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🇺🇸Juros sobem nos EUA com vendas no varejo fortes e pressionam taxas no Brasil

Os juros nos Estados Unidos iniciam a semana em alta, em meio a dados que indicam que a economia americana segue forte apesar da política monetária apertada. A alta pressiona também os juros futuros aqui no Brasil. As vendas no varejo americano de março divulgadas hoje mostraram crescimento de 0,7% no mês, acima do aumento de fevereiro, revisado de 0,6% para 0,9%, e do 0,4% esperado pelo mercado, o que mostra demanda ainda forte na economia americana. O núcleo do indicador que exclui automóveis e outros itens mais instáveis, teve crescimento ainda mais forte, de 1,1%, ante fevereiro, que teve o crescimento revisado de 0,3% para zero, e expectativa de aumento de 0,5%. Na base anual, as vendas no varejo nos Estados Unidos cresceram 4,02% sobre março do ano passado, ante 1,50% em fevereiro. Já o dado regional da manufatura do Fed de Nova York, o Índice Empire State, apresentou queda, de 14,30%, ante retração de 20,90% em fevereiro e expectativa de recuo menor, de 5,0%. Hoje também o presidente do Federal Reserve de Nova York e vice-presidente do Comitê de Mercado Aberto do banco central americano, John Williams, disse em evento que não vê a alta recente da inflação como “um ponto de virada”, e que vê os cortes de juros devem começar este ano, mas notou que os juros estão no nível correto. Os dados e as declarações de Williams fizeram o mercado aumentar as apostas em estabilidade nos juros na reunião do Fed de junho, agora em 78,9%, ante 71,7% na sexta-feira, e a de julho passou de 43,5% para 56,1%, segundo dados da CME, a Bolsa de Chicago. O mercado segue indicando o primeiro corte de juros do Fed na reunião de setembro, com 44,9% de chances, mas as apostas em estabilidade também nessa reunião subiram de 23,5% na sexta-feira para 33,6% hoje. A maioria das chances agora indica apenas um corte de juros neste ano, de 0,25 ponto, mas as chances de nenhum corte até dezembro subiram de 8,9% na sexta-feira para 14,9%. Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano estão em alta hoje, acompanhando os indicadores de economia mais forte e uma redução da busca por proteção após a aparente estabilidade no conflito entre Israel e Irã após o ataque iraniano no sábado. O rendimento do título de dois anos sobe 0,09 ponto porcentual, para 4,98% ao ano, e o de dez anos, referência global, ganha 0,11 ponto, para 4,61% ao ano. O índice do dólar, o DXY, que iniciou o dia em queda, agora está estável, em 106,07 pontos, enquanto os índices de ações sobem, recuperando perdas da semana passada, com o Dow Jones e o S&P500 em alta de 0,7% e o Nasdaq, de 0,8%. O petróleo tipo Brent recua 0,92%, para US$ 89,59, após o alívio nas tensões no Oriente Médio, e o Bitcoin, que caiu por conta do conflito, sobe 3,04%, para US$ 66.125. No Brasil, os juros futuros sobem cerca de 0,15 ponto porcentual, acompanhando as taxas americanas e as dúvidas sobre as contas públicas após comentários sobre redução da meta de superávit fiscal de 2025 em meio a pressões por mais gastos e os atritos entre o Executivo e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. O dólar futuro sobe 0,33%, para R$ 5,157. Já o Índice Bovespa abriu praticamente estável, com 125.972 pontos.

@SharkSignalsCripto

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