Cristian Derosa
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Ipsa conteret caput tuum (ela te esmagará a cabeça). Estudosnacionais.com
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Cristian Derosa
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Muita gente dirá que isso é melhor do que ter aulas de ideologia de gênero. É a dialética satânica.
Do livro Catecismo das Tentações, de São Francisco de Sales.
Cristian Derosa
https://youtu.be/1ZSqQ9BfpeI?si=7jJWZ2VPvMB5aFrb
A "internacional fascista" da esquerda já está desenhada. E logo chegará em quem teima em se omitir do alerta sobre o problema.
Fora deste grupo, pouca gente no meio conservador conta com condições pra analisar e compreender o fenômeno duguinista e a sua amplitude cultural, assim como as consequências políticas. Para se ter uma ideia da inaptidão reinante, quando se vai recorrer a uma bibliografia sobre o tema, em geral se cai em autores críticos do Dugin ou até do Guenon, mas que o fazem sob a perspectiva do próprio tradicionalismo perenialista. Ou seja, livra as pessoas do Dugin, claro, mas joga-as no colo de uma tariqa islâmica, no mínimo. Faltam autores católicos que abordem isso, é verdade. Mas há alguns, como o Antonie Motreff, por exemplo. Mas aí ele é "católico demais" para o presunçoso ecumenismo dos conservadores brasileiros.
Outro foco de crítica ao duguinismo são grupos neonazistas dissidentes, que veem na quarta teoria política uma ideologia "terceiromundista" e contra a raça branca. De fato, Dugin quer submeter a Europa à diversidade cultural característica do perenialismo, motivo pelo qual, como falamos recentemente, a direita alemã já está preferindo a migração islâmica por ser "tradicional" e conter o avanço woke, visto como problema maior e identificado com o atlantismo norte-americano. Mas vocês podem imaginar o perigo de se utilizar críticas que venham de movimentos que se diferem muito pouco do próprio duguinismo. Sem contar que essa crítica é obviamente uma dialética revolucionária, como sempre houve. Ninguém odiou mais os revolucionários do que eles próprios.
Um jornalismo católico autêntico não se pauta pela informação pura e simples, cujo critério viria a ser apenas a atualidade de um fato. Isso representaria não apenas a repetição das mesmas teorias empiristas que atomizam a realidade como conjunto caótico e desconexo de eventos sem sentido, como insere no horizonte do seu público uma banalização das misérias do mundo. No entanto, o mundo é governado por Satanás, que reina sob uma autoridade ilegítima e que pretende tão somente perder as almas. O jornalismo católico autêntico deve, portanto, repetir a máxima apostólica de agir sob o interesse da salvação das almas. Mas mais do que isso, em orientar os católicos sobre aquelas informações e dados que são do seu máximo interesse neste aspecto. Isso significa dizer que um jornalismo assim não poderia ser meramente noticioso, mas autoral e aprofundado, mas principalmente militante em relação à defesa da Santa Igreja como instituição imortal e perene, receptáculo da verdadeira doutrina porque criada por Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.

O Instituto Estudos Nacionais sempre se pautou por conteúdo aprofundado, sem simplismos ou reduções narrativas que tratassem o leitor como joguete de agendas ideológicas no jogo da opinião pública, mas um indivíduo dotado de poder de decisão sobre a sua vida e seu destino espiritual.
O demônio tenta os padres para que falem ou ensinem o erro. Não apenas para perder os que acreditam e concordam, mas aqueles que blasfemam e xingam sacerdotes. Estes provocam a risada sádica do demônio, pois ele sabe que está trazendo o revoltado mais para perto dele do que o ingênuo que acredita no erro. Pois este último amanhã pode recuperar-se, já o blasfemador, a cada agressão ou pensamento contra um padre, odeia mais não o erro, mas a hierarquias sagrada, sem a qual se vai apenas para baixo.
Parece absurdo e uma loucura criticar os conservadores e os católicos (distintamente) no momento em que estão sendo mais perseguidos e acumulando maiores derrotas. Porque o conservadorismo atual se pauta totalmente pela necessidade de aprovação moral da esquerda, do mundo e até do diabo.
Decadência intelectual da Idade Média
"Ao longo dos últimos séculos, a Igreja foi duramente criticada por proclamar-se católica e universal, unindo a todos os homens sob um só Senhor, em uma só fé e por meio de um só Batismo. Mas ninguém — dirá o século XIX — pode considerar-se um bom cidadão, seja americano, francês ou alemão, se consente em ser pastoreado, ainda que misticamente, por uma autoridade espiritual. Contudo, será precisamente a “catolicidade” e a “universalidade” da contra-Igreja o que mais irá atrair o pobre espírito moderno: ela porá abaixo todas as fronteiras nacionais; desdenhará dos sentimentos patrióticos, libertando-nos dos deveres de piedade para com o próprio país; fará os homens sentirem orgulho, não de serem americanos, franceses ou alemães, mas de pertencerem a uma classe revolucionária sob a batuta de seu “vigário”, cujas ordens vêm, não mais do Vaticano, mas do Kremlin". (Fulton Sheen, 1947)
Dugin: “Tradicionalismo não-católico ocidental poder ser útil”
https://www.estudosnacionais.com/40107/dugin-tradicionalismo-nao-catolico-ocidental-poder-ser-util/
O eurasianismo representa uma nova etapa do processo revolucionário global, que utiliza toda a energia da oposição à etapa anterior como combustível de incêndio.
Enquanto a gnose que criou todo o processo revolucionário se pautou pelo igualitarismo libertário, o seu último estágio, o satanismo, se caracterizou pela restauração da hierarquia. A hierarquia do mais forte.
Um jornalismo que considera a atualidade como um valor ou uma espécie de virtude social, está alinhado à ideia burguesa e iluminista da sociedade dos esclarecidos. Essa utopia diz respeito à suposta necessidade de participação popular em todas as decisões, o que é obviamente impossível. Mais do que isso, este é o ideal que leva ao indiferentismo e é por esta razão que ampliou na sociedade moderna a perda do senso de proporções na escala dos valores. Isso porque a necessidade de saber, opinar e decidir sobre uma quantidade inabarcável de questões, obriga o cidadão a escolher os temas mais práticos e diretos, relegando a salvação da sua alma, por exemplo, a um tema periférico. É claro que isso se deu na própria história da filosofia, mas não teria tido tanto efeito se não contasse com condições psicossociais advindas da própria estrutura da sociedade moderna, da qual o jornalismo é definidor de prioridades.
A maioria dos conservadores, incluindo católicos, é especialmente afetada pela decadência moral da sociedade, de maneira que é fácil estabelecer quase qualquer vínculo de causa e efeito ou explicações que dêem sensação de entendimento. Por muito tempo, soube-se que tudo era parte da subversão soviética, algo provado e confessado. Mas parece que o esquecimento dessa causa deixou um espaço justamente para a continuação desse processo, agora novamente sem a consciência das vítimas. A degeneração moral do Ocidente corresponde a uma nova fase de saturação, da qual virá da própria Rússia, inicialmente, e depois do Islã, a resposta pelo anseio generalizado e alimentado, por uma ordem social hierárquica e moralmente definida. Aí será choro e ranger de dentes.