Mensagens da Escola
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ESCOLA JESUS CRISTO
Instituição Espírita de Cultura e Caridade
Campos dos Goytacazes - RJ

Mensagens da Escola

Aqui você receberá diariamente mensagens doutrinárias e textos evangélicos.

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NA HORA DA CRUZ

Quando o Mestre se afastou do Pretório, suportando o madeiro a que fora sentenciado pelo povo em desvario, pungentes reflexões lhe assomavam ao pensamento.

Que fizera senão o bem? que desejara aos perseguidores senão a bênção da alegria e a visitação da luz?

Quando receberiam os homens o dom da fraternidade e da paz.

Devotara-se aos doentes com carinho, afeiçoara-se aos discípulos com fervor… Entretanto, sentia-se angustiadamente só.

Doíam-lhe os ombros dilacerados.

Porque fora libertado Barrabás, o rebelde, e condenado ele, que reverenciava a ordem e a disciplina?

Em derredor, judeus irritados ameaçavam-no erguendo os punhos, enquanto legionários semi-ébrios proferiam maldições.

A saliva dos perversos fustigava-lhe o rosto e, inclinando-o para o solo, a cruz enorme pesava…

“O Pai! — refletia, avançando dificilmente — que fiz para receber semelhante flagelação?”

Anciãs humildes tentavam confortá-lo, mas, curvado qual se via, nem mesmo lhes divisava os semblantes. “Porque a cruz? — continuava meditando, agoniado — porque lhe cabia tolerar o martírio reservado aos criminosos?”

Lembrou as crianças e as mulheres simples da Galileia, que lhe compreendiam o olhar, recordando, saudoso, o grande lago, onde sentia a presença do Todo-Compassivo, na bondade da natureza…

Lágrimas quentes borbotaram-lhe dos olhos feridos, lágrimas que suas mãos não conseguiam enxugar.

Turvara-se-lhe a visão e, incapaz de mais seguro equilíbrio sobre o pedregulho do caminho estreito, tropeçou e caiu de joelhos.

Guardas rudes vergastaram-lhe a face com mais violência.

Alguns deles, porém, acreditando-o sob incoercível cansaço, obrigaram Simão, o Cireneu, que voltava do campo, a auxiliá-lo na condução do madeiro.

Constrangido, o lavrador tomou sobre os ombros o terrível instrumento de tortura e só então conseguiu Jesus levantar a cabeça e contemplar a multidão que se adensava em torno.

E observando a turba irada, oh! sublime transformação!…Notou que todos os circunstantes estavam algemados a tremendas cruzes, invisíveis ao olhar comum.

O primeiro que pôde analisar particularmente foi Joab, o cambista, velho companheiro de Anás, nos negócios do Templo. Ele se achava atado ao lenho da usura. Vociferava, aflito, escancarando a garganta sequiosa de ouro. Não longe, Apolônio, o soldado da coorte, mostrava-se agarrado à enorme cruz da luxúria, repleta de vermes roazes a lhe devorarem o próprio corpo. Caleb, o incensador, berrava frenético, entretanto, apresentava-se jungido ao madeiro do remorso por homicídios ocultos. Amós, o mercador de cabras, arrastava a cruz da enfermidade que o forçava a sustentar-se em vigorosas muletas. José de Arimateia, o amigo generoso, que o seguia, discreto, achava-se preso ao frio lenho dos deveres políticos, e Nicodemos, o doutor da Lei, junto dele, vergava, mudo, sob o estafante madeiro da vaidade.

Todas as criaturas daquele estranho ajuntamento traziam consigo flagelações diversas.

O Mestre reconhecia-as, acabrunhado.

Eram cruzes de ignorância e miséria, de revolta e concupiscência, de aflição e despeito, de inveja e iniquidade.

Tentou concentrar-se em maior exame, contudo, piedosas mulheres em lágrimas acercaram-se dele, de improviso.

— Senhor, que será de nós, quando partires? gritava uma delas.

— Senhor, compadece-te de nossa desventura! suplicava outra.

— Senhor, nós te lamentamos!…

— Mestre, nobre de ti!

O Cristo fitou-as, admirado.

Todas exibiam asfixiantes padecimentos.

Viu que, entre elas, Maria de Cleofas trazia a cruz da maternidade dolorosa, que Maria de Magdala pranteava sob a cruz da tristeza e que Joana de Cusa, que viera igualmente às celebrações da Páscoa, sofria sob o madeiro do casamento infeliz…

Azorragues lamberam-lhe a cabeça coroada de espinhos.

A multidão começava a mover-se, de novo.

Era preciso caminhar.
Foi então que o Celeste Benfeitor, acariciando a própria cruz que Simão passara a carregar, nela sentiu precioso rebento de esperança, com que o Pai Amoroso lhe agraciava o testemunho, a fim de que as sementes da renovação espiritual felicitassem a Humanidade. E, endereçando compadecido olhar às mulheres que o cercavam, pronunciou as inesquecíveis palavras do Evangelho: — Filhas de Jerusalém, não choreis por mim!… Chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos, porque dias virão em que direis: bem-aventurados os ventres que não geraram e os seios que não amamentaram!… Então, clamareis para os montes: Caí sobre nós — e rogareis aos outeiros: Cobri-nos — Por que, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará com o lenho seco?

Humberto de Campos / Chico Xavier
Livro: Cartas e Crônicas

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CRUZ E DISCIPLINA

“E constrangeram um certo Simão Cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.”
Marcos 15:21

Muitos estudiosos do Cristianismo combatem as recordações da cruz, alegando que as reminiscências do Calvário constituem indébita cultura de sofrimento.

Asseveram negativa a lembrança do Mestre, nas horas da crucificação, entre malfeitores vulgares. Somos, porém, daqueles que preferem encarar todos os dias do Cristo por gloriosas jornadas e todos os seus minutos por divinas parcelas de seu ministério sagrado, ante as necessidades da alma humana.

Cada hora da presença dele, entre as criaturas, reveste-se de beleza particular e o instante do madeiro afrontoso está repleto de majestade simbólica.

Vários discípulos tecem comentários extensos, em derredor da cruz do Senhor, e costumam examinar com particularidades teóricas os madeiros imaginários que trazem consigo.

Entretanto, somente haverá tomado a cruz de redenção que lhe compete aquele que já alcançou o poder de negar a si mesmo, de modo a seguir nos passos do Divino Mestre.

Muita gente confunde disciplina com iluminação espiritual. Apenas depois de havermos concordado com o jugo suave de Jesus-Cristo, podemos alçar aos ombros a cruz que nos dotará de asas espirituais para a vida eterna.

Contra os argumentos, quase sempre ociosos, dos que ainda não compreenderam a sublimidade da cruz, vejamos o exemplo do Cireneu, nos momentos culminantes do Salvador. A cruz do Cristo foi a mais bela do mundo, no entanto, o homem que o ajuda não o faz por vontade própria, e, sim, atendendo a requisição irresistível. E, ainda hoje, a maioria dos homens aceita as obrigações inerentes ao próprio dever, porque a isso é constrangida.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

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A ÚLTIMA TENTAÇÃO

Dizem que Jesus, na hora extrema, começou a procurar os discípulos, no seio da agitada multidão que lhe cercava o madeiro, em busca de algum olhar amigo em que pudesse reconfortar o espírito atribulado…

Contemplou, em silêncio, a turba enfurecida.

Fustigado pelas vibrações de ódio e crueldade, qual se devera morrer, sedento e em chagas, sob um montão de espinhos, começou a lembrar os afeiçoados e seguidores da véspera…

Onde estariam seus laços amorosos da Galileia?…

Recordou o primeiro contato com os pescadores do lago e chorou.

A saudade amargurava-lhe o coração.

Por que motivo Simão Pedro fora tão frágil? Que fizera ele, Jesus, para merecer a negação do companheiro a quem mais se confiara?

Que razões teriam levado Judas a esquecê-lo? Como entregara, assim, ao preço de míseras moedas, o coração que o amava tanto?

Onde se refugiara Tiago, em cuja presença tanto se comprazia?

Sentiu profunda saudade de Filipe e Bartolomeu, e desejou escutá-los.

Rememorou suas conversações com Mateus e refletiu quão doce lhe seria poder abraçar o inteligente funcionário de Cafarnaum, de encontro ao peito…

De reminiscência a reminiscência, teve fome da ternura e da confiança das criancinhas galileias que lhe ouviam a palavra, deslumbradas e felizes, mas os meninos simples e humildes que o amavam perdiam-se, agora, a distância…

Recordou Zebedeu e suspirou por acolher-se-lhe à casa singela.

João, o amigo abnegado, achava-se ali mesmo, em terrível desapontamento, mas precisava socorro para sustentar Maria, a angustiada Mãe, ao pé da cruz.

O Mestre desejava alguém que o ajudasse, de perto, em cujo carinho conseguisse encontrar um apoio e uma esperança…

Foi quando viu levantar-se, dentre a multidão desvairada e cega, alguém que ele, de pronto, reconheceu. Era o mesmo Espírito perverso que o tentara no deserto, no pináculo do templo e no cimo do monte.

O Gênio da Sombra, de rosto enigmático, abeirou-se dele e murmurou:

— Amaldiçoa os teus amigos ingratos e dar-te-ei o reino do mundo! Proclama a fraqueza dos teus irmãos de ideal, a fim de que a justiça te reconheça a grandeza angélica e descerás, triunfante, da cruz!… Dize que os teus amigos são covardes e duros, impassíveis e traidores e unir-te-ei aos poderosos da Terra para que domines todas as consciências. Tu sabes que, diante de Deus, eles não passam de míseros desertores…

Jesus escutou, com expressiva mudez, mas o pranto manou-lhe mais intensamente do olhar translúcido.

— Sim — pensava —, Pedro negara-o, mas não por maldade. A fragilidade do apóstolo podia ser comparada à ternura de uma oliveira nascente que, com os dias, se transforma no tronco robusto e nobre, a desafiar a implacável visita dos anos. Judas entregara-o, mas não por má-fé. Iludira-se com a política farisaica e julgara poder substituí-lo com vantagem nos negócios do povo.

Encontrou, no imo dalma, a necessária justificação para todos e parecia esforçar-se por dizer o que lhe subia do coração.

Ansioso, o Espírito das Trevas aguardava-lhe a pronúncia, mas o Cordeiro de Deus, fixando os olhos no céu inflamado de luz, rogou em tom inesquecível:

— Perdoa-lhes, Pai! Eles não sabem o que fazem!…

O Príncipe das Sombras retirou-se apressado.

Nesse instante, porém, ao invés de deter-se na contemplação de Jerusalém dominada de impiedade e loucura, o Senhor notou que o firmamento rasgara-se, de alto a baixo, e viu que os anjos iam e vinham, tecendo de estrelas e flores o caminho que o conduziria ao Trono Celeste.

Uma paz indefinível e soberana estampara-se-lhe no semblante.

O Mestre vencera a última tentação e seguiria, agora, radiante e vitorioso, para a claridade sublime da ressurreição eterna.

Humberto de Campos / Chico Xavier
Livro: Contos e Apólogos

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NA CONQUISTA DA FÉ

“Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo.” — Paulo
Romanos 5:1

Louváveis todas as nossas considerações referentes à coragem da fé que nos cabe cultivar à frente das lutas, no mundo externo; todavia, é forçoso examinemos a importância da fé viva, portas a dentro do mundo de nós mesmos. Fé profunda e espontânea. Segurança íntima, tranquila, funcional.

Já sabemos realmente mecanizar as operações do corpo, comandando-as de maneira instintiva.

Alimentas-te e não te preocupas com as fases diversas do processo nutritivo. Dormes e entregas ao coração todo o trabalho de vigilância e sustento dos mais remotos distritos da vida orgânica.

Falta-nos, porém, até agora, automatizar os recursos superiores da própria alma.

Falta-nos reconhecer — mas reconhecer claramente — que Deus está em nós, conosco, junto de nós, ao redor de nós e que, por isso mesmo, é imperioso, de nossa parte, aceitar as lições difíceis mas sempre abençoadas do sofrimento, nas quais a pouco e pouco obteremos a coragem suprema da fé invencível.

Nesse sentido jamais desinteressar-nos do aprendizado.

Confiar em Deus nos dias de céu azul, mas igualmente confiar em Sua Divina Providência nas horas de tempestade.

Acolher a dor como sendo preparação da alegria. Atravessar a provação entesourando experiência. Observar as leis da vida e acatá-las, compreendendo que dificuldade é instrução imprescindível e que o tempo de infortúnio não é senão a consequência dos nossos erros de pensamento ou de ação, favorecendo-nos o reajuste.

Tão-somente assim, abraçando com paciência e proveito as lições menores da existência, transfigurando-as em luz para a vida prática, adquiriremos a fé vitoriosa que sabe esperar, agir, desculpar, amar e servir segundo a misericórdia de Deus.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Benção de Paz

Ele Vive!...
Feliz Páscoa!

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CONSIDERAÇÕES

Devemos guardar o Evangelho na cabeça?... Sim, porque precisamos orientar o pensamento para o bem.

Cabe-nos a obrigação de imprimir o Evangelho nos olhos?... Sim, porque é indispensável permaneça a nossa visão identificada com o ensinamento divino, que transparece de todos os lugares.

Compete-nos conservar o Evangelho nos ouvidos?... Sim, porque é imprescindível registrar a mensagem de bondade que o Alto nos reserva, em todas as particularidades da senda a percorrer.

É imperioso guardar o Evangelho nas mãos?... Sim, porque nossos braços são os instrumentos com os quais criaremos o mundo de nossas boas obras, na direção do Paraíso.

Será necessário respeitar o Evangelho com os nossos pés?... Sim, porque a reta diretriz é imperativo comum.

Justo, porém, antes de tudo, é situar o Evangelho no coração, para que o ensino de Jesus aplicado em nós mesmos resplandeça através de nossa mente, de nosso olhar, de nossa audição, de nossas mãos e de nossos pés, a fim de que não sejamos aprendizes fragmentários, subestimando o serviço do Divino Mestre.

É imprescindível trazer a Boa Nova, em todos os nossos pensamentos e aspirações, potências e atividades, salientando-se, contudo, o impositivo da lição de Jesus, no imo dos nossos sentimentos, para que estejamos ligados, primeiramente, ao Senhor, e não ao nosso “eu”, de vez que, segundo as velhas e sempre jovens palavras na Escritura Celeste, onde guardamos o coração aí se encontrará o tesouro de nossa vida.

Evangelho no coração será, portanto, a plenitude do Cristo em nós.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Escrínio de Luz

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CALVÁRIO ACIMA

O calvário das provas terrenas é o preço de nossa ressurreição.

Agradeçamos a poeira da senda que atravessamos sob o peso da cruz, bendizendo as chagas que purificam o coração.

A dor revela júbilos sublimes como a noite descerra as maravilhas celestiais. Tenhamos coragem, ainda e sempre.

Enquanto escalamos o monte da redenção, o suor e o pranto da fadiga nos expurgam a face, muita vez, enevoando-nos a visão, contudo atingiremos o Alto e, de joelhos, abençoaremos os espinhos que nos dilaceraram e as pedras que nos feriram.

Decerto, no jardim humano, o perfume das flores passageiras nos entontece, mas no escabroso caminho da ascensão espiritual nossas flores mais belas são as que desabrocham da compreensão e do amor que nunca morrem.

Busquemos a alegria recôndita das almas que, gradativamente, se libertam dos compromissos com a sombra e acariciam as promessas da luz, e desfrutaremos a divina serenidade daqueles que selam na renúncia e no sofrimento a certeza da própria renovação.

Continuemos lembrando o eterno Benfeitor que passou na Terra como sendo o “Amor Não Amado”… Nem por isso deixou Jesus de estender as bênçãos do serviço a todos no erguimento do bem. Levantando os tristes e curando os doentes, ajudando e amparando sem descansar, não dispunha de uma pedra onde repousar a dolorida cabeça.

Seja o Cristo nosso exemplo constante! Recordemo-lo, em todas as nossas horas, para que o tempo não seja para nós um empréstimo frustrado e procuremo-lo, cada dia, a fim de que saibamos desculpar infinitamente e servir sem esmorecer.

Nossas dificuldades são nossos guias, e os aguilhões do mundo, criando em nós desencanto e ansiedade, são as bênçãos de luz que nos incentivam à procura do Céu.

Agar / Chico Xavier
Livro: Cartas do Alto

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COMO TESTEMUNHAR

“Mas recebereis o poder do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da Terra.”
Atos 1:8

Realmente, Jesus é o Salvador do Mundo, mas não libertará a Terra do império do mal, sem a contribuição daqueles que lhe procuram os recursos salvadores.

O Divino Mestre, portanto, precisa de auxiliares com atribuições de prepostos e testemunhas, em toda parte.

É impraticável o aprimoramento das almas, sem educação, e a educação exige legiões de cooperadores.

Contudo, para desempenharmos a tarefa de representantes do Senhor, na obra sublime de elevação, não basta o título externo, com vistas à escola religiosa.

Indispensável é a obtenção de bênçãos do Alto, por intermédio da execução de nossos deveres, por mais difíceis e dolorosos.

Até agora, conhecemos à saciedade, na Terra, o poder de dominar, governar, recusar e ferir, de fácil acesso no campo da vida.

Raras criaturas, porém, fazem por merecer de Jesus o poder celeste de obedecer, ensinando, de amar, construindo para o bem, de esperar, trabalhando, de ajudar desinteressadamente. Sem a recepção de semelhantes recursos, que nos identificam com o Trabalhador Divino, e sem as possibilidades de refleti-Lo para o próximo, em espírito e verdade, através do nosso esforço constante de aplicação pessoal do Evangelho, podemos personificar excelentes pregadores, brilhantes literatos ou notáveis simpatizantes da doutrina cristã, mas não testemunhas d’Ele.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

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SE PROCURAS O MELHOR

“Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.”
Tiago 1:4

A paciência vive na base de todas as boas obras.

Acalentarás sublime ideal; contudo, se não tens paciência de realizá-lo…

Sonhas cumprir elevada missão; mas, se não tens paciência de sofrê-la…

Levantarás preciosa instituição; contudo, se não tens paciência de sustentá-la…

Queres a felicidade no lar; mas, se não tens paciência de construí-la…

Planejas belo futuro para teu filho, contudo, se não tens paciência de educá-lo…

Aspiras a determinada profissão; mas, se não tens paciência de aprendê-la…

Sem paciência, os mais altos projetos resultam em frustração.

Observa o pomicultor que deseja fruto na árvore.

Primeiro, a paciência de preparar a gleba. Em seguida, a paciência de plantar, de cultivar, de defender, de auxiliar e de esperar a colheita madura.

O tempo não respeita as edificações que não ajudou a fazer.

Se procuras o melhor, não desprezes a paciência de trabalhar para que o melhor te encontre e ilumine.

Em todo caminho, sem paciência perfeita, não há possibilidade de perfeição.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna

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TUDO EM DEUS

“Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma.” — Jesus
João 5:30

Constitui ótimo exercício contra a vaidade pessoal a meditação nos fatores transcendentes que regem os mínimos fenômenos da vida.

O homem nada pode sem Deus.

Todos temos visto personalidades que surgem dominadoras no palco terrestre, afirmando-se poderosas sem o amparo do Altíssimo; entretanto, a única realização que conseguem efetivamente é a dilatação ilusória pelo sopro do mundo, esvaziando-se aos primeiros contatos com as verdades divinas. Quando aparecem, temíveis, esses gigantes de vento espalham ruínas materiais e aflições de espírito; todavia, o mesmo mundo que lhes confere pedestal projeta-os no abismo do desprezo comum; a mesma multidão que os assopra incumbe-se de repô-los no lugar que lhes compete.

Os discípulos sinceros não ignoram que todas as suas possibilidades procedem do Pai amigo e sábio, que as oportunidades de edificação na Terra, com a excelência das paisagens, recursos de cada dia e bênçãos dos seres amados, vieram de Deus que os convida, pelo espírito de serviço, a ministérios mais santos; agirão, desse modo, amando sempre, aproveitando para o bem e esclarecendo para a verdade, retificando caminhos e acendendo novas luzes, porque seus corações reconhecem que nada poderão fazer de si próprios e honrarão o Pai, entrando em santa cooperação nas suas obras.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Caminho, Verdade e Vida

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QUE TEMOS COM O CRISTO?

“Ah! que temos contigo, Jesus Nazareno? vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.”
Marcos 1:24

Grande erro supor que o Divino Mestre houvesse terminado o serviço ativo, no Calvário.

Jesus continua caminhando em todas as direções do mundo; seu Evangelho redentor vai triunfando, palmo a palmo, no terreno dos corações.

Semelhante circunstância deve ser lembrada porque também os Espíritos maléficos tentam repelir o Senhor diariamente.

Refere-se o evangelista a entidades perversas que se assenhoreavam do corpo da criatura. Entretanto, essas inteligências infernais prosseguem dominando vastos organismos do mundo.

Na edificação da política, erguida para manter os princípios da ordem divina, surgem sob os nomes de discórdia e tirania; no comércio, formado para estabelecer a fraternidade, aparecem com os apelidos de ambição e egoísmo; nas religiões e nas ciências, organizações sagradas do progresso universal, acodem pelas denominações de orgulho, vaidade, dogmatismo e intolerância sectária.

Não somente o corpo da criatura humana padece a obsessão de Espíritos perversos. Os agrupamentos e instituições dos homens sofrem muito mais.

E quando Jesus se aproxima, através do Evangelho, pessoas e organizações indagam com pressa: — Que temos com o Cristo? Que temos a ver com a vida espiritual?

É preciso permanecer vigilante à frente de tais sutilezas, porquanto o adversário vai penetrando também os círculos do Espiritismo evangélico, vestido nas túnicas brilhantes da falsa ciência.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Caminho, Verdade e Vida

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PERANTE A MULTIDÃO

“E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.”
Atos 2:13

A lição colhida pelos discípulos de Jesus, no Pentecostes, ainda é um símbolo vivo para todos os aprendizes do Evangelho, diante da multidão.

A revelação da vida eterna continua em todas as direções.

Aquele “som como de um vento veemente e impetuoso” e aquelas “línguas de fogo” a que se refere a descrição apostólica, descem até hoje sobre os continuadores do Cristo, entre os filhos de todas as nações.

As expressões do Pentecostes dilatam-se, em todos os países, embora as vibrações antagônicas das trevas.

Todavia, para milhares de ouvintes e observadores apenas funcionam alguns raros apóstolos, encarregados de preservarem a divina luz.

Realmente, são inumeráveis aqueles que, consciente ou inconscientemente, recebem os benefícios da celeste revelação; entretanto, não são poucos os zombadores de todos os tempos, dispostos à irreverência e à ironia, diante da verdade.

Para esses, os leais seguidores do Mestre estão embriagados e loucos. Não compreendem a humildade que se consagra ao bem, a fraternidade que dá sem exigências descabidas e a fé que confia sempre, não obstante as tempestades.

É indispensável não estranhar o assédio desses pobres inconscientes, se te dispões, efetivamente, a servir ao Senhor da Vida. Cercar-te-ão o trabalho, acusando-te de bêbado; criticar-te-ão as atitudes, chamando-te covarde; escutar-te-ão as palavras de amor, conservando a ironia na boca. Para eles, a tua abnegação será envilecimento, a tua renúncia significará incapacidade, a tua fé será interpretada à conta de loucura.

Não hesites, porém, no espírito de serviço. Permaneces, como os primeiros apóstolos, nas grandes praças, onde se acotovelam homens e mulheres, ignorantes e sábios, velhos e crianças…

Aperfeiçoa tuas qualidades de recepção, onde estiveres, porque o Senhor te chamou para intérprete de Sua Voz, ainda que os maus zombem de ti.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Vinha de Luz

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ACORDA E AJUDA

“Segue-me e deixa aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos.” — Jesus
Mateus 8:22

Jesus não recomendou ao aprendiz deixasse “cadáveres o cuidado de enterrar os cadáveres”, e sim conferisse “mortos o cuidado de enterrar os seus mortos”.

Há, em verdade, grande diferença.

O cadáver é carne sem vida, enquanto que um morto é alguém que se ausenta da vida.

Há muita gente que perambula nas sombras da morte sem morrer.

Trânsfugas da evolução, cerram-se entre as paredes da própria mente, cristalizados no egoísmo ou na vaidade, negando-se a partilhar a experiência comum.

Mergulham-se em sepulcros de ouro, de vício, de amargura e ilusão. Se vitimados pela tentação da riqueza, moram em túmulos de cifrões; se derrotados pelos hábitos perniciosos, encarceram-se em grades de sombra; se prostrados pelo desalento, dormem no pranto da bancarrota moral, e, se atormentados pelas mentiras com que envolvem a si mesmos, residem sob as lápides, dificilmente permeáveis, dos enganos fatais.

Aprende a participar da luta coletiva.

Sai, cada dia, de ti mesmo, e busca sentir a dor do vizinho, a necessidade do próximo, as angústias de teu irmão e ajuda quanto possas.

Não te galvanizes na esfera do próprio “eu”.

Desperta e vive com todos, por todos e para todos, porque ninguém respira tão somente para si.

Em qualquer parte do Universo, somos usufrutuários do esforço e do sacrifício de milhões de existências.

Cedamos algo de nós mesmos, em favor dos outros, pelo muito que os outros fazem por nós.

Recordemos, desse modo, o ensinamento do Cristo.

Se encontrares algum cadáver, dá-lhe a bênção da sepultura, na relação das tuas obras de caridade, mas, em se tratando da jornada espiritual, deixa sempre “aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos”.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Fonte Viva

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ACORDA E SEGUE

Desde o primeiro instante da Boa Nova, Jesus vem estimulando a mente das criaturas, anestesiadas nos convencionalismos da Terra, para a luminosa aquisição da glória divina.

Na Manjedoura, desperta o espírito popular induzindo-o à simplicidade edificante.

No Templo, desentorpece o ânimo dos doutores.

Nas bodas de Caná, transforma a água em vinho, inspirando indagações novas àqueles que o observam.

No Monte, multiplica pães e peixes, para que a multidão medite nos celeiros da eternidade.

No Poço de Jacob, pede água à mulher samaritana, instilando-lhe a sede das águas vivas.

Nas estradas comuns, reergue paralíticos e loucos, cegos e leprosos, imprimindo-lhes novo rumo à jornada terrestre.

Na desolada casa de Betânia, ressuscita um amigo morto, para que a ideia de imortalidade vibre no santuário familiar.

No Horto, acorda os discípulos adormecidos.

Na cruz, entrega o coração ao Pai Supremo, em dolorosa vigília, a fim de que os seguidores do Evangelho aprendam a morrer no trabalho e no testemunho.

Na Ressurreição, exorta Maria de Magdala a reavivar o bom ânimo, nos companheiros abatidos.

No caminho de Emaús, refaz a coragem e a confiança de dois apóstolos conturbados.

E ainda, nas repetidas reuniões em Jerusalém, ressurge materializado entre os aprendizes, revelando-lhes, nas chagas que Tomé examina, a continuidade do seu ministério de trabalho e renúncia até à perfeição final do mundo.

Meu amigo, se procuras o Cristo, acorda e segue para diante, trabalhando e amando, construindo para o bem e perdoando sempre.

Em verdade, todos os seres da Terra, desde o verme ao sábio, vivem e sentem, alimentam-se e se reproduzem, mas não te esqueças de que somente Jesus é o Doador da Vida Abundante.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Nosso Livro

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POR QUE, SENHOR?

… E Nicodemos, o grande Nicodemos dos dias primeiros do Evangelho, passou a contar-nos:

— Depois da aparição do Senhor aos quinhentos da Galileia, certo dia, ao entardecer, detive-me à beira do lago de suas pregações, rogando a Ele me dissipasse as dúvidas. Ante os ensinamentos divinos, eu experimentava o entrechoque em torno das ideias de justiça e misericórdia, responsabilidade e perdão… De que maneira conciliar o bem e o mal? Como estabelecer a diferença entra o prêmio e castigo? Atormentado, perante as exigências da Lei de que eu era intérprete, supliquei-lhe a palavra e eis que, de súbito, o Excelso Benfeitor apareceu junto de mim… Prostrei-me na areia e Jesus, aproximando-se, tocou-me, de leve, a cabeça fatigada, e inquiriu:

— Nicodemos, que pretendes de mim?

— Senhor, — expliquei, — tenho o pensamento em fogo, tentando discernir sobre retidão e delinquência, bondade e correção… Porque te banqueteaste com pecadores e tanta vez te referiste, quase rudemente, aos fariseus, leais seguidores de Moisés? Acaso, estão certas as pessoas de vida impura, e erradas aquelas outras que se mostram fiéis à Lei?

Jesus respondeu com inflexão de brandura inesquecível:

— Nunca disse que os pecadores estão no caminho justo, mas afirmei que não vim ao mundo socorrer os sãos, e sim os enfermos. Quanto aos princípios de santidade, que dizer dos bons que detestam os maus, dos felizes que desprezam os infelizes, se todos somos filhos de Deus? De que serve o tesouro enterrado ou o livro escondido no deserto?

— Messias, — prosseguiu, — porque dispensaste tanta atenção a Zaqueu, o rico, a ponto de lhe compartilhares a mesa, sem visitar os lares pobres que lhe circundam a moradia?

— Estive com a multidão, desde as notícias iniciais do novo Reino!… Relativamente a Zaqueu, é ele um rico que desejava instruir-se, e furtar a lição, àqueles amigos a quem o mundo apelida de avaros, é o mesmo que recusar remédio ao doente…

— E as meretrizes, Senhor? Por que as defendeste?

— Nicodemos, na hora do Juízo Divino, muitas dessas mesmas desventuradas mulheres, que censuras, ressurgirão do lodo da angústia, limpas e brilhantes, lavadas pelo pranto e pelo suor que derramaram, enquanto que aparecerão pejados de sombra e lama aqueles que lhes prostituíram a existência, depois de lhes abusarem da confiança, lançando-as à condenação e à enfermidade.

— Senhor, ouvi dizer que deste a Pedro o papel de condutor dos teus discípulos… Porquê? Não é ele o colaborador que te negou três vezes?!…

— Exatamente por isso… Na dor do remorso pelas próprias fraquezas, Simão ganhará mais força para ser fiel… Mais que os outros companheiros, ele sabe agora quanto custa o sofrimento da deserção…

— Mestre, e os ladrões do último dia? Por que te deixaste imolar entre dois malfeitores? E por que asseguraste a um deles o ingresso no paraíso, junto de ti?

— Como podes julgar apressadamente a tragédia de criaturas cuja história não conheces desde o princípio? Não acoberto os que praticam o mal; no entanto, é preciso saber até que ponto terá alguém resistido à tentação e ao infortúnio para que se lhe meça o tamanho da falta… Há famintos que se transformam em vítimas do próprio desequilíbrio e há empreiteiros da fome que responderão pela crueldade com que sonegam o pão… Com referência ao amigo a quem prometi a entrada imediata na Vida Superior, é verdade que assim o fiz, mas não disse para quê… Ele realmente foi conduzido ao Mundo Maior para ser reeducado e atendido em suas necessidades de erguimento e transformação!…

— Senhor, — insisti, — e a responsabilidade com que nos cabe tratar da justiça? Por que pediste perdão ao Todo-Poderoso para os próprios carrascos, quando dependurado na cruz do martírio, inocentando os que te espancavam?

— Não anulei a responsabilidade em tempo algum… Roguei, algemado à cruz: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem…” Com isso, não asseverei que os nossos adversários gratuitos estivessem fazendo o que deviam fazer… Esclareci, tão só, que eles não sabiam o que estavam fazendo e, por isso mesmo, se revelavam dignos da
maior compaixão!…

Ante as palavras do Senhor, — concluiu o antigo mestre de Israel, — as lágrimas me subiram das entranhas da alma para os olhos… Nada mais vi que não fosse o véu diáfano do pranto, a refletir as sombras que anunciavam a noite… Ainda assim, ouvi, como se o Senhor me falasse longe, muito de longe:

— Misericórdia quero, não sacrifício…

Nesse ponto da narrativa, Nicodemos calou-se. A emoção sufocara a voz do grande instrutor, cuja presença nos honrava a mansão espiritual. E, quanto a nós, velhos julgadores do mundo, que o ouvíramos atentos, entramos todos em meditação e silêncio, de vez que ninguém apareceu em nossa tertúlia íntima com bastante disposição para acrescentar palavra.

Humberto de Campos / Chico Xavier
Livro: Estante da Vida

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PIEDADE E ORAÇÃO

Usa a lente milagrosa da piedade e a vida que te rodeia assumirá característicos e aspectos diferentes.

Repara com isenção de ânimo quem atravessa conosco a mesma senda e teremos, quase sempre, a necessidade do amor em todos os lugares onde experimentávamos a lâmina da crítica.

Ali, observarás o amigo que se enriqueceu de ouro amoedado, empobrecendo-se de alegria.

Além, contemplarás o irmão que adquiriu autoridade, comprando extremas desilusões para si próprio.

Acolá, notarás a presença de alguém que se exorna com títulos veneráveis na convenção humana, suportando no peito um coração desesperado.

Esse julga-se poderoso, e amanhã restituirá o corpo às cinzas…

Aquele supõe-se herói, ignorando que a enfermidade lhe rói o pedestal.

Aquele outro presume-se na posse da mocidade e do prazer, mal sabendo que a morte o espera amanhã.

Aqui, tateamos vestes douradas, acobertando dolorosas feridas…

Adiante, surpreendemos sorrisos encantadores ocultando lágrimas angustiosas…

Piedade para os outros! Piedade para nós mesmos!

Somos todos tutelados do Cristo em aflitivas tarefas de reajuste.

A miséria é simples ignorância
Cada qual de nós pisa o seu degrau de necessidade, inquietude, incerteza e inibição.

Mas, se cultivamos a prece da boa vontade, uns para com os outros, o caminho se fará menos árido, porque, levantando pensamentos e ideais, cérebro e coração, palavras e braços no serviço da compreensão fraterna e do auxílio mútuo, pela piedade bem sentida e bem vivida, construiremos seguro atalho no imensurável espinheiro de nossas dores para o acesso definitivo à Felicidade Imortal.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Refúgio

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ENDIREITAI OS CAMINHOS

“Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.” — João Batista
João 1:23

A exortação do Precursor permanece no ar, convocando os homens de boa vontade à regeneração das estradas comuns.

Em todos os tempos, observamos criaturas que se candidatam à fé, que anseiam pelos benefícios do Cristo. Clamam pela sua paz, pela presença divina e, por vezes, após transformarem os melhores sentimentos em inquietação injusta, acabam desanimadas e vencidas.

Onde está Jesus que não lhes veio ao encontro dos rogos sucessivos? Em que Esfera longínqua permanecerá o Senhor, distante de suas amarguras? Não compreendem que, através de mensageiros generosos do seu amor, o Cristo se encontra, em cada dia, ao lado de todos os discípulos sinceros. Falta-lhes dedicação ao bem de si mesmos. Correm ao encalço do Mestre Divino, desatentos ao conselho de João: “Endireitai os caminhos.”

Para que alguém sinta a influência santificadora do Cristo, é preciso retificar a estrada em que tem vivido. Muitos choram em veredas do crime, lamentam-se nos resvaladouros do erro sistemático, invocam o Céu sem o desapego às paixões avassaladoras do campo material. Em tais condições, não é justo dirigir-se a alma ao Salvador, que aceitou a humilhação e a cruz sem queixas de qualquer natureza.

Se queres que Jesus venha santificar as tuas atividades, endireita os caminhos da existência, regenera os teus impulsos. Desfaze as sombras que te rodeiam e senti-Lo-ás, ao teu lado, com a sua bênção.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Caminho, Verdade e Vida

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O TRABALHADOR DIVINO

“Ele tem a pá na sua mão; limpará a sua eira e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com o fogo que nunca se apaga.” — João Batista
Lucas 3:17

Apóstolos e seguidores do Cristo, desde as organizações primitivas do movimento evangélico, designaram-no através de nomes diversos.

Jesus foi chamado o Mestre, o Pastor, o Messias, o Salvador, o Príncipe da Paz; todos esses títulos são justos e veneráveis; entretanto, não podemos esquecer, ao lado dessas evocações sublimes, aquela inesperada apresentação do Batista. O Precursor designa-o por trabalhador atento que tem a pá nas mãos, que limpará o chão duro e inculto, que recolherá o trigo na ocasião adequada e que purificará os detritos com a chama da justiça e do amor que nunca se apaga.

Interessante notar que João não apresenta o Senhor empunhando leis, cheio de ordenações e pergaminhos, nem se refere a Ele, de acordo com as velhas tradições judaicas, que aguardavam o Divino Mensageiro num carro de glórias magnificentes. Refere-se ao trabalhador abnegado e otimista. A pá rústica não descansa ao seu lado, mas permanece vigilante em suas mãos e em seu espírito reina a esperança de limpar a terra que lhe foi confiada às salvadoras diretrizes.

Todos vós que viveis empenhados nos serviços terrestres, por uma era melhor, mantende aceso no coração o devotamento à causa do Evangelho do Cristo. Não nos cerceiem dificuldades ou ingratidões. Desdobremos nossas atividades sob o precioso estímulo da fé, porque conosco vai à frente, abençoando-nos a humilde cooperação, aquele trabalhador divino que limpará a eira do mundo.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

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AGRADEÇAMOS SEMPRE

“Dando sempre graças a Deus por tudo, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo…” — São Paulo
Efésios 5:20

Muita gente pergunta como se pode render graças a Deus pelas dores que sacodem a vida, entretanto, basta leve reflexão para que venhamos a reconhecer a função renovadora do sofrimento.

Atravessaste longo período de enfermidade, da qual te refazes, dificilmente, e, se ouvires a própria consciência, perceberás que a moléstia física foi socorro valioso para que te não arrojasses a tremendas lutas de espírito.

Foste surripiado na vantagem financeira que te colocava em destaque no trabalho que te assegura a subsistência, e, se meditas severamente no assunto, observarás que a suposta humilhação te livrou de compromissos perigosos e arrasadores.

Perdeste recursos materiais que apenas te acrescentariam o reconforto desnecessário, no carro da própria existência, e, se te deres ao exame desapaixonado da própria situação, verificarás que alijaste o peso dourado de enfeites suntuosos que te fariam, provavelmente, a vítima de criminosos assaltos.

Amargaste a deserção do amigo em cujo afeto depositavas a maior esperança, e, se estudares a ocorrência, com plena isenção de ânimo, concluirás que o tempo te libertou de um laço impróprio, que se transfiguraria, talvez, de futuro em pesado grilhão.

Não te confies às aparências.

Louva o céu azul que te imprime euforia ao pensamento, mas agradece, também, a nuvem que te garante a chuva, mensageira do pão.

Mesmo que não entendas, de pronto, os desígnios da Providência Divina, recebe a provação como sendo o melhor que merecemos hoje, em favor do amanhã, e, ainda que lágrimas dolorosas te lavem a alma toda, rende graças a Deus.

Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna

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