CARLO RIBAS

O Levante do 4º Príncipe (texto citado no Pod Cast)

No ano passado fui acordado com a triste notícia do maior terremoto sobre o Japão, em todos os tempos. Quando me informei melhor, percebi que o terremoto foi no meio do mar, o que gerou um tsunami.

Quando notamos catástrofes naturais relacionadas à água, claramente identificamos como uma ação de Leviatã, o 4º Príncipe do Inferno.

Deixe-me explicar um pouco mais sobre Leviatã:
Deus criou no início de tudo um Reino Espiritual, composto pela Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) e por hostes angelicais, como arcanjos, serafins, querubins, tronos etc. No livro do profeta Ezequiel (28) Deus resolveu assinar sua obra de arte e escolheu entre bilhares de querubins um, exatamente igual a todos os demais, para que fosse o Sinete da Perfeição, chamando-o de Sah tanal Il, ou “O Guardião do Monte Santo”. Todos os querubins possuíam quatro asas que com duas voavam e duas cobriam seus pés; também tinham quatro faces sendo uma de novilho, outra de águia, outra de leão e a última daquilo que seria a face dos humanos, uma vez que ainda não havíamos sido criados fisicamente por Deus. Eles não giravam em torno do próprio eixo, apenas se moviam para frente, trás, direita ou esquerda.

Quando o Senhor pegou esse querubim, o ungiu e o estabeleceu sobre o seu Santo Monte. As asas foram trocadas por uma capa confeccionada em ouro e cravejada de pedras preciosas, todas elas descritas em Ezequiel 28. As quatro faces deram lugar a apenas uma, que refletia a glória do Todo Poderoso. Parou de se locomover em ângulos retos e passou a andar livremente entre todos os anjos.

“Satanail” passou a ministrar adoração ao Senhor, colhendo dos anjos e entregando à Deus. Isso fez crescer um sentimento ruim em seu coração. Pensou ele: sou tão lindo e grande quanto Deus! Quero meu espaço! Com isso, começou a fomentar no coração dos demais uma ação rebelde. Deus não permitiu e o derrubou (literalmente) dos céus, junto com aqueles que o seguiram.

Com isso nasceu o que chamamos hoje de “Inferno” (Inferivs, no latim: abaixo), porque estava localizado abaixo do Trono de Deus. Ali os demônios se organizaram rapidamente, criando uma sociedade espiritual. Satanail tinha perdido muita força, por ter sido consumido por um fogo da Ira de Deus. Um dos anjos caídos, chamados por nós agora de demônios, Baal Zehb Bub (Belzebú) assumiu o controle. Satanail chamou outros três, Belial, Lúcifer e Leviatã e, juntamente com ele, chamado agora de Satanás (acusador), formaram o que Efésios 6 chama de “principado”.

No principado, dividiram a existência em eras de domínio, segundo evidências históricas: a Primeira Era ou Período ficou a cargo de Lúcifer, logo após a saída de Adão e Eva do jardim do Éden. Vale lembrar que eles eram, são e sempre serão seres espirituais. Por esta razão Satanás “entrou” em uma serpente, para conseguir tentar Eva em suas dúvidas e sentimentos. Lúcifer é o Príncipe da Terra.

A Segunda Era ficou sob tutela de Belial, a partir do império Babilônico. Foi nesta época que começamos a encontrar termos como “os filhos de Eli eram filhos de Belial”. Ele é o Príncipe do Ar e foi Belial quem ordenou a resistência contra a oração do Profeta Daniel, em que os demônios da Pérsia resistiram por 21 dias.

A Terceira Era ficou sob poder de Satanás, já recuperado da sua queda do Céu. Iniciou junto com o período cristão. Com a vinda do Messias à Terra, Satanás também veio, pois O conhecia muito bem do Céu. O livro de Jó 38:7 diz que as duas “estrelas da alva” cantavam alegremente na criação do mundo. A Bíblia Sagrada chama Jesus de “Estrela da Manhã” (Ap. 22:16) e também Satanás de “Estrela da Manhã” (Is. 14:12). É fato que ambos, quando Satanás ainda era um Querubim da Guarda Ungido, antes da queda, eram companheiros no Céu. Cantavam juntos! Louvavam ao Senhor. A Trindade estava logo acima de sua cabeça, porém todos os demais anjos estavam debaixo dos seus pés.

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