Fundação Cultura Estratégica
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A Fundação Cultura Estratégica fornece uma plataforma exclusiva para análise, pesquisa e comentários sobre assuntos euro-asiáticos e globais.

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A recente cimeira do G7, complementada com a chamada “conferência de paz” sobre a Ucrânia, realizada na Suíça, confirmaram a decadência do império norte-americano, o fracasso do chamado Ocidente colectivo perante a maioria global e avançaram para a preparação do velório da União Europeia, por enquanto apenas um cadáver adiado.

Escreve João Goulão.

#UE #Ucrania #Paz

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Em vez de uma melhoria nas relações bilaterais, o recente encontro entre Vladimir Zelensky e Viktor Orban apenas intensificou as tensões entre ambos os países. A visita do primeiro-ministro húngaro a Kiev parece ter sido uma espécie de ultimato para que o regime ucraniano pare suas ações irresponsáveis e aceite uma negociação de paz. Dada a insistência de Zelensky pela guerra, a Hungria é esperada de tomar atitudes cada vez mais duras para boicotar o apoio militar à Ucrânia dentro das organizações ocidentais em que está inserida (OTAN e UE).

Escreve Lucas Leiroz.

#Orban #Zelensky #Hungria

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Talvez tenha havido um momentâneo abandono do sono em Washington esta semana, enquanto liam o relato démarche de Sergei Lavrov ao Embaixador dos EUA em Moscou: a Rússia disse aos EUA – “Não estamos mais em paz”!

Não apenas “não estamos mais em paz”, a Rússia estava considerando os EUA os responsáveis pelo “ataque coletivo” numa praia da Crimeia no feriado de Pentecostes do domingo passado, matando várias pessoas (incluindo crianças) e ferindo muitas mais. Os EUA “tornaram-se assim parte” da guerra por procuração na Ucrânia (foi um ATACM fornecido pelos EUA; programado por especialistas americanos; e com base em dados dos EUA), a declaração da Rússia disse; “Se seguirão certamente medidas retaliatórias”.

Escreve Alastair Crooke.

#EUA #Geopolitica #Russia #Eurasia

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A questão do Essequibo e o papel geopolítico da Guiana tornaram-se tema debatido internacionalmente uma vez mais em dezembro do ano passado, quando vieram à tona informações sobre a possibilidade de abertura de bases militares estadunidenses na região do Essequibo e a Venezuela reagiu levantando o tom de sua reivindicação histórica em relação a esse território.

Escreve Raphael Machado.

#Guiana #Venezuela #Geopolítica

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PORTUGUÊS
Por que Biden é o melhor presidente liberal possível

Bruna Frascolla

July 7, 2024
A única forma de superar Joe Biden é criando um avatar de presidente cujas falas sejam programadas pelo ChatGPT.

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Após o debate presidencial dos Estados Unidos, todas as pessoas interessadas em política, à exceção de Jill Biden, se perguntaram como é possível o país mais poderoso do mundo ser presidido por um incapaz. Dois minutos de reflexão, porém, curam a perplexidade. Dado que o país mais poderoso do mundo é um regime liberal tecnocrático, Joe Biden é o melhor presidente possível. Afinal, ele não irrita o mercado, nem agride as instituições. Presidentes com faculdades cognitivas em pleno funcionamento tendem a dar declarações disruptivas; declarações disruptivas tendem a “assustar o mercado” (fazendo o dólar subir, ou derrubando as ações de empresas públicas), ou então a “atacar o Estado democrático de Direito”.

Escreve Bruna Frascolla.

#Biden #Liberalismo #Democracia

@SCF_Portuguese
Um dos assuntos mais controversos do Brasil atualmente é a questão da possível venda da Avibras (empresa brasileira de equipamentos militares). As principais candidatas à aquisição da empresa são a australiana DefendTex e a chinesa Norinco. Diante da quase inevitabilidade da venda de pelo menos metade das ações da empresa pelo Estado brasileiro, resta a Brasília decidir entre beneficiar um parceiro estratégico intra-BRICS ou uma potência pró-Ocidente que serve de pivô para os planos americanos contra Pequim.

Escreve Lucas Leiroz.

#Brasil #China #Indonesia

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As últimas semanas constituem um capítulo profundamente esclarecedor, quanto às razões explicativas da crise da apelidada “democracia liberal” e dos problemas profundos que afectam o ocidente e a União Europeia, em particular. Seja o debate Trump/Biden que nos diz que quem está ao leme não dá a cara, e quem dá a cara, não está ao leme; sejam as eleições na EU, que demonstram a contradição entre um “centro” político monolítico e as necessidades das suas populações; nos dois casos, constatamos a crescente obsolescência do sistema político para fazer face aos desafios anunciados, bem como o esgotamento real das “soluções” que preconiza.


Escreve Hugo Dionísio.

#Europa #UE #Geopolitica

@SCF_Portuguese
O primeiro debate eleitoral evidenciou a milhões de cidadãos americanos que eles são governados por uma esponja. Talvez a antecipação dos debates (nas eleições anteriores o primeiro debate ocorreu somente no final de setembro) tenha ocorrido precisamente com o objetivo de testar o recebimento da (falta de) capacidade cognitiva de Joe Biden pelo grande público para que houvesse tempo de substituí-lo por outro candidato, caso necessário. Como em 2020, Biden deu um golpe interno no Partido Democrata, impedindo a concorrência e os debates para não expor sua completa incapacidade de governar.

Escreve Eduardo Vasco.

#Biden #Trump #EUA

@SCF_Portuguese
“Waiel vagueia vadio pelas ruas de Atenas. Não tem onde ficar e é enxotado por todos os senhorios que se recusam arrendar-lhe uma casa ou um quarto assim que percebem que é sírio. Tem dormido numa tenda no porto de Pireus, protegido por uma carrinha-reboque estacionada e provavelmente abandonada numa rua secundária (…). As autoridades gregas chegaram sem pré-aviso. Estão a arrancar todas as tendas. Uma a uma. Empilham-nas e mandam-nas para aterro. (…) Querem afastar estes refugiados do porto da cidade, local de partida e chegada de turistas dos mais luxuosos cruzeiros pelas ilhas gregas. Em pleno verão, um bando de indigentes pode estragar o retrato das férias. O turismo não está para sofrer com a dor alheia”.

O que se segue? Contentores ou algo pior num “campo de acolhimento”, prisão a céu aberto, à mercê dos elementos. Milhares e milhares de seres humanos buscam a travessia que os irá ‘salvar’. Ou talvez não. Talvez o pior ainda esteja para vir. E talvez aconteça nessa “luz ao fundo do túnel” a que chamam Europa. O lado mais negro do que não queremos ver.

Escreve Ana Pina.

#Europa #DireitosHumanos

@SCF_Portuguese
Sem dúvidas, uma das principais preocupações da Junta de Kiev atualmente é como manter controle sobre a população armada. No começo da operação militar especial, o regime distribuiu armadas pesadas e explosivos para os cidadãos civis com o alegado objetivo de fomentar as condições necessárias para criar uma “resistência popular”. Medo e propaganda se misturaram nas primeiras fases do conflito e levaram os oficiais ucranianos a cometerem um dos maiores erros estratégicos já feitos por um Estado na história das guerras.

Escreve Lucas Leiroz.

#GuerraCivil #Ucrania #Russia

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Este ano saiu Tripping On Utopia: Margaret Mead, the Cold War and the Troubled Birth of Psychedelic Science (Grand Central), do historiador norte-americano Benjamin Breen. Ainda sem tradução editada em português, o título significa “Viajando na utopia: Margaret Mead, a Guerra Fria e o atribulado nascimento da ciência psicodélica”.

Parte do charme do livro está em Breen tentar nos convencer de que a utopia das drogas está num passado mais remoto do que o imaginado, e que aquilo que tomamos por começo e na verdade o seu fim. Antes de estudarmos o assunto, tendemos a crer que o entusiasmo com as drogas é uma coisa de jovens dos anos 60 e 70. Na verdade, porém, os anos 60 são o início do fim de uma viagem dos cientistas que trabalhavam para a inteligência dos EUA desde a II Guerra. Mais especificamente, dos antropólogos, ou, mais especificamente ainda, de Margaret Mead.

Escreve Bruna Frascolla.

#Utopia #GuerraFria #EUA

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Conforme nos aproximamos de completar 1 ano desde que se iniciou a fase atual no conflito Israel-Palestina, cujo pontapé inicial foi dado pela Resistência Palestina ao lançar a sua Operação “Tempestade Al-Aqsa” a partir de Gaza, em 7 de outubro de 2023, pode ser necessário refletir sobre qual tem sido, de fato, a eficácia das manifestações antissionistas ao redor do mundo.

Ninguém poderá negar que vimos muitas manifestações de grande porte nos últimos meses, tampouco que muitas contradições sistêmicas foram expostas, por exemplo, pelos protestos universitários nos EUA – onde a “terra da liberdade” avançou para reprimir manifestantes pacíficos e para cercear a liberdade de expressão nos campi.

Escreve Raphael Machado.

#Palestina #Israel #Esquerda

@SCF_Portuguese
As palavras que encimam este texto são do já saudoso Fausto Bordalo Dias no épico monólogo de Fernão Mendes Pinto em “o barco vai de saída”; tiveram evocação recente não apenas pela partida triste de tão emblemático e inconfundível cantor e autor mas também pelo dramático, igualmente arrepiante e nada épico debate entre os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos da América, Joseph Biden, pelo Partido Democrático, e Donald Trump, pelo Partido Republicano; isto é, segundo a praga dos comentadores que infesta os nossos dias, entre “a esquerda” e “a direita”.

Escreve José Goulão.

#Trump #EUA

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Se a situação que atualmente afeta os EUA estivesse ocorrendo em qualquer país em desenvolvimento, as potências ocidentais já estariam propondo nas organizações internacionais uma série de medidas intervencionistas. Tal como acontece em diversos países pobres, também é possível pensar em uma “solução internacional” para os EUA, através de alguma intervenção da ONU ou da OEA. Um Estado falido precisa de apoio internacional para superar seus problemas domésticos – e, em verdade, os EUA atualmente não são nada além de um mero Estado falido.

Escreve Lucas Leiroz.

#EUA #Trump #Geopolitica

@SCF_Portuguese
De acordo com a CNN Brasil, embaixadas estrangeiras, encabeçadas pela da França, interferiram diretamente na aprovação da lei do Novo Ensino Médio. Elas pressionaram parlamentares a retirarem a obrigatoriedade do ensino da língua espanhola, porque, como disseram ao canal, isso prejudicaria a influência que exercem no Brasil para que brasileiros estudem outros idiomas. As embaixadas da Alemanha e da Itália também participaram do lobby.

Escreve Eduardo Vasco.

#Europa #Brasil #Línguas

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Não é possível levar a sério nenhuma acusação de “atrocidade” que o Ocidente periodicamente tenta jogar no colo da Rússia.
Primeiro, porque Kiev e seus apoiadores ocidentais têm cometido atrocidades diárias, desde o massacre de policiais do Berkut no Maidan, passando pelo Massacre de Odessa, até os bombardeios de civis no Donbass, até as constantes atrocidades dos últimos 2 anos.
Segundo porque inúmeras notícias falsas de atrocidades russas já foram desmascaradas, de Bucha até a “maternidade de Mariupol” (que tinha até “grávida de Taubaté”).

Escreve Raphael Machado.

#Russia #Crimes

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Por ser um enclave do imperialismo americano – e do imperialismo internacional como um todo – no Oriente Médio, de importância decisiva, haja vista a proporção do investimento realizado desde meados do século passado, uma crise fatal em “Israel” naturalmente levaria a uma crise sem precedentes nos próprios Estados Unidos e no sistema imperialista por ele liderado. Os problemas que os invasores sionistas estão enfrentando já têm alcance mundial com a crise política e diplomática – tanto com os países pobres, que em geral apoiam a Palestina, quanto com os próprios países ricos – e também com a crise econômica devido ao bloqueio do Mar Vermelho pelos iemenitas.

Escreve Eduardo Vasco.

#Hamas #Israel #Palestina

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Entre o final do século XIX e o começo do XX, era lugar comum apontar a grande coincidência entre ser um judeu étnico e ser um comunista. Uso a expressão “judeu étnico” para evitar confusões, por exemplo: Karl Marx era ateu e foi criado como luterano desde os 6 anos; mas, do ponto de vista étnico, era judeu, porque sua mãe era judia. Um indivíduo escolhe converter-se, mas não escolhe a mãe. Judaísmo é Lei. Segundo a Lei, quem nasce de ventre judaico é judeu e, portanto, tem que seguir a Lei. Assim, o judaísmo é uma religião que se confunde com a matrilinearidade, e pode entrar em choque com a autodeterminação do judeu. E por causa desse caráter hereditário da religião, ela com muita facilidade se confunde com uma etnia. Outra coisa relevante é que, de fato, as mulheres são muito importantes para a transmissão de uma cultura – não à toa se diz “língua materna” para se referir à primeira língua de alguém.

Escreve Bruna Frascolla.

#Sionismo #EUA #Judaísmo

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Todos os dias circulam vídeos na internet mostrando soldados russos abatendo drones ocidentais usados pelas forças armadas ucranianas. Há registros de uso de rifles de caça, pedras, pedaços de madeira e até mesmo de simples garrafas d’água contra drones americanos na Ucrânia. Aparentemente, qualquer coisa pode ser usada para abater um UAV ocidental, sendo este um artefato militar frágil e vulnerável.

No mesmo sentido, tanques ocidentais e sistemas de artilharia outrora temidos no mundo inteiro se provaram verdadeiros tigres de papel no campo de batalha. Tendo domínio absoluto do espaço aéreo na zona de conflito, as forças russas usam livremente aviação, artilharia e drones contra veículos blindados e sistemas de lançamento de mísseis nas posições ucranianas. Moscou constantemente elimina software militar da OTAN, destruindo não apenas o maquinário inimigo, mas também todo o mito da “superioridade” bélica americana.

Escreve Lucas Leiroz.

#Ucrânia #EUA #Rússia

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Quando as hostilidades entre a Resistência Palestina e o regime sionista começaram, no final de 2023, o Iêmen foi o único país a declarar guerra a Israel, realizando o maior gesto de solidariedade aos palestinos dentre todos os países da região. À época, militantes sionistas e pró-Ocidente afirmaram repetidas vezes que os iemenitas seriam destruídos em poucos dias pela supostamente “invencível” força militar conjunta de Israel e EUA. Quase um ano depois, a realidade se provou muito diferente das fantasiosas previsões sionistas.

Escreve Lucas Leiroz.

#Iemen #Israel #Palestina

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