Segundo a assessora de imprensa do PT na Folha, Mônica Bergamo, a filha de Silvio Santos afirmou que seu pai sempre se relacionou com presidentes da República, independentemente da linha ideológica, em resposta às críticas do cantor Zezé Di Camargo.

É exatamente aí que reside o problema.

O que se tenta vender como “alternância democrática” não é normalidade institucional. Não houve simples transição entre direita e esquerda. O que houve foi a anulação da condenação de um réu preso pelo maior escândalo de corrupção da história do país e sua consequente alçada à Presidência da República.

Esse processo veio acompanhado de censura, perseguição política e repressão em massa contra a direita, além de uma anistia de fato a todos os envolvidos na sujeira exposta pela Lava Jato.

Na sequência, lideranças conservadoras passaram a ser condenadas e presas, enquanto violações sistemáticas de direitos fundamentais se tornaram rotina — tudo sob os aplausos de uma “imprensa” que deixou de informar e passou a operar como aparelho de propaganda do regime.

Nesse contexto, convidar autoridades diretamente implicadas na consolidação desse arranjo para o lançamento de um canal de notícias — oferecendo palanque e ainda tratando-as como estrelas do evento — não é ingenuidade nem neutralidade. É alinhamento explícito.

Qualquer brasileiro em posição de liderança que trate esse arranjo como normal não é isento: é colaboracionista.