🇧🇷Resultado da reunião com os líderes do Congresso e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad com sua equipe: o decreto será “recalibrado” com a edição da MP.

No caso das bets, a proposta do governo prevê um aumento da taxação de 12% para 18% sobre o GGR (Gross Gaming Revenue), que é a receita bruta obtida pelas casas de apostas — ou seja, o total arrecadado com as apostas menos o valor pago em prêmios aos jogadores.

Segundo o ministro, os títulos de investimento que antes eram isentos de Imposto de Renda, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), passarão a ser tributados com uma alíquota de 5%.

As debêntures incentivadas também serão incluídas na nova regra. A tributação, no entanto, valerá apenas para novas aplicações. Os títulos que já foram emitidos, continuam isentos.

O governo também propôs mudanças na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras. A alíquota reduzida de 9%, que beneficiava fintechs, será extinta. Agora, elas serão tributadas em 15%.

A equipe econômica deve realizar, nesta segunda-feira (9), uma coletiva técnica para detalhar e explicar as medidas.

O governo também anunciou em quais pontos do decreto do IOF haverá recuos:

    Redução do IOF sobre crédito para empresas;
    Corte de 80% na alíquota aplicada a operações de risco sacado (um os pontos mais polêmicos do decreto);
    Redução do IOF sobre seguros de vida com prêmio por sobrevivência (como o VGBL);

As medidas foram apresentadas após uma reunião que durou cinco horas, na residência oficial da presidência da Câmara.

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Destaques da Semana

🇺🇸 Nos EUA, na quarta-feira, será divulgado o CPI de maio, com expectativa de alta de 0,2% (mensal) e aceleração de 2,3% para 2,5% (anual). O núcleo do CPI, excluindo alimentos e energia, deve subir de 0,2% para 0,3% (mensal) e de 2,8% para 2,9% (anual). Na quinta-feira, o PPI de maio deve mostrar alta de 0,2% (mensal), saindo de uma deflação de 0,5%, com avanço de 2,4% para 2,6% (anual). O núcleo do PPI deve passar de deflação de 0,4% para alta de 0,3% (mensal), mas desacelerar de 3,1% para 3% (anual). Além dos indicadores de inflação, serão divulgados dados econômicos relevantes, incluindo o resultado fiscal de maio, pedidos semanais de auxílio-desemprego e a Pesquisa da Universidade de Michigan sobre a confiança do consumidor e as expectativas de inflação em junho.

🇧🇷 No Brasil, o principal destaque econômico é a divulgação do IPCA de maio, prevista para terça-feira, com expectativa de alta de 0,33% na variação mensal. Como principal indicador de inflação, o IPCA impacta diretamente as decisões do Banco Central sobre a política de juros. Ainda no mesmo dia, Gabriel Galípolo, presidente do BC, discursará na Febraban Tech, em São Paulo, em um evento focado em tecnologia, sem clareza se abordará apenas inovações do BC ou também política monetária. Durante a semana, o IBGE divulgará dados de abril de vendas no varejo com estimativa de recuo de 0,6% (mensal) e crescimento de 4% (anual), segundo o UBS; e volume de serviços com projeção de alta de 0,2% (mensal) e 1,7% (anual). Outros indicadores, como IPC-S semanal, IGP-M (1ª prévia de junho), Pesquisa Industrial Mensal Regional e Pesquisa Mensal de Comércio, também serão divulgados, complementando a análise do cenário econômico nacional.

🌎 No Mundo, no domingo, o Japão divulgará a leitura final do PIB do 1º trimestre, com expectativa de contração de 0,2% em relação ao trimestre anterior, após crescimento de 0,6% no 4º trimestre de 2024. Na China, pressões deflacionárias persistem, com a inflação ao consumidor de maio caindo de 0,1% para 0,2% (12 meses) e a inflação ao produtor aprofundando a queda de 2,7% para 3,2% (anual). Na segunda-feira, dados do setor externo da China devem mostrar aumento do superávit comercial de US$ 96,1 bilhões (abril) para US$ 101,3 bilhões (maio), com exportações desacelerando de 8,1% para 5% e importações acelerando de 0,2% para 0,9%. No mesmo dia, secretários dos EUA, Scott Bessent e Howard Lutnick, negociarão com representantes chineses em Londres, conforme anunciado por Donald Trump no Truth Social.

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🇧🇷 IPC-S da 1ª quadrissemana de junho subiu 0,41% e acumula alta de 4,49% nos últimos 12 meses.

Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa registraram acréscimo em suas taxas de variação

A maior contribuição para o resultado do IPC-S partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação cuja taxa de variação passou de -0,71%, na quarta quadrissemana de maio de 2025 para -0,25% na 1ª quadrissemana. Também registraram acréscimo em suas taxas os grupos Transportes (0,02% para 0,19%), Habitação (0,98% para 1,04%), Alimentação (0,29% para 0,31%) e Comunicação (-0,34% para -0,19%). Os grupos Despesas Diversas (0,44% para 0,18%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,59% para 0,51%) e Vestuário (0,56% para 0,52%) apresentaram recuo nas taxas

📰 Jornal do Investidor

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🇧🇷Presidente do BC adota tom conservador no Fórum da Esfera, sinalizando possível manutenção da Selic alta
 
▶️ Durante sua participação no fórum do Grupo Esfera no Guarujá (SP), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, adotou um tom mais conservador, com declarações que foram interpretadas pelo mercado como um sinal de que o Copom poderá defender a Selic em 15% ou mais.

▶️ Galípolo evitou dar guidance específico, mas afirmou que a comunicação do BC tem se pautado por "flexibilidade e cautela".

▶️ Ele explicou que a flexibilidade significa que as opções para a próxima reunião do Copom (dias 17 e 18 de junho) ainda estão em aberto.

▶️ A cautela, por sua vez, reflete o ambiente de elevada incerteza, tanto no Brasil quanto no cenário global.

▶️ Em um comentário que pode ser interpretado como sinal de que o ciclo de aperto monetário está próximo do fim, Galípolo mencionou que o BC “já fez um grande esforço” para colocar a política monetária em um “patamar contracionista”.

▶️ Apesar disso, ele também afirmou que, neste cenário de incerteza, não se espera que sejam feitos movimentos bruscos, o que pode ser uma forma de afastar a possibilidade de uma nova alta da Selic ou, pelo menos, de descartar um aumento de meio ponto percentual, mantendo o 0,25pp como alternativa.

▶️ Galípolo também expressou insatisfação com a inflação fora da meta de 3% e reiterou o compromisso do BC em perseguir o objetivo de inflação com determinação, afirmando que a instituição fará “o que tiver que ser feito” para alcançar essa meta.

▶️ O discurso de Galípolo deixou claro que o jogo ainda está em andamento, e o Copom precisa avaliar como a polêmica do IOF será resolvida e como as questões externas, como a guerra comercial de Donald Trump, evoluirão.

▶️ Após o evento, o BTG Pactual afirmou que o discurso do presidente do BC não é compatível com uma pausa no aperto monetário e espera-se um aumento de 0,25pp na Selic ainda neste mês.
 
Via ActivTrades

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