Augustus Nicodemus
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Boa noite, pessoal,

Gostaria de convidar vocês a participar de um novo projeto que estou iniciando, que é minha mentoria Fundamentos da Teologia Reformada.

Serão encontros online, ao vivo, onde cobriremos os temas centrais da teologia reformada, com momentos especiais para interação e perguntas.

Será uma turma pequena, com apenas 50 vagas.

Se você tem interesse em participar dessa primeira turma de mentoria, acesse o link a seguir e preencha o formulário: https://social.augustusnicodemus.com.br/mentoria
Olá queridos irmãos e amigos.

Deparei-me com essa declaração de Jesus a seus seguidores e me indaguei de que maneira ela se aplica a nós hoje:

“Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23).

São três imperativos na língua grega, ἀρνησάσθω ἑαυτὸν (se negue), ἀράτω (tome) e ἀκολουθείτω μοι (siga-me). Esses imperativos impõem uma demanda radical sobre os discípulos de Jesus. No contexto em que Jesus fez essas demandas, os discípulos entenderiam facilmente o que o Mestre queria dizer: deveriam renunciar ao judaísmo farisaico, ao emprego com que ganhavam o pão, romper até mesmo com a família e seguir a Jesus na sua itinerância ao redor do Mar da Galiléia.

Mas, como atender esses imperativos hoje? Creio que a resposta é um discipulado radical, de negar a nós mesmos todo e qualquer prazer, coisa, plano, pessoa, projeto que venha a tomar o lugar de Jesus em nossa vida. É dar a Ele sempre o primeiro lugar. É fazer as escolhas diárias sempre tendo em mente isso, o que estou escolhendo é o caminho de Cristo, é o que um discípulo faria? Isso não vai nos tornar em seres super espirituais, mas em humanos mais e mais semelhantes ao Senhor Jesus.

Sem esse caminho radical de discipulado, seremos motivo de vergonha para o Senhor no dia que ele regressar era glória: “Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos” (Lc 9/26)
COMO DEVEMOS CONFESSAR NOSSOS PECADOS?
"Se confessarmos os nossos pecados" (1 João 1.9)

Queridos, neste trecho, o apóstolo João ensina aos seus leitores a se voltarem a Deus em confissão em vez de negar suas ofensas. Não tenho dúvida de que todos nós estamos convencidos de que devemos confessar a Deus os pecados que eventualmente cometemos depois de nos tornarmos cristãos, mas não tenho certeza se todos têm clareza sobre como fazê-lo.

Vou tratar de alguns pontos que acho essenciais nesse assunto.

1) Embora a doutrina católica-romana ensine a necessidade de confissão a um padre para obter absolvição, o ensinamento de João é claro: devemos confessar nossos pecados a Deus, porque somente Ele pode nos perdoar e remover nossa culpa. Outros trechos das Escrituras nos ensinam que, em certas ocasiões, é necessário confessar nossa culpa àqueles que foram prejudicados por nossos pecados, para que a comunhão que foi interrompida por nosso erro possa ser restaurada (Lc 15.21).

2) A confissão deve ser tão extensa quanto o dano causado pelo pecado. Se nosso pecado afetou apenas nosso relacionamento com Deus, ninguém além de Deus precisa saber disso, a menos que queiramos voluntariamente compartilhar com alguém para que ele possa orar por nós (Tg 5.16). Se envolveu outras pessoas, elas precisam saber de nosso arrependimento e ouvir nossa confissão. E se aconteceu no domínio público, é necessária uma retratação pública. O Salmo 51 é a confissão pública de Davi de que ele havia cometido adultério com Bate-Seba, um fato que havia se tornado público.

3) As Escrituras também nos ensinam que certos pecados requerem reparação além da confissão, mesmo quando o pecador admitiu e confessou sua culpa. Quando um pecado cometido por um crente tem implicações além de sua própria pessoa, envolvendo outros, tornando-se conhecido publicamente, trazendo vergonha aberta à igreja e desonra ao nome do Senhor, certas medidas devem ser tomadas para remediar esses males, mesmo que o crente em questão tenha admitido sua culpa e confessado.

Um crente verdadeiramente arrependido aceitará voluntariamente a disciplina e reparação que sua falha exige. Acima de tudo, eles podem se alegrar que Deus promete perdoá-los de sua falta e restaurá-los à comunhão com Ele.
ESPERANDO O FIM DO MUNDO

“Tenham cuidado! Não deixem seu coração se entorpecer com farras e bebedeiras, nem com as preocupações desta vida. Não deixem que esse dia os pegue desprevenidos, como uma armadilha. Pois esse dia virá sobre todos que vivem na terra. Estejam sempre atentos e orem para serem considerados dignos de escapar dos horrores que sucederão e de estar em pé na presença do Filho do Homem” Lc 21.34-36

Jesus estava caminhando para Jerusalém com seus discípulos, sabendo que iria morrer lá. Ele profetizou sua morte, sua ressurreição, seu retorno em glória e o fim do mundo.

Ele queria especialmente prepará-los para seu retorno glorioso e o fim de todas as coisas. De que maneira eles deveriam viver esperando o fim do mundo?

Primeiro, não perder o foco nas coisas de Deus: “não deixem seu coração se _entorpecer_ com farras e bebedices” (Lc 21.34). “Entorpecer” (βαρέω) é literalmente “ficar pesado” dando a ideia de ficar cheio, carregado de alguma coisa. Uma vida de prazeres “carrega” o coração com eles e não deixa espaço para as coisas de Deus.

Segundo, não viver angustiados e ansiosos com as coisas dessa vida: “não deixem seu coração se ¬entorpecer ... com as preocupações dessa _vida_. “Vida” (βιωτικός) é literalmente “as coisas relacionadas com nossa existência aqui,” (de onde vem nossa palavra “biologia”), em contraste com a vida eterna. Embora seja lícito procurarmos ganhar o pão de cada dia com todos os nossos esforços, não podemos deixar nosso coração ficar “entorpecidos,” carregados com as preocupações que vem daí.

Terceiro, estar sempre atentos em oração, vigiando _em todo tempo_ (Lc 21.36). No original, ἐν παντὶ καιρῷ, isto é, “em toda ocasião”. No grego temos duas palavras para tempo, uma que significa o tempo cronológico, chronos (χρόνος) e outra o tempo oportuno, kairós (καιρός), que á a palavra usada aqui por Jesus. Ou seja, devemos aproveitar todas as ocasiões durante o dia para orar, buscar ao Senhor e assim nos preparar para o fim do mundo.

Jesus disse que esse dia viria de repente, como uma armadilha sobre todos os habitantes da terra. Pode ser mais breve que pensamos. Essas três atitudes acima recomendadas pelo Senhor nos deixarão prevenidos e prontos.
O VERDADEIRO AMOR DE MÃE

"As mulheres mais velhas devem viver de modo digno... devem instruir as mulheres mais jovens a amar o marido e os filhos" (Tito 2.3-4).

Podemos perceber, por meio dessas instruções do apóstolo Paulo ao pastor Tito, que o amor das mães por seus filhos não é algo pronto e natural em si mesmo. É algo que deve ser aprendido. Isso vai contra o pensamento popular que glorifica e diviniza o amor materno, como se fosse algo natural, sublime, como se toda mulher que se torna mãe estivesse imbuída de um amor santo, perfeito e quase divino por seus filhos.

Diferentemente do pensamento popular, a revelação divina, que não esconde a verdade sobre nós mesmos, mostra a necessidade de as mães aprenderem a amar seus filhos. Aprender requer um esforço consciente e dedicado, exigindo o reconhecimento de que é necessário corrigir ações errôneas e desenvolver novas habilidades.

Existem mulheres que são péssimas mães, que não sabem criar seus filhos, que os maltratam ou idolatram, que os mimam e não os preparam para a vida. Essas mulheres nunca dedicaram tempo para compreender o verdadeiro papel de uma mãe e a necessidade de se empenhar nele, por amor a seus filhos. Ao invés disso, criaram seus filhos baseando-se no famoso "instinto materno", que, sem orientação, pode seguir caminhos prejudiciais para as crianças.

A Bíblia está repleta de orientações e instruções sobre como os pais devem amar e cuidar de seus filhos, começando por ensinar-lhes o temor do Senhor, a viver em obediência, a aceitar um "não" como resposta e a respeitar os mais velhos. Mães, aprendam aos pés de Cristo o verdadeiro significado de amar seus filhos.
QUANDO ELE ESTAVA CONOSCO

“A seguir, Jesus lhes disse: — São estas as palavras que eu lhes falei, estando ainda com vocês: era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito a respeito de mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (Lc 24.44).

Jesus disse essas palavras a seus discípulos após haver ressuscitado dos mortos. Notemos a expressão ἔτι ὢν σὺν ὑμῖν, “estando ainda com vocês”. Jesus estava se referindo ao tempo antes da ressurreição, aos seus três anos de ministério durante os quais ensinou aos discípulos a necessidade de sua morte e lhes fez a promessa da ressurreição.

Após ressuscitar, Jesus apareceu a eles, falou com eles e comeu com eles. Ou seja, ainda estava com eles. Só que, agora, de uma forma diferente. Estava com eles como o Senhor ressurreto, o Cristo glorificado. O relacionamento de seus discípulos com ele não era mais o mesmo. Num sentido, Jesus não estava mais com eles. Em breve, subiria ao céu e se sentaria no trono ao lado de Seu Pai, dominando sobre o universo. Nunca mais os discípulos falariam com ele boca a boca, olho no olho.

Após a ressurreição de Cristo, nós nos relacionamos com ele somente pela fé. Ele não está mais conosco fisicamente, corporalmente. Não ouvimos a sua voz nem vemos a sua forma. Mas, pela fé, falamos com ele todos os dias. Será assim até que Ele retorne em glória, conforme Paulo disse:

“Por isso, temos sempre confiança e sabemos que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor. Porque andamos por fé e não pelo que vemos. Sim, temos tal confiança e preferimos deixar o corpo e habitar com o Senhor” (2Co 5.6-8).

Maranata! Vem, Senhor Jesus
FAÇAM, NÃO APENAS OUÇAM

Queridos amigos e irmãos desse grupo seleto. Queria hoje meditar sobre esse tema importante, crucial para nossa vida nesse mundo. Usarei como base as palavras de Tiago:

“Sejam praticantes da palavra e não apenas ouvintes, enganando a si mesmos. Pois se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, é como um homem que observa atentamente o seu rosto natural em um espelho. Pois ele se observa, sai e imediatamente esquece como era” (Tiago 1.22-24).

Tiago escreveu esta carta para judeus da diáspora que haviam se tornado cristãos (1:1). Como judeus que viviam fora de Jerusalém, eles desenvolveram uma grande apreciação por ouvir a leitura da Lei aos sábados nas sinagogas, especialmente porque não podiam participar dos serviços do templo, onde os sacrifícios diários eram oferecidos. Eles consideravam a audição da Lei como um substituto adequado para os sacrifícios. Parece que, depois de se tornarem cristãos, eles continuaram a pensar da mesma maneira: ouvir a palavra de Deus em suas reuniões era o suficiente para mantê-los dentro do povo de Deus.

No entanto, Tiago diz a eles que apenas ouvir a Palavra não os salvaria. Eles deveriam se tornar praticantes. Se eles não praticassem o que regularmente ouviam em suas reuniões, estavam apenas enganando a si mesmos. "Enganar" significa fazer uma avaliação errônea de algo e, em seguida, levar outra pessoa ao erro por meio dessa avaliação (Colossenses 2:4). Os leitores de Tiago estavam se enganando ao terem avaliado erroneamente o valor de ouvir a Palavra, como se ouvir sermões pudesse salvá-los. A Palavra é poderosa para salvar almas se compreendida e praticada. No entanto, por não terem feito essa avaliação, eles se contentaram em ser meros ouvintes. Eles estavam se enganando.

Tiago introduz uma comparação para explicar a inutilidade de ouvir a Palavra sem agir de acordo com ela. Há uma semelhança entre os meros ouvintes de sermões e aqueles que se olham no espelho e logo esquecem o rosto refletido lá, negligenciando qualquer medida para melhorá-lo. O objetivo dessa comparação é que tanto o mero ouvinte quanto o contemplador esquecido não fazem nada em relação ao que ouviram e viram.

Da mesma forma, apenas ouvir sermões, embora de maneira regular e atenta, é um exercício infrutífero que não salvará ninguém. Estou convencido de que os cristãos não precisam tanto aprender coisas novas, mas sim colocar em prática o que já ouviram e aprenderam.
A VERDADEIRA ADORAÇÃO

“Vocês adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora — e já chegou — em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. Porque são esses que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.22-24).

Essas são as palavras de Jesus à mulher samaritana, com quem encontrou-se no poço de Jacó, a caminho da Galiléia. Como samaritana, a mulher havia aprendido toda a sua vida que o local correto de adorar a Deus era no monte Gerizim, onde o rei Jeroboão I havia construído um templo depois da divisão do Reino. Em contraste, Jesus, como judeu, sabia que o local correto era Jerusalém. O culto em Gerizim havia se tornado em idolatria dos bezerros de ouro.

No diálogo com a mulher, Jesus apresenta vários pontos centrais para aqueles que desejam de fato adorar a Deus da maneira correta e no local correto. Vejamos o que nos ensinou o Senhor.

Primeiro, que os judeus estavam certos e os samaritanos errados: o local que Deus havia deixado para adoração era, de fato, Jerusalém. A razão, nas palavras de Jesus, é que “a salvação procede dos judeus” (Jo 4.22). Deus havia feito uma aliança com Abraão e seus descendentes. Como parte da aliança Deus havia feito a promessa que um descendente de Abraão seria o Salvador do mundo. Nisso os samaritanos também criam (Jo 4.25) e, portanto, deveriam concluir que era em Jerusalém o local de adoração. A salvação viria dos judeus.

Segundo, a hora havia chegado em que Jerusalém, como local de adoração, havia perdido o seu significado e propósito. Com a chegada do Cristo (Jo 4.25-26), a adoração a Deus não mais teria um centro geográfico, mas seria em qualquer lugar do mundo onde as pessoas cressem nele, em Jesus Cristo, o Filho de Deus, o judeu escolhido por Deus para ser o salvador do mundo. É a isso que Jesus se refere como “adorar o Pai em espírito e em verdade,” isto é, adorar a Deus espiritualmente, sem lugares, coisas, imagens, objetos como vinha sendo feito até então no templo de Jerusalém (Jo 4.23).

Terceiro, Deus é espírito. Isto é, ele não tem forma. Portanto, não quer ser adorado mediante representações suas. Introduzir no culto a Deus imagens, figuras, representações física, visuais e tangíveis por meio de objetos e coisas é uma deturpação não somente da natureza de Deus, mas do culto que Ele deseja e aceita. Apenas duas representações físicas e visuais são aceitas por Deus no culto que prestamos a ele, a saber a água do batismo e os dois elementos da ceia, o pão e o vinho. Tudo o mais é idolatria: água benta, rosário, imagens, crucifixos, sal grosso, rosa ungida, relíquias, sudários...

Quarto, Deus procura adoradores que o adorem em espírito e verdade (Jo 4.23). O Senhor Soberano atrai a si aqueles cujas mentes já iluminou e cujo coração já conquistou, para receber deles a adoração correta e devida. Não somos nós que buscamos a Deus – Ele nos busca, procura, chama para que o adoremos espiritualmente, de coração, sinceramente, entregando a Ele tudo que somos e temos. Fica claro pelas palavras de Jesus que a verdade importa no que diz respeito a culto. Não é apenas uma questão de sinceridade. Alguém pode sinceramente adorar a Deus de maneira errada. Aquilo que Deus aceita no culto está revelado nas Escrituras. A isso nada podemos ou devemos acrescentar.

Fomos feitos para adorar a Deus. O pecado introduziu formas e maneiras erradas de fazermos isso. Precisamos da direção das Escrituras para discernir o certo e o errado em termos de culto. Pois para Deus a verdade importa, sim, quando se trata da adoração que prestamos a Ele.
CONTENTAMENTO EM MEIO À CRISE

O apóstolo Paulo estava preso em Roma esperando julgamento de César quando recebeu a visita de Epafrodito, um dos líderes da igreja de Filipos,
trazendo uma oferta dos crentes. Esse ato de amor ensejou a resposta de
Paulo através dessa carta, cheia de encorajamento e alegria. No final da carta, Paulo agradece a oferta e usa sua própria experiência como exemplo de como os crentes de Filipos, que estavam passando por muitas dificuldades e perseguições, deveriam enfrentar os seus sofrimentos
(Filipenses 4.10-13).

O ponto central da passagem é o contentamento. Paulo manifesta grande alegria por receber a oferta (Fp 4.10). Pode ser que já havia se passado
bastante tempo desde a última ajuda deles. Paulo sabia que isso era devido à falta de oportunidade: ou porque eles não tinham tido recursos financeiros, ou porque Paulo realmente não tinha passado por necessidade antes.

Paulo explica, contudo, que sua alegria em receber a oferta não foi porque ele estava angustiado e desesperado por não ter o suficiente para viver na cadeia (Fp 4.11). Era por ver o amor dos filipenses por ele, pois já havia aprendido a viver contente em toda situação.

Em seguida apresenta três
razões pelas quais ele já estava bem mesmo sem a oferta dos filipenses.

Primeira, ele tinha aprendido o contentamento (Fp 4.11), isto é, a viver satisfeito com o que ele tinha. E isso em qualquer situação, boa ou má. Esse
aprendizado foi um processo, no qual Deus o ensinou. Assim, mesmo na prisão e diante da escassez, Paulo estava contente. Não estava angustiado, deprimido, reclamando ou em pânico.

Segunda, ele tinha aprendido a se adaptar às circunstâncias (Fp 4.12). Ele apresenta três contrastes que mostram as diferentes circunstâncias às quais Deus o submeteu para que ele aprendesse a viver contente: humilhado e
honrado, fartura e fome, abundância e escassez. Paulo havia passado por tudo isso, e Deus havia usado essas diferentes circunstâncias para ensinar ao apóstolo o contentamento em qualquer situação.

Terceira, ele havia aprendido a depender de Cristo, que habitava nele (Fp 4.13). O Senhor fortalecia Paulo diariamente, de maneira que ele podia suportar privações com contentamento, sem reclamar, e desfrutar de abundância sem arrogância e vaidade, quando era honrado e tinha fartura.

Essa passagem tem sido interpretada erradamente como se Deus estivesse prometendo que o cristão é capaz de qualquer coisa. O contexto nos mostra, todavia, que “tudo” que Paulo podia em Cristo é uma referencia à capacidade
de ficar contente e se adaptar sem queixas às diferentes situações da vida.

Deus certamente deseja nos ensinar contentamento em meio a crise. Com muita possibilidade chegarão tempos difíceis.
Muitos que hoje tem fartura poderão vir a passar necessidades. Os que estão
acostumados a um estilo de vida elevado serão obrigados a reduzir o padrão talvez a níveis drásticos. O que Deus quer nos ensinar é vivermos satisfeitos
com o que temos, quer seja muito ou pouco. Busquemos no Senhor Jesus o fortalecimento para isso.

Pr. Augustus
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Rev. Augustus Nicodemus
Como Manter a Igreja Viva

Um dos trechos mais impactantes da Bíblia encontra-se em Isaías 1:10-20, onde o profeta repreende a igreja do Antigo Testamento, chamando seus líderes de príncipes de Sodoma e Gomorra, cidades famosas pela devassidão e iniquidade. O povo de Deus havia se corrompido ao ponto de Deus não ter mais prazer em receber sua adoração. Infelizmente, essa imagem de decadência e corrupção da igreja de Deus se repetiu muitas vezes ao longo da história. Nessas épocas, o povo de Deus se torna frio na fé, endurece seus corações, persiste no pecado e serve como um terrível testemunho para o mundo.

Nosso dever como igreja e cristãos individuais é evitar a entrada dessa decadência espiritual em nossas vidas. Com a graça de Deus, existem quatro coisas que podemos fazer para evitar a queda espiritual da igreja:

(1) Levar o pecado a sério. Nada arruína a vida espiritual de uma comunidade mais rapidamente do que permitir que os pecados de seus membros e líderes permaneçam sem serem tratados como deveriam. Na Bíblia, lemos que quando Acã desobedeceu a Deus, toda a comunidade sofreu as consequências (Josué 7). Nossos pecados não são apenas um problema individual: nossos pecados ocultos, não confessados e não arrependidos constituem um obstáculo espiritual que entristece o Espírito de Deus e acaba se espalhando pela igreja, contaminando o bom comportamento e a fé dos outros.

(2) Manter a sã doutrina. A verdade salva e edifica a igreja, mas as mentiras são sua ruína. O erro religioso envenena as almas e desvia as pessoas dos caminhos retos de Deus. O Senhor Jesus criticou severamente a igreja de Pérgamo por ser excessivamente tolerante com falsos líderes que infestavam a comunidade com ensinamentos falsos (Apocalipse 2:14-15). Da mesma forma, Ele repreendeu a igreja de Tiatira por tolerar uma mulher chamada Jezabel, que se dizia profetisa e ensinava os membros da igreja a praticar a imoralidade (Apocalipse 2:20). Devemos ser pacientes e tolerantes, mas nunca a ponto de comprometermos os ensinamentos claros do Evangelho.

(3) Andar próximo do Senhor da Igreja. Deus é quem nos mantém firmes e puros. A Bíblia diz que, se nos aproximarmos de Deus, Ele se aproximará de nós. A Bíblia também nos ensina que Deus estabeleceu meios pelos quais podemos estar em contínua comunhão com Ele. Esses meios incluem o culto público, a oração e a devoção no privado, a leitura e meditação nas Escrituras, e a participação regular na Ceia. Cristãos que negligenciam esses meios acabam se deteriorando espiritualmente, como uma brasa que é removida do fogo

e logo perde seu calor. A negligência desses meios de graça abre as portas para um declínio espiritual e moral acelerado da igreja.

(4) Estar abertos à reforma. O lema das igrejas que nasceram na Reforma era "Ecclesia Reformata Semper Reformanda", ou seja, a igreja deve estar sempre aberta a ser corrigida por Deus, arrepender-se de seus pecados e ser reformada de acordo com os ensinamentos das Escrituras. Nas cartas que Ele enviou às igrejas da Ásia Menor através do apóstolo João, o Senhor Jesus determinou que aqueles que estavam errados se arrependessem e voltassem aos caminhos justos do Senhor (Apocalipse 2:5, 16, 21; 3:3, 19). Eles precisavam se reformar e mudar o que estava errado. Há um grande perigo para uma igreja quando ela se fecha e deixa de ouvir a palavra de seu Senhor, um Senhor que deseja corrigi-la e trazê-la de volta aos caminhos do Evangelho.

Essas medidas também devem ser aplicadas a nós, individualmente. Devemos nos esforçar para evitar o declínio espiritual de nossas práticas religiosas, mantendo acesa a chama da fé através da frequência aos cultos, da leitura diária da Bíblia e de uma vida de oração e comunhão com outros irmãos e irmãs. Infelizmente, ao negligenciarem sua vida espiritual, muitos cristãos estão enfraquecendo o testemunho que as igrejas evangélicas deveriam ter no mundo.
COMO DAR FRUTO

“Eu sou a videira, vocês são os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim vocês não podem fazer nada” (Jo 15.5).

“Dar fruto” é uma metáfora que Jesus usou para boas obras, santidade, obediência – enfim, tudo aquilo que Deus requer de nós aqui nessa vida. Paulo usou essa mesma metáfora quando falou do “fruto do Espírito” (Gl 5.22-23). Ele usa o verbo “frutificar” para se referir à prática das boas obras da parte dos crentes (Rm 7.4; Cl 1.10).

Deus nos concede aquilo que ele mesmo requer de nós. Ele pede que sejamos obedientes e ele mesmo concede a graça de o sermos. Assim, ao mesmo tempo em que pede que sejamos frutíferos, nosso Deus nos concede o meio para isso, que é a união com Cristo.

Mediante a união com o Senhor vivo e exaltado recebemos o poder espiritual para vencer o pecado e praticar as obras de obediência, amor e misericórdia requeridas por Ele. Assim como um galho firmemente plantado na árvore.

Nosso foco é a união com Cristo. O fruto brotará naturalmente. Não devemos focar no fruto em si, mas no Cristo de quem procede o poder para que ele brote. Já estamos unidos a Cristo, desde que fomos justificados pela fé, regenerados e feitos filhos de Deus. Na prática, vivemos essa união mediante a dependência consciente de Cristo, a consciência de sua presença conosco, um relacionamento pessoal e significativo com ele pela oração, louvores e leitura da sua Palavra. Quanto poder, graça e paz fluem dessa comunhão!

Permaneça no Senhor. O fruto virá normalmente.
A IMPORTÂNCIA DO ANTIGO TESTAMENTO PARA HOJE

“Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e investigaram. Eles profetizaram a respeito da graça destinada a vocês: (1Pe 1.10).

A importância do Antigo Testamento para os cristãos de hoje é inegável. Como mencionado por Pedro em suas escrituras, os profetas do Antigo Testamento já buscavam entender a salvação que Deus proporcionaria no futuro. Esses profetas, como Isaías, Jeremias e Ezequiel, profetizaram sobre a graça que seria destinada aos eleitos, aqueles que hoje compõem a comunidade cristã.

A palavra "graça" é central nesse contexto, representando a natureza gratuita e incondicional da salvação que Deus oferece, mesmo quando merecemos apenas Sua ira e condenação por nossos pecados. A compreensão dessa graça foi o foco da investigação dos profetas do Antigo Testamento, que desejavam conhecer mais sobre essa salvação vindoura.

Pedro destaca que esses profetas "indagaram e inquiriram" com grande intensidade sobre a salvação. Eles buscaram diligentemente entender os detalhes desse plano divino, mesmo sem terem o privilégio de conhecê-lo plenamente ou desfrutá-lo durante suas vidas.

Os profetas contavam com várias fontes de conhecimento, incluindo as Escrituras que já haviam sido produzidas, como os livros de Moisés e os Salmos. Além disso, recebiam revelações diretas de Deus, por meio do Espírito Santo. Essas fontes permitiram que eles investigassem e compreendessem, até certo ponto, a salvação que viria.

Portanto, o Antigo Testamento desempenha um papel crucial na fé cristã, pois não apenas registra as profecias sobre a graça salvadora, mas também oferece uma base sólida para entender a obra redentora de Cristo. Os cristãos de hoje podem aprender com a diligência dos profetas do passado e apreciar a profundidade da graça de Deus, que sempre esteve presente, mesmo antes da vinda de Jesus. Essa compreensão fortalece a fé e a apreciação pela salvação oferecida aos crentes, tornando o Antigo Testamento uma parte essencial da herança espiritual cristã.
EXPIAÇÃO LIMITADA

A expiação limitada é um dos cinco pontos do Calvinismo. Ele ensina que a morte de Cristo na cruz tem efeito limitado aos eleitos, ou seja, aqueles que Deus predestinou para a salvação.
Alguns teólogos reformados preferem o termo "redenção particular" para evitar dar a impressão de que a morte de Cristo de alguma forma foi limitada e sem efeito. "Redenção particular" quer dizer que com sua morte Cristo redimiu um povo particular, a igreja eleita antes da fundação do mundo.
Outros, ainda, preferem o termo "expiação eficaz," para destacar que Cristo realmente salvou pecadores na cruz.
A Bíblia ensina que Cristo de fato redimiu, resgatou, salvou seu povo na sua morte e ressurreição. Várias passagens dizem que Cristo fez um sacrifício, fez propiciação, reconciliou seu povo com Deus, garantiu a redenção dos seus, deu sua vida em resgate por muitos (mas não todos), e suportou a maldição daqueles por quem morreu. Isso implica que Cristo obteve a salvação de seu povo e não somente abriu uma chance.
No entanto, há também passagens que parecem dizer o contrário, a saber, passagens que usam a palavra "mundo" ou "todos" para indicar a vontade de Deus com respeito e a extensão da obra de Cristo. Os arminianos explicam essas passagens dizendo que elas se referem à intenção de Deus de salvar a todos, mas que essa intenção não foi realizada por causa da incredulidade humana. Já os calvinistas explicam que as expressões “mundo” e “todos” deveriam ser entendidos à luz do contexto, o que vai mostrar que não se refere a cada pessoa que existe ou existiu, mas a determinadas categorias de pessoas, como judeus e gentios, governantes, etc.
A expiação limitada é um ponto controverso, mas os reformados acreditam que ele é bíblico e que é necessário para manter a doutrina da soberania de Deus.

Deus abençoe,
Rev. Augustus Nicodemus
Aborto: Os Dois Pontos Cruciais

Para os cristãos comprometidos com a Palavra de Deus, o aborto é um assunto particularmente delicado. Embora a Bíblia não contenha um mandamento direto como "Não abortarás", isso se deve ao fato de que na mentalidade israelita antiga, o aborto era impensável. As crianças eram vistas como um presente de Deus, e a gravidez era considerada uma bênção divina. Não ter filhos era considerado uma maldição. A proibição genérica "Não matarás" abrangia essa questão. No entanto, os tempos mudaram, e a sociedade moderna muitas vezes vê os filhos como obstáculos para a realização pessoal, financeira e social. A igreja deve continuar a se guiar pela Palavra de Deus, que valoriza a vida.

A Humanidade do Feto

O debate sobre o aborto gira em torno da questão de quando o embrião/feto se torna um ser humano com direito à vida. Alguns argumentam que isso ocorre apenas após um certo período de gestação, enquanto outros defendem que a vida começa na concepção. Muitos biólogos, geneticistas e médicos concordam que a vida biológica começa na concepção. As Escrituras também confirmam que Deus considera sagrada a vida das crianças não nascidas. Apesar de algumas passagens serem difíceis de interpretar, a Bíblia ensina que o corpo, a vida e as faculdades morais do homem têm origem na concepção.

A Santidade da Vida

Vivemos em uma sociedade que muitas vezes não reconhece a santidade da vida. O valor da vida humana tem sido substituído por fatores utilitários e egoístas, como conveniência pessoal e financeira. A igreja deve manter o conceito de que o ser humano é feito à imagem de Deus e possui uma alma imortal, sendo distinto de todas as outras formas de vida. A vida humana não deve ser determinada por fatores sociológicos e financeiros, mas sim pelo valor intrínseco que possui.

Conclusão

Diante de situações complexas como a gravidez de risco e o estupro, a solução sempre deve ser a favor da vida. A igreja deve oferecer orientação, apoio e compaixão aos que enfrentam dilemas tão difíceis. Condenação não substitui a necessidade de apoio e acompanhamento. A dor e o sofrimento das vítimas de estupro não serão resolvidos através do aborto. É importante que a igreja esteja presente para auxiliar e orientar em momentos tão desafiadores.

Deus abençoe,
Rev. Augustus Nicodemus
A LIBERDADE CRISTÃ

A liberdade cristã é um conceito que tem sido mal interpretado por muitos. Ela não é uma liberdade para pecar, pois a salvação é pela graça e não por obras; não é uma liberdade para ser como quiser sem prestar contas a ninguém; nem é uma liberdade para viver sem estar debaixo de autoridade espiritual.

Em contraste, a verdadeira liberdade dos crentes em Cristo consiste em estar livres da culpa e da condenação que seus pecados merecem, livres da ira de Deus aqui e eternamente, e livres da maldição do pacto das obras imposta pelas demandas da lei moral.

Além disso, os crentes são livres do domínio do mundo e suas tentações, livres do cativeiro do diabo e seu domínio em suas vidas, e livres do juízo de Deus em aflições, sofrimentos e males temporais. Eles são também livres do sofrimento eterno no inferno e têm o privilégio de chegar à presença de Deus em todo tempo, mediante Jesus Cristo. Essa liberdade os capacita, pelo Espírito, a obedecer a Deus por amor voluntário e não por medo do castigo.

Todos esses privilégios são dados gratuitamente aos crentes com base na obra completa de Cristo em seu favor, na morte e na ressurreição. Por causa de Cristo, podemos experimentar essa liberdade maravilhosa. Na verdade, os crentes em Cristo são os únicos seres humanos a experimentar essa liberdade real. A humanidade em geral vive na ilusão de ser livre, mas na realidade, é escrava do pecado, do diabo, do mundo e da morte.

A verdadeira liberdade em Cristo não nos leva ao libertinismo, mas sim a amar e servir a Deus e ao próximo. Somos verdadeiramente livres das demais pessoas e seus julgamentos, mas nos tornamos servos de todos, com o objetivo de amá-los e servi-los aqui neste mundo.

Deus abençoe,
Rev. Augustus Nicodemus
I – A REALIDADE DA MORTE
Deus nos criou com corpo e alma/espírito para que possamos ter comunhão com Ele. O homem é composto por corpo e alma/espírito, formando uma unidade complexa, uma única pessoa. A entrada da morte no mundo ocorreu devido ao pecado de Adão, que trouxe a morte a toda a raça humana. A morte se trata da separação do nosso ser de nós mesmos e de Deus. Apenas Enoque e Elias partiram deste mundo sem passar pela morte, assim como aqueles que estiverem vivos na ocasião da vinda do Senhor Jesus Cristo. No entanto, para todos os outros, a morte é uma realidade inescapável à qual crentes e descrentes, de todos os povos e de todas as épocas, estão sujeitos - todos os filhos de Adão e Eva.

II – O QUE ACONTECE COM O CORPO NA MORTE
Conforme a perspectiva bíblica, a alma se separa do corpo, resultando na morte física. Essa separação entre a alma e o corpo é o que define a morte. Sem a presença da alma, o corpo morre e entra em processo de decomposição. Eventualmente, o corpo se desintegra e retorna à terra, lembrando a passagem "do pó vieste e ao pó retornarás...". Mesmo nos casos em que as pessoas foram cremadas e não sepultadas, o resultado para o corpo é o mesmo. Embora a Bíblia não proíba a cremação, o sepultamento é uma prática mais comum, simbolizando o corpo sendo plantado na terra como uma semente que germinará, indicando a futura ressurreição dos mortos.

III – O QUE ACONTECE COM A ALMA NA MORTE
Diferentemente do corpo, a alma é imortal e não pode morrer. Embora seja imortal, a alma teve um momento de criação por parte de Deus. Por ter origem no sopro divino presente no homem, a alma é intrinsecamente imortal. Além de ser imortal, a alma também é consciente de si mesma para sempre. Assim, rejeitamos duas posições comuns sobre esse assunto:

1. O "sono da alma": Essa teoria sugere que após a morte, a alma entra em um sono profundo, ficando inconsciente e só despertando na ressurreição dos mortos. Essa posição é defendida por grupos como adventistas e Testemunhas de Jeová.2. A "aniquilação da alma": Essa teoria afirma que a alma deixa de existir após se separar do corpo, ou seja, morre.
Aqueles que apoiam essas posições argumentam que a crença na imortalidade da alma é influência da filosofia grega sobre a teologia cristã, e que a Bíblia não ensina que a alma sobrevive à morte e permanece consciente. Entretanto, o cristianismo histórico sempre compreendeu que o ensinamento bíblico é claro quanto à sobrevivência consciente da alma após a morte física.

A alma não entra em um estado de sono nem é extinta na morte, mas permanece viva, desperta e consciente. A alma não fica vagando entre dois mundos nem permanece no mundo dos vivos. Crenças em assombrações, incorporações em sessões espíritas e aparições de figuras são consideradas superstições, charlatanice ou influência maligna. Na morte, a alma retorna a Deus, seu Criador, que a encaminhará para seu destino eterno: vida eterna aos crentes em Jesus Cristo ou sofrimento eterno para os que rejeitaram a graça de Deus.

Deus abençoe,
Rev. Augustus Nicodemus
“O corpo não é para a imoralidade, mas para o Senhor, e o Senhor, para o corpo” (1Co 6.13)

Muitos cristãos esquecem essa verdade fundamental, que o nosso corpo é tão importante quanto nosso espírito no que se refere a salvação eterna. Deus nos fez corpo e espírito (ou, alma), e não somente espírito. Da mesma forma que o espírito precisa de redenção, o corpo igualmente. É por isso que Jesus Cristo ressuscitou fisicamente de entre os mortos com corpo glorioso, incorruptível e imortal.Os crentes da igreja de Corinto estavam fazendo uma dicotomia entre o corpo e a alma, influenciados pelo dualismo grego que dava mais importância ao espírito do que à matéria. Assim, vários deles estavam engajados na prostituição cultual que era feita nos numerosos templos espalhados pela cidade, como parte da adoração aos deuses.
Aqui o apóstolo Paulo lembra que o nosso corpo não foi feito para a imoralidade, mas para ser habitação do Senhor Jesus e que o Senhor Jesus tomou uma forma humana, e encarnou, para que pudesse também redimir o nosso corpo dos efeitos do pecado e do sofrimento eterno.A implicação é que nós devemos nos santificar não somente em espírito mas também no corpo, destinando o corpo e seus membros para fins nobres, santos e úteis, conforme nos é ensinado na palavra de Deus.

Deus abençoe,
Rev. Augustus Nicodemus
Uma Teologia do Corpo: Reflexões a partir de 1 Coríntios 6.12-20

Introdução

Corinto, a cidade onde se desenvolve a epístola de Paulo aos Coríntios, era uma metrópole de grande importância na antiguidade. Como sede administrativa da província da Acaia, ela abrigava um procônsul chamado Gálio. Além disso, sua posição como cidade portuária a tornava um centro de movimento constante de estrangeiros e visitantes. A cidade era próspera do ponto de vista comercial e também se destacava por sediar os Jogos Ístmicos. No entanto, ficou famosa por seus templos pagãos, com uma grande variedade de deuses, e também por ser um local marcado pela imoralidade.

O Problema Abordado por Paulo

Dentro da comunidade cristã em Corinto, Paulo se deparou com sérios problemas relacionados à imoralidade sexual. Muitos dos membros da igreja tinham um passado manchado por impureza moral, como mencionado em 1 Coríntios 6.9-10, onde Paulo lista diversas práticas pecaminosas. Além disso, Paulo tinha conhecimento de um caso específico na igreja em que um homem estava envolvido em um relacionamento incestuoso com sua madrasta, como mencionado em 1 Coríntios 5. Embora não tenha mencionado explicitamente, o texto também sugere que alguns membros da igreja estavam envolvidos com prostitutas (1 Coríntios 6.15,16).

O Pensamento dos Coríntios: "Todas as Coisas Me São Lícitas"

Os coríntios, em sua tentativa de justificar seu comportamento, usavam a frase "todas as coisas me são lícitas". Argumentavam que, como cristãos, tudo era permitido, uma vez que Cristo já havia pago pelos seus pecados e que a salvação era um dom da graça de Deus. Além disso, alegavam que o desejo sexual era algo natural e normal.

A Resposta de Paulo ao Pensamento Coríntio

Paulo concordava em princípio com o pensamento dos coríntios de que "tudo é lícito", inclusive no contexto sexual. No entanto, ele estabeleceu dois limites fundamentais:

1. Não Tudo Convém: Nem todas as ações eram benéficas, quer para o indivíduo, quer para os outros, quer para a igreja. Algumas atitudes não edificavam espiritualmente.

2. Não Me Deixarei Dominar: Embora o desejo sexual fosse algo legítimo, os coríntios haviam perdido o controle sobre seus próprios corpos, entregando-se a práticas como prostituição, fornicação e adultério.

Uma Teologia Cristã do Corpo

Paulo desenvolve uma teologia profunda sobre o corpo humano. Ele enfatiza que o corpo pertence ao Senhor Jesus (1 Coríntios 6.13) e refuta o argumento coríntio que comparava os órgãos sexuais a alimentos e estômago. Paulo argumenta que Deus destruirá tanto os alimentos quanto o estômago e que o corpo não foi criado para a impureza, mas para o Senhor.

Além disso, Paulo destaca que o corpo será ressuscitado (1 Coríntios 6.14), demonstrando o plano divino para nossos corpos e seu valor intrínseco.

Nossos Corpos São Membros de Cristo

Paulo revela que nossos corpos estão espiritualmente unidos a Cristo, tornando-nos membros do corpo de Cristo (1 Coríntios 6.15-17). Isso significa que nossas ações afetam não apenas a nós mesmos, mas também o corpo de Cristo, que é a igreja. Paulo fundamenta esse entendimento na criação, citando Gênesis 2.24, e na nossa união com o Senhor (1 Coríntios 6.17).

O Corpo Como Santuário do Espírito

Paulo enfatiza que o corpo é o santuário do Espírito Santo (1 Coríntios 6.19). Ele destaca a ignorância dos coríntios em relação a esse aspecto, comparando o corpo ao santuário santo dos santos. O Espírito Santo habita em nós, procedendo de Deus, e, portanto, não somos nossos, mas pertencemos a Deus em corpo e alma para sempre (1 Coríntios 6.20).

Aplicações Práticas

Paulo conclui com aplicações práticas: fugir da impureza (1 Coríntios 6.18) e glorificar a Deus também com o corpo (1 Coríntios 6.20). Isso envolve evitar situações que levem à imoralidade, orar por livramento e manter a pureza no casamento. Essa teologia do corpo apresentada por Paulo nos lembra da importância de cuidar de nossos corpos, honrar a Deus em todas as nossas ações e reconhecer que somos propriedade de Deus, redimidos pelo sangue de Cristo.
SETE DESAFIOS DAS REDES SOCIAIS PARA OS CRISTÃOS

As mídias sociais trazem vários desafios para aqueles cristãos que as utilizam. O desafio maior é manter estas posturas:

1) Domínio próprio, para não desperdiçar tempo demais com as mídias sociais;
2) Uma mente pura, para não se deleitar e nem compartilhar notícias, vídeos, postagens, e fotos que promovem a impureza;
3) Sensatez, para não dar crédito a tudo que lê e vê – há muita desinformação e notícias falsas propositadamente plantados nestas redes de relacionamentos;
4) Sobriedade, para não desnudar sua vida e de sua família em público, trazendo online para dentro de sua casa e de sua intimidade pessoas que você não conhece;
5) Paciência para lidar com comentários, opiniões e críticas de pessoas que não têm educação, bom senso, mancômetro ou qualquer condição de manter um diálogo ou participar de um debate de forma inteligente e cortês.
6) Sabedoria, para não se precipitar em responder e reagir à provocações. Não há fim pacífico para brigas compradas com insensatos e contenciosos.
7) Humildade para entender que apesar do livre acesso à internet permitir que todos escrevam textos e comentem o que quiserem, que isto não faz de você um teólogo, um bom escritor ou um sábio em seus pronunciamentos.

Deus abençoe,
Rev. Augustus Nicodemus