Musk compartilhando vídeo do Milton Friedman sobre os "benefícios do livre comércio" e contra intervenção estatal...

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https://x.com/elonmusk/status/1909169096391811304?s=46&t=F-PXULn1GDxDdIpnz5nRcg

Não é que a ideia era essa mesmo: usar os funcionários públicos demitidos nas 'novas' fábricas. A ver se irá baratear o custo da mão de obra. (Duvido).

Isso é retórico só. Ninguém espera que um burocrata com nível superior da DC Metro Area vá apertar parafuso numa linha de montagem. O que eles querem dizer é que o crescimento derivado da suposta reindustrialização criaria vagas – administrativas e no setor de serviços – pra absorver esses novos desempregados.

Tem o pacote tarifário mas vem aí ainda um mega corte de impostos tb.

Isso é "desapego" de cargo? Ameaçar fazer greve de fome?

🤔

https://x.com/sampancher/status/1910093471722922067?s=46&t=F-PXULn1GDxDdIpnz5nRc

A amiga aí resgatou o registro dos "rugidos".

https://x.com/romulusmaya/status/1910094714331689418?s=46&t=F-PXULn1GDxDdIpnz5nRcg

Impressionante

https://x.com/metropoles/status/1909988456194793875?s=46&t=F-PXULn1GDxDdIpn

300 indivíduos: os "terceiros Chimpanzés", híbridos de Sapiens e Neanderthal, de quem todo mundo fora da África descende?

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https://youtu.be/rXN-KEULia8?si=m036bT0SUsrhA7M9

O cruzamento entre Sapiens e Neanderthal é estimado entre 47 e 51 mil anos atrás, nesses dois estudos com metodologias diferentes chegando à mesma conclusão. As outras linhagens tanto de Sapiens quanto de outros hominídeos, em algum momento, foram extintas, não deixando descendência (não temos DNA deles).
Não é difícil, imaginando que em toda a Eurásia, nesse período de cruza entre Sapiens e Neanderthal, a população inteira desse grupo, que "triunfou" na loteria da natureza e deixou descendência (a gente), não passava de mil indivíduos (300 em idade reprodutiva). Com era do gelo, com tudo...
Somos os vencedores da loteria fora da África. Ou melhor, os "filhos" deles.

O força dos símbolos e da liturgia do poder. kkk

https://x.com/romulusmaya/status/1911103571749134591?s=46&t=F-PXULn1GDxDdIpnz5nRcg

Olá, pessoal. Vim trazer um problema.

Estão acompanhando as tarifas Trump? A grande "polêmica" é que tanto as tarifas quanto a forma como estão sendo implementadas não possuem fundamento nas teorias econômicas — nem ortodoxas, nem heterodoxas. Isso complica ainda mais se pensarmos também nas outras políticas conjugadas com as tarifas, pq ao mesmo tempo que ele fala de reindustrialização, ele toma decisões de turbo-financeirização.

Daí o problema, qual resultado os EUA esperam alcançar com as tarifas? É impossível prever quais serão os efeitos das tarifas a longo prazo, mas é possível tentar identificar as intenções. Segundo o Acordo de Mar-a-Lago (origem das tarifas), espera-se que elas abaixem o valor do dólar, reduzam os déficits comerciais e incentivem uma reindustrialização, enquanto mantêm o dólar como moeda hegemônica. Mas será que temos que comprar essa narrativa pelo valor de face?

Alguns (todos?) analistas estão dizendo que o Trump vai quebrar a economia americana, os anarco-capitalistas estão dizendo que o bitcoin vai substituir o dólar, e a "cracolândia" está dizendo que o dólar vai deixar de ser moeda hegemônica. A questão é que não tem outro substituto para o dólar. O yuan por exemplo, não tem pretensão de ser moeda hegemônica. Isso porque, teoricamente, não dá para ter os três: livre circulação de capitais, política monetária independente e câmbio fixo.

A China abre mão da livre circulação de capitais e mantém política monetária independente com controle cambial. Os EUA abrem mão do câmbio fixo e mantêm política monetária independente com livre circulação de capitais. Os países da Europa não têm política monetária independente e mantêm o câmbio controlado (euro-dólar pareados), com livre circulação de capitais.
O yuan não pretende ser moeda hegemônica porque, para isso, teria que aceitar a livre circulação de capitais. Como uma moeda vai ser globalizada se a circulação dela é limitada por tarifas?

A intenção (delcarada) por trás das políticas de tarifas é limitar a livre circulação de capitais para controlar o câmbio e alcançar a desvalorização do dólar.

Por isso, a política do Trump é tão controversa. Os economistas estão chorando porque ele não pode limitar a circulação da moeda global, e querer mantê-la como moeda global — é um contrassenso.

A impressão que tenho é que os economistas veem o Trump como uma anomalia (já li essa palavra várias vezes essa semana), porque ele está tentando atingir objetivos políticos com decisões político-econômicas. Os economistas, ortodoxos ou heterodoxos, estão sempre mais preocupados com os resultados econômicos de decisões políticas.

Por isso, essa é a bola que vim levantar pro grupão. Quais seriam os objetivos políticos do Trump com as tarifas?

Acabei de ver um vídeo do Stiglitz falando que o homem está louco. Essa semana a mídia inteiro só falava nisso de uma meneira muito convergente. Depois do mito no Brasil, não dá mais pra acreditar nessa lenda de "absolute madman". A notícia viral agora é Ron Vera, a autoridade inventada num memorando para justificar as tarifas, que é apenas anagrama do nome do Peter Navarro. Esse tipo de ilusionismo midiático teve o gov bolsonaro como laboratório. Pode ser que o orange man seja louco mesmo, mas meu viés brasileiro me impede de acreditar nessas ladainhas de "maluco", "mal assessorado", "sem estratégia", "psicopata", etc. Ao mesmo tempo, a intenção não é mto clara, pq como reindustrializar num contexto onde a força dos EUA, é justamente uma economia financerizada?

Quais as opiniões de vcs?

Deixo aqui minha hipótese, só que não acho que essa minha hipótese seja satisfatória. Minha hipótese é que aparentemente o Trump está preocupado com o rearranjo político a partir das decisões político-econômicas. Acho que ele só vai se preocupar com a economia e com o mercado de capitais depois que a política internacional e o cenário geopolítico se reorganizarem. Reorganização na política internacional quer dizer reestruturação das organizações internacionais (OMC is dead, ONU perdendo relevância, OTAN só Deus sabe, etc.) e das relações com outros países desenvolvidos (Europa pagando tributos para ser protegida, ao invés de receber subsídio para ser social-democrata neoliberal). Ao mesmo tempo, isso reorganiza a geopolítica, com novas correlações de força, e justifica maior foco nos recursos naturais e territórios estratégicos — e menos foco nos recursos financeiros (ex: Canal do Panamá ou Groenlândia passam a ser mais importantes que futuros de petróleo ou direção do S&P).

Detalhe curioso: embora a política do Trump não tenha respaldo na economia heterodoxa, a crítica condensada na frase "não entende de economia, isso é loucura", é a mesma crítica dirigida a qualquer política heterodoxa. Essa crítica assume uma suposição automática de que se seguisse a teoria, o resultado seria bom & previsível.

A verdade é que na prática, a teoria é outra. Quando que foi normalizada a ideia de que nas questões políticas, a teoria vem antes da prática?

Essa coisa de "homem louco imprevisível" é parte dos ativos dele, que ele construiu justamente pra gerar hesitação no adversário quanto a pagar pra ver.
Tá praticamente impossível encontrar alguém que não tenha "análise" politizada ou faça cherry picking da realidade pra encaixar no seu modelo teórico.
A escalada na disputa comercial com a China parece ser real, ficando ou não no atual patamar.
E aí a motivação é hegemonia mesmo.
É uma reversão dos últimos 30 anos, em que Wall St., em busca de custos menores, tinha capturado o poder político com visão de curto prazo (produtos baratos) contra a de longo prazo (abrir uma avenida pra China se desenvolver).
Foram os EUA, com essa captura, que empurraram a China pra dentro da OMC.
AS demais tarifas parecem em boa medida alavanca pra negociação – inclusive pra tentar afastar os alvos da China.
Os 10% gerais, combinados com a desvalorização da moeda, parecem mais uma política "emergencial" pra reverter tendência na balança de pagamentos. O que é em alguma medida até previsto no GATT, quando há crise de balança da pagamentos.
Aliás, essa coisa de dizer que é tudo contra a OMC é mais complexa. OMC sempre foi uma roupagem formal "jurídica" e "racional(izada)" pra realidade de poder econômico em negociações de bastidores.
Tem um artigo no GATT que abre exceção pra questões de "segurança nacional". É com base nele que os EUA sempre fizeram os seus embargos comerciais.
Quem vai definir o que é ameaça à segurança nacional?
O que vai acontecer, no máximo, é a OMC autorizar retaliações – que não necessariamente interessam ao país alvo (a China não esperou autorização, por exemplo).
Tem que seguir observando.
E olhando todos os lados nesse fog of war.

O interessante a observar também é que os dois, Xi e Trump, exploraram muito internamente a postura de intransigência. Fica difícil, pros dois, desescalar sem desgastar a imagem.