientar?

Por umadose_deastronomia no Instagram.

Por milhares de anos, marinheiros utilizaram estrelas-guia para se localizarem no mar, mas é possível que as focas-comuns já faziam uso dessa estratégia muito antes !!

Vivendo nas costas dos oceanos Atlântico e Pacífico do Hemisfério Norte, esses mamíferos marinhos passam boa parte do tempo procurando alimento à noite e, nessas circunstâncias, não possuem pontos de referência terrestres.

Em 2006, cientistas investigaram a habilidade desses animais de se orientarem pelas estrelas.

Duas focas-comuns que viviam em cativeiro no Marine Science Centre, na Alemanha, foram colocadas em um planetário flutuante construído exclusivamente para elas.

A equipe treinou os dois pinípedes, chamados Nick e Malte, para nadarem na direção de estrelas-guia específicas, e depois descobriu que os animais eram capazes de identificar uma única estrela a partir de uma projeção realista do céu noturno do Hemisfério Norte.

Isso sugere que as focas-comuns podem usar estrelas-guia específicas como pistas de navegação para se aventurarem longe da costa!!

Essa foi a primeira evidência científica de um mamífero marinho que se orienta pelas estrelas.

Se isso realmente acontece na natureza, é provável que a navegação orientada pelas estrelas ajude as focas a buscarem, de forma eficiente, uma área para conseguir alimento.

E se voce achava que conhecia as estrelas.. as focas conhecem mais 😂😅

#ambiente
Melhores leituras 2022 - Ficção

Futu.re (Dmitry Glukhovsky)

O que descobrimos permitiu que as pessoas permanecessem jovens para sempre. Não há mais morte. Nossos filhos nunca morrerão. Bem-vindo a um mundo habitado por pessoas perfeitamente saudáveis, bonitas e eternamente jovens.

Toda utopia tem suas ruelas sombrias. Alguém tem que garantir que a superpopulação não derrube o maravilhoso mundo do futuro. Alguém tem que fazer as pessoas esquecerem seus instintos animais e viverem de maneira adequada para os imortais. Talvez esse alguém seja eu?
Melhores leituras 2022 - Conto

Varejeiras (Tatiana Faraújo, em Noturna)

Quando uma infestação de moscas varejeiras começa a ter efeitos estranhos nas mulheres de Sucuri, os moradores desconfiam que tenha algo a ver com uma moradora desaparecida e sua casa abandonada.
Melhores leituras 2022 - Não-ficção

A Vida no Limite: a ciência da sobrevivência (Frances Ashcroft)

Um relato espetacular da ciência da sobrevivência e dos desafios que enfrentamos em ambientes altamente hostis: em grandes altitudes, sob intensa pressão, no calor e no frio extremos, na velocidade, no espaço. Frances Ashcroft concentra-se principalmente na fisiologia (seu campo de trabalho), mas ponteia a argumentação com conhecimentos e curiosidades de áreas tão variadas quanto medicina, história da ciência, esporte e zoologia comparada.
Forwarded from Berserk Brasil 🇧 🇷 (🄵🄰🄽🄰)
Cartão de Natal feito pelo assistente chefe (KuroSaki) de Miura. Era tradição de Miura fazer cartões de Natal, e a equipe está continuando isso 🥹

Cr:. @Gui

@BerserkBR
12 Histórias pra quem quer começar a escrever ecofantasia

1. Livro: Onde as árvores cantam, de Laura Gallego García

Se eu não considerar O Hobbit e O Senhor dos Anéis com temáticas ecofantásticas, acho que esse foi o primeiro livro que li desse tipo.

Sinopse: Filha única do duque de Rocagris, Viana é noiva do jovem Róbian de Castelmar. Prometidos um ao outro desde a infância, eles se casarão na próxima primavera. Contudo, um alerta sobre a invasão bárbara frustra seus planos. Tanto Róbian como o duque de Rocagris partem a fim de defender o reino de Nórdia, mas fracassam. Da noite para o dia, o mundo de Viana desmorona. Sozinha, ela é obrigada a fugir para a Grande Floresta. Ali aprende a caçar, a lutar e a defender-se feito homem, renunciando, assim, à condição de donzela. Para salvar o reino, porém, ela terá de seguir a pista de antigas lendas sobre o lugar, no coração da mata, onde as árvores cantam...

2. Anime Mushishi, de Yuki Yushibara

Anime fantástico no estilo slice of life.

Sinopse: Há criaturas conhecidas apenas como "Mushi" cujas habilidades entram no espectro sobrenatural. Embora sua existência e aparência não sejam conhecidas à maioria dos humanos ao seu redor, algumas poucas pessoas os conhecem, como Ginko, um Mushi-shi que viaja investigando para descobrir mais sobre os Mushi. Em sua jornada de descobertas e novos entendimentos, ele ajuda pessoas que têm problemas causados pelos Mushi...

3. Filme Princesa Mononoke, de Hayao Miyazaki

Sinopse: Um príncipe sofre com uma maldição mortal e parte em busca da cura. Ele acaba indo parar no meio da batalha entre uma cidade mineradora e os animais da floresta, onde encontra uma princesa selvagem cuidada por lobos e se torna parte do conflito entre espíritos e humanos.

4. Filme The Deer King (O Rei Cervo), de Masashi Ando

Sinopse: Após uma guerra brutal, o ex-soldado Van trabalha em uma mina controlada pelo império dominante. Um dia, sua existência solitária é derrubada quando um bando de cães selvagens carregando uma doença mortal e incurável ataca, deixando apenas Van e uma jovem chamada Yuna como sobreviventes. Finalmente livres, os dois buscam uma existência simples no campo, mas são perseguidos por forças nefastas. Com a intenção de proteger Yuna a todo custo, Van deve descobrir a verdadeira causa da praga que assola o reino – e sua possível cura.

5. Filme O Tempo com Você, de Makoto Shinkai

Não tão bom quanto Your Name, mas com temática ecológica bem mais clara.

Em O Tempo com Você, durante o verão, Hodaka foge de sua casa em uma ilha periférica para chegar a Tóquio. Ele não tem dinheiro mas, depois de muitos dias, acaba encontrando trabalho como escritor freelancer para uma revista duvidosa. Um dia, porém, Hodaka conhece uma garota no meio da agitação da cidade grande. Hina é uma garota alegre que vive sozinha com seu irmão mais novo, devido a uma série de circunstâncias. Ela tem um poder que deixa Hodaka impressionado: Hina pode controlar o tempo.

6. Série animada Avatar, A Lenda de Aang e Korra, Bryan Konietzko e Michael Dante DiMartino

Eu amo Avatar e sua diversidade de culturas, personagens, fauna e flora, e filosofia. As histórias se passam num mundo onde as pessoas (não todas, mas uma grande parte delas) consegue dominar um dos elementos da natureza, e o Avatar é o único que consegue dominar todos. Ele tem a missão de manter o equilíbrio entre homens, nações e espíritos, uma tarefa nada fácil. Avatar é cheio de personagens cativantes e que se transformam com o tempo, lutas épicas e com muita filosofia ecológica e oriental. Assista.

7. Filme Avatar, James Cameron

Ficção científica, eu sei, mas tem muita fantasia ali no que tange os "homens azuis".
Sinopse: Jake Sully ficou paraplégico após um combate na Terra. Ele é selecionado para participar do programa Avatar em substituição ao seu irmão gêmeo, falecido. Jake viaja a Pandora, uma lua extraterrestre, onde encontra diversas e estranhas formas de vida. O local é também o lar dos Na'Vi, seres humanoides que, apesar de primitivos, possuem maior capacidade física que os humanos. Os Na'Vi têm três metros de altura, pele azulada e vivem em paz com a natureza de Pandora. Os humanos desejam explorar a lua, de forma a encontrar metais valiosos, o que faz com que os Na'Vi aperfeiçoem suas habilidades guerreiras. Como são incapazes de respirar o ar de Pandora, os humanos criam seres híbridos chamados de Avatar. Eles são controlados por seres humanos, através de uma tecnologia que permite que seus pensamentos sejam aplicados no corpo do Avatar. Desta forma Jake pode novamente voltar à ativa, com seu Avatar percorrendo as florestas de Pandora e liderando soldados. Até conhecer Neytiri, uma feroz Na'Vi que conhece acidentalmente e que serve de tutora para sua ambientação na civilização alienígena.

8. Livro/Conto As árvores do orgulho, G. K. Cherteston

Não é bem uma fantasia também por causa do final. Mas não vou dar spoilers...

Sinopse: Em um canto da costa inglesa, onde um povo humilde e rural cultiva suas lendas, um proprietário de terras, o squire Vane, recebe a visita de um americano entusiasta de artes e poesia. No almoço de recepção o tema central do livro é tocado: uma lenda estranha sobre árvores andantes e causadoras de doenças provoca a curiosidade de Bárbara Vane, que escuta as narrativas do visitante e de um obscuro poeta da região. É claro que o médico e o advogado, que se juntam a este grupo, oferecem uma certa resistência a este tipo de lenda: como poderiam confiar nas tolices daqueles pobres e ignorantes indivíduos?

9. Ponyo, uma amizade que veio do mar, de Hayao Miyazaki

Sinopse: Certa manhã, quando brinca na praia, o pequeno Sosuke encontra um peixe vermelho preso num frasco de doce. Sosuke liberta o peixinho do frasco, a quem dá o nome de Ponyo, e promete protegê-lo para sempre. Mas o pai de Ponyo, um feiticeiro que vive no fundo do mar, força o pequeno peixe a regressar às profundezas. Decidida a tornar-se humana, Ponyo foge para reencontrar Sosuke e espalha acidentalmente uma poção mágica pelo oceano, transformando as suas irmãs em ondas gigantes que ameaçam inundar a aldeia de Sosuke. O amor e a responsabilidade, o oceano e a vida, num mundo fantástico onde a magia também faz parte das coisas naturais do dia-a-dia.

10. Mito grego de Erisictão

Tem uma análise muito boa desse mito e em português por Santahelena lá no Medium que você pode conferir aqui. É a história do rei orgulhoso de Tessália que na sua busca por poder, acaba destruindo um bosque sagrado e sofre as consequências disso.

11. Final Fantasy: The Spirits Within, de Hironobu Sakaguchi

Ficção científica de novo, eu sei. Mas é porque tem fantasmas. E é uma renovação do mito de Gaia versus Olimpo, além de fortemente inspirado pela teoria ecológica de Lovelock e Margulis.

Sinopse: No ano de 2065, o caos e destruição rondam a Terra. Um meteoro atingiu o planeta e lançou ao longo da superfície milhões de alienígenas, cujo objetivo é extinguir toda a vida terrestre. A Dra. Aki Ross é uma cientista que foi infectada de forma letal pelos invasores, mas tem a chave para descobrir o ponto fraco de seu oponente. Agora, com a orientação de seu mentor, Dr. Sid, e a ajuda do esquadrão militar Deep Eyes, a Dra. Ross busca salvar não apenas o planeta Terra, mas também a si mesma.
12. Filme A Lenda do Cavaleiro Verde e a Lenda de Sir Gawain. O filme é de David Lowery

Sinopse: Durante a comemoração do ano novo no castelo do Rei Artur, os cavaleiros da távola redonda recebem a inesperada visita do Cavaleiro Verde, uma figura imponente, meio humana, meio árvore, que propõe um desafio: pede que alguém lhe dê um golpe, contanto que essa pessoa permita a devolução do mesmo golpe um ano depois. Disposto a provar sua nobreza, Gawain toma a frente, golpeia o Cavaleiro, que não morre e agora o esperará na Capela Verde quando marcar um ano depois.

O canal Entre Planos do youtube já fez uma análise maravilhosa do filme e da lenda. Confira aqui.
Algumas histórias não tão ecofantásticas, outras que estou vendo e outras que pretendo ver, só para recomendação

A continuação de Avatar, agora O Caminho da Água, com certeza eu verei.

Metro 2033, de Dmitry Glukhovsky, também tem uma temática sutilmente ecológica ao abordar conflitos nucleares. Trilogia já lida.

Os livros de Tolkien. Você já deve saber que o pai da fantasia amava árvores né?

Nárnia, de C. S. Lewis. Só assisti os filmes.

Série His Dark Materials, Fronteiras do Universo, da HBO, que reconta a história da Bússola de Ouro de Phillip Pullman. A última temporada em especial aborda muito sutilmente do orgulho e da traição dos humanos com a natureza.

Livros e série Guerra dos Tronos, de George R. R. Martin, onde o universo sofre a catástrofe climática de um longo inverno e as consequências da desunião, além de ter cultos a árvores e bosques sagrados.

Quando as Árvores morrem, de Tatiana Lazzarotto. Não é de ecofantasia, mas uma história de luto que se aproveita da metáfora da árvore. Lendo atualmente.

Sinopse: Quantas lembranças atravessam um corpo enlutado? O que fazer com o desejo de nossos mortos? Em sua estreia, Tatiana Lazzarotto nos apresenta, em prosa poética, o desenrolar de uma notícia de morte. É também uma história sobre um pai, uma filha e uma árvore. Um deles está morto. Os outros dois terão de sobreviver. Narrado em primeira pessoa, o romance apresenta a história uma mulher que perde o pai de forma repentina. Ela retorna a Província – cidade fictícia –, para atender aos desejos deixados por ele: recuperar a casa da família e garantir que a velha árvore do quintal, já condenada, não seja derrubada. Ao mesclar a experiência do luto com as próprias memórias (o pai da autora faleceu em 2018), a narradora relembra a trajetória do pai, que deixou a profissão de comerciante quando ela e os irmãos eram crianças, para se transformar em Papai Noel profissional. A família, como galhos entrelaçados de uma árvore, é rememorada como clã – espécie de cordão de pisca-piscas em que cada lâmpada acesa importa para iluminar toda uma fileira. É a partir das memórias reais e ficcionais, suscitadas pelo próprio estar de abandono, que a autora, já adulta, constrói uma narrativa madura e afetuosa sobre o luto.

O Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett. Ainda não lido.

Sinopse: No início do século XX, Mary Lennox vive na Índia com os pais, que não lhe dão afeto nem atenção. Uma epidemia de cólera mata o casal, e, seis meses depois, Mary, uma menina de 10 anos apática e sem graça, mimada, voluntariosa, que não sabe amar e não tem amigos, desembarca na Inglaterra para viver com o tio em Yorkshire, na mansão Misselthwaite, uma construção sombria e labiríntica com mais de cem quartos. Deslocada e assustada, a menina, sem ter o que fazer, começa a explorar a mansão e seus arredores, cheios de jardins e hortas. Com a curiosidade despertada, descobre que um dos jardins estava trancado havia dez anos e a chave, enterrada não se sabia onde: o tio proibira a entrada de qualquer pessoa. Mary acaba ficando amiga do velho jardineiro e de um passarinho especial, um pintarroxo, que a leva até a chave. E ela pode, finalmente, entrar no jardim. A narrativa é fluente, e o leitor fica preso à história, ansioso por saber o que vai acontecer. Traz também uma visão extremamente positiva e rica do contato com a terra, da vida simples e dos valores essenciais das pessoas do campo.

O urso e o rouxinol, de Katherine Arden. Ainda não lido.
Sinopse: No limite das terras selvagens russas, o inverno se estende por grande parte do ano e as camadas de neve são mais altas do que as casas. Mas Vasilisa não se importa — ela passa as noites frias aconchegada com seus queridos irmãos, enquanto são aquecidos pelos contos de fadas narrados por sua velha ama. De todas as histórias, sua favorita é sobre Gelo, o demônio do inverno de olhos azuis, que surge na noite congelante e vai atrás de almas desavisadas. Os sábios russos o temem, diz Dunya, e honram os espíritos domésticos e da floresta que protegem seus lares do mal. Após a morte da mãe de Vasilisa, seu pai vai a Moscou e retorna com uma nova esposa. Extremamente devota, criada na cidade, a nova madrasta de Vasilisa proíbe toda a família de honrar os espíritos. Todos obedecem, mas Vasilisa se apavora com a sensação de que tais rituais são muito mais importantes do que imaginam. E, de fato, logo as colheitas se tornam escassas, criaturas malignas da floresta se aproximam e infortúnios perseguem a aldeia. Ao mesmo tempo, a madrasta de Vasilisa torna-se ainda mais rígida e determinada a preparar a jovem rebelde para o casamento ou ao confinamento em um convento. Com o perigo cada vez mais próximo, Vasilisa precisa enfrentar até aqueles que ama e invocar dons perigosos que por muito tempo escondeu — tudo para proteger sua família de uma ameaça que parece ter saltado diretamente dos contos mais assustadores de sua ama.

Circe, de Madeline Miller. Ainda não lido.

Sinopse: Uma releitura corajosa e atual da trajetória de Circe, a poderosa – e incompreendida – feiticeira da Odisseia de Homero. Na casa do grande Hélio, divindade do Sol e o mais poderoso da raça dos titãs, nasce uma menina. Circe é uma garotinha estranha: não parece ter herdado uma fração sequer do enorme poder de seu pai, muito menos da beleza estonteante de sua mãe, a ninfa Perseis. Deslocada entre deuses e seus pares, os titãs, Circe procura companhia no mundo dos homens, onde enfim descobre possuir o poder da feitiçaria, sendo capaz de transformar seus rivais em monstros e de aterrorizar os próprios deuses. Sentindo-se ameaçado, Zeus decide bani-la a uma ilha deserta, onde Circe aprimora suas habilidades de bruxa, domando perigosas feras e cruzando caminho com as mais famosas figuras de toda a mitologia grega: o engenhoso Dédalo e Ícaro, seu filho imprudente, a sanguinária Medeia, o terrível Minotauro e, é claro, Odisseu. E os perigos são muitos para uma mulher condenada a viver sozinha em uma ilha isolada. Para proteger o que mais ama, Circe deverá usar toda a sua força e decidir, de uma vez por todas, se pertence ao reino dos deuses ou ao dos mortais que ela aprendeu a amar. Personagens vívidos e extremamente cativantes, aliados a uma linguagem fascinante e um suspense de tirar o fôlego, fazem de Circe um triunfo da ficção, um épico repleto de dramas familiares, intrigas palacianas, amor e perda. Acima de tudo, é uma celebração da força indomável de uma mulher em meio a um mundo comandado pelos homens.
Leia o primeiro capítulo de A Estrada dos Heróis: As batidas do Ankef

A Estrada dos Heróis é a continuação do meu romance O Sangue da Deusa.

https://medium.com/@paulo57v/a-estrada-dos-herois-cap1-12c84430940f

#escrita #ebook
O que é mais belo, o que podamos ou o que deixamos crescer?

Foi preciso uma pandemia dizimar a humanidade em The Last of Us para a natureza tomar conta, ou melhor, se restaurar. O fungo, que realmente existe, mas que graças a Deus só infecta formigas (e eu agora fiquei com pena das coitadas), se espalhou rapidamente, usando os humanos como hospedeiros.

Sem nós, os "donos da casa", não há ninguém para cuidar das plantas do jardim e elas acabam crescendo, e crescendo, e crescendo. Já já a trepadeira toma conta do prédio inteiro e os sapos se reproduzem na piscina do hotel.

A natureza volta.
O cenário, ainda apocalíptico, fica belo.

Acho bobo dizer que a natureza volta para algo, ou invade algo. Ela está aí, ao nosso redor, quer você esteja vendo o pôr do sol numa canoa no rio Amazonas ou no trânsito parado respirando a bendita fumaça dos caminhões. O que volta é nossa percepção dela, de que ela existe, de que somos ela e interagimos com ela.

O que volta em The Last of Us é a percepção de uma natureza selvagem. E é belo, é legal imaginar como seria essa invasão, ver alterações em cenários tão conhecidos. Não à toa filmes apocalípticos sempre nos apresentam algum ponto turístico sendo destruído ou em ruínas. Ver o mundo de uma nova forma, com os olhos de outra pessoa, nos atiça a curiosidade. E a arte tem esse poder, não é incrível?

Quando criança eu matei aula pra entrar num cemitério abandonado. Não consegui. Sempre fui imaginativo demais, e imaginação fértil abre espaço para os mais terríveis criaturas, como bruxas que ressuscitam os mortos e colam suas cabeças cortadas...

Mas tive coragem pra olhar por cima do muro. Tudo estava coberto por capim seco, carrapicho e até urtigas. Nem parecia um cemitério, eu mal podia ver as cruzes. Era um terreno abandonado.

Meu medo não se aliviou. Eu sabia que tinha corpos por baixo de tanto mato. Mas as urtigas floresciam, tímidas flores brancas despontando sobre os pelos urticantes. Havia beleza onde eu sentia medo. E a sensação de que a natureza estava pouco se lixando para nós mortais.

Como em The Last of Us, o que cresceu ficou belo.